Já fazia um mês desde que minha vida virou de cabeça para baixo. Um mês desde que eu terminei com Marco, o namorado que, por três anos, eu acreditava ser o amor da minha vida. Um mês desde que fui abusada na rua, enquanto esperava por ele, que nunca apareceu. Durante esse tempo, estive em terapia, tentando juntar os pedaços da minha vida que haviam sido despedaçados.
Marco sempre foi envolvido em coisas ilegais. Já havia sido preso quinze vezes, mas, mesmo assim, eu achava que ele podia mudar. A última noite que passamos juntos foi a gota d'água. Ele sempre pedia para que eu esperasse por ele fora da minha casa, com medo de que alguém o seguisse e descobrisse onde eu morava. Naquela noite, esperei por horas, mas ele nunca apareceu. No lugar dele, um homem armado surgiu das sombras e... o resto é um pesadelo que revivo todas as noites.
Quando fui à delegacia no dia seguinte para denunciar o ataque, encontrei Marco lá, preso mais uma vez. Ele soube do ocorrido por mim, e a raiva que senti ao vê-lo ali, indiferente ao meu sofrimento, foi esmagadora. Era o fim. Acabou. Precisava me distanciar dele e de toda a escuridão que ele trazia para a minha vida.
Hoje, decidi que era hora de sair um pouco, de tentar retomar minha vida social. Recebi um convite para uma festa de fraternidade. Como veterana na faculdade, era comum ser convidada para essas festas, mas, desta vez, eu hesitei. Meu primo, Lucas, era o dono da festa e insistiu para que eu fosse. Ele sabia sobre o incidente e, preocupado, se ofereceu para me buscar e depois me levar de volta para casa.
"Vai ser bom para você, Gi," ele disse. "Você precisa se distrair um pouco."
A festa estava lotada, como sempre. Luzes piscando, música alta, pessoas dançando e rindo. Por um momento, consegui esquecer tudo o que havia acontecido. Estava cercada de amigos e pessoas que se importavam comigo. Lucas não desgrudou de mim a noite toda, garantindo que eu estivesse confortável.
Fiquei dançando com outras veteranas e rindo com os colegas de sala. Jogamos baralho e, em um momento de distração, alguém derrubou bebida em mim e na minha amiga. Soltei uma risada, brincando:
– Já estava demorando para isso acontecer!
Decidi ir ao banheiro para lavar um pouco a bebida. Assim que entrei e comecei a lavar a mancha na minha blusa, vi pelo espelho que meu ex-namorado estava atrás de mim.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele entrou e trancou a porta. Marco se aproximou, tentando me tocar, mas eu me esquivei. Ainda tinha dificuldade em deixar alguém me tocar depois do incidente.
– Amor, por favor, eu só quero falar com você – ele implorou, sua voz baixa e urgente.
– Não me chame assim – respondi, tentando manter a voz firme. Eu podia ver o olhar desesperado e triste dele, mas me recusava a ceder.
– Eu quero mais uma chance, Giselle. Dessa vez, eu vou parar com as coisas ilegais – ele disse, a voz implorando por redenção.
Eu ri e balancei a cabeça, achando difícil acreditar em qualquer palavra que ele dissesse.
– É sério – ele insistiu. – Meu pai vai me deixar trabalhar na mecânica com ele.
Respirei fundo, sentindo a raiva e a dor borbulhando dentro de mim.
– E o que me diz sobre aquele incidente? Você nem se importou quando soube. Só ficava me pedindo para conseguir tirar você da cadeia – minha voz tremia ao lembrar da frustração.
Ele me interrompeu, os olhos ainda mais desesperados.
– Eu me importei, sim. Fiquei em choque, Giselle. Não soube como reagir. Sei que a culpa é minha, e nunca vou me perdoar por isso. Penso nisso todos os dias.
A sinceridade em sua voz fez meu coração vacilar, mas as cicatrizes ainda estavam muito frescas para que eu pudesse ignorar tudo o que havia acontecido.
