Então ele é tímido?
Hoje é dia doze de setembro e lá estava eu sentada na cadeira de balanço da vovó, observando a vila Pelicanos ao longe. Era tão bela a vista, ainda mais com o nascimento do sol atrás dos pequenos planaltos que arqueavam a vila em si.
A senhorita Robin me convidou ontem para a festa de aniversário da Maru. Espero que ela goste do que comprei pra ela, não acho que a Maru seja do tipo de negar algum tipo de presente.
“Eu tô tão feliz com a festa de aniversário da irmã do meu namorado?”
Me perco nos pensamentos enquanto vejo Pierre abrindo seu mercado. Fiquei fitando a vila, pensativa.
Horas mais tarde.
“Certo.” - Pensei, quando encaro dois modelos diferentes de vestidos sobre minha cama, passei um tempo tentando me decidir sobre qual deles vestir. O horário marcado foi daqui a meia hora, acho que ainda tenho tempo para me arrumar direito. Mas eu vou ser realista comigo mesma e dizer que só quero ir pra ver o Sebastian, pode ser um pouco egoísta da minha parte.
Fui correndo para o banheiro, onde ajustava um brinco não muito chamativo na orelha. Arrumei o cabelo, colocando uma presilha para segurar uma das mechas. - "Será que ele gosta do meu cabelo assim?" - Que ótima pessoa você é [Nome], do jeito que Sebastian é viciado naquele computador dele, é capaz dele nem perceber sua produção totalmente focada para ver ele.
Faltando dez minutos pra sete horas, você escolhe um vestido [cor] e [longo/curto], passa um batom [cor] nos lábios. Você sai de casa às pressas, temendo chegar atrasada lá. O sol já havia se posto, e nuvens escuras indicam a futura presença de um provável temporal. - “Preciso chegar antes da chuva.” - Você diz para si mesma, enquanto caminha pelo gramado do jardim, rumo à vila. No caminho, você escuta trovoadas do céu, e apesar das nuvens escuras que rodeiam o grandioso celeste, ainda sim as estrelas que pairavam no espaço mantinham seu brilho governando sobre nossas cabeças.
“A lua me lembra o sorriso dele.” - Desde o início do seu relacionamento com Sebastian, vocês deitavam no capô do carro da mãe dele, apenas para ficarem observando o celeste. Apenas para ficarem com as mãos dadas, sentirem o calor um do outro ali naquele momento de mais puro silêncio e hamornia. E ele sempre fica sem graça quando você relaciona o sorriso do namorado com o lunar minguante.
Não tardou muito para que você finalmente pudesse ver a casa deles, na frente dela, uma decoração comum com um arco de balões coloridos cobrindo a entrada. Daria de se escutar a barulheira das crianças lá dentro, a casa aparentava estar bem agitada. - “Eles chamaram a vila toda? ” - Você se pergunta, antes de tropeçar no jardim local e quase tombar no chão, que cena ótima seria se isso acontecesse.
— [Nome]? Você veio! — Maru falou, correndo em minha direção com os braços abertos. O cabelo dela pintado com algo que seria...tinta spray?
— Maru! É bom te ver. — Abracei ela, abrindo um sorriso simpático no rosto.
— Nossa, você tá linda, [Nome]. — Maru recua um pouco, fazendo uma expressão de impressionada, ela é tão extrovertida, eu gosto do jeito dela.
— Feliz aniversário, Maruzinha. — Falei, a olhando de cima a baixo e deduzindo que ela estaria brincando com as crianças do vilarejo. Mas...eu sinto que esqueci algo. Logo, um sentimento gélido atinge meu coração e eu tenho um pequeno espasmo. Eu esqueci o presente dela em casa. Senti minha pele ficar pálida.
— Érh...cê tá legal? Parece que viu um fantasma. Enfim, eu tô lá dentro, a galera chegou cedo hoje e os pestinhas estão me fazendo de boneca. O Sebastian tá no quarto dele lá embaixo, como sempre.— Ela riu, então, virou-se, segurou minha mão e saiu correndo comigo para dentro da casa.
“Será que ele se arrumou pro aniversário da irmã?”
Só de pensar no Sebastian arrumado pra algo, me dá dor de cabeça. Entrei na casa deles, além das crianças, a senhorita Robin e o senhor Demetrius estavam cantarolando enquanto ajeitavam a mesa enorme da cozinha. Eles pareciam tão entretidos com aquele movimento que preferi nem incomodar eles. Tudo parecia que estava indo bem, todo o pessoal do vilarejo se manteve presente ali. O Shane acabou de passar por mim, com duas grades de cerveja. Aquilo não era incomum. Ele se juntou ao resto da galera mais velha, que se reuniu pra beber.
...
