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História Eu vou fazer você lembrar de mim - Não posso mais


Escrita por: LucyAck

Notas do Autor


Boa noite meus xuxus, tudo bão com vocês? Já acalmaram os nervos quanto ao Du Queiroz? Kkkkk

Trazendo aqui mais um capítulo pra vocês, espero que gostem e desculpem quaisquer erros 🖤🖤🖤

Boa leitura 🥰

Capítulo 16 - Não posso mais


Fanfic / Fanfiction Eu vou fazer você lembrar de mim - Não posso mais

Coloquei minha roupa correndo e arrumei a cama que estava toda molhada de suor, Roger saiu do banheiro e debruçou na mesma, ele não queria saber de mais nada a não ser dormir.

Ouvi alguns passos sendo seguidos por uma batida na porta, eu abri uma brecha e me aliviei em ver somente o Renato do outro lado.

- Renato!

- Vocês estão bem?

- Sim, entra aí.

Ele entrou e olhou pro loiro que já tinha pegado no sono.

- A noite foi bem árdua pra ele em.

- Foi mesmo. - Respondi passando a mão por trás da nuca.

- Bem, eu sabia do que se tratava quando o Du chegou falando lá embaixo pro pessoal que vocês não estavam bem.

- Você me salvou de novo.

- Eu disse para eles que só precisava de uma pessoa para averiguar a situação, e me ofereci, conhecendo vocês, imaginei que estivessem transando igual -

- Igual você e o Vital? - Interrompi a sua frase e comecei a sorrir em seguida.

- Bem, eu não ia dizer isso. - Ele sorriu também e se sentou numa cadeira no canto do quarto.

- Sabe Yuri, estou em uma situação complicada igual a sua.

- Como assim?

- O Vital, ele simplesmente se declarou pra mim e eu não sei como reagir a isso.

- Mas você também gosta dele? É recíproco?

- Sim... não sei se isso é bom ou ruim, se isso é só momentâneo.

- Putz...

Olhei para Roger que dormia num sono profundo, eu peguei o edredom e o cobri.

- Sabe de uma coisa Renato, eu nunca pensei que estaria nessa situação. Quando eu paro pra pensar em tudo que eu e o Roger fizemos, eu sinto que é tarde demais para me arrepender ou para querer encerrar as coisas.

- Entendo, não tem mais o que fazer diante disso, mas é um sentimento turbulento.

- Demais, eu sofro muito. Ainda mais quando temos que nos separar, eu tô até pensando aqui, quando o campeonato acabar, como que vamos nos encontrar, vai ser difícil.

- Realmente... E o Vital disse que quer ir embora.

- Eu fiquei sabendo, ele ficou muito triste com o que aconteceu na final da copa do Brasil né?

- Sim, eu disse pra ele não se preocupar, que era uma fase que o deixaria mais forte, só que ele é sensível demais pra aguentar a pressão, ainda mais da torcida.

- É uma pena, eu entendo ele.

- Mas a gente vai lidar com isso muito bem, eu acredito.

- Sim amigo.

- Parece que estão querendo te comprar, isso é uma ótima notícia.

- Eu ouvi mesmo o presidente comentando, não vejo a hora disso acontecer.

- Eu tenho certeza que você vai ficar com a gente.

- Que assim seja Renato.

- Agora vamos dormir, amanhã tem viagem né?

- Verdade, tinha me esquecido. - Respondi sorrindo.

Renato se levantou da cadeira e me deu um abraço, eu retribuí e o acompanhei até a porta.

Depois voltei para a cama e deitei ao lado do loiro.

Envolvi meu braço na sua cintura e trouxe o seu corpo para mais perto, fazia muito frio no RJ, e me esquentar com o corpo do outro, era a minha melhor opção.

Quando amanheceu, eu acordei o mais velho que reclamou como de costume.

- Ônibus já vai sair. - Eu gritei pela porta enquanto ele arrastava a sua mala.

- Estou indo... Estou indo aaah.

Nós corremos para dentro do ônibus e depois pro aeroporto, assim que chegamos em São Paulo, havia outro ônibus nos esperando para nos levar ao CT, afinal na nossa programação, teríamos treino de manhã.

Era meio de semana e estava sendo de muita correria, não havia tempo para pausas, nós treinamos a manhã toda e depois fomos liberados para descanso.

Antes que eu pudesse ir para o carro que me esperava na saída do CT, Roger me abordou.

- Posso ir na sua casa hoje?

Ele falou enquanto se aproximava mais do veículo.

- Pode sim, que horas você vai?

- Umas oito... até nove horas da noite mais o menos.

- Por mim tudo bem.

- Então fechado, te vejo mais tarde.

Eu me despedi e entrei no carro, antes de ir para casa, eu passei ao mercado para comprar algo para comermos.

Achei que seria o momento ideal de tomar aquele vinho que ele havia me dado, então decidi montar alguns pratos que harmonizava com a bebida.

Comprei carne vermelha para grelhar e alguns ingredientes para um delicioso risoto, seria um prato muito leve mas que sempre combinava com vinho, assim não teria erro.