– Sei que fiz merda de novo – ele continuou, a voz baixa e pesarosa. – Mas nunca mais vou te deixar sozinha outra vez.
Eu ainda não conseguia olhar nos olhos dele, a dor e a desconfiança eram grandes demais.
– Há um mês eu fico do lado de fora da sua casa, tomando coragem para bater na porta e pedir desculpas – ele confessou. – Mas eu não sabia como fazer e tinha medo de piorar as coisas. Fico a noite inteira lá, sentado na calçada, no sol, na chuva, no frio.
Essas palavras me pegaram de surpresa. Pensei nas inúmeras noites em que me senti solitária e vulnerável, sem saber que ele estava tão perto, mas ao mesmo tempo tão distante. A dor e a raiva ainda estavam presentes, mas uma pequena parte de mim se perguntava se talvez houvesse uma chance de redenção para ambos.
– Por favor, Giselle, me dá mais uma chance – ele implorou, a voz cheia de desespero. – Não vou voltar para aquele mundo. Vou te proteger a qualquer custo.
Olhei para baixo, tentando processar tudo o que ele estava dizendo, e foi então que vi seus braços. Tatuados e cheios de cicatrizes que eu não havia notado antes. Peguei o braço dele, meus dedos tocando as marcas.
– O que é isso? – perguntei, a voz baixa, quase um sussurro.
– Pensei em me matar.. – ele admitiu, a voz quebrada. – Eu perdi a pessoa mais importante da minha vida por causa de um erro meu e ainda causei um sofrimento que vai te assombrar por anos.
A dor em suas palavras e as marcas em seu corpo contavam uma história de arrependimento e desespero. As cicatrizes não eram apenas físicas; elas refletiam a profundidade de sua culpa e dor.
Enquanto segurava o braço dele, notei algo que não havia percebido antes. Marco ainda usava a aliança que havíamos trocado, e, no mindinho, ele carregava a minha. A mesma aliança que eu havia jogado nele na delegacia, no dia em que terminei tudo.
– Você guardou – murmurei, surpresa, meus olhos fixos nas alianças.
Ele olhou para mim com olhos cheios de dor e esperança.
– Não consegui me desfazer dela. Era a única coisa que me restava de nós dois.
A visão dos anéis me trouxe uma onda de emoções conflitantes. Eles eram símbolos de um amor que um dia havia sido real e puro, mas também de promessas quebradas e mágoas profundas. Ver que ele tinha guardado minha aliança, mesmo depois de tudo, mexeu comigo de uma maneira que eu não esperava.
Lembranças começaram a inundar minha mente: o dia em que trocamos as alianças, cheios de esperança e amor; as noites que passamos juntos, sonhando com um futuro melhor; e o momento em que, cheia de raiva e dor, joguei minha aliança nele na delegacia, sentindo como se estivesse arrancando um pedaço do meu próprio coração.
– Marco, isso não muda o que aconteceu – falei, minha voz trêmula. – Você não estava lá quando eu mais precisava de você. E essas cicatrizes... – olhei novamente para os braços dele – elas não vão simplesmente desaparecer.
Ele segurou minha mão com firmeza, seus olhos implorando por compreensão.
– Sei que errei, Giselle. E essas cicatrizes são uma prova do quanto me arrependo. Não posso mudar o passado, mas estou disposto a fazer qualquer coisa para consertar o futuro. Me dá uma chance de te mostrar que posso ser o homem que você merece.
Fiquei ali, em silêncio, com a mente e o coração em guerra. As cicatrizes dele eram visíveis, mas as minhas estavam bem mais profundas, escondidas dentro de mim. A decisão que eu tomaria ali definiria não apenas o nosso futuro, mas também o meu processo de cura.
– Eu fiquei sabendo que prenderam o cara que fez aquilo com você – Marco continuou, a voz baixa e cheia de emoção. – E fiz questão de ser preso de novo.
Eu o encarei, confusa e surpresa.
– O policial me reconheceu do dia que você foi na delegacia e me colocou na mesma cela que o desgraçado.
