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História Destino - Privado


Escrita por: yeahshippers

Notas do Autor


🔞🔞🔞🔞🔞

Capítulo 12 - Privado


Fanfic / Fanfiction Destino - Privado

Miami, março/2019.


Ruyzinho estava completando três anos naquela semana e como Ritinha se recusou a abrir mão do seu tempo, Jeiza e Zeca juntamente com Ruy e Carolina decidiram viajar até o menino para não perder a data.

Os casais haviam chegado à Flórida ontem à noite e se acomodado em uma pequena casa de praia que alugaram por alguns dias para manter a privacidade.

"égua Jeiza, o que tu tá fazendo?”

Zeca riu com a escova de dente na boca enquanto se encostava no batente da porta do banheiro, olhando para sua esposa.

Ela bufou enquanto arqueava as costas para fora da cama, puxando o cós do short jeans.

"tentando ..." ela afundou os pés no colchão "se vestir ..." ela gemeu ao conseguir passar o jeans sobre os quadris.

Zeca ergueu a sobrancelha, intrigado com o que estava testemunhando.

A frustração de Jeiza logo cresceu quando ela tentou fechar o zíper e abotoar o jeans.

“tu não tás vendo que não cabe?” ele comentou inocentemente.

Ela desistiu, deixou cair seu corpo profundamente no colchão e cobriu o rosto com as mãos.

Os olhos de Zeca se arregalaram quando ouviu Jeiza começar a chorar. Ele jogou a escova de dente na pia e correu para a cama.

"ei, amor"

Ele se sentou na cama e esfregou o braço dela antes de agarrar as suas mãos e puxá-las para baixo de seu rosto.

"não chores, égua....vamo caça outra coisa pra tu botares, avia"

“mas eu queria usar isso”  ela tentou novamente fechar o zíper.

"Jeiza” ele estendeu a mão enquanto se levantava da cama "a gente vai atrasar se não pega-“

"eu sei!” ela se exaltou.

“você realmente acha que planejei que minhas roupas não coubessem? ontem quando coloquei esse short na mala ele tava servindo!”

Jeiza suspirou e saiu da cama, ignorando completamente a tentativa de Zeca de agarrar a mão dela. Ela caminhou até a sua mala fungando enquanto revirou todo o seu conteúdo, procurando por algo que pudesse lhe caber.

Zeca coçou a cabeça e a observou em silêncio.

Ela achou um vestido folgado que Cândida insistiu para que ela levasse, pegou a peça com raiva, arrancou o short jeans de seus quadris, o chutou para o chão e facilmente colocou a nova roupa.

"tá vendo?” Zeca sorriu para ela "e acho que tu ficas bem melhor assim, viste”

Jeiza fez careta, apesar dos sintomas mais chatos como as náuseas terem abrandado na última semana, as mudanças do seu corpo a deixaram insegura, ela se sentiu cada vez maior e ainda estava aprendendo a lidar com esse incômodo.

“desculpa por brigar com você"

Zeca deu dois passos largos em direção a ela, ele passou os braços ao seu redor e beijou o topo de sua cabeça.

"égua, não se aperrei com isso”

Na maior parte do tempo ele tentou ser compreensivo com as suas crises, ela estava carregando dois seres humanos, isso não poderia ser fácil.

Jeiza apoiou a cabeça no peito de Zeca, enxugando o nariz com as costas da mão.

"você deve tá cansado de eu chorar"

Zeca riu e levou a mão ao rosto dela, acariciando sua bochecha suavemente. Jeiza olhou para cima e sorriu para ele.

“sério, marrento....eu não consigo controlar”

Ele balançou a cabeça divertido.

"tu chorares me deixas pronto para os bolinho, viste" ele brincou enquanto esfregava o polegar sob o olho de Jeiza, pegando uma lágrima que escorregou.

Ela franziu a testa para o marido.

"jura que você vai continua chamando eles assim?"

“égua, que tu gostas que eu sei” ele sorriu de lado.

“claro que não!”

Desde o ultrassom que descobriram sobre os gêmeos Zeca tinha apelidado os bebês carinhosamente de ‘bolinhos’, por parecerem com duas bolas na imagem. De início Jeiza havia achado cafona, mas agora já se sentia fofo, apesar de ela não admitir pra ele e não perder a chance de implicar com o marido.

“mentirosa, já catei tu chamando eles assim”

Jeiza protestou, mas Zeca ignorou os seus protestos e a puxou para um abraço.

