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História Estudo do Apocalipse - A Abertura do Sétimo Selo (As Sete Trombetas)


Escrita por: FonteEterna

Capítulo 20 - A Abertura do Sétimo Selo (As Sete Trombetas)


Fanfic / Fanfiction Estudo do Apocalipse - A Abertura do Sétimo Selo (As Sete Trombetas)

Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora. Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas. Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto. Então, os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar.” (Apocalipse 8.1-6)

Se a abertura dos seis selos anteriores foram importantes, imagine a abertura deste sétimo, pois dele vêm as sete trombetas, e, em seguida, as sete taças da ira de Deus. Assim, este sétimo selo abre um leque de acontecimentos ainda muito mais importantes do que os anteriores.

Temos um paralelo com o Antigo Testamento, pois da mesma forma pela qual os filhos de Israel, durante seis dias, tiveram que dar uma volta por dia em torno da cidade de Jericó, e no sétimo dia sete voltas, para que então as muralhas caíssem, assim acontece com a abertura deste último selo.

Fato semelhante também ocorreu com Jó: os seus amigos viram que o seu sofrimento era tão intenso, que ficaram sentados e calados junto dele durante sete dias. A abertura deste selo nos leva a meditar na infinita paciência de Deus, quando procura prolongar os Seus juízos, a fim de dar aos homens mais tempo para pensarem e, assim, voltarem-se para Ele.

Muitas vezes achamos que a justiça divina demora muito, mas a verdade é que Deus não tem prazer na morte do ímpio; por isso, aguarda pacientemente que as pessoas se convertam dos seus maus caminhos. É o que o Espírito Santo fala, por intermédio do apóstolo Pedro: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”. (2 Pedro 3.9).

Voltando aos registros do apóstolo João, vemos que: “Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora” (Apocalipse 8.1). A abertura do sétimo selo trouxe, portanto, como primeira e principal consequência, este silêncio no Céu. É interessante notarmos que não foi por meia hora exatamente, mas “cerca de meia hora”, pois no Céu, onde está o trono de Deus, não existe o fator tempo cronológico, uma vez que não existe o sol para determinar minutos, dias, meses e anos. O próprio Deus é a Luz dos Céus. Portanto, tudo lá é um eterno presente, porque lá está Aquele que era, que é e que há de ser! Vejamos o que pode significar este tempo de “cerca de meia hora”:

A Grande Tribulação durará sete anos e corresponde à septuagésima semana dos anos de Daniel. Uma semana de anos tem sete anos, pois cada dia representa um ano. A septuagésima semana corresponde aos sete anos de tribulação. Meia hora são 48 avos do dia que, neste caso, é um ano. Visto que o ano bíblico é contado como ano lunar, de 360 dias, chegamos a sete dias e meio, isto é, esta meia hora corresponderia a sete dias e meio.

Acreditamos então que, no sétimo selo, o Senhor Deus, em Sua infinita longanimidade, dá mais sete dias e meio de prazo para que as pessoas possam se voltar para Ele. Isso também aconteceu no tempo de Noé.

Quando ele acabou de construir a arca, e entrou nela com a sua família e os animais, o Senhor lhe disse: “Porque, daqui a sete dias, farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites...” (Gênesis 7.4).

Deus poderia fazer chover imediatamente após todos terem entrado na arca, mas não! Ele esperou mais sete dias, para então fazer chover. Significa que Ele estendeu a mão por mais sete dias além do já estabelecido! Podemos concluir que o Senhor sempre procura esgotar todo o tempo, para que ninguém se perca.

A abertura do sétimo selo tem consequências terríveis, mas, antes disso, há aproximadamente meia hora de silêncio, como se fosse uma espécie de espera da parte de Deus, para que as pessoas na Terra pudessem reconsiderar os seus caminhos e se voltar para Ele.