Cheguei em casa, tomei um banho e fui preparar toda a comida, não parecia, mas eu sabia cozinhar, não era um chefe, mas também não era tão ruim assim.

Deixei a mesa toda arrumada, apenas esperando a chegada do loiro, tirei algumas fotos e mandei pro Renato, que logo elogiou o que eu havia feito.

As horas foram passando, eu sentei no sofá e olhei pro relógio que marcava exatamente oito horas da noite, continuei esperando, e passou 20:30, 21:00, 21:30, logo comecei a achar que teria acontecido algo com ele no caminho, mandei mensagem e nada dele me responder.

Eu passei as mãos pelos cabelos e continuei sentado no sofá, minhas pernas balançavam em sinal de ansiedade, e quando o relógio marcou 22:00 horas, eu não quis esperar mais.

Liguei para Roger mas ele não atendeu, sentei na mesa e acabei comendo sozinho, a comida quase não descia pela minha garganta, eu não sabia dizer se estava frustrado ou com raiva, seja lá o que tivesse acontecido, eu esperava uma boa desculpa.

Desfiz toda a mesa e lavei o meu prato, subi para o quarto e deitei na cama, com certeza eu não iria dormir bem por ter tomado esse bolo, mas eu sabia que no fundo ele não tinha feito por mal.

Quando amanheceu, eu acordei já querendo passar o dia todo na cama, mas tinha que levantar, o treino seria na parte da tarde, e eu estava ansioso para saber a explicação do loiro quanto à não ir na minha casa.

Eu fui para o CT quando deu o horário, e Roger chegou bem atrasado, ele estava com uma cara de que não havia dormido, me aproximei do mesmo e o cumprimentei.

- Você tá bem?

- Um pouco.

- O que aconteceu?

- A Sindy passou mal, eu tive que ficar com ela no hospital.

- Ahhh... está explicado porque você não foi ontem.

- Poise, mas ela já está melhor.

- Que bom.

Ele não parecia que havia só perdido o sono, mas eu não quis o incomodar com intrigas, esse era o meu erro de ser tão pacífico.

Quando o treino acabou, eu fui para o meu carro e me deparei com o loiro encostado na lataria, me esperando.

- Você melhorou? - Perguntei puxando conversa.

- Sim, eu estou melhor.

- Que bom, não gosto de ver você cabisbaixo.

- Yuri... - Ele olhou nos meus olhos e apertou minhas mãos.

- Sim...

- Eu não posso mais continuar...

- Do que está falando?

- Eu e você, não podemos mais.

Aquela frase me acertou como uma facada no peito.

- Como assim? Por que?

- A minha esposa tá grávida, eu tô com medo de cometer algum deslize e acontecer alguma coisa com ela e com minha filha.

- Você deveria ter pensado nisso antes, agora já não é tarde demais?

Minha voz já estava trêmula e meu coração palpitava fortemente.

- Sim, você tem razão, isso nunca deveria ter acontecido.

Eu me afastei do loiro e segurei com todas as forças as lágrimas que insistiam em escorrer pelo meu rosto.

- E aqueles "Eu te amo", também eram falsos?

- Não... claro que não Yuri.

- Roger... não precisa falar mais nada, eu já entendi.

- Por favor, me escuta.

Eu entrei dentro do carro e o liguei, Roger bateu no vidro mas eu não queria abrir, não acreditava no que tinha acabado de ouvir, saí derrapando os pneus e o deixei lá sozinho.

O carro estava correndo numa velocidade absurda, eu só queria chegar em casa e chorar até não aguentar mais.

Já estávamos num patamar muito alto para tentar desistir de tudo.

Cheguei em casa e joguei minhas coisas no chão, sentei no sofá e senti meu peito arfar, era um dor insuportável, eu só queria chorar, teríamos jogo no dia seguinte e aquele desgraçado fez isso comigo na hora mais errada possível.

Ele ligou várias vezes no meu celular mas eu não atendi, também não respondi suas mensagens e torcia para ele não aparecer na minha casa, não queria ver o rosto dele em momento nenhum.

Mandei uma mensagem para Renato pedindo para ele ir me ver, ele respondeu bem rápido quando leu que eu não estava nada bem.

Ouvi uma batida na porta e fui em direção à mesma, quando a abri, me deparei com o loiro do outro lado.

Eu dei um longo suspiro e tentei fechar a porta mas fui interrompido pelo braço do mesmo que não me deixou fechá-la por completo.

- Por favor Yuri, me ouve.

- Ouvir o que? Ouvir você falar que nunca devíamos ter ficado? Que não era pra estarmos nessa situação? Mesmo depois de tudo que aconteceu, de todas as carícias e de todas aquelas palavras? Me fala.

Bati com as duas mãos em seu peito, fazendo com que seus pés afastassem para trás.

- Você acha que está sendo fácil pra mim também? Me ouve porra!

Ele praticamente gritou comigo, o que me assustou e me fez calar por alguns minutos.

O loiro passou a mão pela testa e seu rosto começou a ficar vermelho.

- Porra Yuri, eu amo você, amo você demais, entenda isso, não está sendo fácil pra mim dizer todas essas coisas, não está!

