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História Digimon Transverse - Demiurgo contrariado


Escrita por: DigimonT

Notas do Autor


Prólogo + Capítulo 1

Capítulo 1 - Demiurgo contrariado


Fanfic / Fanfiction Digimon Transverse - Demiurgo contrariado

Essa obra é uma fanfiction criada por um fã da franquia Digimon ( Dejimon/ Digital Monster ) de propriedade da Toei Animation e Bandai.

 

 

DIGIMON TRANSVERSE

 

PRÓLOGO

 

 “No começo... Havia um criador sem alma, Demiurgo, e havia a verdadeira forma do mundo, Ideia. Só existiam almas caóticas e disformes em todo o universo. Demiurgo não conhece o ser que o criou, nem sabe da existência das almas, nem de Ideia. O mundo que ele criou foi meramente uma sombra do verdadeiro mundo” – Digimon Adventure Tri

 

  Yaldabaoth, o Demiurgo, possuía a cabeça de um leão e o corpo de um dragão serpente, filho ou pai do caos, não materializa suas criações ex nihilo (nada surge do nada), mas a partir de um estado preexistente de caos, tentando dar a forma para que tudo seja o melhor ou mais similar possível ao modelo eterno.

 

CAPÍTULO 1 –  DEMIURGO CONTRARIADO

 

 Em uma dimensão diferente de tudo o que se pode imaginar, onde sua materialização se fez possível, Yaldabaoth, o Demiurgo, viu que os mundos existentes estavam em início de caos e, apesar de não ter lembranças do modelo de mundo ideal, nenhum daqueles já passavam perto do que ele desejava, estavam se distanciando cada vez mais disso, inclusive. Observou mais um pouco, e confirmou para si o que ainda estava com dúvida. – Destruir para reconstruir... – pensou.

- Ainda que seus feitos não possam ser questionados, peço que reconsidere, Criador. – Uma voz serena que vinha de outro ângulo lhe disse. Era Homeostasis, uma inteligência presente em todos os mundos quânticos, com a função de estabelecer o equilíbrio entre eles, podendo percorrer o seu pensamento por diversas dimensões por não ter uma existência física. – Os mundos ainda permanecem evoluindo, as oscilações não quebram o equilíbrio... – continuou, mas foi severamente interrompida.

- Eu sou Yaldabaoth! Possuo tudo, inclusive o nada se assim julgar necessário. Sou o criador do caos e o após ele. Cabe apenas a mim julgar as minhas decisões! – esbravejou

- Permita-nos, grande Demiurgo! Fomos criados desde o começo, sabemos de seu incontestável poder de agir, mas... – uma terceira voz, um pouco mais temerosa, invadiu o espaço.

- Por sermos quem somos, Criador, podemos justificar nossa intromissão por acreditar que está se precipitando! – disse mais uma voz, dessa vez mais firme e decidida.

Era o dono da primeira voz, Kairós, o deus do tempo oportuno, que olhava com reprovação para Aion, deusa do tempo infinito e das eras e a segunda a interromper, por ter se pronunciado de forma “incisiva”, ao seu ver, na conversa.

- Não existe erro em mim. Mergulharei em mais caos esses mundos que em nada mais me agradam, definharei e recriarei quantos mundos mais forem necessários, até alcançar o mundo Ideal! Vocês fazem parte da criação, sabem que sequer podem cogitar impedir a mim e minha soberana função! – disse Yaldabaoth, com sua enorme cabeça de fera. Seus olhos agora estavam literalmente em chamas de fúria, suas presas pareciam ainda maiores e seu longo corpo de dragão serpente vibrava, emitindo um som aterrorizante e grave, dando a sensação que todo o espaço estremecia, ameaçando as entidades que ousaram tentar lhe repreender.

Kairos e Aion se olharam, perceberam naquele momento que o único jeito de impedir o Demiurgo, seria colocar em prática o plano que a Homeostasis havia criado, caso ele não os entendessem.

- Sabemos da nossa subalternidade perante a sua existência, e que jamais poderíamos impedi-lo. Cogitamos que nossa intromissão poderia fazer com que reconsiderasse, Criador. Faremos então com que compreenda que a harmonia que zelo desde o início das eras, ainda existe...– respondeu Homeostasis, enquanto uma aura iluminada cobria o corpo de Kairós e Aion – Empresto o meu poder a vocês, em troca de fazerem o que é necessário para manter o equilíbrio entre os mundos – continuou.

