1. Spirit Fanfics >
  2. Enquanto o Bando do Falcão dorme... >
  3. Enquanto o Bando do Falcão dorme...

História Enquanto o Bando do Falcão dorme... - Enquanto o Bando do Falcão dorme...


Escrita por: sasha_cruz

Notas do Autor


A fanfic é inteiramente baseada no mangá Berserk, de autoria de Kentaro Miura, e se passa em algum momento quando o Bando do Falcão junta-se ao rei de Midland e passa a fazer serviços para ele. Quem não conhece a história de Berserk pode não entender algumas situações, pois vários elementos da história original estão presentes aqui.
Infelizmente, não encontrei o autor da imagem de capa.

Capítulo 1 - Enquanto o Bando do Falcão dorme...


Fanfic / Fanfiction Enquanto o Bando do Falcão dorme... - Enquanto o Bando do Falcão dorme...

Aquela noite estava especialmente quente nos arredores de Midland. O bando do Falcão havia lutado durante três semanas no cerco de um dos castelos menores do rei, cuja localização era extremamente importante na distribuição de alimentos na região, além de ser uma torre de vigília. A missão deles era tomar de volta o local, saqueado por inimigos estrangeiros do rei. Por isso, o grupo estava cansado e precisava reabastecer as energias num acampamento montado às pressas. De todos, Griffith era o que parecia estar mais esgotado. Ele sofrera alguns ferimentos no braço, mas nada que comprometesse o seu desempenho nos combates. Contudo, apesar de visivelmente consumido pelos dias de combate, o líder do Bando do Falcão ostentava um porte sempre austero e imponente, além da beleza estonteante para um plebeu que trabalhava como mercenário. Guts o observava. Seus sentimentos pelo chefe do grupo eram um misto de admiração, respeito, obediência e... Havia algo a mais, que o espadachim não sabia dizer. Era a primeira vez que Guts estava rodeado de pessoas que gostavam dele e que compartilhavam seus desejos e ambições para o futuro. Este companheirismo Guts nunca pôde experimentar enquanto vivia com Gambino e sua corja de mercenários. Por isso, era difícil para Guts explicar o que sentia. Desde criança, ele fora treinado para lutar, nunca conhecendo outra sensação que não o corte da carne pela espada e do sangue quente jorrando no rosto. Entretanto, sua convivência dentro do Bando do Falcão e da proximidade cada vez maior com seu líder, Griffith, tornaram-no um homem, na medida do possível, mais sensível e humano. E Griffith ocupava uma posição especial em seu coração – apesar do espadachim não saber exatamente qual era essa posição. Num átimo, os olhos de Guts cruzaram-se com os de Griffith, que retribuiu com um sorriso. Guts ia dizer algo quando Caska toca em seu ombro:

- É melhor ir descansar, Guts. Amanhã teremos um longo dia na corte com o rei.

- Bem que gostaria, mas acho que não vou conseguir dormir.

- Sempre preocupado. Você deveria saber quando parar.

- Não consigo. Minha cabeça está sempre cheia.

Guts olha novamente para onde Griffith estava, mas não o encontra lá. Talvez já tivesse ido para sua tenda. Rickert chega por trás com uma taça de cerveja.

            - Ei, gente! Vamos beber um pouco! Esses dias foram ossso! A gente merece um agrado.

            - Rickert! – disse Caska – Não é hora para isso.

            - Ora, deixe de ser chata, Caska.

            - Judeau, faça esse moleque parar de encher a cara.

Judeau surge com uma taça cheia em suas mãos.

            - Ah, você também?

            - Deixa, vai! Só por hoje... Até o Pippin está aproveitando o momento de distração.

E continuaram a conversa. Guts sorri, por sentir o calor da amizade do grupo, mas logo sente falta de algo. Estar no Bando do Falcão não o completava cem por cento... Aliás, ele nunca se sentiu completo, realizado. Sempre buscava algo através da espada, das lutas, da guerra, mas esse algo permanecia uma incógnita para si. Em momentos rápidos e fugidios, no entanto, Guts sentia-se bem, sem pensar nessas coisas. E estes momentos eram quando...

            - Por que essa cara?

Guts se surpreende.

            - Griffith?

            - Surpreso? – o líder do Bando do Falcão exibia seu sorriso para o espadachim.

            - Não estava esperando.

            - Num campo de batalhas, a gente sempre deve esperar pelo pior.