Meu coração começou a bater mais rápido enquanto ele falava, a intensidade de suas palavras me atingindo como uma onda.
– O seu pai apareceu na delegacia e viu que eu quase matei o desgraçado. Queria que ele pagasse pelo que fez com você. Não só pela justiça, mas por ter falhado em te proteger.
As palavras de Marco reverberaram dentro de mim. Ele tinha enfrentado o homem que me machucou, mesmo que da forma mais violenta possível. A raiva e o desespero dele se refletiam na minha própria dor e desejo de justiça. O fato de meu pai ter visto tudo isso apenas reforçava a gravidade da situação.
– Marco... – comecei, mas minha voz falhou. Não sabia o que dizer, não sabia como processar tudo isso. As ações dele, embora violentas, eram uma tentativa desesperada de redenção.
Ele me olhou nos olhos, seus próprios olhos cheios de lágrimas não derramadas.
– Giselle, eu sei que nada disso pode apagar o que aconteceu. Mas eu preciso que você saiba que eu faria qualquer coisa para consertar isso. Qualquer coisa para te proteger.
Fiquei ali, paralisada, sentindo o peso das palavras dele e a profundidade do seu arrependimento. Sabia que a decisão que tomaria agora seria crucial, não só para ele, mas principalmente para mim.
– Só peço mais uma chance, Giselle – ele disse, sua voz implorando. – Prometo que você não vai se arrepender.
Marco se aproximou mais, seus olhos desesperados e cheios de culpa encontrando os meus.
– Eu te amo. Sei que não demonstrei isso muito bem, mas vou me esforçar para mostrar dessa vez.
Ele colocou as mãos na minha cintura, e, surpreendentemente, eu não recuei. Não me senti assustada. O toque dele era reconfortante, uma lembrança de tempos mais simples e felizes.
– Por favor, me deixa te levar para casa – ele sussurrou, a voz baixa e cheia de esperança.
O silêncio no pequeno banheiro parecia esmagador. As paredes pareciam se fechar ao nosso redor enquanto eu lutava com minhas emoções. As cicatrizes ainda estavam lá, mas o toque dele, a sinceridade em suas palavras, e o desespero em seus olhos me fizeram questionar se talvez houvesse uma chance de redenção. Eu sabia que confiar novamente seria difícil, mas talvez, apenas talvez, valesse a pena tentar.
Respirei fundo, sentindo a tensão lentamente deixar meu corpo.
– Tá bom, Marco – respondi, minha voz trêmula, mas decidida.
Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Lucas, meu primo, avisando que iria para casa e que não precisava se preocupar, pois estava acompanhada.
– Vamos sair daqui – disse Marco, destrancando a porta e garantindo que o corredor estava vazio antes de sair.
Antes que eu pudesse seguir em direção à saída principal, ele se virou para mim com um brilho nostálgico nos olhos.
– Quer relembrar os velhos tempos? – ele perguntou, puxando-me gentilmente até a janela de um quarto no andar de baixo.
Quando éramos mais novos, com 18 e 19 anos, costumávamos escapar das fraternidades pela janela para nos encontrarmos longe das multidões e das regras.
Senti uma onda de nostalgia e, pela primeira vez em muito tempo, sorri. Assenti e ele abriu a janela, descendo primeiro com agilidade. Depois, ele estendeu a mão para mim, ajudando-me a sair, exatamente como fazíamos antes.
O toque dele era firme e seguro, e, por um momento, senti que talvez fosse possível encontrar um caminho de volta à confiança e à segurança. Ao tocar o chão lá fora, senti a brisa fresca da noite e, de repente, tudo parecia um pouco mais leve.
Marco olhou para mim com um sorriso, o mesmo sorriso que um dia eu conheci tão bem.
Entramos no carro dele, um veículo que eu conhecia muito bem. Marco costumava participar de rachas com ele, sempre indo rápido demais, às vezes quase batendo enquanto eu estava dentro, com o coração na boca.