"a gente pode pega o beco?"

"tá, mas preciso usar o banheiro novamente" ela deu um beijo rápido nele antes de entrar no cômodo.

Zeca observou a bagunça pelo quarto, havia coisas espalhadas para todo lado, ele se ocupou em organizar algumas de volta aos seus lugares.

Jeiza retornou após uns minutos e observou enquanto o marido limpava distraidamente.

“você viu o meu protetor solar? não achei na minha necessaire”

“esse?” ele levantou o produto jogado na cama.

“e meu óculos de sol, você viu por ai? não lembro onde deixei”

“dentro da tua bolsa?”

“pode ser” ela deu de ombros.

“tu sabes que a praia es ali do lado, né?”

“eu sei, mas não quero ficar indo e voltando”

Zeca assentiu e Jeiza parou por um momento de frente para o espelho na parede.

“acho que eu devia colocar um maiô ao invés desse biquini”

Ele a olhou com descrença.

“sério marrento, olha como meus peitos tão enormes nessa peça” ela virou para ele.

“agora que tu falaste.....” ele arqueou a sobrancelha observando como os seios dela estavam quase saltando para fora.

“ah pronto” ela revirou os olhos “vou ficar com esse mesmo”

“égua, mas tu-”

“nah, nah, você não tava com pressa?” ela segurou a mão dele e o puxou.

“mas Jeiza-“

“sem mas, vamos marrento”

-

A praia que estavam era um tanto privada, por isso não havia muitas pessoas envolta. Enquanto Ruy e Zeca brincavam com Ruyzinho na areia, as mulheres se mantiveram sentadas na sombra aproveitando a brisa.

“você gosta de carnaval?” Jeiza perguntou casualmente para Carol.

“confesso que não tenho muito hábito”

“mas já foi na Sapucaí?”

“duas vezes, é bem emocionante”

Jeiza concordou com um sorriso.

“te incomodou tá longe do carnaval esse ano?”

“até que não, eu não ia poder aproveitar como eu gosto e foi uma sorte o aniversário do Ruyzinho ter caído nessa semana com o feriado”

“verdade, e ainda assim eu trouxe trabalho pra cá”

“o Ruy não se importa?”
“ele fica resmungando, mas eu não me importo” ambas as mulheres riram em concordância.

“olha como o Ruyzinho tá se divertindo”

Jeiza comentou sorrindo com a visão de Zeca levantando o filho no ar.

“muito” Carol também sorriu “ainda bem que a Ritinha concordou em vir pra Miami, não seria a mesma coisa em Orlando”

Desde o retorno do Japão, a sereia estava apresentando seu show nos parques da Universal em Orlando.

“aham, na minha condição, não poderia ficar andando aqueles parques enormes, muito menos indo em brinquedos”

“falando nela, onde que ela foi?”

“Ritinha?” Jeiza se virou para o lado procurando.

“faz tempo que ela saiu, não?”

“ah, deve ter encontrado algo mais interessante pra fazer” Jeiza deu de ombros.

“o Ruy me contou toda a história deles, é surreal”

“muito”

“e você fez o parto do Ruyzinho, no meio de um tiroteio” Carol falou admirada.

“sim, dentro de um taxi”

“vocês duas já conheciam nesse tempo?”

“é, eu sabia que ela era ex do Zeca, só não sabia que o bebê era filho dele, né” ela disse com uma careta.

“sério, surreal” Carol balançou a cabeça “e o negócio dessa profecia, o tal índio”

Jeiza assentiu e tirou o óculos de sol.

“no começo eu não acreditava muito não, mas depois de tudo que eu vivi”

Carol balançou a cabeça atentamente.

“parece que faz tanto tempo” ela suspirou.

“e Ruy e Zeca andavam por ai com os tais fios mesmo?”

“nossa, o Zeca não largava daquilo, felizmente o índio amarrou os dois e não devolveu pra eles” ela falou divertida.

“Jeiza!”

Elas escutaram o chamado e observaram o caminheiro se aproximando das cadeiras.

“tu vais fica ai entrevada? vamo na água comigo um pouco”

“não sei não, marrento” ela falou de corpo mole.

“só um pouquinho, meu amor” ele se ajoelhou na areia ao lado dela.

“vai Jeiza, é bom dar uma exercitada” Carol incentivou.

