Junto de MetalGreymon, K avançou voando em direção a Dukemon, o digimon dinossauro lançou seus misseis, mas eles foram facilmente defendidos pelo grande escudo do Royal Knight, que não sofreu sequer um arranhão; em seguida, MetalGreymon lançou seu braço de metal, Dukemon usou sua lança para desviar o ataque e enrolar a corrente de propósito, girando-a de forma que os seus oponentes batessem nas árvores ao redor e no chão, soltando depois a corrente.
Sem dar tempo para que eles se levantassem, Dukemon girou sua lança no alto, criando um enorme e poderoso redemoinho de fogo, logo jogando-o na direção dos dois amigos; MetalGreymon abraçou K, protegendo-a, e o ataque, de grande alcance, os atingiu em cheio, deixando ambos no chão, com o digimon dinossauro já bem ferido.
- MetalGreymon! Você está bem!? – Disse K, se levantando e sacudindo seu amigo, que tentava se levantar.
- Poderoso demais... Ele mal saiu do lugar e já estamos assim... – Disse MetalGreymon, ofegante.
- É tudo o que tem? Hunf, que patético, não consigo entender como foram considerados ameaças para nosso deus. – Disse Dukemon, friamente.
- Dukemon! Não lembra de nós!? Você nos protegeu na Ilha Arquivo! Lá você estava sem essa corrupção, o que houve com você!? – Disse K, olhando nervosa para o lendário digimon.
- Não. Como poderia sequer ter protegido um ser inferior como você e um traidor? Vocês estão fazendo mal ao Digimundo e atrapalhando tudo, meu dever é dar um fim nisso de uma vez por todas. – Retrucou Dukemon.
- Nós estamos fazendo mal!? Isso é o Mephistomon! Seu dever era proteger a justiça, o verdadeiro Digimundo e os digimons! Acorda Dukemon! – Disse MetalGreymon.
- Calem-se! – Disse Dukemon, ficando sua lança no chão e fazendo com que vários raios de luz surgissem no chão, onde K e seu parceiro estavam.
O ataque fez com que vários pilares de luz saíssem do chão e atingissem a dupla, a luz parecia fogo e os dois amigos sentiam muita dor dentro de seus corpos, não fora.
- K! – Disse MetalGreymon, vendo que sua amiga também foi atacada e tentava se levantar.
- Não passam de estorvos, fracos. Sumam da minha vista, não são nem dignos do meu verdadeiro poder. – Disse Dukemon, em tom de desprezo.
- Até parece... Nós chegamos até aqui...e espera que a gente desista!? Saiba...que nós também não usamos todas as nossas forças! Eu e MetalGreymon...vamos te fazer abrir os olhos e derrubar essa coisa bizarra atrás de você! – Disse K, ofegante e conseguindo ficar de pé.
Aquilo era um blefe, K e MetalGreymon sabiam disso, eles já haviam usado todos os seus melhores ataques em apenas alguns minutos de luta, enquanto que Dukemon nem havia saído de seu lugar; porém, ainda assim, eles não tinham muita escolha, ainda mais vendo que o oponente deles era o digimon de Takato.
Então, MetalGreymon e K, juntos de novo, investiram mais uma vez, tentando usar estratégias diferentes, distrações, ataques com mais força, tudo contra Dukemon, mas o Royal Knight nem piscava, não saiu de onde estava e conseguiu rebater perfeitamente o avanço da dupla todas as vezes, os machucando mais e os afastando sempre. Porém, em todas as vezes, os dois amigos voltavam a se levantar, a “luta” seguiu dessa mesma maneira por mais de uma hora, a jovem K estava machucada e cansada, MetalGreymon ainda pior, mas, depois de mais um ataque em cheio, ambos voltaram a se levantar.
- Até quando pretendem seguir com isso!? O esforço de vocês é inútil contra mim, reconheçam a fraqueza de vocês de uma vez. – Disse Dukemon, impaciente com a persistência dos seus oponentes.
- Somos teimosos...então...eu posso continuar o dia todo! Não vamos parar...até termos te derrotado...e derrubado a árvore que dá poder ao Mephistomon! – Disse MetalGreymon, exausto.
- Uma pessoa...me fez prometer...algo importante...e não é desistindo que vou conseguir cumpri-la! Vovô Takato...não, o Takato, lembra dele!? Ele era seu parceiro...e eu prometi para ele que te salvaria quando te encontrasse! – Disse K, encarando Dukemon com determinação, ofegante.
Ouvir o nome de Takato surpreendeu Dukemon, ele logo balançou a cabeça, mas, vendo essa reação, K e seu digimon sorriram.
- Do que estão rindo!? Eu não entendo o que estão dizendo... – Disse Dukemon, confuso.
- Eu sabia... O verdadeiro Dukemon ainda está aí...e essa corrupção não pode segura-lo para sempre! – Disse K, sorrindo. – Se quisesse mesmo nos matar...já teria feito isso, mas ao invés disso você pede para irmos embora...
- Dukemon, lute contra a corrupção! Precisamos de você aqui! Para derrotar Mephistomon...e salvar o Digimundo! – Disse MetalGreymon.
- Que audácia! Minha intenção era mata-los desde o início, mas confesso que a resistência de vocês me surpreendeu... Porém, ousar pedir para que eu me rebele contra meu deus é imperdoável! – Disse Dukemon, nervoso.
- “Deus”? Mephistomon está mais para diabo! – Disse K, confusa.
- Hum? Não... Estou falando de algo acima de Mephistomon, ele não passa de um fantoche. – Disse Dukemon.
- Como é!? – Disse MetalGreymon, chocado.
- Tem outra coisa...além do Mephistomon!? – Disse K, muito surpresa.
- Não precisam pensar muito, eu não permitirei que se levantem uma próxima vez. – Disse Dukemon, sumindo da vista dos dois amigos.
Eles se assustaram, mas não tiveram tempo de tomar uma providência, pois Dukemon apareceu atrás deles e os atacou com um chute giratório, fincando sua lança no chão para isso; MetalGreymon e K foram lançados separados, então o Royal Knight avançou na direção da humana com a intenção de perfura-la com sua lança, porém, o inimigo sentiu ser puxado pelas pernas e viu que MetalGreymon havia usado seu braço-corrente para isso.
- Não vou deixar que machuque a K mais! – Disse MetalGreymon, irritado.
- Só preciso te matar antes dela então. – Disse Dukemon, que aproveitou o puxão e investiu contra o seu oponente com seu escudo, batendo nele com tudo.
Jogando, e arrastando, MetalGreymon pelo parque, Dukemon tentou perfurar o dinossauro fatalmente, mas ele conseguiu segurar a lança e ainda disparou bolas de fogo contra o digimon corrompido de perto; isso não o feriu, mas foi o suficiente para afasta-lo um pouco. Dukemon não pretendia deixar MetalGreymon em paz, por isso voou atrás dele e ambos começaram a lutar, com o Royal Knight provocando ataques mais efetivos e fortes, enquanto MetalGreymon não conseguia fazer nada.
- Nossa força não é o bastante...se isso se estender mais ainda... – Disse K, olhando preocupada para a luta totalmente desigual.
Sabendo a diferença enorme de forças, K decidiu tentar apostar nas lembranças de Dukemon, com isso a jovem correu pelo chão, tentando se aproximar da batalha.