Mas dessa vez foi diferente. Pela primeira vez, ele não passou do limite de velocidade das ruas. Dirigiu devagar, cuidadoso, como se cada movimento fosse um esforço para mostrar que ele realmente queria mudar.
Quando chegamos à casa dele, ele estacionou o carro na garagem vazia e desligou o motor. O silêncio que se seguiu foi pesado, mas também cheio de uma estranha sensação de esperança. Entramos na casa juntos, a familiaridade do lugar trazendo uma sensação de segurança que eu não sentia há muito tempo.
Marco fechou a porta atrás de nós e se virou para mim, os olhos ainda cheios de aquela mistura de culpa e esperança.
Marco se aproximou de mim novamente, seus olhos fixos nos meus.
– Eu te amo, Giselle – ele disse, a voz cheia de sinceridade e arrependimento. – Me perdoa..
Pensei muito em como iria responder. Era verdade que eu ainda o amava, mas não estava pronta para dizer isso a ele depois de tanto tempo e de tudo o que havia acontecido. Em vez disso, me inclinei e o beijei, um beijo carinhoso e cheio de sentimentos não ditos.
Quando nos separamos, olhei nos olhos dele e disse suavemente:
– Eu te perdoo, Marco.
Ele voltou a me beijar, segurando minha cintura com firmeza, mas também com ternura. Entre os beijos, ele perguntou, a voz carregada de desejo e saudade:
– Posso te mostrar o quanto senti a sua falta?
Durante nossos três anos de namoro, sempre fomos um casal muito ativo. Nossa forma de mostrar o quanto sentíamos saudades um do outro era na cama. O desejo e a paixão entre nós eram inegáveis, e, naquele momento, percebi que também sentia falta dessa conexão.
Assenti, sentindo meu corpo responder ao toque dele.
Marco parou por um momento, olhando profundamente nos meus olhos.
– Se você se sentir desconfortável em qualquer momento, pode pedir para eu parar – ele disse, a voz cheia de cuidado e consideração.
Assenti, sentindo uma onda de confiança e alívio. Voltamos a nos beijar, e dessa vez havia uma suavidade e uma ternura que não havíamos experimentado antes. Minhas mãos estavam espalmadas no peitoral dele, sentindo os batimentos acelerados de seu coração, enquanto as dele seguravam minha cintura com firmeza e gentileza.
Cada toque, cada beijo, era uma redescoberta, um novo começo. Estávamos explorando um terreno conhecido, mas de uma maneira completamente nova, com um respeito e um entendimento que só poderiam vir de tudo o que havíamos passado.
A intimidade que compartilhávamos era mais do que física; era uma promessa silenciosa de que tentaríamos novamente, de que buscaríamos curar as feridas e construir algo mais forte e verdadeiro do que antes. E, naquele momento, comecei a acreditar que talvez fosse possível.
Sentindo uma onda de coragem e desejo, decidi aprofundar mais as coisas. O beijo ficou mais intenso, nossas línguas se encontrando com uma urgência que só a saudade podia explicar. Apertei a roupa dele de leve, sentindo os músculos tensos sob o tecido, e ele respondeu apertando mais a minha cintura.
– Eu estava com saudades de você.. – murmurei entre os beijos, minhas palavras carregadas de desejo e uma permissão silenciosa para ele fazer o que quisesse comigo naquele momento.
Marco soltou um gemido baixo, sua resposta imediata ao meu consentimento. Nossas mãos exploravam os corpos um do outro, redescobrindo cada curva e contorno. A tensão e a paixão que haviam estado adormecidas por tanto tempo agora borbulhavam à superfície, prontos para explodir em um redemoinho de emoções e desejo.
Minhas mãos começaram a descer primeiro, hesitantes no início, mas logo ganhando confiança. Era como se ele estivesse esperando que eu desse o primeiro passo, uma maneira de me deixar no controle e assegurar que eu estava confortável.