Ela olhou para Zeca e assentiu, ele a ajudou a se colocar de pé. Jeiza se sentiu um pouco insegura com o seu corpo, mas retirou o vestido, ficando somente em seu biquini.

“agora já dá pra notar” a advogada sorriu com a colisão.

“é, né?” Jeiza colocou a mão no seu estômago agora bem evidente.

“tás linda” Zeca falou beijando a bochecha dela e depois segurou a sua mão “vem”

O casal passou de mãos dadas por Ruy e Ruyzinho, que estavam distraídos procurando conchinhas e seguiram para dentro da água. Quando chegaram a um ponto mais distante e profundo Zeca envolveu os braços dele sobre ela e a puxou para o seu colo.

“logo você não vai ser capaz de fazer isso” ela riu entrelaçando as pernas na cintura dele.

Zeca olhou para colisão que os separava.

“égua, a gente aproveita enquanto pode então”

Jeiza sorriu e deixou os braços caírem sobre os ombros do marido aproximando seu rosto do dele.

“certo”

“mas deveras acho que tua barriga cresceste desde ontem”
“não tenho dúvidas” ela revirou os olhos e suspirou.

Ele tentou não rir da expressão dela.

“isso é bom Jeiza, os bolinhos tão crescendo, viste”

“é ótimo, ainda mais quando eu sou o forno que tá assando os bolinhos”

Zeca não conseguiu segurar o riso com o seu tom de ironia.

“chato!” ela o xingou e cutucou o peito dele com os dedos.

“au, deixas de ser marrenta” ele falou enquanto pressionou os lábios sobre a pulsação do seu pescoço.

Jeiza fez um pouco de charme, mas cedeu a investida quando ele pressionou os lábios quentes sobre a sua boca.

“chato”

Ela murmurou novamente contra os lábios dele enquanto Zeca abria a boca em uma tentativa de aprofundar o beijo. Quando conseguiu ele deslizou a sua língua entre os seus lábios para correr ao longo do interior da boca dela. Jeiza gemeu baixinho enquanto ele apertava a sua bunda na intenção de a puxar para mais perto. Ela também ansiou por mais contato e pressionou seus seios agora fartos e sensíveis duramente contra o peitoral dele, fechando as mãos em sua nuca. O beijo cresceu mais apaixonado e Zeca engasgou quando sentiu sua ereção pressionando firmemente o centro dela através do tecido fino.

“égua!” ele interrompeu o carinho abruptamente.

Jeiza o encarou confusa e ofegante, seus olhos saindo faísca.

Ele olhou envolta para checar se estavam ‘sozinhos’.

“esqueci uma coisa lá no quarto, nós devíamos buscar” ela murmurou contra a orelha dele.

Zeca concordou imediatamente enquanto lambeu os lábios vermelhos e inchados.

                                                     · · • • • ✤ • • • · ·

Los Angeles.


"hein?”

Zeca resmungou após sentir um cutucão nas suas costas.

“acorda, olha isso, olha”

Jeiza virou a tela do iPad para ele.

“é o que?” ele abriu os olhos sonolento, ainda era noite.

“olha aqui”

“égua!”

Jeiza bufou irritada com as imagens que estavam circulando por todo o twitter.

“não acredito que eles tiraram fotos nossas na praia lá em Miami”

Após quatro dias em Miami curtindo com Ruyzinho, os dois casais seguiram para Los Angeles. Jeiza havia aproveitado a ida para os Estados Unidos para resolver alguns compromissos pendentes com o UFC.

“égua que tu tás mostrando um pouco nesses retratos” ele sorriu admirado.

“e lá se foi nosso plano de manter a gravidez privada um pouquinho mais”

Apesar de Jeiza estar com 15 semanas (passando para o seu quarto mês de gestação) e os rumores da gravidez estarem cada vez mais fortes pela internet, o casal ainda não havia feito um anúncio público.

“mas olhe Jeiza, pelo menos não tem de quando a gente se animou na água”

“imagina? Deus me livre” ela suspirou aliviada.

“égua e agora posso posta um monte de retrato seu na minha página”

“nem se atreva” ela pegou um dos travesseiros da cama e deu na cabeça dele.

“égua, o que que tem?”

Ela estreitou os olhos e o encarou de cara feia.

“amor, tu estás linda”

Zeca retirou o travesseiro que caiu entre eles e colocou as mãos em seu estômago, que cada vez continha uma colisão maior.

“acho que senti algo” ela sorriu com a sensação.

“deveras?”

