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História Eu Fui Você Um Dia - Esquentadinha, marrentinha. (capítulo único)


Escrita por: AnaMM

Notas do Autor


Eu tenho 7 fics, e, portanto, não escreveria nenhuma outra até que terminasse alguma, maaaaaaaaaas... Me veio essa ideia conforme conversava cás amigas sobre as voltas dos personagens e sobre como gostaríamos que um certo casal voltasse para aconselhar um certo outro casal... A ideia de um diálogo entre os dois principais personagens da One veio e decidi agir. Uma onezinha não atrapalha o meu já atrasado schedule... Eis o resultado. Espero que gostem.

Capítulo 1 - Esquentadinha, marrentinha. (capítulo único)


Fanfic / Fanfiction Eu Fui Você Um Dia - Esquentadinha, marrentinha. (capítulo único)

- Esquentadinha! Volta aqui, Karina, pelo amor de deus, me perdoa! Eu imploro! – Pedro gritou para a garota de cabelos curtos que se retirava.

Jamais se perdoaria pelo que fizera... Muito menos Karina. Já fazia uma semana que sua agora ex-namorada descobrira tudo, mas ainda insistia... Não podia perdê-la, não desse jeito. Karina era durona, e o apavorava regularmente, contudo, quando o assunto era dor interna, era extremamente sensível. Trocaria seus futuros grammys pela garota sem pensar duas vezes... Como pudera ser tão burro? Uma demo jamais valeria mais que Karina! Restava-lhe apenas observá-la virar as costas para esconder as lágrimas, virar para o outro lado ao vê-lo, voltar a se fechar como antes... Talvez pior... Estava perdido, e a havia ferido. Muito. Se ao menos soubesse compensar seus erros para merecê-la de volta...

- Esquentadinha! – Gritou mais uma vez em vão. Karina já não estava lá.

- Você precisa dar um tempo pra ela, Pedroso. O que você fez foi muito grave.

- Ele falou ‘esquentadinha’? – Um garoto que Pedro desconhecia perguntou para Nando.

- Sim, é a forma como ele chama a Karina... A menina irritadinha que tava aqui agora há pouco. – Nando explicou automaticamente. Levou algum tempo para assimilar o que o garoto realmente havia perguntado. – Por que? Lembra alguém? – Brincou.

- Até demais... Ei, você.

- Pedro. – O roqueiro veterano indicou.

- Pedro! - O garoto chamou novamente.

O guitarrista se voltou para o amigo de Nando. Aparentava no máximo uns dois anos a mais que Pedro. Estava acompanhando a garota com quem a Galera da Ribalta tocaria, uma antiga pupila de Nando. Lua Matias se chamava... Ou algo parecido... Enquanto a roqueira passava o som no palco, o namorado esperava com Nando. Pareciam não se ver há bastante tempo.

- Se é por ciúmes de mim com a Lua, relaxa que eu já tenho a minha esquentadinha! Bom, tinha... – Desanimou rapidamente.

- Lia.

- Você lia o que?

- Não, Lia é o nome dela.

- Ah.

- Você parece ter errado feio com ela, né? Pela cena de agora há pouco...

- Por que você quer saber? Você é algum agente infiltrado que o Mestre Sogrão botou pra me interrogar?

- Eu sou o que? – Perguntou confuso.

- Não liga, não, ele é maluquinho assim mesmo. – Nando explicou. – Meu jovem aprendiz, se você quer saber o que fazer pra reconquistar a sua esquentadinha, encontrou a pessoa certa!

- Então, o que você fez?

- Uma parada aí... – Respondeu sem jeito.

- Anda, vai, duvido que seja pior do que o que eu fiz.

- Desse aí, você não devia duvidar de nada! – Nando comentou.

- O que você fez? – Pedro hesitou.

- Melhor não voltar ao passado...

- Hmm... Digo o mesmo.

- Deixa eu adivinhar: você traiu ela, ela já era sensível, ficou destruída, e você acha que nunca vai ser perdoado?

- Como você sabe?

- Eu acho que fui você um dia... Ou quase...

- Quase. – Nando confirmou com o garoto.

- E pra você deu certo?

- Depois de um ano ou dois, a gente acabou se entendendo.

- Sério? Só isso? – Pedro perguntou esperançoso.

- Só?

- É, eu tava esperando que levasse cinquenta anos, cem...

- Não, relaxa. – O garoto riu.

- É, mas não foi fácil, não. – Nando avisou.

- É, cara, você vai ter que ralar muito pra reconquistar a marrentinha!

- Marrentinha? Você quis dizer a esquentadinha? – Perguntou confuso.

- É, essa. – Corrigiu o ato falho.

- Quer saber, Pedroso? Nem eu sei como foi isso!

- A gente deu um jeito. – O garoto sorriu.

- Você tem certeza? É que, assim, a minha esquentadinha, digo, a Karina, ela é lutadora, sabe? Se eu chegar perto, eu vou morrer!

- Você gosta dela?

- Claro que gosto! Eu am- eu adoro a Karina. – Ainda não sabia ao certo lidar com o que sentia... Se era amor, não fazia ideia, mas devia ser...