- DUKEMON! Me escuta! O Takato não morreu há anos atrás! Ele estava vivo...e sempre pensou em você! Por favor, pare de fazer isso e me escute! – Disse K, com todas as suas forças.
Ouvindo aquilo, Dukemon sentiu uma forte dor na cabeça, depois olhou raivoso para onde K estava, então o Royal Knight perfurou MetalGreymon com sua lança, conseguindo joga-lo na direção da humana que, ao ver seu parceiro caindo em sua direção, começou a correr para se afastar. Porém, assim que o dinossauro caiu um pouco distante dela, formando uma cratera no chão, Dukemon pousou rapidamente bem em cima de K, fazendo a menina cair no chão por causa do estrondo, e logo a prendeu com seu escudo.
- Eu já estou perdendo a paciência com você... Pare de repetir o nome “Takato”, eu não o conheço! – Disse Dukemon, furioso e logo criando uma luz em seu escudo, prestes a atacar K enquanto pressionava o objeto mais ainda.
- Conhece sim! Vocês eram amigos...eram parceiros...e se amavam muito! Tinham o brasão da coragem...como eu e o MetalGreymon! Dukemon, por favor! – Disse K, não conseguindo se ver livre daquela situação.
- CALA A BOCA! – Gritou Dukemon, assustando a jovem e já prestes a atacar.
Antes que o ataque de luz de Dukemon saísse do escudo, MetalGreymon pulou nas costas do digimon corrompido, surpreendendo ele e conseguindo ergue-lo, dando chance de K se levantar e correr.
- Me solte! Deveria estar sangrando até morrer! – Disse Dukemon, nervoso.
- Eu disse...que não deixaria você ferir a minha parceira! Não lembra...? Você mesmo me disse isso na Ilha Arquivo...e tentou proteger seu parceiro no passado também! – Disse MetalGreymon, aproveitando sua posição e atirando seus misseis nas costas de Dukemon, bem de perto.
Naquela proximidade, o ataque de MetalGreymon fez um tipo de efeito e incomodou o Royal Knight, com isso o digimon de K pulou e voou até se afastar dele, caindo de joelhos no chão, e sangrando, por causa dos ferimentos e cansaço.
- METALGREYMON! – Gritou K, correndo até seu amigo. – Ei! Aguenta firme!
Ver K, preocupada, ao lado de MetalGreymon, fez com que um pedaço antigo da memória de Dukemon voltasse: um garotinho estava ao lado dele na lembrança, em seu nível anterior, e o humano aparentava preocupação e chamava seu nome; com isso, uma grande dor possuiu a cabeça do Royal Knight, fazendo com que a memória sumisse de novo, então, ele apontou seu escudo na direção onde a dupla estava e, dele, lançou um grande raio de luz.
O ataque não só atingiu os dois amigos, com o digimon protegendo sua parceira, mas também os lançou para fora da área de perigo do parque, os colocando praticamente na frente de todo o exército e a polícia, que ficaram de boca aberta.
- Ai ai...droga... MetalGreymon... – Disse K, se levantando, fraca e cansada.
Antes que pudesse chegar perto de seu digimon, que estava caído na sua frente e tentando se levantar, a jovem sentiu ser puxada e, ao ver quem era, se surpreendeu com o policial a segurando e todos os outros apontando suas armas para MetalGreymon.
- Fique longe dele, mocinha, nós cuidamos do resto! – Disse o policial segurando K, sério.
- HÃ!? Não! Espera, ele não é mal! É meu amigo! – Disse K, confusa e apontando para seu parceiro.
- Não diga bobagens! Olhe só para você, aquela criatura te feriu demais! – Disse o homem. – Homens! Fogo!
Seguindo a ordem, todos os policiais atiraram com tudo o que tinham em MetalGreymon, que tentou se proteger com suas mãos na frente, mas ele estava tão fraco que até as balas das armas estavam lhe fazendo mal.
- NÃO! PAREM COM ISSO! – Gritou K, preocupada e tentando se soltar do policial. – Vocês estão atrapalhando tudo! Não machuquem o MetalGreymon!
Os homens não deram atenção e continuaram atirando, K estava extremamente preocupada com a situação, então ela mordeu a mão do policial e o chutou em suas partes vulneráveis, conseguindo se livrar dele, e correu na direção do digimon.
- CE-CESSAR FOGO! PAREM! – Gritou o policial “ferido”, preocupado.
Por sorte, as poucas balas que ainda foram lançadas não acertaram K, mas os policias estavam confusos do que fazer.
- MetalGreymon! Temos que voltar para lá! Consegue voar!? – Disse K, preocupada e subindo no ombro de seu amigo.
- Sim... Não se preocupe... – Disse MetalGreymon, voando mal e conseguindo voltar para o campo de batalha, longe dos policiais.
Dukemon ficou surpreso, e aborrecido, com o retorno de seus oponentes, mas logo riu levemente ao ver ambos caindo no chão, de tanto cansaço.
- Parece que não possuem mais forças, então ajudem minha missão e continuem parados. – Disse Dukemon, preparando outro tornado com sua lança.
- Não podemos...perder para ele...MetalGreymon... Logo agora que...finalmente voltei para casa... – Disse K, tentando levantar e, com seu esforço, fazendo surgir uma luz pixelizada e consistente em seu punho direito, onde segurava seu Digivice. – Eu não quero...desistir...não podemos desistir!
- Eu também...quero proteger a K..., sua mãe...seu lar...e salvar o Dukemon! – Disse MetalGreymon, tentando se levantar.
No momento em que o tornado foi lançado, MetalGreymon lançou o máximo de bolas de fogo que podia, conseguindo minimizar a força do ataque, que só jogou os dois amigos mais para trás. Logo em seguida, MetalGreymon se levantou e voou contra Dukemon, começando um combate de perto contra ele de novo, que mal saiu do lugar; K também conseguiu ficar de pé, ofegante, percebendo a luz em seu punho e acreditando que, talvez, eles tivessem uma chance de ganhar se persistissem mais.
Porém, algo um pouco além da luta dos digimons chamou a atenção de K: em um dos vários monumentos naquele parque, um em especial parecendo uma torre, a jovem viu que havia algumas poucas crianças e um adulto escondidos, eles pareciam apavorados. K ficou preocupada com a proximidade com que aquela família e os digimons estavam, então, sem pensar duas vezes, ela correu na direção do monumento; aquela ação chamou a atenção dos dois lutadores, mas, conhecendo sua amiga, MetalGreymon nem olhou e apenas se empenhou em impedir que Dukemon prestasse atenção.
Ao chegar lá, K se aproximou das pessoas com cuidado, que ficaram surpresas.
- Tá tudo bem... Só sobraram vocês aqui no parque ou tem mais alguém? – Disse K, cansada e ferida, mas tentando se manter sorrindo.
- Não... Acho que só nós, acabamos presos aqui dentro e com medo depois que essa árvore cresceu... – Respondeu o adulto, tentando se acalmar.
- Certo...então escutem só: quero que me sigam, lá na frente é a saída e está cheio de policiais! Eles vão cuidar de vocês! – Disse K, séria e apontando na direção que foi jogada antes. – Não precisam ter medo, aqueles digimons não vão chegar perto de vocês!