“ainda é bem sutil, mas sinto que é só você colocar as mãos e eles reagem”

“égua, que meus bolinhos ainda tão acessos, é?”

“pelo menos um” ela pegou a mão do marido “sente aqui embaixo, tenho certeza que é um deles”

Zeca não conseguiu sentir nada, ainda era muito cedo para ser aparente para o pai.

“eita Jeiza, que é bem teu filho, hein”

“olha quem fala” ela provocou.

“tu ainda achas que é um casal?” ele perguntou.

“é um casal, tenho certeza”

“égua, pois eu tenho certeza que é duas menina, viste?”

“você vai insistir nessa opção?”

“tu tá toda cheia de pavulagem”

“que foi? tem certeza da sua escolha não?”

“tenho, égua, pois eu mantenho”

“a aposta tá de pé então?”

“tu sabes que não sou homem de dá pra trás na minha palavra, égua”

“ótimo, espero que no próximo ultrassom a gente consiga descobrir” ela falou animada.

Zeca riu da sua confiança exagerada e depositou um beijo carinhoso em seu estômago, na sequência encostou a cabeça contra a sua pele e iniciou uma conversa com os bebês. Jeiza amava quando ele falava com os seus ‘bolinhos’, ele tinha o mesmo costume com a santa e ela sempre se divertiu presenciando os papos.

-

“achei a coisa mais fofa o anuncio de vocês no instagram”

Carol comentou enquanto os casais estavam a caminho do evento de luta na qual Jeiza era convidada.

“depois daquelas fotos na praia, não tinha mais jeito”

“falei isso para o Ruy, mas as pessoas amaram a notícia e agora talvez parem um pouco de especular”

“ou vão ficar ainda mais interessados” Jeiza suspirou.

“não se estressa com isso, vamos relaxar e aproveitar essa mini folga”

“você tem razão”

A amizade de Jeiza e Carolina tinha sido quase que instantânea desde que se conheceram. E nos últimos meses elas estavam ainda mais próximas.

“mas me fala do casamento, como tá os preparativos?”

“uma loucura” Carol sorriu “mas você sabe, Joyce tem tudo sob controle”

“eu imagino” Jeiza tentou não rir.

Semanas atrás Ruy e Carol haviam ficado noivos oficialmente em uma elegante festa de noivado realizada na casa dos pais dela.

“pensei de nós fazermos umas compras amanhã, quero comprar algumas coisas pro meu enxoval” a advogada sugeriu.

“eu topo”

“vocês podem ver algo pro enxoval dos bebês, aqui sempre tem novidades, você já comprou muita coisa?”

“na verdade a gente ainda não comprou quase nada de útil, apesar do Zeca, seu Abel e minha mãe já terem feito um estoque de coisas que eles acham bonitas”

“aw”

“pois é” Jeiza riu “então vai ser bem interessante ver algumas coisas por aqui”

“é, ainda mais agora que vocês encontraram uma casa, Ruy me contou”

“finalmente, eu já tava louca com essa procura”

“e é grande?”

“é do jeitinho que a gente queria, depois te mostro algumas fotos, tem bastante espaço”

“ai que delicia, eu moro em apartamento agora, mas amo a casa dos meus pais, sempre achei algo mais acolhedor, já avisei ao Ruy”

“apartamento é prático, né? mas não vejo eu e Zeca morando em um a longo prazo, quando a gente morou aqui em Albuquerque ele ficava agoniado, imagina com três crianças pequenas”

“o Zeca cresceu literalmente no meio da natureza, deve ser difícil acostumar com tanto concreto”

Jeiza assentiu.

“mas ele ficou animado com essa casa, agora a gente tá organizando tudo, daqui umas três ou quatro semanas vamos mudar”

“pode contar com a minha ajuda”

“obrigada, vou te chamar mesmo viu”

“chegamos!” Ruy interrompeu a conversa entre as mulheres.

“égua, que tá é cheio” Zeca observou.

“eu nunca assisti uma luta ao vivo, acreditam?” Carol informou.

“sério?” Jeiza sorriu.

“sério, to até ansiosa”

“acho que você vai gostar” Ruy piscou para ela.

Assim que saíram do veículo, Ruy e Zeca ajudaram suas respectivas parceiras e seguiram para a entrada.

Havia bastante imprensa no local, Jeiza e Zeca posaram para algumas fotos no tapete vermelho. Ele vestia calça jeans e camisa social. Enquanto Jeiza sustentou um vestido no seu estilo mantendo a colisão dos gêmeos em evidência, causando uma chuva de flashes curiosos.