Resumindo os selos anteriores, temos, na abertura do primeiro selo, uma voz poderosa que diz “vem” – é possível também traduzir como “vai” ou “adiante”. O mesmo se dá com a abertura do segundo, do terceiro e do quarto selo. A abertura do quinto selo traz um enorme abalo no céu e na Terra; terror e espanto tomam conta de todos os seres humanos. Na abertura do sétimo selo, ao contrário dos demais, não se ouve nenhuma voz e não se percebe nenhum movimento. Há, sim, uma interrupção que causa reverência: “...houve silêncio no céu cerca de meia hora” (Apocalipse 8.1). Todo o Céu está quieto. Silenciou￾se o grandioso louvor de todas as miríades celestiais. Também o louvor dos vinte e quatro anciãos e dos quatro seres viventes, em respeito ao silêncio de Deus e do Cordeiro! O apóstolo João continua o seu registro:

Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas. Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.” (Apocalipse 8.2-4)

A Bíblia se refere a muitas trombetas. Umas serviam para convocar o povo à guerra, outras eram usadas em festas; havia as que serviam para reunir o povo, as que anunciavam um novo rei e as utilizadas durante a construção do Templo. Todas elas eram tão somente indicações proféticas das trombetas celestiais, cuja plenitude divina vemos aqui: sete trombetas que procedem do sétimo selo. Este é o Dia do Senhor, que abrange um período de juízos de sete anos. O profeta Sofonias o chamou de “dia de trombeta”:

Está perto o grande Dia do Senhor; está perto e muito se apressa. Atenção! O Dia do Senhor é amargo, e nele clama até o homem poderoso. Aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia de alvoroço e desolação, dia de escuridade e negrume, dia de nuvens e densas trevas, dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes e contra as torres altas.” (Sofonias 1.14-16)

Parece haver um paralelo entre as trombetas que Gideão deu aos seus trezentos homens e estas que os sete anjos receberam. Naquela oportunidade, Gideão usou apenas as trombetas, os cântaros vazios e as tochas de fogo. Isso foi suficiente para que, da parte de Deus, os midianitas entrassem em desespero e se matassem uns aos outros. No caso do sétimo selo, os sete anjos tocam as suas trombetas para a guerra contra Satanás, e é o próprio Senhor Jesus Quem acaba com ele.

Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto. Então, os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar.” (Apocalipse 8.3-6)

Tudo indica que este “outro anjo” seja o Senhor Jesus Cristo, pois há fortes argumentos que comprovam isto, especialmente quando se faz um paralelo com o sumo sacerdote de Israel. Vejamos: Ele realiza uma tarefa extraordinariamente elevada, que somente o sumo sacerdote do Antigo Testamento tinha o direito e o dever de realizar. Este anjo também se apresenta em dignidade sumo sacerdotal. Sim, pois fica de pé junto ao altar, e em Israel o altar do incenso se encontrava diretamente diante da face de Deus. E, no caso do Apocalipse, ele está no Céu. E o que faz este “outro anjo”? “...ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono” (Apocalipse 8.3 ).

Ora, não é isso tarefa de sumo sacerdote? E não está escrito a respeito do Senhor Jesus que Ele é Sumo Sacerdote nas coisas referentes a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo? Vejamos as passagens bíblicas:

Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo.” (Hebreus 2.17)

e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura.” (Hebreus 10.21,22)

Este “outro anjo” tem de ser o Sumo Sacerdote celestial, que realiza a tarefa do altar com um incensário de ouro, com muito incenso que lhe foi dado, para oferecê-lo juntamente com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono do Altíssimo. Os termos “as orações de todos os santos” se referem às orações de todos os convertidos de todas as épocas, em dois sentidos:

Primeiro: em relação a Deus, são aroma suave que sobe à Sua presença quando verdadeiros cristãos manifestam dependência dEle, através das suas orações.

Segundo: em relação à Terra, são juízos que têm de acontecer pelo simples fato de que não têm desculpa aqueles que não quiseram a salvação.

Se, por acaso, nenhuma pessoa aceitasse o perdão gratuito de Deus, então poderia ser que alguma coisa estivesse errada com o plano da salvação, mas isso não acontece! Então, o erro é dos que não quiseram ou não querem receber a salvação. Daí a razão dos juízos de Deus. Mas por que este sacrifício de orações dos santos de todos os tempos, oferecido com incenso, é realizado justamente antes do momento em que serão tocadas as sete trombetas de juízo? Por que este acontecimento glorioso está incluído no sétimo selo, após sete dias e meio, ou “cerca de meia hora” (Apocalipse 8.1) de silêncio nos Céus?