- Se você ama ela-

- Amar é uma palavra meio forte, né?

- Claro que é. – O garoto riu como se se lembrasse de algo. – Se você gosta dela de verdade, se você achar que vale a pena, se de repente “amor” não soar mais tão absurdo... Lute por isso. Não é impossível. Gaste dias e noites, atravesse o oceano, mas faça o que for preciso, o que puder ser feito. Uma garota assim não aparece todo dia. Eu não trocaria a minha por nada.

- Duvido que a Lia tenha sido mais complicada que a Karina.

- Eu não conheço bem essa Karina, mas mais complicada que a Lia é difícil.

- Tá falando de mim? – A garota de cabelo azul se aproximou.

- Não, a gente tava falando daquela gostosa dançando com o cara que parece o Bruno.

- Olha lá... Eu posso te desperdoar em um estalar de dedos!

- Você não faria isso, marrentinha. – O garoto desafiou debochado.

E então Pedro entendeu. O garoto se via nele. O casal à sua frente lembrava muito como o guitarrista era com a namorada. Os olhares implicantes, o apelido debochado, os pequenos tapas de falsa irritação... Notou que Nando os observava com um olhar úmido. Parecia aliviado por vê-los bem, como se tivesse esperado por aquela cena por muito tempo...

- Então você é a outra esquentadinha?

- Que? – Lia perguntou confusa.

- O Pedro aqui errou feio com a namorada e o nosso especialista nisso tava dando conselhos.

- Ah, é? E o que você falou? Fuja para as colinas e volte só um ano depois?

- Engraçadinha.

- Não era marrentinha? – Pedro questionou.

- Não liga, não, que ele é meio lerdo.

- Olha, é o seu filho com o Fera! – Lia zombou.

O garoto beijou a testa da namorada com ar debochado.

- Pode ser, mas eu ainda quero o exame de DNA.

- Ai, ai... Não sei como eu pude acreditar que você tinha mudado...

- Calma, marrentinha, o Fera pode ser pai do meu filho, mas o meu único amor é você.

- Sei... Acho que eu vou ter que ter uma conversa séria com a sua namorada pra não ser enrolada como eu. – Lia comentou com Pedro.

O guitarrista riu. A roqueira parecia não guardar mágoas. Talvez desse tudo certo, mesmo... Se ao menos soubesse por onde começar...

- Ei! – Chamou o casal de volta. – Como vocês voltaram?

- Ah, normal... Sei lá... Ele voltou, várias mortes quase aconteceram, a gente assustou o bairro inteiro... Ele fez umas coisas fofas que eu ignorei, daí o meu namorado da época começou a desconfiar, a gente terminou, daí com o passar do tempo, a gente convivendo, saindo com a mesma galera... Papo vai, papo vem...

- Ela não resistiu. – O agora namorado brincou.

- Eu fui burra, isso sim.

- É o amor...

- Dá no mesmo.

- É? – Pedro perguntou confuso. – Então quer dizer que todo esse tempo em que me chamaram de burro eu tava sendo apaixonado?

- Não, Pedroso, no caso você é os dois. – Nando respondeu.

Os amigos de Nando riram.

- Ok, meninos, é hora do show. – O roqueiro anunciou. – Meus dois pupilos... Só faltou o Gil voltar!

- É, mas ele já teve a sua vez. – O namorado de Lia cortou.

- Ainda? – A garota riu. – Você ainda não superou a minha amizade com o Gil?

- Vocês não têm que tocar, não? Vão lá, eu fico aqui cuidando do camarim... – O garoto mudou de assunto.

Na metade da escada, Lia voltou para o namorado.

- Dinho, espera!

Dinho... Lia e Dinho... Pensava já ter ouvido os nomes alguma vez... O casal problema que Nando vivia comparando com Karina e Pedro. Enfim os conhecia. Observou a roqueira correr até o garoto como quem pedia desculpas e beijá-lo carinhosamente.

- Eu te amo. – A garota murmurou.

- Eu também te amo, marrentinha. – Dinho respondeu sorridente.

Pedro sorriu com o garoto. Não estava tudo perdido. Olhou uma última vez para o casal, antes de chamar a guitarrista para o palco. Mais tarde pediria a Nando seus zapzaps. Precisaria de muita ajuda de Dinho e de Lia para reconquistar sua esquentadinha.


Notas Finais


Ah, se pudesse acontecer... Mas enquanto a Alice não pode aparecer porque está em Boogie Oogie e o Guilherme é um hippie desapegado que se debandou pro teatro, nos resta sonhar... Espero que tenham gostado e matado a vontade, assim como eu, de ver essa comparação e esses dois na Sonhos. Às leitoras das outras fics, tentarei postar a santovitti amanhã, e UVM, infelizmente, só será atualizada semana que vem, devido a compromissos da faculdade que me tomarão manhãs tardes e noites até no fim de semana. Futuramente pretendo fazer um conjunto de drabbles de Cobrade e uma fic Alian, mas só quando terminar outras. Um colar de beijos pra vocês!


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