                                                        · · • • • ✤ • • • · ·

No outro dia.


Depois da refeição extremamente satisfatória, Jeiza desamarrou o roupão confortável que colocará após o banho e mergulhou na cama. 
Apesar de cansada pelo dia de compras com Carolina, as vezes não era fácil adormecer sem Zeca ao seu lado, ela sentiu falta do cheiro dele, do corpo quente contra o seu, ela sorriu pensando e admitiu que foi mais dengosa nos últimos dias.

“Jeiza?”

Ela estava quase conseguindo cochilar, porém ao ouvir o barulho da porta e a voz do marido, seus olhos se colocaram abertos.

“acordada?”

“você demorou” ela respondeu com uma carranca.

“égua! tu me mandaste mensagem há exatamente” ele retirou o celular do bolso “48 minutos”

“é muito”

“tu que demoraste uma eternidade naquelas compras, viste”

“desculpa” ela sorriu culpada “a gente se empolgou”

“to vendo, arriégua” ele falou passando pelo meio de um monte de sacolas espalhadas pelo chão.

“e o que você fez nesse tempo?”

“eu mais Ruy tava numa feira de automóvel, tu tinhas que vê Jeiza, cada modelo pai d’égua”

“eu vi nos seus stories”

“égua, que seu Abel ias fica doidinho”

“ia mesmo”

“tu já comeste?”

“você demorou” ela deu de ombros.

“não faz mal” ele se aproximou da cama “tu não exagerastes nessa bateção de perna não, né?”

“estamos bem, marrento”

“hum” ele resmungou e acariciou seu estômago “vou me banhar”

“tá bom” ela respondeu sonolenta.

Zeca se abaixou a sua altura e plantou um breve beijo nos lábios dela. Jeiza correspondeu ao carinho e quando o marido se afastou para o banheiro ela finalmente conseguiu alcançar o seu indispensável cochilo.

-

Quase duas horas depois.

“que é?”

Jeiza resmungou ao sentir leves cutucões pelo braço.

“égua, dorminhoca”

Zeca sorriu para a cara dela toda amassada, ele pegou um pouco do seu cabelo emaranhado e retirou do rosto. Ele sempre achou que mesmo dormindo ela era linda, também foi inevitável não admirar o seu corpo nu perfeitamente delineado entre os lençóis finos.

“ahn” ela resmungou novamente, sem abrir os olhos.

“depois tu encrencas comigo porque dormiste muito e eu deixei”

Jeiza fez um som incompreensível e virou para o lado dele.

“ouviste?” ele perguntou e se aproximou do seu rosto, colocando seu nariz ao lado do dela e acariciando sua bochecha com a dele.

Ela abriu os olhos lentamente e soltou um longo suspiro.

“é muito tarde?”

“Ruy convidou a gente pra jantar com eles daqui a pouco”

“hum”

Jeiza fez cara feia quando ele arrastou sua bochecha barbada contra a dela divertidamente.

“falei pra ele que não vamos”

“por que?”

Zeca continuou a irritando de propósito com a barba contra a sua pele lisa.

“pára, seu chato!”

Ela reclamou enquanto pegou a cabeça dele com as mãos e afastou do seu rosto.

“porque tu precisas descansa, égua”

Quando ele se afastou Jeiza notou que Zeca só estava usando uma cueca boxer preta, instintivamente seus desejos se afloraram, o que não era algo totalmente inédito para ela quando se tratava deles. Mas com o avanço da gestação era notório que sua libido estava ainda maior, hormônios pensou.

“descansar, é?” ela levantou a sobrancelha.

“sim senhora, amanhã a gente tem um longo voo pra casa”

Jeiza se colocou sentada na cama, deixando os lençóis deslizarem do seu corpo.

“na verdade to pensando em algo mais interessante”

Zeca reconheceu imediatamente o olhar que ela o lançou e sorriu com a sensação. Foi uma surpresa para ele o quanto o apetite sexual dela havia se amplificado nas últimas semanas desde que foram liberados para todas as atividades sexuais.

“Jeiza....Jeiza....”

“que foi? tá cansado, marrento?” ela fingiu desentendimento.

“égua, tu largues de sonsice”

“não sou sonsa mesmo não”

Zeca ficou atônito com a provocação quando ela se colocou de pé totalmente nua e desfilou sua figura diante dos olhos dele.