Algum tempo depois, Maru vem em minha direção, ela estende uma garrafa de vinho pra mim. Eu pretendia não ficar bêbada hoje, mas Maru disse algo como - “Vê se consegue fazer o meu irmão se divertir um pouco, ele nunca bebeu vinho.” - Então, para fazer jus ao pedido dela, algumas doses de álcool no corpo não faz mal, né? E ver o Sebastian bêbado deve ser muito louco.
Afirmei com a cabeça pra ela, segurando a garrafa e indo me apertando pelas pessoas em direção às escadas, passei por elas e quanto mais me aproximava do quarto dele, mais meu coração acelerava. Parecia que eu nunca mais tinha visto ele, o que não era verdade, já que eu passava lá toda semana.
Chegando em frente à porta, bati na porta. Não tardou muito pra escutar a voz de tédio do garoto de fundo. - “Quem é?” - Quando ele respondeu, eu fiquei nas pontas dos pés e abaixei o olhar, senti um sorriso bobo se abrir em meu rosto.
— Sou eu, Sebastian. — Falei, e alguns segundos depois, ouvi a fechadura da poeta estalar. Abri a maçaneta e lá estava ele, voltando a se sentar em sua cadeira e praticamente colar os olhos na tela do computador. Eu ainda acho que ele deveria usar óculos por passar tanto tempo viciado naquilo...e também..eu devia forçar ele a tomar um pouco de sol.
— V-Você tá linda, [Nome]. — Sebastian estava com os olhos reluzindo na luz que emitia da tela, porém, a voz dele falhou quando ele elevou o olhar pra mim. Ele abriu um sorrisinho tímido.
— Obrigada, amor, você... — Antes de terminar a frase, o observei bem. Ele incrivelmente estava arrumado, com uma camisa de botões roxa, o cabelo com uma longa franja pra direita e mal cortado, a pele pálida, as sobrancelhas relaxadas e o sorriso fraco. Calças jeans e um sapato social.
“Você também está lindo.”
Falei, com um brilho no olhar. Eu quase pude sentir os olhos negros do garoto percorrerem todo meu corpo, como se me analisasse. Aquilo era diferente, ele gostou mesmo do meu visual? Será que ele percebeu a presilha? São coisas a se pensar.
Me aproximei da mesa dele e coloquei a garrafa de vinho ao lado de seu mousepad, o olhar dele passou a fitar a bebida, e então, ele tornou a me olhar, sem mover o rosto.
~ Você não tá pensando que eu vou beber isso, né [Nome]? — Ele se afastou um pouco da mesa com a cadeira de rodinhas, ao se impulsionar para trás com os pés.
— É claro que vai, você vai beber comigo. Chega de mexer nesse negócio aí, hoje é aniversário da sua meia-irmã, vamos brindar! — Falei animada. A garrafa de vinho já estava aberta, e eu só precisava de taças. - “É isso! Taças!” - Falei para mi mim mesma, estalando o dedo como se tivesse pensado em algo genial. Antes que o namorado pudesse dizer algo, saí em disparada para pegar duas taças lá na festa.
~ Oh céus..ela ainda vai me matar.. — Exclamou bem baixo o garoto, vendo eu sair pela porta com pressa.
Não demorei muito pra voltar, peguei as taças com Demetrius e corri de volta para o "cafofo" do Sebastian.
— Cheguei! — Disse, e ao entrar, vi ele analisando a garrafa com as mãos.
~ Esse vinho tem 25 anos..isso é bom ou ruim? Não tá estragado? — Ele falou, quase sussurrando enquanto forçava a voz para ler as letras miúdas do lacre da garrafa.
— Não, seu bobo. — Soltei uma gargalhada, me lembrando que ele nunca havia tocado em uma garrafa de bebida antes.
~ Eu não vou beber isso, [Nome]. — Ele cruzou os braços e fazendo uma expressão de negação, fechando os olhos e gesticulando com a cabeça.
— Não? — Fiz uma face dramática. — Nem por mim?..sério?..— Minha expressão foi se tornando dolorosa, eu daria uma bela atriz. — Então você não me ama mais..é isso?! — Exclamei dramaticamente, esperando a reação dele.
~ N-Não..eii.. tá bom, eu bebo. — Ele abriu um dos olhos para me fitar, e cedeu logo em seguida, segurando uma das taças.
Segurei uma risada, enquanto servia nós dois com o vinho.
Algum tempo depois...
Sentia minha visão um pouco tonta, minhas bochechas avermelhadas pelo álcool. Eu estou bêbada, não demorou muito pra isso acontecer, já que sou fraca a álcool.
Sebastian não parecia estar diferente, vez ou outra ele balançava a cabeça, antes de terminar outra taça de vinho.
Nós tomamos toda a garrafa.