Guts admirava o homem enquanto ele falava. O vento fraco vindo do entardecer fazia seus cabelos rolarem de forma majestosa. A pronúncia, a movimentação dos lábios e dos braços, o porte, até o cheiro de Griffith causavam emoções em Guts. O que era esse sentimento que desabrochava no coração duro e inóspito do espadachim?

            - Espero que não esteja pensando em fugir de mim.

            - Hã? – aquela pergunta foi inesperada para Guts – Fugir de você? Não estou pensando em nada disso.

            - Bom saber, porque você é meu. Não se esqueça.

Guts mais uma vez admirava o rosto de Griffith. Dessa vez, seus olhos traziam estampados uma sorte de sentimentos mistos e calorosos, e sua boca, levemente aberta, indicava um desejo prestes a explodir.

            - Nunca me esqueci.

            - Assim que eu gosto – Griffith virou-se – Vou dormir. Tenha uma boa noite, Guts.

E foi-se. Guts o acompanhou até o fim da colina, onde estava locada sua barraca. O que é isso que estou sentindo, perguntou-se o guerreiro.

Era madrugada. Todos já haviam dormido. Um ou dois vigilantes ficaram a postos para garantir a segurança do grupo, mas estavam bem distantes e tudo estava tão escuro por causa de uma densa nuvem cobrindo a lua que Guts mal enxergava o palmo de sua mão. A presença de Griffith no fim da tarde havia mexido com os pensamentos do espadachim: ele estava profundamente dividido entre ir em busca dos seus próprios sonhos ou continuar ao lado de Griffith e perseguir o sonho dele. Não havia como juntar as duas coisas e, mais cedo ou mais tarde, Guts sabia que deveria abandonar o grupo. Mas não sem antes...

O guerreiro levanta-se, carregando sua espada, como de costume. Sem enxergar nada a sua frente, ele usa o olfato para rastrear o cheiro de Griffith. Nessa noite, terei que resolver este assunto com ele, pensava. Mais rápido do que imaginou, lá estava Guts na frente da entrada da barraca de Griffith. Como sabia que aquela era dele? O cheiro de Griffith estava impregnado nela, e Guts conseguia distingui-lo mesmo com os odores da guerra e da morte o rondando. O espadachim ateve-se por um momento, mas firme em sua tentativa arriscada, entrou na tenda. Surpreendeu-se. Diferente do lado de fora, a barraca de Griffith era fracamente iluminada por uma luz vermelha que vinha de algumas velas espalhadas. A roupa do líder do Bando do Falcão estava espalhada pelo chão abarrotada e suja, três espadas reunidas e encostadas num canto, algumas frutas em cima de uma mesa, ao lado de uma pilha de cartas e documentos do rei. E Griffith de costas, molhado e nu, só com a behelit em seu pescoço.

            - Guts? Não lembro de tê-lo chamado aqui.

            - Eu... Eu... – Guts não sabia o que dizer. Uma vergonha para um guerreiro tão imponente em campo de batalha.

            - Algo o incomoda – Griffith aproxima-se de Guts.

            - Não é isso.

            - Não foi uma pergunta – Griffith coloca seu rosto próximo ao de Guts e fala em seu ouvido – Eu sei tudo o que se passa com você.

            - Como? – surpreendeu-se.

            - Ora, você foi o meu escolhido.

            - Escolhido? Pensei que era a Caska.

            - A Caska? No começo, até achei que seria ela. Mas você... Você é o único com quem me preocupo. O Bando do Falcão inteiro... E eu só quero você.

            - Por que eu?

            - Você tem o que nenhum deles tem. E eu gosto de coisas únicas.

Griffith beija os lábios de Guts.

            - O que está fazendo? – o espadachim não estava esperando por aquele ato.

            - Não era isso o que você queria? Vindo aqui, na minha tenda, a essa hora, sem motivo... Você não é um homem que dá um passo sem saber a direção.

            - Como pode saber tanto sobre mim?

            - Eu te observo. A todo o momento, em todas as lutas. Assim como você me observa.

Griffith ajoelha-se e desabotoa as calças de Guts, que segura os braços do líder do grupo. Guts suava frio, mas seu sangue corria quente. Era claro que havia um misto de emoções passando pela sua mente e seu corpo.

            - Está em dúvida se é isso o que quer? – Griffith perguntou.

            - Sim... – Guts suspirava.