“tu tás jogando sujo” ele resmungou.

“quem disse?”

“eu!”

Jeiza percebeu que a estratégia estava funcionando, ela observou a excitação dele agora bem aparente. Zeca tentou desviar o olhar do corpo dela, mas ela se aproximou e tocou toda a extensão do abdômen definido dele. Ele não a impediu, ela sorriu com satisfação e abaixou os dedos para a sua cueca, libertando o membro dele na sequência.

égua!” ele fechou os olhos e gemeu baixinho.

Ela abafou o riso quando observou a expressão dele ao sentir o toque das mãos dela o envolvendo totalmente.

“Jeiza-“  

Zeca tentou advertir, mas engasgou quando sentiu os lábios dela ao redor do seu comprimento duro. Seus olhos rolaram para a parte de trás da sua cabeça enquanto ela o guiava mais profundamente, o levando com habilidade em sua garganta estreita.

Ele gemeu para o teto, incapaz de registrar qualquer coisa além da sua língua o provocando enquanto o ordenhava. Jeiza continuou assim por alguns minutos até que para a consternação dele, ela se retirou totalmente. Zeca mordeu a língua enquanto abriu os olhos em sua procura.

Recuperando o fôlego, ela sibilou.

“tem alguma coisa pra me falar?”

Ele a encarou, seu comprimento rígido latejando.

Jeiza cerrou os dentes, as bochechas rosadas. Na sequência ela se colocou de pé a sua frente e voltou para a cama, o deixando plantado sozinho lá.

Zeca balançou a cabeça em descrença da sua atitude e cambaleou apressadamente para a sua direção.

Ela sorriu vitoriosa quando ele a alcançou e a envolveu por trás.

“tu me pagas, viste?” ele sussurrou contra o ouvido dela.

“pago como?”

Zeca não respondeu e apertou mais ela contra o seu corpo.

“assim?”

Jeiza perguntou enquanto puxou uma das mãos dele da sua cintura e posicionou mais embaixo, onde seu centro ensopado pulsava.

“égua”

Ele acariciou com seus dedos por um momento onde ela o queria, mas quando ela gemeu, ele cessou os movimentos.

“Zeca....”

Jeiza sentiu o sorriso travesso dele através do seu pescoço, então se soltou dos seus braços e subiu para a cama. Ela estaria no comando dos seus jogos hoje, ao menos ela pensava. Zeca balançou a cabeça presunçoso e subiu em cima dela tomando cuidado para não a esmagar com o seu peso. A lutadora usou a sua técnica e rolou para o topo, o deixando observar o sorriso vencedor em seus lábios e a maneira como as suas bochechas estavam coradas. Zeca estreitou os olhos e se inclinou para capturar a boca dela na sua. Suas mãos exploraram seu corpo tão suavemente que ela suspirou satisfeita em seus lábios. Quando ele a sentiu relaxar completamente, travou seus braços e os retornou para a posição inicial.

Antes que Jeiza pudesse protestar ele abaixou a cabeça e abocanhou um mamilo em sua boca, o provocando com a língua e os lábios até que ela gemesse de dor.

“continua....”

Ela ordenou quando Zeca a encarou preocupado, ele sabia que os seios dela estavam muito sensíveis e doloridos ultimamente. Entretanto cedeu ao seu comando e prosseguiu para o próximo mamilo. Jeiza se contorceu ofegando pesadamente durante a ação, quando finalizou o outro ele a olhou, o rosto dela foi cintilando em antecipação. Zeca agarrou seu comprimento latejante então, esfregando ao longo de sua entrada.

"marrento” ela choramingou, seus quadris balançando impacientemente contra ele.

Ele sorriu com satisfação e gentilmente empurrou dentro dela, observando suas dobras se separarem. Jeiza cravou mais forte suas unhas nas costas dele e ele gemeu baixinho com a sensação alucinante dela envolvendo todo o seu eixo, tão macia, quente e tão, tão molhada.

“eu te odeio” ela sibilou enquanto suas pernas se enrolavam em torno de seus quadris. 

Zeca gritou, surpreso quando as pernas dela se apertaram mais forte ao redor dele para puxá-lo para ela. Ele caiu para frente, mal conseguindo se segurar para não cair sobre ela. Jeiza suspirou suavemente, não se importando com o seu peso.

“tu te aquietes” ele rosnou, sentindo sua ereção se contrair enquanto ela pingava copiosamente. 