Já vimos que os vinte e quatro anciãos, ou os representantes coroados da Igreja arrebatada, prostram-se com taças de ouro, cheias de incenso, diante do Cordeiro. Isto acontece no início dos sete selos:

e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos, e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra.” (Apocalipse 5.8-10)

Eles cantam um novo cântico, mas até aquele momento ainda não se falava de respostas às orações. Os próprios remidos glorificados elevam as suas orações perante o Senhor Jesus. Fazem isto como um ato de adoração, na confiança de que o Senhor está disposto a respondê-los completamente. No quinto capítulo eles esperam por uma resposta, mas no oitavo é o próprio Senhor Jesus, na figura de um “outro anjo”, quem as eleva. Ele mesmo, o grande Sumo Sacerdote, leva as orações no incensário de ouro, penetra-as com o aroma suave do Seu próprio favor, santifica-as com o fogo sagrado e as oferece sobre o altar de ouro, diante do trono do Altíssimo!

Aleluia! É como se Ele dissesse ao Seu Pai: Ó Pai, atende às orações de todos aqueles que Eu comprei com o Meu sangue! Esta solenidade representa o dia da resposta à oração que o Senhor mesmo nos ensinou, quando disse: “venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6.10).

Por isso também nenhuma oração que tenha como motivo o Reino e a vontade de Deus ficará perdida, ou cairá no esquecimento. Por outro lado, aqui está a explicação do porquê de muitas orações não serem respondidas, mesmo quando feitas em o nome do Senhor Jesus.

As orações que não estão dentro do contexto da vinda do Reino de Deus e segundo a Sua santa vontade, ou seja, orações que expressam apenas objetivos mesquinhos, pessoais e egoístas, não são atendidas. Seres poderosos são convocados a derramarem as suas pragas sobre a Terra, para revelar o poder e a glória do Reino de Deus. Aqueles que forem ressuscitados e os arrebatados, que sempre pediram que o Reino de Deus viesse a ser restabelecido, são justamente os atendidos e glorificados!

Quando o Senhor Jesus nos ensinou a orar, pedindo a Deus que viesse o Seu Reino, e que a Sua vontade fosse feita na Terra assim como ela é feita no Céu, Ele queria que todos os Seus seguidores permanecessem neste objetivo, nesta busca, nesta realização, que é a suprema vontade de Deus para este planeta, desde a queda de Adão e Eva.

Quando Deus criou os Céus e a Terra, e colocou o homem com autoridade sobre toda a Sua criação neste mundo, Ele tinha o propósito de ter na Sua criatura um cooperador no desenvolvimento do planeta, mantendo com ele permanente comunhão. Quando Adão pecou, simplesmente entregou a Satanás a autoridade que havia recebido de Deus. Portanto, por intermédio do ser humano nasceu neste mundo o império das trevas, ou o reino de Satanás.

O Senhor Jesus, então, veio para resgatar o homem decaído e também implantar o Reino de Deus. Quando fazemos alguma coisa em função do desenvolvimento do Seu Reino, estamos colaborando com Ele no crescimento deste Reino aqui na Terra. Assim, toda a solenidade grandiosa que ocorre na abertura do sétimo selo significa o estabelecimento do domínio de Deus na Terra. Se, portanto, realiza-se justamente neste momento o sacrifício das orações de todos os santos, enquanto os sete anjos estão preparados para tocarem as trombetas dos juízos, então é porque chegou o momento de lembrar das orações que ainda precisam ser atendidas.

Também não podemos nos esquecer que os que são de Deus, e por isto mesmo estão permanentemente orando para que venha o Seu Reino e se faça a Sua vontade, são a razão destes juízos. Quanto mais o Reino de Deus se desenvolve, mais o império das trevas é destruído e mais rapidamente Satanás e seus demônios são enfraquecidos na destruição da humanidade. Desde que começamos a orar para que Deus viesse a implantar o Seu Reino nos corações de todos os enganados, além de amarrar os principados, as potestades, os dominadores e as forças espirituais do mal, os anjos de Deus começaam também a trabalhar conosco.

Isso confirma a Palavra de Deus, que diz: “Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós” (1 Coríntios 3.9). O trabalho de oração perseverante abrevia o tempo da volta do nosso Senhor Jesus Cristo. Analisemos agora mais esta passagem: “E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto” (Apocalipse 8.5).

O fogo do altar é o fogo do sacrifício que consome; significa, portanto, juízo, e é justamente ele que é lançado sobre a Terra. Os juízos da abertura do sétimo selo trazem consequências tão terríveis e inimagináveis, que chegam a ser divididos em trombetas. É como se os juízos deste selo viessem gradativamente preparando o resto da humanidade para o dia final. O Senhor Jesus disse com relação a esses dias:

Eu vim para lançar fogo sobre a terra e bem quisera que já estivesse a arder” (Lucas 12.49).


Notas Finais


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