            - Mas seu pau parece saber bem o que quer.

O pau enrijecido de Guts erguia-se de sua virilha como uma imponente torre fortificada. Vermelho e pulsando. As veias pululavam.

            - Eu sei tudo o que se passa contigo.

Griffith beija a cabeça do pênis e faz movimentos giratórios com sua língua por ela, sugando e mordiscando cada pedaço. E então, passa vagarosamente a língua por todo o pênis até as bolas, onde coloca as duas na boca.

            - Griffith... Isto é certo?

            - Um mercenário que luta e mata por dinheiro, preocupado com o que é certo e errado? Quanta hipocrisia – Griffith continua usando sua boca no membro de Guts – Você está suando demais, Guts. Tire essa roupa.

O guerreiro rapidamente larga a espada e tira o colete de armadura. Griffith lambia-o com vontade. Guts nunca tinha visto seu líder agir daquele jeito feroz e com desejo em seus olhos. As mãos de Griffith sobem as pernas e encontram as nádegas de Guts, nas quais seus dedos afundam à procura do cobiçado altar.

Guts, de imediato, dá passos para trás. Ele ainda se lembra de quando foi violentado quando criança. Este era um assunto ainda complexo para ele.

            - Tudo bem – Griffith levanta-se – Há coisas que você ainda não está preparado para fazer. Eu entendo. Vamos – ergue sua mão para Guts – deite-se comigo.

            Griffith deita-se de bruços, com sua bunda levemente erguida. Guts põe seu corpo sobre o de Griffith, encaixando sua virilha nas nádegas dele. Griffith tinha um corpo quente e macio. Guts cheirou os cabelos do líder do Bando do Falcão – aquele cheiro, tão característico do exímio mercenário, era o que mais lhe germinava desejos jamais sentidos antes. Como pode um guerreiro invencível nos campos de batalha causar tantas emoções em mim? Já estive em mais de mil combates e nunca senti atração por ninguém, porque justamente ele? Só do meu corpo estar em contato com o dele perco a cabeça, meu sangue ferve e só quero estar cada vez mais dentro dele.

            - Use a língua, Guts. Pra diminuir um pouco a dor que vai me causar.

Guts obedece. Mordisca a bunda de Griffith, abre as nádegas dele com suas mãos grandes e enfia a língua lá no meio, tirando e colocando, em movimentos ora rápidos ora demorados e molhados.

            - Ai, que delícia. Acho que estou pronto – Falava gemendo.

Guts ajeita seu pau, que vai entrando devagar em Griffith. Após penetrar até a base, Guts fica uns segundos parado para só depois voltar a se movimentar. Aquela era a primeira vez que transava, mas estava seguro de si, pois seu desejo parecia ditar o que precisava ser feito. Aproximou sua boca da orelha de Griffith e deu uma leva mordiscada.

            - Acabei de descobrir que você não só é bom no campo de batalha...

            - Hã?

            - Esquece... Só continua.

Griffith agora estava de frente para Guts, com as pernas ao redor da cintura dele. O espadachim começava a arfar forte. Griffith percebe e rapidamente beija-o nos lábios, um beijo demorado com as línguas entrelaçando. Guts geme guturalmente, inundando de sêmen Griffith e sujando a cama dele.

- Que jato quente...

            - Desculpe – Guts arfava.

            - Não precisa se desculpar por isso.

Griffith levanta-se e coloca qualquer roupa.

            - Bom, é melhor eu voltar...

            - Guts – Griffith segura o braço do guerreiro – Amanhã precisaremos estar focados para falar com o rei. Preciso que você esteja descansado.

            - Claro – Ia falar algo, mas de repente as palavras fugiram de sua boca.

Guts dirigia-se para a saída da tenda, quando Griffith novamente falou.

            - Guts... O que fazemos molda o que nós somos. Jamais se esqueça de que você é um guerreiro e que lutar é o seu destino. Nós podemos parar um momento ou outro para fazer algo que queiramos, mas no fim... No fim, sempre teremos que voltar para o nosso sonho. Só ele que importa.

            Guts, que segundo antes havia se sentido tão próximo de Griffith, novamente sentiu-se distante dele. Aquele homem era realmente inalcançável? Parecia que por mais que Guts corresse, jamais os dois estariam em pé de igualdade. O guerreiro pegou suas coisas e voltou para a sua tenda, passar o resto da noite com seus pensamentos.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...