Jeiza lançou um olhar furioso para ele, Zeca não se importou recuando um pouco, mas a lutadora apertou suas pernas ao redor dele novamente, o guiando para dentro dela completamente. Ela reprimiu um gemido alto quando sua ponta se enterrou em seu canal encharcado, não querendo o assustar de novo.

Ele se afundou ainda mais dentro dela, ela estava tão quente e tensa. Jeiza abafou outro gemido involuntário contra a boca dele. O gemido repercutindo da sua garganta em sua boca fez um arrepio correr de prazer e ele pulsou, suas bolas se apertando já prontas para derramar.

“não vou dura muito contigo fazendo assim” ele choramingou contra os seus lábios.

Jeiza almejou, pressionando seus lábios nos dele em resposta. Ele a beijou ardentemente. Quando ele sentiu que ela se ajustou a ele, seu canal apertando seu eixo, ele se afastou e empurrou de volta nela com firmeza.

Ela afundou mais forte as unhas nas costas dele. Seus olhos se abriram para ver os olhos dele se abrindo.

Gentilmente, ele empurrou novamente.

Jeiza trouxe suas mãos para o rosto dele, ele sorriu passando o nariz ao lado do dela, suas bochechas roçando. Ela se inclinou novamente para a boca dele e ele a encontrou no meio do caminho, ansioso.

"ainda me odeias?” ele perguntou mordendo o lábio dela.

“sim!” ela respondeu com veemência e desceu as mãos para as suas bolas dando-lhe um leve aperto.

Zeca gemeu de consternação, mas começou a mover os quadris mais uma vez. Jeiza resmungou com a lentidão dos movimentos e ele capturou seus lábios novamente a silenciando, dessa vez o seu beijo foi feroz, contundente e exigente. Ela apertou os lábios e, sentindo sua ansiedade crescente, ela passou os dedos pelos cabelos dele, massageando seu couro cabeludo. O aumento do contato contínuo fez ela perder o pouco controle que a restava, seus quadris começaram a se mover por conta própria contra ele, seu núcleo agarrando e deslizando enquanto Zeca perseguia sua própria liberação.

Ele se afastou apenas alguns centímetros, seus lábios roçando levemente contra os dela enquanto ele informava.

“é isso, amor...e-"

"mais" ela gemeu alto.

Zeca acelerou como pôde, tentando ser cuidadoso com a condição dela e ela engasgou ao sentir a sensação de queimação que enviou um choque direto para seu clitóris. Jeiza deixou a cabeça cair para atrás quando a sua liberação a atingiu com força. Ela fechou os olhos atordoada, mas Zeca agarrou a parte de trás de sua cabeça, juntando suas testas suadas, o corpo dela tremendo e estremecendo embaixo dele.

Uma de suas mãos apertou a coxa dela enquanto ele sentia as suas paredes se apertando ao redor dele e ele se perdeu. Jeiza sentiu o calor dele a enchendo e continuou a moer os quadris contra o seu corpo, prolongando o orgasmo por tanto tempo quanto poderia.

Um sorriso esticou seus lábios enquanto eles desciam do clímax, seus olhos se abriram e Jeiza o alcançou novamente, a mão dela agarrou a nuca dele enquanto o puxava para outro beijo ardente.

“eu te amo” ela sussurrou.

“eu também lhe amo" 

Quando Jeiza sorriu tão genuinamente com a sua resposta, Zeca se pegou pensando que nunca deixaria de agradecer pelo dia que a conheceu. Por vezes ele se perguntou o que ele havia feito para merecer o privilégio de ganhar o amor dela. Não só isso, saber que ela queria passar a vida com ele, ter uma família quando ela poderia estar com qualquer outra pessoa.

Ele não tinha ideia de que horas eram quando os dois se separaram dos braços um do outro. Jeiza se virou em seu abraço e beijou seus lábios, suas bochechas, a ponta de seu nariz e sussurrou uma série de palavras carinhosas em seu ouvido antes que seus olhos ficassem pesados ​​e ele a encorajasse a descansar. 

Na sequência Zeca sorriu admirando a respiração dela se tornar mais profunda conforme ela caía cada vez mais fundo no sono. Ele agradeceu mentalmente mais uma vez pela sua sorte e antes de ceder ao seu próprio cansaço, esticou o braço e embalou a mão protetoramente contra o estômago dela.


Notas Finais




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