Hesitantes, a família concordou e, com as instruções de K, seguiram em fila na direção apontada por ela, enquanto a própria acompanhava eles observando os digimons com o olhar, tendo certeza de que eles não se aproximariam. Em certo momento de suas defesas dos ataques de MetalGreymon, Dukemon viu a cena de K guiando mais humanos para fora do parque e, com isso, mais uma lembrança voltou: uma de seu jovem parceiro ajudando seus outros amigos humanos, corajosamente, em meio a um ataque de digimon.
Irritado e sofrendo com aquela lembrança e com a corrupção, Dukemon empurrou MetalGreymon e avançou na direção da jovem e dos outros humanos.
- CORRAM! ESTÃO QUASE LÁ! – Gritou K, fazendo com que os humanos se separassem dela e conseguissem sair do parque depois.
K se manteve parada e usou seus braços para tentar se proteger, quando Dukemon estava para bater nela com o escudo, MetalGreymon pulou e conseguiu pegar a capa dele, o forçando a frear e apenas empurrar um pouco a menina.
- DROGA! Quantas vezes pretendem se levantar!? É tão difícil só morrer!? – Disse Dukemon, ainda na mesma posição, nervoso.
- Todas as vezes...que forem possíveis! Eu e MetalGreymon...não podemos parar de lutar, não podemos parar de tentar...se não, muita gente e digimon irá morrer! Não vamos morrer até que, ao menos, derrotemos Mephistomon! – Disse K, se levantando e correndo na direção de Dukemon, acertando um soco no escudo dele, machucando seu punho direito que ainda brilhava. – Você não vai nos atrapalhar...e também não vamos te abandonar! Cumprirei a promessa que fiz ao vovô Takato! Dukemon!
De novo, outra lembrança: seu parceiro também usava óculos de aviador parecidos com aquele na cabeça da jovem e, assim como K, apresentava uma coragem e resistência invejáveis. Porém, aquilo só serviu para irritar mais ainda Dukemon, que berrou de dor e saltou bem alto, levando MetalGreymon com ele, e então conseguiu chutar o seu oponente, que caiu no chão perto de K. No céu, Dukemon girou e disparou vários tiros de luz ao redor do parque, destruindo muita coisa e, também, atingindo a dupla algumas vezes, que foi ferida mais ainda e jogada para trás de novo.
Dukemon voltou ao chão, mas algo em sua cabeça o impediu de avançar de novo contra os seus caídos oponentes, o que o fez cair de joelhos. Um pouco longe de lá, MetalGreymon voltou a ser Agumon e K, que também estava com seu punho de volta ao normal, rastejou até ele, preocupada.
- Agumon...fala comigo... – Disse K, exausta.
- K...eu estou bem... – Disse Agumon, sentindo dor ao tentar se levantar.
- Se ao menos tivéssemos mais um pouco de força... – Disse K, nervosa. – Eu sei que não temos chance Agumon..., mas...eu quero voltar e lutar! Eu escolhi não desistir mais, não chorar mais...seguir meu coração, e não conseguirei essas coisas se desistir agora!
- Uhum...eu sei...e também penso assim! Sei que sou fraco, mas quero lutar! Quero mais do que nunca fazer o Dukemon voltar ao normal! – Disse Agumon, determinado.
- Então vamos mais uma vez! – Disse K, sorrindo e conseguindo se levantar, assim como Agumon.
- KARINA!
A voz da mãe de K assustou os dois amigos, eles olharam para trás e viram a mulher correndo, ofegante, na direção deles, com uma moto parada mais atrás.
- Mãe!? Como você-
- MEU DEUS! Olha só seu estado... – Interrompeu a adulta, abraçando K e observando os ferimentos aparentes dela. – Karina! O que eu disse sobre não sair do apartamento!? Você não deveria estar aqui! Eu vim o mais rápido que pude, apesar da loucura do transito, para te buscar!
- Hã!? Não, não... Mãe, eu não posso voltar com você e também não podia ficar em casa! Eu disse que meu objetivo era destruir aquela coisa, mas não podemos fazer isso sem lutar! – Disse K, se afastando do abraço da mãe.
- E eu disse que você não participaria mais dessa bagunça perigosa! Você está toda ferida e cansada...isso não é o que eu queria para você! Já chega disso e pare com essa teimosia! – Retrucou a adulta, segurando forte no braço da filha.
- E eu disse que você não podia me impedir! Não tem noção do quanto essa luta vale!? Eu sou uma Digiescolhida e essa é minha missão! Eu e Agumon precisamos lutar para salvar o Dukemon, as pessoas daqui e talvez o mundo todo depois! – Disse K, irritada com sua mãe.
- PARA! Coragem e idiotice são coisas diferentes, e agora você não está sabendo diferenciar! – Disse a mulher. – Não vê que tudo isso é inútil!? Olhe só para aquilo! Não tem nada que você, uma criança, possa fazer para impedir o fim! Por favor Karina...só desista e venha fugir comigo!
K ficou perplexa com sua mãe, tanto que soltou seu braço à força.
- Já chega... Você não faz ideia do que eu passei nesses meses, do que vi e vivi... Eu vi gente e digimons sofrendo, morrendo! Eu e meus amigos choramos, nos ferimos, rimos e passamos por muitas lutas! Não só nós, muitos humanos e digimons depositaram suas esperanças e se sacrificaram acreditando em nós! – Disse K, furiosa. – Você não tem o direito de dizer que tudo isso foi inútil! Não tem direito de me pedir para deixar tudo isso para lá! Como pode ser assim!? Como pode não se importar com as vidas dos outros mesmo sendo médica!?
A adulta ficou nervosa e abalada, então voltou a segurar forte no braço de K, que tentou se soltar, Agumon não sabia o que fazer naquela situação.
- Eu me importo! Eu me importo! Mas eu só não consigo perder outra pessoa que amo! Eu jurei te proteger...eu te criei sozinha, enfrentei milhões de dificuldades...e tudo isso para tentar garantir que ficasse segura! – Retrucou a mãe, com os olhos marejados. – Você vai me obedecer e vai parar com isso!
- NÃO! Me solta! Eu não sou criança para me proteger mais! – Disse K, tentando se soltar e sem conseguir.
- É SIM! É minha filha...e eu não vou aceitar te perder para um ato bobo de heroísmo! Nesse mundo, arriscar a vida pelos outros só te mata! – Disse a mãe.
- Do que você tá falando!? Nada disso é bobo e muito menos os atos de heroísmo! – Disse K.
- São sim! Eles tiraram seu pai de mim...e não vou deixar que levem você também! – Disse a mulher, ofegante.
Ouvir a menção ao seu pai, por alguma razão, fez com que K parasse de resistir e olhasse confusa para a mãe que, ao se dar conta do que disse, ficou nervosa.
- O que meu pai tem a ver com isso...? Ele morreu de doença, então do que está falando mãe!? – Disse K, confusa.
- Isso...não é verdade... – Respondeu a mãe, tristemente. – Seu pai era um policial exemplar e muito corajoso...eu não sei a quantidade de vezes que ele se arriscou pelo que era certo...e eu amava isso nele. Mas...um dia, quando eu estava grávida de você já, ele estava de folga e saímos para almoçar... Lá houve um assalto à mão armada, os assaltantes mandaram todos abaixarem e ameaçaram atirar... Seu pai percebeu que eles eram jovens e que não conseguiriam manter o controle, então ele agiu para impedir o assalto e incapacitou um assaltante enquanto imobilizava outro, dando chance para todos lá dentro saírem..., mas o outro criminoso pegou a arma que estava no chão e...atirou no seu pai.