Seus olhos se encheram de lágrimas e elas começaram a rolar pelo seu rosto.

- Eu errei, eu não me arrependo de nada que fizemos, não tem como me arrepender, mas eu preciso fazer isso, não posso mais. - Ele respondeu em meio à soluços.

- Vai embora Roger, agora.

Eu também não conseguia segurar o choro, meu olhos já estavam inchados.

- Por favor Yuri...

- Vá embora caralho. - O tom da minha voz saiu um pouco mais alto dessa vez, ele me olhou e virou de costas, confesso que meu coração partiu em mil pedaços quando eu o vi saindo pela porta.

Eu deslizei pelo sofá e abaixei a cabeça entre os joelhos, as inúmeras lágrimas quase me fizeram engasgar de tanto chorar.

A porta estava aberta e o Renato chegou bem na hora, ele viu o loiro e conversou um pouco com ele antes de entrar, depois ele me abraçou e ficou em silêncio até que eu me acalmasse.

- Yuri, eu não acho que ele vai acabar com tudo assim tão rápido.

- Ele já acabou.

- Ele vai voltar atrás, se ele realmente te ama.

- Eu não sei Renato... eu não sei.

O abracei novamente e dessa vez com mais força, meu peito doía muito e eu não sabia o que fazer.

Ficamos alguns minutos abraçados e em silêncio, e depois que eu me acalmei, eu me levantei e enxuguei o rosto.

- Não posso me abalar tanto por isso.

- Você é forte, e eu tenho certeza que as coisas vão melhorar, tô aqui do seu lado para o que você precisar. - Renato falou segurando as minhas mãos.

- Obrigado.

- Vem cá parça.

Ele me abraçou mais uma vez e me fez um carinho na cabeça, sentamos no sofá, eu deitei a cabeça no seu peito e fechei os olhos, apenas sentindo seu cafuné me acalmar.

Acho que de todas as dores que eu passei na vida, essa era uma das piores, tudo estava indo tão bem, mas de um dia pro outro, tudo foi por água abaixo.

Eu tentava de todos os meios não deixar que as lágrimas continuassem saindo, mas era difícil, elas escorriam espontaneamente, mas era bom, cada vez que eu chorava, meu coração ficava mais aliviado.

Não vi o momento em que peguei no sono, mas Renato me levou até o quarto e me deitou na cama, eu cochilei por algumas horas e depois acordei assustado.

Era como se eu tivesse saído de um pesadelo, eu desci as escadas e ouvi alguns barulhos vindo da cozinha.

- Não fui embora ainda, achei que deveria pelo menos preparar algo pra você comer.

Renato falou enquanto segurava um prato com um pouco de comida que eu não conseguia identificar o que era.

- O que é isso?

- Ah, é uma carne tipo chinesa, é muito fácil de fazer e é muito boa, acho que você vai curtir.

Ele sorriu e me esticou o braço com o prato, eu peguei de sua mão e sentei na mesa.

- Eu nem sei como te agradecer.

- Não precisa Yuri, só come tudinho e me fala se gostou.

Eu suspirei fundo e experimentei a carne, que de fato estava uma delícia, eu olhei pra ele fazendo um sinal positivo com a cabeça, e ele começou a rir.

- Caramba, você cozinha bem. - Falei.

- Nada demais, aprendi com uns amigos, e eu adoro comida chinesa.

Ele sentou do meu lado e começou a comer também, a presença de Renato fez eu me sentir bem melhor, acho que se eu tivesse sozinho, eu já teria cometido algum ato impróprio.

Depois de comermos e arrumarmos a bagunça da cozinha, eu fui até a sala e sentei no sofá, meu rosto estava tão inchado que eu sentia umas voltinhas entorno dos meus olhos.

Renato sentou ao meu lado e ligou a TV, estava passando um filme aleatório, eu apenas suspirei fundo novamente e joguei a cabeça para trás.

Percebi que meu celular tinha várias mensagens de texto do Roger, e eram textos enormes que eu demoraria alguns minutos para terminar de ler, mas decidi que não ia olhar nada dele naquele momento.

Meu coração estava machucado demais para se quer aguentar outras facadas, minhas mãos estavam tão geladas que parecia que eu as tinha colocado num congelador, Renato entrelaçou seus dedos entre os meus, e uma onda de calor começou a aquecê-las.

- Você está muito gelado em.

- Realmente, eu não tô nada bem.

Ele me puxou para perto e eu afundei meu rosto no seu ombro, ele acariciou os meus cabelos e eu fechei os olhos, seus dedos deslizavam pelos fios alheios e reduzia toda a pressão que eu sentia na cabeça.

- Você quer ir pro quarto? - Renato perguntou desligando a TV em seguida.

- Quero...


Notas Finais


Chegamos ao fiiim, mas não surtem, pois estarei aguardando vocês no próximo capítulo, espero que tenham gostado e fiquem bem (nao dá p/ ficar bem dps desse capítulo, eu sei kkk) mas se esforcem 🥺

Beijuuuus, amo vocês 👋🏻🖤


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