- Tem a nossa palavra! – respondeu Aion, energicamente.

- Se não formos dizimados antes, conseguiremos! – ponderou Kairós, temeroso porém ciente que aquele era o único meio.

- Não entendo como pretendem perder as suas existências na tentativa de me eliminar por conta de mundos que posso destruir e recriar! Admiro a coragem e não fico satisfeito em ter que despejar minha destruição sobre vocês! - disse Yaldabaoth como esperado pelas entidades, pois sabiam que como Demiurgo, não era mau nem bom, com amigos ou inimigos.

- Não é bem por aí. Apesar de Criador, tem muita coisa que você realmente não entende e vamos providenciar que entenda! – disse Aion, enquanto batia o punho fechado sobre a palma da outra mão aberta.

- Você ainda vai acabar com a nossa existência pela sua ousadia! – Kairós repreendeu mais uma vez a sua audaciosa deusa irmã.

Sabendo que precisava ser rápido pois não haveria outra oportunidade, Kairós avançou para o imenso Demiurgo, que fez o mesmo, porém desviou o mais próximo que podia enquanto tirava magicamente da palma de sua mão esquerda um emaranhado de fios do tempo, formando uma rede, que depois se expandiu por todo o corpo de Yaldabaoth, o cobrindo completamente, como uma espécie de cápsula.

- Aion!!! Sei que também é deusa do tempo, então sabe que não temos muito! Agora!!! – disse ele, com a cabeça em direção à irmã, enquanto continha com muito esforço o Demiurgo.

Aion colocou a mão dentro do seu próprio peito, formando uma luz enquanto sua mão atravessava o seu corpo, de dentro dele, retirou quatro arcos com escritas dos deuses, três deles ela atirou sobre o espaço, o quarto ela quebrou em um ponto, tornando-se uma espécie de fita. Avançou numa extrema velocidade, passando pela gigantesca cápsula, que se mexia bruscamente, mostrando que não resistiria tanto tempo. Fazendo surgir três feixes de luz sobre ela, cortando a grande estrutura em três partes de tamanhos diferentes. Em seguida, Aion se colocou ao lado oposto do seu irmão, deixando a cápsula entre eles. Utilizando energia que saía das mãos, os irmãos comprimiram os fragmentos, fazendo com que eles ficassem minúsculos e passáveis pelos arcos, que se tornaram portais para outros mundos e tempos. Usando o pouco de vitalidade que lhes restara, lançaram os fragmentos em arcos separados, que após a passagem dos fragmentos, iam aos poucos diminuindo de tamanho.

- Quem diria que o plano insano de usar diferenças de tempos e mundos quânticos distintos para enviar o Demiur... – antes de terminar a frase, Aion percebeu que os pés do seu irmão começaram a se desfazer, transformando-se em poeira luminosa branca e azul. Olhando para os seus, percebeu que o mesmo acontecia, se desfazendo em poeira branca e rosa.

- Ainda não sabemos se tudo correrá bem, sabemos apenas que gastamos tudo o que tínhamos... – respondeu Kairós ainda ofegante – Mas sei que vamos nos ver novamente, Aion!

- De algum jeito, em algum lugar, e no tempo certo! – falou Aion, que pensava em acenar de forma positiva para o seu irmão, mas seus braços também já haviam se tornado poeira – Até lá!

 Kairós não teve chance de resposta, pois todo o seu corpo já havia se desfeito, mas Aion conseguia imaginar a resposta positiva de seu irmão. Antes que percebesse, seu corpo também já não tinha forma, e agora como poeira, os deuses do tempo foram absorvidos por diferentes arcos, que se fecharam por completo e se desfizeram.

Então, aquela dimensão começou a ruir em explosões, pois havia perdido o seu propósito junto com a capacidade de materializar, em sua totalidade e imensurável energia, o Demiurgo Yaldabaoth, que havia sido contido, fragmentado e tido suas partes enviadas para diferentes mundos e diferentes tempos.

 

 



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