Agumon e K ficaram surpresos, principalmente a jovem.
- Mesmo ferido, ele segurou o outro assaltante até que a polícia chegasse e os levasse, mas os ferimentos à bala que ele sofreu foram muito sérios e a ambulância demorou a chegar... – Disse a mulher, chorando e fazendo uma pausa para se acalmar. – Seu pai morreu porque fez mais do que devia...e nos deixou sozinhas. Desde então eu jurei não permitir que algo assim acontecesse com você...e por isso também evitei te contar a verdade.
K não sabia o que dizer e muito menos o que pensar, ela sentiu um mal-estar no estomago e as lágrimas começaram a cair de seus olhos.
- Me perdoa Karina...eu só-
- PARA! – Gritou K, interrompendo a mãe. – Por que...? Por que nunca me disse!? Era meu pai e eu merecia saber antes! Como pode ainda dizer que o que ele fez foi errado!? Ele deu sua vida pelo nosso bem e das outras pessoas!
- E onde isso o levou, hein!? Você cresceu sem pai e eu sem um marido amoroso...e tudo por causa de coragem e de persistência! – Retrucou a mulher.
K balançou a cabeça, não acreditando no que estava ouvindo, então conseguiu se livrar das mãos de sua mãe.
- É inacreditável... Papai foi um herói...e mesmo sabendo como ele morreu e não tendo o conhecido, eu sinto orgulho dele! Mas de você... Eu prefiro lutar até morrer como ele do que crescer e ser egoísta como você! – Disse K, olhando furiosa para sua mãe, correndo na direção da luta. – VAMOS AGUMON!
Agumon, mesmo confuso, correu atrás da amiga e logo Super Digivolveu direto para MetalGreymon, com sua parceira subindo em suas costas e ambos voando na direção de Dukemon, que já havia se levantado; sua mãe foi deixada para trás, atônita e chateada com tudo o que acabou de ouvir, a adulta caiu no chão, abalada, e só pôde observar a batalha mortal de sua filha.
- K...você está bem? – Perguntou MetalGreymon, no meio de seus ataques, preocupado com sua parceira.
- Tô sim... Vamos focar em vencer aqui! – Disse K, limpando as lágrimas de seu rosto, tentando parar de pensar e de se chatear com o que ouviu.
Nos longos minutos seguintes, quase completando duas horas de batalha intensa, MetalGreymon, junto de K, atacaram Dukemon com todos os esforços que tinham, enquanto que o Royal Knight se defendia e contra-atacava todas as vezes; não importava mais o que K falava para o digimon corrompido, ele parecia se irritar e atacar com mais fervor todas as vezes que o nome de Takato era mencionado. Então, em outra tentativa de arrumarem vantagem na luta, a dupla tentou diversas vezes derrubar a árvore sem ter que derrotar Dukemon, mas o Royal Knight, apesar de seu nervosismo na luta, não abandonou sua missão e foi capaz de defender o local todas as vezes.
Enfim, já no horário da manhã, K e MetalGreymon chegaram no limite do cansaço, os dois completamente feridos, e caíram no chão depois do último ataque de luz de Dukemon, com o dinossauro voltando para sua forma de novato; porém, apesar disso, a humana e seu parceiro fizeram de tudo para tentarem se levantar de novo, mas, dessa vez, não conseguiram.
- Agora acabou... Os esforços de vocês devem ser reconhecidos realmente, mas desde o início vocês não tinham a menor chance contra mim, afinal ainda falta muito para que eu lute com todo o meu poder. – Disse Dukemon, suspirando.
- Nós ainda podemos também... – Disse K, caindo no chão de novo, cansada.
- Eu vou acabar primeiro com você, Digiescolhida. – Disse Dukemon, apontando sua lança na direção de K, com a ponta brilhando.
K não conseguia se mexer, muito menos Agumon, então, quando um tiro de luz foi disparado da lança de Dukemon, o digimon amarelo ficou desesperado.
- K! – Gritou Agumon, sem conseguir sair do lugar.
Porém, antes que o tiro acertasse K, alguém pulou e empurrou a jovem para longe da linha de tiro; os dois digimons ficaram surpresos e K também, principalmente ao perceber que a pessoa que a salvou era sua mãe.
- Mãe...? Por que...? – Disse K, perplexa.
- Sendo criança ou não... Você ainda é minha filha e eu sou sua mãe, meu dever é te proteger...e ao menos no fim quero fazer certo. – Disse a mulher, ofegante e olhando para sua filha. – Karina...eu sei que pode nunca me perdoar pelo que fiz e disse, mas ao menos queria que entendesse como me senti perdida e apavorada quando seu pai morreu...e eu sabia que teria de cuidar de uma criança.
A adulta passou sua mão delicadamente no rosto de K, enquanto sorria tristemente.
- Eu posso não entender nada disso sobre digimons e ser Digiescolhida...e também não sei pelo que passou, mas eu nunca deveria ter menosprezado suas experiências e esforços. – Disse a mãe, se levantando. – Eu sou uma pessoa horrível sim, covarde, egoísta...muito diferente de seu pai, é melhor mesmo que seja como ele, eu já tenho orgulho de você assim..., mas eu era teimosa demais para admitir. Não queria que me odiasse, só que não te culparei por isso...eu achei que estava fazendo meu melhor, mas pensando bem sempre te preveni de várias coisas pensando que estava lhe protegendo.
Enquanto falava, a mãe de K ficou de costas para a jovem no chão, caminhando para ficar mais de frente para Dukemon.
- Só que quando voltou ontem eu notei... Você cresceu, se fortaleceu e aprendeu muitas coisas, já não é mais uma menininha...e eu não queria aceitar isso. Na verdade, meu lado mãe ainda não gosta da ideia de ver você lutando e correndo esses riscos..., mas depois de tudo o que me disse e de ver você e seu digimon lutando eu tomei uma decisão. – Continuou a adulta, com as pernas tremendo, mas se mantendo firme na voz. – Quero te apoiar, quero te ver crescer, quero saber mais das suas histórias e entender esse seu novo mundo...eu entendi que, se eu te impedir de seguir seu caminho, aí sim terei lhe perdido para sempre.
- O que está dizendo mãe!? Não é seguro aqui! Eu...eu... – Disse K, preocupada.
- Não tem como eu mudar meu pensamento de uma hora para outra, mas por você eu quero começar agora! Também amo minha cidade, meus pacientes, meu mundo...e você, não quero que nada disso se perca e se o único jeito de salvar tudo é deixar você lutar, então eu...eu...vou fazer isso! – Disse a mãe, determinada e olhando para Dukemon, séria. – No que eu puder, quero te ajudar, por isso estou aqui! Sei que é meio tarde, mas quero fazer valer minha posição como mãe...e te proteger direito aqui e agora!
- Humana tola, essa batalha não tem a ver com você. Desapareça! – Disse Dukemon, apontando, agora, a lança para a mãe de K e preparando o ataque.
A mãe de K não se moveu, ela estava apavorada, mas queria fazer valer tudo o que disse para sua filha, ela realmente queria mudar agora, queria encarar sua filha de igual para igual e, para isso, tinha que tomar coragem e protege-la uma última vez. K estava desesperada, ela tentava se levantar e não conseguia, Dukemon, então, disparou seu ataque luminoso.
- MAMÃE! – Gritou K, desesperada.
