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História Detroit: Andróides e Humanos - Elijah Kamski


Escrita por: Carol2545

Notas do Autor


Bom dia, Boa tarde e Boa noite meus amores! Aqui está o capítulo de número 6 para vocês que acabou de sair do forno kkkk tenham uma boa leitura!

Capítulo 6 - Elijah Kamski


Fanfic / Fanfiction Detroit: Andróides e Humanos - Elijah Kamski

— Finalmente chegou em casa, acredita que não me deixaram passar a noite com você?

— Mas é claro que não deixaram, você só têm 16 anos — me sentei no sofá e deixei um suspiro escapar.

— Onde tão Connor e Hank?

— Os dois me deixaram aqui e foram pro interrogatório de Daniel sem mim.

— Mas por quê?

— Disseram que eu deveria descansar...

— O tiro acertou seu braço e não sua perna — ela respondeu e acabei dando risada.

— Já pra eles a bala me atingiu por inteira.

— Ei, o interrogatório não foi ontem a noite?

— Fowley achou melhor fazer nesta manhã.

— Bom, não fique triste — Kat se sentou ao meu lado com seu Notbook e digitou algumas palavras estranhas nele — Como não pode ir até lá pode ver tudo no conforto de sua casa — câmeras do Departamento apareceram na tela.

— Como consegue hackear câmeras tão fácil assim?

— Isso é a coisa mais fácil de ser feito — ela abriu a câmera do interrogatório e a colocou em tela cheia — Agora é só esperar eles chegarem.

Não demorou muito para finalmente o interrogatório começar e por enquanto tudo estava fluindo da maneira que deveria. Sem nenhum problema ou distrações, perfeito até demais para o meu gosto...

— Então descobriu que iria ser substituído por uma andróide com mais funções e não gostou nada da ideia, então matou o pai e fez a garotinha de refém, certo? — Perguntou Connor.

— Como eu disse amava muito eles, pensei que era parte da família, mas... era só um escravo... um escravo para obedecer ordens!

— Quando começou a sentir emoções?

— Quando comecei a me aproximar de Emma e do resto da família, eles todos me tratavam tão bem...

— O que sabe sobre rA9?

— O quê? Não conheço.

— Não está mentindo... ou está?

— Não sei quem é rA9 e muito menos o que isso significa, pode acreditar em mim.

— Terminei, tenente — Connor disse antes de se levantar.

— Fez um bom trabalho — Hank entrou na sala com Gavin.

— O que faremos com ele? Posso matá-lo?

— Você sabe muito bem que não, Gavin.

— Qual é, Hank, deixa eu ter um pouco de diversão — Gavin apontou sua arma para Daniel. Aquele idiota adorava ameaçar os outros pelo visto.

— Ei, precisamos dele vivo! — Connor protestou.

— Kat, faz alguma coisa! — Eu exclamava em desespero — Anda logo, vai!

— Calma aí! Espera que eu dou um jeito!

A vi digitar alguns números e letras estranhas e então Connor tomou a arma de Gavin e a jogou para longe. De repente algumas faíscas saíram do notbook e Connor deu um salto para trás.

— O quê?! Você é louca?! Hackear um andróide protegido pela CyberLife?!

— Calma, só vão ver que foi um anônimo que fez isso nada de mais.

— Mas... e aquelas faíscas que quase acabaram com seu notbook? Alguma forma de proteção pra evitar Hackers?

— Com certeza — a ouvi suspirar.

— Só... não faça isso de novo.

— Como eu queria conhecer o Sr. Kamski — ela dizia de uma forma sonhadora enquanto fechava seu notbook — Tenho tantas perguntas...

— Kamski... — coloquei a mão em meu queixo e olhei para Kat — Você é a melhor! — Dei um beijo em sua bochecha antes de pegar meu celular.

— O quê?

— Jade, não falamos que era pra ficar em repouso?

— Tenente tenho uma idéia fantástica que vai ser muito útil!

— Pf, diga...

— Vamos fazer uma visitinha pro Misterioso Sr. Kamski!

— O que você disse?! — Kat me olhou de boca aberta e eu dei uma piscadinha para a mesma.

— Só ele pode tirar as nossas dúvidas de uma vez por todas!

— É, parece ser uma boa ideia. Connor e eu daremos uma olhada nisso.

— Ei, vou junto!

— Não pode fazer esforço, já disse.

— Foi meu ombro que levou um tiro e não minhas pernas, tenente — revirei os olhos — Vou me arrumar, te espero aqui.

— O que disse? Você têm o que na cabeça?

— Tá se referindo dentro ou fora dela?

— Argh, se chegarmos aí e não tiver pronta vamos sem você!

— Fechado! — Desliguei e me levantei do sofá com um pulo.

 — Posso ir com você...? — Me virei e vi aquela carinha de cachorro abandonado que Kat sempre fazia quando queria algo.

— Você sabe que... — fui interrompida.

— Por favor, eu imploro! — Ela se ajoelhou aos meus pés e agarrou minha perna com força — Juro te obedecer...

— Kat...

— Jade...

Respirei bem fundo.

— Ok, ok, pode ir.

— Você é a melhor! — Ela me abraçou, deu um beijo em minha bochecha e saiu correndo até o banheiro. Tenho que admitir que é engraçado vê-la assim.