— Hey..amor..você tá bem? — Perguntei a ele.
— S-Sim, eu tô sim..por que não estaria? — Ele sorriu de forma bagunçada para mim. Claramente não estava sóbrio.
A casa estava uma barulheira, com uma música alta de fundo, porém não incomodava no quarto dele, já que era mais afastado de onde realmente estava acontecendo a festa.
Fiquei parada, fitando o namorado por um tempo, bem pensativa. Então...tive uma idéia..
— Hey..Amor.. — Falei, me levantando da outra cadeira, e meio tonta, me apoio na escrivaninha de Sebastian.
— O que foi?.. — Ele estava relaxado na cadeira, me fitando com um olhar tranquilo e desajeitado. As sobrancelhas franzidas.
Eu ergui a beira do vestido e subi sobre ele na cadeira, e para que não caíssemos para trás, empurrei as rodinhas até que o apoio de costa da cadeira batesse na paredek atrás de Sebastian. Senti ele contrair as pernas, porém não demonstrando muita resistência.
— Então você é tímido, é? — Falei no ouvido dele, com uma voz baixa e o máximo sexy que eu conseguia. Mantive um sorriso ladino no rosto.
— Q-Quê? — Ele grunhiu, desviando o rosto, no reflexo. Sebastian pareceu meio desnorteado, talvez pelo efeito do álcool ou talvez por mim estar sentada nele, nunca saberemos.
— É que você me parece tímido, amor. — Eu não sabía mais o que passava em minha cabeça, mas sentir meu corpo colado no dele me dava arrepios, e eu queria mais.
Com as mãos, abri a camisa social dele na brutalidade, estourando os botões da vestimenta.
~ E-Ei.. — Ouvi ele murmurrar algo, mas parece que ele desistiu, quando fechou os olhos e suspirou fundo.
— Sebastian.. — Relutei ao máximo para que minha voz ficasse firme, mesmo bêbada.
~... — Ele me fitou, com a respiração pesada e as bochechas com um alto rubor.
— Eu sei que o aniversário é da sua irmã. Mas...eu quero te dar algo de presente. — Minha voz ficou mais rouca, eu sentia o corpo inteiro esquentar, o que tinha naquele vinho? Despertou algo dentro de mim.
~ M-Me dar um presente?.. Que presente [N-Nome]?... — Sebastian foi seguindo meu olhar, ele tornou a ficar relaxado na cadeira.
— Eu já já vou te mostrar..mas antes..eu quero provar.... — Quase que instantâneo, ele arregalou os olhos, falando. - “Provar? Provar o quê?!” - Desci do colo dele e me ajoelhei no chão, em frente ao mesmo. Afastei as pernas dele com as mãos e abri seu cinto. Meio desajeitada e tonta, tentava desabotoar o botão da calça jeans. - “Cacete, eu vou mesmo fazer isso? Eu não consigo nem desabotoar a calça, porra.” - Me auto critiquei em minha cabeça.
Sebastian, desceu o olhar para mim entre suas pernas. Ele então sem esperar muito, abriu o próprio botão e o zíper, deixando o volume da cueca dele aparecer.
“Ele ficou reativo do nada? Que porra é essa, Sebastian?”
Fitei o olhar dele, sorrindo perversa, antes de abaixar a barra da cueca e segurar com uma das mãos o membro do menino. Com o toque, senti ele retrair as pernas e gemer. - “Então você é sensível aqui, garoto tímido?” - Brinquei, masturbando ali. E quando ereto, coloquei na boca e comecei a chupar o garoto usando os lábios e a língua.
~ P-porra! — Sebastian mordiscou o lábio inferior, arquendo um pouco a coluna, e apoiando minha cabeça com a mão destra.
Usei uma das mãos para brincar com as bolas dele. Enquanto a outra, ajudava-me a chupá-lo.
O calor do membro dele que esquentara dentro da minha boca foi cativante, eu pude sentir os espasmos seguidos que o namorado dava enquanto eu estava sugando.
~ E-Eu não sabía que isso era tão bom..i-isso é bom pra caralho, [N-N-Nome]. — Meu nome ficou arrastado na fala dele.
“Ver o Sebastian reagindo assim não era comum. Eu imaginava que ele bêbado deveria ser engraçado, porém isso..isso era excitante.”
— E-Eu logo vou g-gozar... — Ele exclamou com a voz rouca.
No mesmo momento, eu elevei o olhar para ele, e retirei o membro da minha boca. — Não, não vai mesmo. Você ainda não colocou dentro de mim. — Completei, lambendo o pré-gozo ao redor dos meus lábios.
— V-Você é muito cruel.. [Nome]. — Sebastian suspirou, se concentrando para aguentar aquilo que logo viria após alguns minutos.