Agumon foi rápido e pulou, empurrando a adulta e a salvando do ataque, com isso, K engatinhou até os dois, tentando se levantar e caindo logo em seguida; Dukemon estalou a língua, aborrecido com tantas interferências.
- Você...me salvou...? – Disse a adulta, olhando para Agumon, surpresa.
- Claro...você é...minha família também... – Disse Agumon, ofegante.
- Mãe! Você tá bem!? Poxa! Como pôde fazer uma loucura dessas!? – Disse K, chorando e preocupada com sua mãe. – Eu...eu...não quero te perder!
- Há há há... E eu pensei que tinha herdado essas loucuras do seu pai, mas parece que não... – Disse a mãe, rindo baixinho e passando a mão nos cabelos de K. – Eu falei sério filha...sei que não sou perfeita, mas quero me esforçar para te entender agora...
- Mãe... Eu sinto muito! Me desculpa por ter brigado com você...eu sei como foi difícil para você sozinha, e mesmo assim eu fiquei brava... – Disse K, abraçando a mãe, chorando. – Eu sinto muito orgulho de você! Sempre senti...e eu quero proteger esse mundo para viver nele com você! Tem tantas coisas que quero lhe mostrar...por isso...por isso...
- Tudo bem, nós duas estamos perdoadas então... – Disse a mãe, chorando também e retribuindo o abraço de K, logo olhando para Agumon. – Também peço desculpas para você... Eu prometo te tratar melhor, obrigada por me salvar e por ter protegido minha filha por tanto tempo...
- Não faz mal... Eu estou feliz em ver que as duas se deram bem de novo! Eu odeio ver a K triste, então estou contente agora! – Disse Agumon, sorrindo.
- Mas...como vai vencer esse...digimon, filha? – Disse a adulta, soltando a filha, preocupada. – Parece impossível...
- É, eu sei..., mas não é! Não pode ser! Eu não vou desistir...tenho fé que vamos vencer e também o contrário não é permitido! – Disse K, corajosamente.
- Eu também não vou desistir! Enquanto ainda pudermos ficar de pé, podemos lutar! – Disse Agumon.
- Isso aí... Mamãe, obrigada, você me deu mais forças para lutar e agora eu e Agumon temos mais uma chance! – Disse K, se levantando junto de sua mãe. – Mas quero que fique longe daqui, é perigoso.
- Ainda pretendem lutar!? – Disse Dukemon, incrédulo.
- Certo... Tomem cuidado, vocês dois. – Disse a mulher, hesitante, correndo mais para trás da batalha.
- Já dissemos que sim! Não pretendemos parar tão cedo! – Disse Agumon.
- Mas os dois não tem mais poder nenhum... É impossível! – Disse Dukemon.
- Nós não temos poder..., mas vamos criar mais juntos! Eu e Agumon passamos por muitas coisas juntos...e escolhemos um caminho para seguir! Nele nós não podemos desistir, sempre lutamos, protegemos quem estiver na nossa frente e seguimos nossos corações! É assim que queremos viver e é assim que vamos te salvar, derrotar você, o Mephistomon e quem quer que esteja acima dele! – Disse K, corajosamente e segurando seu Digivice na mão direita. – Eu não sou a única a lutar aqui e também não serei a única a perder! Com a minha força e a do Agumon unida...nós vamos proteger minha mãe, minha cidade e todo mundo, humano e digimon!
- Vamos unir nossas últimas forças e lutar! É assim que sempre lutamos e vencemos, contra você não será diferente! – Disse Agumon, corajosamente.
Com aquelas falas, Dukemon sentiu outra dor na cabeça, com uma pequena lembrança dele ao lado de seu parceiro no passado também, o brasão e o Digivice de K brilhavam cada vez mais forte agora; surpreendendo o Royal Knight, a dupla avançou correndo em sua direção, gritando com todas as suas forças, Agumon começou a disparar suas chamas sem parar e, por instinto, Dukemon pôs seu escudo na frente para se proteger, ele não precisava e não sabia porque o fez e porque ainda o estava fazendo.
Quanto mais se aproximava de Dukemon, mais a luz dos objetos de K crescia e logo ela rodeou o seu punho como antes, mas não apenas isso, ela também cresceu a ponto de cobrir todo seu braço e ir cobrindo o resto de seu corpo aos poucos.
- Continua atacando Agumon! – Disse K, já preparando seu punho direito para um soco. – Vamos com toda a nossa força!
- SIM! – Disse Agumon, acompanhando a amiga e ficando coberto com a mesma luz também.
- O que...é essa...ameaça que estou sentindo!? – Disse Dukemon, nervoso e ainda usando o escudo para se proteger.
Então, quando a dupla finalmente chegou na frente do escudo, K e Agumon atacaram ao mesmo tempo, ambos com socos e, no mesmo instante, a luz branca ficou muito mais forte e prejudicou a visão dos que estavam próximos, até chamando a atenção das pessoas de fora; aquele ataque e a luz, incrivelmente, empurraram Dukemon até ele bater na árvore que, rapidamente, se reergueu e ficou chocado ao presenciar a nova forma do digimon de K:
WarGreymon, é um digimon dinossauro guerreiro, seu nível é extremo e agora seu corpo era quase humanoide, seu tamanho havia se equiparado ao de Dukemon e também usava armadura pelo corpo, mas não completamente: ele usava um capacete em sua cabeça, que diminuiu, metálico e muito parecido com os outros que usava nas formas anteriores, com espaço para os olhos que eram verdes, seu cabelo curto e vermelho continuava o mesmo, mas um pouco mais curto, seu pescoço estava protegido por uma camada de ferro e metal de armadura; usava armadura metálica em todo seu peitoral, com alguns cabos vermelhos no meio e na região ligando aos ombros, usava ombreiras médias e redondas, com um espinho grande e para cima, seus dois braços não eram totalmente protegidos por armadura, revelado sua pele amarela e músculos, seus cotovelos estavam desprotegidos, mas na região por cima dos braços ele usava um tipo de grande luva de metal, com três garras afiadas e compridas na ponta, onde ele as segurava por baixo, elas eram presas em seus pulsos por peças de metal e dois cintos, dava para ver que suas mãos era um pouco mais humanas, com cinco dedos, mas ainda com garras. Usava uma tanga metálica na cintura, mas suas duas coxas eram desprotegidas, tendo apenas armadura na parte da frente de suas panturrilhas, que era pontuda e metálica, presa nas pernas por cabos, seus pés eram grandes, com três dedos e três garras afiadas; em suas costas ele levava um grande escuto pentagonal, que abria um pouco como asas de besouro, e levava o símbolo do brasão da coragem nele. Por fim, as cores de boa parte de sua armadura eram prata, mas os cabos eram vermelho, assim como um detalhe ao redor dos espinhos dos ombros e no meio da proteção das pernas, o resto todo de sua armadura era de cor amarelo, com apenas o brasão da coragem estando na cor branca.
- Incrível... – Disse a mãe de K, impressionada.
O digimon não estava mais envolto em luz, mas K estava e ambos estavam com os olhos emitindo a mesma cor, logo eles se entreolharam e acenaram positivamente com suas cabeças, como se tivessem combinado algo. Logo, K olhou na direção de Dukemon e, como um relâmpago, WarGreymon correu até ele e atacou com suas garras, o Royal Knight defendeu com sua lança e depois o empurrou com seu escudo; o digimon de K se recuperou rápido e ambos os digimons voaram um contra o outro, começando uma batalha corpo a corpo violenta e veloz no céu.