...

Finalmente iríamos conhecer o misterioso e famoso criador dos andróides. Muitas expectativas rondavam minha mente, o que faziam me deixar cada vez mais nervosa.

Sentamos nas poltronas da sala de estar esperando Chloe retornar.

— Kat, não toque em nada! — A puxei para longe do enorme quadro com a imagem de Elijah. Isso que eu chamo de amor próprio.

— Mas é maravilhoso!

— Espero que não invente de encher aquele cara com um monte de perguntas.

— Não viemos aqui pra isso?

— Viemos aqui pra fazer perguntas sérias.

— E as minhas não são?

— Claro que não.

— Connor, espero estar animado pra conhecer seu criador — dizia Hank —, porque eu tô muito animado pra conhecer o meu...

— Tenho certeza de que quer ver o seu criador no momento certo e sem Roleta Russa — cruzei os braços.

— Com licença? — Chloe se aproximou — Sr. Kamski está a sua espera, poderiam me acompanhar por gentileza?

Concordamos e a seguimos até uma sala onde havia uma enorme piscina e mais algumas Chloe dentro dela. Vimos a nossa frente um homem alto virado de costas.

— Somos da Polícia de Detroit. Sou a Detetive Jade, este é Tenente Anderson, Andróide RK800 Connor e Kataryna.

— Ai meu Deus, ai... meu... Deus... — ouvia Kat sussurrar quase perdendo o fôlego de tanta emoção. Ela amava mesmo esse homem, só falta se oferecer para casar com ele.

— O que uma bela dama como a senhorita faz aqui? — Kamski perguntou ao se virar para mim com um sorriso em seus lábios.

— Sr. Kamski — tentei manter a calma —, viemos fazer perguntas.

— Se vieram dar a sua mão em casamento aceito — ele segurou minha mão e depositou um leve beijo nas costas da mesma.

— Nunca mais lave essa mão — Kat sussurrou novamente e deu um leve risadinha.

— Pode colaborar, por favor? — Hank tomou a frente perdendo a paciência — Suas criações tão se revoltando.

— Divergentes, incríveis não? Liberdade, direitos e sentimentos... Raiva, amor, ódio... Como máquinas podem criar isso de uma hora para a outra?

— Queremos respostas e não mais perguntas.

— É uma questão bastante complexa de entender ou muito mais fácil do que imaginamos — Kamski continuava a falar, ignorando o comentário de Hank — Todas as respostas podem estar bem a sua frente ou talvez não.

Aquele papo sem conheço e sem fim estava me deixando louca.

— Por favor, poderia, apenas, nos responder? Será rápido — explicou Connor, o que fez Kamski levantar uma sombrancelha e alargar o seu sorriso.

— Então você é a última chance da CyberLife de acabar com toda essa história de divergência?

— Sou um protótipo enviado pela CyberLife com o objetivo de acabar com os divergentes.

— "Protótipo"? Será mesmo que é um ou será que existem outros e você não saiba?

Kamski parecia estar tramando algo, mas o que...?

— Onde quer chegar com isso? — Questionei curiosa com sua resposta que não foi uma das melhores.

— Conhece o chamado "Teste de Kamski"? É para testar a divergência dos andróides — ele tirou de uma gaveta que havia lá perto uma pistola e chamou uma de suas andróides, que se ajoelhou — Connor, se atirar no andróide respondo todas as suas perguntas — a arma foi parar na mão de Connor e ele o fez aponta-la na cabeça de Chloe.

— Foda-se — resmungou Hank — Obrigado pela atenção, mas temos que ir. Desculpa te tirar da piscina.

— Vai mesmo falhar em sua missão? Não foi programado para isso.

Olhei para Connor e vi seu LED amarelo, algo parecia estar acontecendo com ele e isso me preocupava.

— Connor, Jade e Kataryna, vamos embora agora!

— Vai mesmo fazer isso? Você sabe as consequências.

— Tenho certeza de que podemos conseguir as respostas sozinhos como uma equipe! — Desta vez foi eu quem protestei. Não iria deixar isso se estender mais.

Os olhos de Connor encontraram os meus e mostraram todo o medo e preocupação que sentia naquele exato momento.

No meio daquela situação tensa consegui dar um sorriso para ele, na tentativa de tranquiliza-lo e, por incrível que parece, na mesma hora seu LED ficou azul novamente e sem nenhuma hesitação devolveu a arma para Kamski, que o olhava intrigado pela atitude repentina do investigador andróide.

Antes de sairmos da casa Kamski disse um frase que me deixou com uma pulga atrás da orelha:

— Sempre coloca saídas de emergência nos meus programas.

Eu ia questiona-lo, mas Connor segurou meu pulso delicadamente, me puxando com ele para fora do local.

— Por que não atirou? — Perguntou Hank parando de andar e o encarando com os olhos cemicerrados.

— E-eu não sei... Olhei nos olhos da garota e... não consegui! Desculpa, tudo bem?!

Tenente continou a olha-lo por alguns segundos.

— É, acho que tenha feito a coisa certa.

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Notas Finais


Foi isso por hoje, obrigada por chegar até aqui! Nos vemos no próximo capítulo, até mais meus anjinhosss!!


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