Levantei, e me sentei novamente no colo dele, sem penetração, apenas roçando minha intimidade no membro do rapaz, que estava prensado no meu quadril. Comecei a rebolar ali, provocando.
~ [N-Nome].. — Sebastian clamou pelo meu nome, quando ele me segurou pelo pescoço com uma das mãos e puxou meu rosto para perto do dele. Nos beijamos, logo evoluindo para um beijo de língua voraz.
Apoiei minhas mãos no peitoral dele, massageando aquela área.
Sebastian cortou o beijo, para que conseguisse falar e respirar, ofegante. - “Eu quero te fuder logo.” - Senti um arrepio percorrer meu corpo.
Me levantei novamente, retirei a calcinha por de baixo do vestido, a deixando cair no chão. Algo molhava minhas coxas, eu tô louca pra engolir o pau dele pra dentro de mim.
Ele ficou me fitando, ainda um pouco "anestesiado" com o ato de antes.
Levantei um pouco o vestido e sentei no colo dele, porém ainda sem penetração, apenas para que ambos sentíssemos o calor da intimidade um do outro. Com isso, o garoto arfou baixo. A expressão relaxada e suada nele caía bem, eu gostei.
— Se quer tanto me fuder, então por quê não me colocas de quatro logo? Hein? Ah, é! Quase ia me esquecendo...você é “tímido”, né? — Dei uma risada desajeitada, quando levantei um pouco o quadril, segurei o membro dele com a canhota e o posicionei ereto em direção à minha entrada. Assim, fui descendo bem devagar, até que tudo já estivesse dentro de mim.
Não resisti, soltei um gemido baixo no ouvido dele, mantendo agora ambas as minhas mãos atrás na nuca do namorado. Ele, segurou meu quadril, e ignorando minhas provocações anteriores, me ajudou a me mover para cima e para baixo, quicando em seu membro.
— A-Agh..Está quente..quente e apertado [Nome]. — Ele murmurava, em meio a gemidos baixos que começou a soltar no momento em que eu realmente comecei a aumentar a velocidade das quicadas nele.
— Minha b-boceta é toda sua...S-Sebastian... — Eu mal sabía o que estava falando, o álcool faria minha mente girar..na verdade..eu nem sabía se era realmente o efeito da bebida de antes, acho que sentir o pau do Sebastian dentro de mim calhava em revirar todos os meus pensamentos. Aquilo era bom, muito bom.
— Não para [Nome].. — Ele fechou os olhos, quando levou uma das mãos do quadril para um dos meus seios. Abaixou a alça do vestido e puxou o sutiã que eu usava para baixo. Começou a apalpar naquela região.
Deixo escapar um gemido um pouco mais alto, receio que alguém de fora deve ter ouvido, porém torço para que a música esteja mais alta que meus sons..oh céus..eu estou competindo com uma caixa de som, que ótimo Sebastian, olha o que você fez!
Aproximei novamente nossos rostos, agora o beijando novamente, porém, o beijo saíria desorganizado e falho, agora que Sebastian parece ter tomado um pouco mais de confiança de si mesmo e começado a arquear o quadril na direção contrária do meu, fazendo com que tudo aquilo se tornasse muito mais intenso.
Mal consegui me concentrar no beijo, quando comecei a dar espasmos seguidos de gemidos altos, quando Sebastian parecia aumentar a velocidade dos movimentos com o quadril dele, aumentando o nível de penetração por todo o meu interior.
— [N-N-Nome]! — Ele exclamava meu nome, as vezes baixo, as vezes alto, porém quase sempre com a voz falha e rouca. Ele desviou nossos lábios e gemeu forte, quando enfim eu senti algo preencher dentro de mim. Ele gozou.
Após isso, Sebastian começou a suspirar fundo, descendo o rosto no meu pescoço, e parecendo descansar a face ali.
Eu relaxei meu corpo, deixando que seu membro permanecesse mais um pouco dentro de mim, mesmo sentindo o gozo escorrer pela minha coxa. Eu havia gozado junto, o que era mais incrível nessa sincronia dos nossos quadris. Os movimentos pararam, e eu apenas rebolei, deixando aquilo se espalhar ainda mais.
“Você sabe que vai ter que limpar sua cadeira depois..né?..” - Falei, acariciando os fios escuros e suados dele. Ri logo em seguida, e estranhei a falta de resposta do mesmo.
“Mas nem fudendo, ele dormiu.”
Segurei a risada, apenas fechando os olhos e acariciando o rapaz.
Sebastian manteve seu semblante tímido e fofo mesmo no meio do sexo...que força de vontade é essa? Eu juro que ainda vou fazer ele ser o ativo na próxima vez.
Ele me deve um vestido limpo já! Antes que alguém estranhe meu SUMIÇO da festa!
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.