K não transparecia mais os movimentos de seu digimon, apenas seguia a direção dele com o olhar a parecia se comunicar com ele de outra forma, mas ainda sentia os mesmos danos que ele e isso preocupou um pouco a mãe da jovem que, mesmo assim, permaneceu onde estava. WarGreymon, em meio aos seus ataques, girou seu corpo e formou um tornado, atacando Dukemon com isso que, mesmo se defendendo com o escudo, foi jogado para o chão, o Royal Knight também passou a lutar mais à sério e disparou seus ataques de luz mais fortes para cima de WarGreymon, que desviava do possível e contra-atacava também.
- Mesmo tendo alcançado esse nível...vocês não podem me vencer! – Disse Dukemon, formando um tornado de luz muito maior do que antes e acertando WarGreymon.
Sem intervalos, Dukemon também começou a tentar perfurar seu oponente com sua lança, WarGreymon desviava, mesmo recebendo alguns arranhões, e atacava com socos e chutes quando podia. Um tempo depois, os dois foram para o chão, ambos ofegantes, mas, ainda assim, Dukemon estava muito menos machucado que WarGreymon, e consequentemente K; o Royal Knight fincou sua lança no chão e logo pilares de luz começaram a sair do chão, os dois amigos pularam para desviar dos ataques como podiam, mas o número de luzes era muito maior do que a última vez e, para escapar de danos mais sérios, WarGreymon pegou K e eles voaram bem alto.
- Mesmo com esse novo poder...ele está em um nível diferente. – Disse WarGreymon, cansado.
- Vamos continuar tentando, além disso...nosso objetivo principal não é derrotar ele. – Disse K, em cima das costas do parceiro.
Por mais minutos à frente, WarGreymon e K travaram uma batalha mais igual contra Dukemon, mais ainda pareciam longe da vitória, os dois amigos já estavam cansados e como aquele poder era novo, não sabiam por quanto tempo poderiam mantê-lo, a luz ao redor de K estava ficando mais fraca ao passar da luta. Então, em uma tentativa de acabar com tudo, WarGreymon se posicionou no céu, acima de Dukemon, ergueu os braços e uma imensa bola de fogo se formou lá em cima, em seguida ele arremessou o ataque no Royal Knight, que pôs seu escudo para se proteger.
A luz gerada pelo impacto do ataque foi enorme, uma grande fumaça surgiu, mas Dukemon estava ileso, com apenas uma mísera rachadura em seu escudo.
- Eu disse que não adianta... HÃ!? – Disse Dukemon, tirando o escudo da frente e ficando surpreso por não encontrar os seus oponentes mais.
Em um ataque surpreendente, K e WarGreymon avançaram pelo outro lado, caindo na direção de Dukemon, preparando um chute cada um; o Royal Knight ficou tão surpreso, que nem teve tempo de se proteger, ele levou um chute combinado do digimon e da humana na cara, caindo para trás.
- ACORDA DE UMA VEZ! – Gritaram K e WarGreymon, enquanto atacavam.
Naquele instante, com Dukemon no chão, os dois amigos estavam ofegantes, mas K notou que a corrupção no corpo do Royal Knight se abalou um pouco. Porém, antes que ela comentasse algo a respeito, Dukemon atirou com o poder de seu escudo, um poder mais forte do que usado nas outras vezes, acertando a dupla em cheio e aproveitando o momento de distração deles para isso. K e WarGreymon foram muito machucados, os dois foram jogados para trás e um pouco separados, os olhos deles voltaram ao normal e a luz ao redor do corpo da jovem enfraquecia mais; mas, enquanto os escolhidos estavam no chão e exaustos, Dukemon se levantou muito bem, com poucas marcas daquela luta em seu corpo.
- Maldição... – Disse WarGreymon, tentando se reerguer.
- Me assustaram um pouco, mas nossos níveis são bem diferentes. – Disse Dukemon. – Agora está na hora de encerrar isso, já perdi a paciência!
- Estávamos...tão perto... Se o WarGreymon tivesse mais um pouco de... – Disse K, conseguindo ficar de joelhos, logo notando a luz ao seu redor. – É o meu...poder...?
Com isso, K teve uma ideia. Era loucura, arriscada, mas era exatamente esse o seu estilo, ela apostaria tudo em uma única ação, confiaria tudo para seu parceiro digimon. K ficou de pé com dificuldade, pegando seu Digivice com as duas mãos, ofegante, mas WarGreymon e Dukemon ficaram confusos.
- WarGreymon...eu vou...te passar todo o meu poder restante! Estamos perto de vencer...então...eu confio em você pra salvar o Dukemon e derrubar aquela porcaria atrás dele! – Disse K, olhando para o amigo longe de si, sorrindo e logo se concentrando, aumentando a luz ao seu redor e fazendo o Digivice brilhar também.
- Que!? Isso é... – Disse Dukemon, que logo teve outra lembrança dolorosa, dessa vez de seu parceiro também dando todo seu poder para ele em sua última luta.
- Pare...K! Isso é perigoso... Se me der todo seu poder, você pode-
- Tudo bem! – Interrompeu K, passando toda a sua luz, sua força, para o Digivice. – Eu não vou morrer...só confia em mim também! É nossa última cartada, vamos vencer essa juntos!
Em segundos, todo o poder de K foi para seu Digivice, fazendo com que a luz ao seu redor sumisse em um instante e que ela começasse a perder a consciência; antes que a jovem caísse no chão, o poder acumulado no Digivice foi para WarGreymon, dessa vez o cobrindo com a luz de sua amiga.
- WarGreymon...por favor...vença... – Disse K, já no chão, desmaiando logo em seguida.
- KARINA! – Gritou a mãe, preocupada, sem poder se aproximar da filha ainda.
Sentindo todo o poder e sentimentos de sua parceira, WarGreymon se recuperou completamente, gritando e avançando, mais rápido ainda do que antes, na direção de Dukemon. O digimon de K começou a atacar o Royal Knight com empenho e força, ignorando ataques dele e apenas usando todo seu poder para superar os golpes de Dukemon, conseguindo, finalmente, pressiona-lo e feri-lo a ponto de deixa-lo preocupado; quanto mais WarGreymon atacava, mais a corrupção no corpo do Royal Knight o prejudicava e parecia diminuir, pouco tempo depois, deixando o inimigo ofegante, WarGreymon se afastou um pouco.
- Como...é possível...? Essa força veio do nada...e depois de terem caído para mim tantas vezes... Como você pode estar tão forte agora!? – Disse Dukemon, confuso.
- Dukemon...você, acima de todos, deveria entender bem! É assim que é quando eu e a K unimos forças, toda a coragem, confiança...o poder dela está transbordando dentro de mim! É esse o resultado de quando um digimon e um humano lutam juntos! – Disse WarGreymon, corajosamente e rapidamente girando, formando um tornado gigante ao seu redor e indo em direção ao inimigo. – JAMAIS SUBESTIME NOSSO PODER OUTRA VEZ!
Dukemon tentou defender o ataque com seu escudo, mas foi inútil: além do objeto ter rachado mais, a força do golpe foi tanta que empurrou o Royal Knight, tirou a corrupção dele e ainda passou direto pela árvore de Mephistomon, cortando ela ao meio. Antes que a grande árvore tocasse o chão, ela se tornou em dados e sumiu, assim como todas as raízes no Brasil e na América do Sul; as pessoas que assistiam àquilo pela televisão e internet estavam confusas, mas se impressionaram e comemoraram, até mesmo a polícia ali perto.
Assim que tudo pareceu ter acabado, a mãe de K correu na direção aonde sua filha estava desmaiada, WarGreymon voou até lá também, pousando no chão, e voltando a ser Koromon, pulando até a amiga, preocupado.
- K! KARINA! FALA COMIGO! – Disse a mãe, pegando a filha no colo e a chacoalhando sem parar, quase chorando.
- K...por favor, acorda! – Disse Koromon, tristemente e também ao lado dela.
Recuperando sua consciência, Dukemon se sentou, confuso um pouco e já livre da corrupção, ele, ao ver K ainda inconsciente, se ajoelhou próximo a ela.
- Ela está...? – Disse Dukemon.
- NÃO SE APROXIME! – Disse a adulta, nervosa.
- Calma, agora ele não vai fazer mal... – Disse Koromon, pulando em cima de K em seguida. – Ei, K, nós conseguimos, acorda!
Depois de segundos de tensão e tentativas, K começou a mostrar sinais de que ia despertar, o trio estava extremamente aliviado.
- Mamãe...? Koromon...? – Disse K, se sentando lentamente, parecendo confusa.
- Graças a deus! – Disse a adulta, abraçando a filha forte. – Eu pensei que o pior tinha acontecido...
- K! Você está bem? – Disse Koromon, pulando nos braços da amiga.
- Estou sim... Quer dizer, ainda me sinto meio fraca, mas vou melhorar! – Disse K, sorrindo. – Sabia que ia conseguir Koromon, você foi demais!
- Nós dois conseguimos juntos, derrubamos a árvore! – Disse Koromon, alegre.
- E me salvaram também, serei eternamente grato por isso... – Disse Dukemon, chamando a atenção do trio.
K e sua mãe se levantaram, a jovem segurando seu digimon, e logo olharam para Dukemon, que continuava agachado para conversar melhor.
- Ficamos felizes que está de volta, não precisa dever nada, afinal fiz uma promessa. – Disse K, olhando docemente para o grande digimon.
- Eu...não consigo entender ainda. Mesmo corrompido, eu escutei as vozes de vocês...e mencionaram o Takato bastante, além de falarem de uma tal promessa... – Disse Dukemon, tristemente.
- Ah é... O vovô Takato não morreu naquela batalha final de vocês! Ele sobreviveu e voltou para esse mundo! – Disse Koromon.
- Não... Isso não pode ser verdade! Eu enterrei ele...lembro disso, eu tenho certeza de que Takato morreu! – Disse Dukemon, abalado.
- Pode-se dizer que foi um milagre, nem ele sabia explicar... O vovô Takato tentou te reencontrar, te chamou muitas vezes, mas você não apareceu. Aqui no mundo humano ele cresceu, construiu família, viveu tentando te ver de novo e criou uma organização para proteger os digimons e os dois mundos, a Agência Tamers. – Disse K. – Foi também o responsável por ajudar a escolher os novos Digiescolhidos...e ele me ensinou muita coisa, já idoso e com a melhor neta do mundo, a Kyoko.
Dukemon estava chocado, ele não sabia o que dizer e o que pensar, mas seus sentimentos foram imediatos: lágrimas se formaram em seus olhos e começaram a cair, o Royal Knight logo abaixou a cabeça.
- Takatomon...ele estava vivo esse tempo todo e eu... Eu estava tão fechado de tristeza e raiva...que nem sequer o ouvi me chamar. – Disse Dukemon, tristemente e chorando. – Que parceiro idiota eu sou...
- Não diga isso, se eu achasse que a K morreu, acho que também teria pirado um pouco... – Disse Koromon.
- Saiba que ele nunca sentiu raiva de você, então não se martirize, ele não ia gostar disso. – Disse K, dando de ombros.
- Uau...eu não sabia disso... – Disse a mãe de K, surpresa.
- Então...foi o Takato que ajudou vocês e seus amigos esse tempo todo... Aonde ele está!? Eu gostaria muito de vê-lo e de dizer várias coisas... – Disse Dukemon.
K e Koromon logo ficaram deprimidos, aquilo parecia muito cruel, ter que dar esperança para um digimon e logo depois tira-la dele, mas era a verdade e ele merecia saber.
- Dukemon...eu...sinto muito mesmo... Há pouco tempo atrás, o vovô Takato...se foi. – Disse K, muito triste.
- Ele já estava doente, mas as coisas complicaram e ele não conseguiu... – Disse Koromon.
De novo, Dukemon foi pego de surpresa; ele bateu forte a lança no chão e tentou não chorar de novo.
- Um pouco antes disso acontecer...ele me encorajou a não desistir, disse que acreditava na gente para impedir toda essa confusão...e me fez prometer que te salvaria se eu te encontrasse. – Disse K, olhando séria para o digimon guerreiro. – Foi por isso que não podíamos perder para você...e o vovô Takato pediu para lhe dizer que sentia muito por tudo...
Dukemon passou segundos em silêncio e de olhos fechados, procurando se acalmar, então ele levantou a cabeça e olhou para os dois amigos lutadores, percebendo que eles mantinham o mesmo tipo de olhar de quando lutaram a momentos atrás e, também, de quando os conheceu pela primeira vez na Ilha Arquivo.
- Eu entendo... Obrigado por terem me dito a verdade e por tudo o mais... Já sei o motivo do Takato ter apostado até o fim em vocês, eu também já tinha feito isso antes na Ilha Arquivo... – Disse Dukemon, em um tom gentil e igual ao de seu falecido parceiro. – Eu falei que se tornariam muito fortes, lembram? Seus olhos me dizem que cresceram muito e eu pude sentir isso na pele.
- Muita coisa aconteceu, mas foi tudo graças a você e ao vovô Takato! – Disse Koromon, feliz.
- Exatamente, vocês dois, mesmo não sabendo disso, ajudaram a nós dois e meus amigos demais e ficamos fortes com essas chances que deram para a gente. – Disse K, sorrindo. – Mas ainda assim...nem chegamos perto de te vencer, mesmo alcançando o nível extremo no susto...
- Não digam isso, eu nunca havia sido pressionado assim desde que ganhei essa forma. Foram capazes de me forçar a atacar com tudo e ainda danificaram meu escudo... Não duvido de que no futuro os dois me superem. – Disse Dukemon. – A união de vocês foi admirável...e a coragem me lembrou de quando eu e Takato lutávamos juntos.
A dupla ficou corada e gostaram dos elogios, afinal vinham de um Royal Knight e ainda do digimon de Takato, mas logo K recuperou sua postura, afinal ainda não podiam ter uma conversa casual como aquela.
- Dukemon, eu queria saber sobre essa confusão toda... Quando estava corrompido, você disse que Mephistomon era só um fantoche... – Disse K, séria.
- Além disso, como acabou corrompido? – Perguntou Koromon, curioso.
- Isso mesmo... Não é hora para brincar ou chorar, tenho coisas de extrema importância para dizer para vocês. – Disse Dukemon, sério. – Primeiro sobre a identidade de nosso inimigo... Mephistomon não passa de um mero fantoche realmente, ele era um antigo inimigo que seguia as ideias de Yggdrasil, junto de outros seis digimons, e na época eu e meus amigos os derrotamos e os selamos para que não fizessem mal para o Digimundo. Porém, um dia, nós no continente Folder fomos pegos de surpresa por uma energia má e misteriosa...isso era o princípio da corrupção, a criatura que apareceu na nossa frente libertou Mephistmon e usou seu corpo como casulo...e eu e meus camaradas ficamos chocados em saber quem era.
O trio estava tenso, até mesmo a adulta, que não entendia as coisas bem, estava curiosa sobre a história de Dukemon.
- Nada mais e nada menos do que a própria Yggdrasil. – Continuou Dukemon. – Eu não sei como ela sobreviveu a nossa última luta..., mas aquele poder era dela, definitivamente, ela não nos disse nada e apenas lutou contra nós, usando Mephistomon, e a situação toda culminou para que os meus amigos fossem os primeiros a serem corrompidos...
- Yggdrasil!? – Disseram K e Koromon, incrédulos.
- O que é isso? – Perguntou a mãe de K, confusa.
- É tipo o deus dos digimons, mas era má... Ela devia ter sido destruída por vocês, é o que as histórias falavam! Como é possível!? – Disse K, nervosa.
- Eu não sei, como eu disse... Eu tenho certeza de que acabamos com ela anos atrás, mas foi ela quem apareceu diante de mim com a corrupção e derrotando os meus amigos... – Disse Dukemon, pesaroso. – Eu consegui fugir de lá, mas Yggdrasil me perseguiu e lutou comigo de tal forma que não pude avisar Gennai ou ninguém mais. Quando finalmente ela parou, passei a ser caçado por digimons corrompidos por ela e sobrevive escondido e tentando voltar para o continente Folder, onde ela se escondia, mas não estava dando certo...eu já estava fraco e sabia que logo seria corrompido. Foi quando soube dos novos Digiescolhidos e decidi confiar tudo a eles...e depois de ter protegidos vocês na Ilha Arquivo, fui levado para Yggdrasil e ela me corrompeu.
- Puxa...então o nosso verdadeiro inimigo é a deusa do Digimundo!? Saber disso explica a força absurda de Mephistomon... – Disse Koromon.
- Essa guerra não começou ano passado...é a continuação da luta que o vovô Takato lutou! Yggdrasil...eu não acredito que essa maldade toda é dela! É imperdoável! – Disse K, irritada.
- Um deus está causando isso tudo!? Oh céus... – Disse a mãe de K, temerosa.
- Se já naquele dia eu não pude lutar, agora Yggdrasil deve estar muito mais poderosa com todos os dados que ela reuniu... Temo que ela possa finalmente concluir seus desejos. – Disse Dukemon, nervoso. – E eu fui um meio para que ela chegasse tão longe...eu feri vocês dois, tentei mata-los, defendi ela e mesmo depois de ter lutado tanto para destruí-la! Mesmo depois de perder meus amigos...!
- Dukemon, nós não vamos deixar ela vencer! Ainda é muito confusa essa história, mas definitivamente nós não deixaremos que tudo o que aconteceu até hoje seja em vão! – Disse K, corajosamente. – Nosso objetivo não mudou, ainda vamos lutar e parar essa confusão toda, seja um deus o inimigo ou não!
- O vovô Takato, os outros Digiescolhidos e todos os que se sacrificaram até aqui não foram em vão! Vamos provar derrotando Yggdrasil nós mesmos! – Disse Koromon, determinado. – Ainda tenho muita força aqui!
- Karina... – Disse a adulta, surpresa com a coragem de sua filha.
Testemunhando, mais uma vez naquele dia, a força de espirito de K e Koromon, Dukemon jurou ter visto, no lugar da jovem, seu antigo e jovem parceiro Takato; com isso, o Royal Knight sorriu e ficou de pé.
- É verdade... Não é agora que podemos perder a coragem, eu acredito na força de vocês dois e nos novos Digiescolhidos. – Disse Dukemon.
- Dukemon, luta junto com a gente! Sua força vai ser bem-vinda na batalha final, além disso eu também queria lutar ao seu lado! – Disse Koromon.
- Contem comigo. Além de eu dever uma, esse assunto também é de minha responsabilidade, afinal eu falhei em proteger o Digimundo...eu estava lá na última luta contra Yggdrasil. – Disse Dukemon, determinado.
- Legal! Obrigada! Mas, por favor, não fale assim...como se eu estivesse te cobrando um favor, nós somos amigos agora! O vovô Takato era um grande amigo nosso...e gostaria que você fosse também. – Disse K, sorridente.
- Certo... Se o Takatomon foi amigo de vocês, então eu serei também para sempre. – Disse Dukemon, virando o rosto, tímido.
A dupla riu, afinal era engraçado ver um digimon tão imponente e grande agindo com timidez.
- Bom...e agora? O que vão fazer? – Perguntou a mãe de K.
- Agora vamos voltar para o Japão, para Odaiba. Vou avisar ao pessoal que vencemos...e só nos resta esperar a ação deles, combinamos de nos reunir na AT para a luta final. – Disse K, séria. – Mephistomon...e Yggdrasil estão em um casulo lá.
- Quando a galera derrubar as outras árvores, nós vamos nos reunir em Odaiba e lutar! – Completou Koromon.
- Hum...isso não será tão fácil, é o que temo. Yggdrasil nos deu ordens de proteger todas as oito árvores, eu não fui o único. – Disse Dukemon. – É bem provável que os seus amigos estejam lutando contra os meus agora...
- Essa não... – Disse a adulta, preocupada.
- Está tudo bem, o pessoal é forte, todos eles! Eu confio que ficarão bem e vencerão. – Disse K, despreocupada. – Fizemos muitas promessas, então eles não vão perder agora.
- Provavelmente eles vão salvar os outros Royal Knights também, é perfeito! – Disse Koromon.
Dukemon ficou contente com aquela confiança, também lembrou da época em que ele e seus amigos eram um time.
- Vamos todos acreditar então e esperar, eu posso levar todos para o Japão voando. – Disse Dukemon.
- Valeu! Vamos de uma vez, não temos tempo a perder. – Disse K, se virando para sua mãe depois. – E...quero que venha com a gente, eu também voltei com a intenção de te buscar!
- Hã!? Eu...ia pedir para ir com você já, mas confesso que fiquei surpresa. – Disse a adulta, espantada.
- Então pra que essa cara? Vamos lá! Na AT estará segura e vai poder conhecer a Kyoko e todo mundo! – Disse Koromon.
- Vem mãe, eu não quero mais guardar segredos de você e quero te proteger! – Disse K, estendendo sua mão para a adulta, sorrindo.
- Tudo bem... Vamos nessa! – Disse a mãe, pegando na mão de K, determinada.
- Ótimo, subam aqui e segurem firme nas minhas costas. – Disse Dukemon, colocando sua mão no chão, para que o trio subisse, e logo levando eles até suas costas.
Assim, em um poderoso salto, Dukemon começou a voar para o Japão; a mãe de K gritou um pouco e ficou assustada, enquanto a jovem e Koromon adoraram. Depois de uma luta quase impossível, a descoberta de um poder novo, a conquista de um aliado e de notícias confusas e preocupantes, K e seu parceiro estavam dispostos a seguir na luta, seja ela qual fosse, acreditando em si mesmos e em seus amigos.
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