Desci minhas mãos até a cintura dele, meus dedos encontrando o cós da calça. Marco, em resposta, subiu as mãos até a barra da minha blusa. Paramos o beijo por um momento, nossos olhos se encontrando em um silêncio cheio de entendimento e desejo. Lentamente, começamos a tirar as roupas um do outro, cada peça removida com cuidado e reverência.
Cada movimento era um ato de confiança, um passo em direção à reconciliação. Sentíamos a necessidade de nos reconectar, de curar nossas feridas através da intimidade que sempre compartilhamos.
Em poucos minutos, já estávamos vestidos apenas com as peças mais íntimas. Eu usava uma lingerie que ele havia me dado de presente no último Dia dos Namorados, uma peça delicada que ele sempre adorou. Marco, por sua vez, usava o colar que eu amava, com um pingente que trazia meu nome gravado.
Com um movimento firme e carinhoso, ele me pegou no colo e me levou para o quarto. A cama de casal ali era um lugar repleto de memórias, o cenário de muitos dos nossos momentos mais íntimos e apaixonados.
Cada passo que ele dava parecia cheio de propósito e cuidado, e eu sentia meu coração bater mais rápido, não só pelo desejo, mas pela esperança de que estávamos realmente começando algo novo e melhor.
A familiaridade do quarto e a presença reconfortante de Marco criaram uma atmosfera de segurança e conexão, algo que ambos precisávamos desesperadamente.
Marco estava sendo incrivelmente carinhoso e amoroso, tirando o resto das minhas peças íntimas devagar e com cuidado, enquanto seus lábios exploravam meu pescoço com beijos suaves. Sempre fomos intensos e brutos na cama, mas aquele carinho era o jeito dele de mostrar que estava mudando, que queria o meu bem acima de tudo.
Enquanto ele tirava minha calcinha com uma mão, a outra mão fazia carinho na minha bochecha, seus olhos presos aos meus.
– Você quer que eu seja bruto ou fofo? – ele perguntou, sua voz baixa e cheia de ternura.
A pergunta dele trouxe uma onda de emoções. A escolha estava nas minhas mãos, e isso me fez sentir segura e respeitada. O olhar dele, cheio de desejo e carinho, me fez perceber que, independentemente da resposta, ele estava comprometido a me colocar em primeiro lugar.
Olhei para ele, sentindo o calor do momento e a profundidade da nossa conexão.
Embora estivesse apreciando o momento carinhoso, a saudade acumulada durante o tempo separados era esmagadora. Eu queria sentir novamente a intensidade do nosso desejo, relembrar o quanto sentia falta dele.
– Bruto – pedi, e um sorriso se espalhou pelo rosto dele.
Marco puxou minha calcinha com força, jogando-a para o lado, enquanto eu puxava sua box com igual urgência. Ele colocou a mão no meu pescoço, apertando de leve, um gesto que sempre me excitou.
Ele sabia que eu gostava de pele com pele, apesar dos riscos. Posicionou-se entre as minhas pernas, colocando apenas a cabeça, e eu soltei um gemido, chamando-o de amor.
O sorriso de felicidade no rosto dele me fez sentir uma onda de calor. Ele me beijou profundamente, enquanto sua outra mão fazia carinho nos meus seios. A mistura de paixão e carinho era avassaladora, e eu sabia que, apesar de tudo, estávamos no caminho certo para redescobrir o nosso amor e reconstruir a confiança que um dia tivemos.
Marco apertou meu pescoço com mais força, arrancando de mim um gemido profundo. Ele deu um tapa na minha coxa, seguido por um aperto firme na minha cintura. Suas mãos exploravam cada canto do meu corpo enquanto ele provocava, entrando apenas com a cabeça e saindo completamente, aumentando a tensão e o desejo entre nós.
Sem hesitar, deixei minhas unhas arranharem suavemente o pescoço dele, descendo lentamente pelo peito até chegar perto do seu membro. A reação dele foi imediata, soltando um gemido que ressoou em nossos corpos entrelaçados.
Marco tirou a mão do meu pescoço e segurou minhas mãos acima da cabeça, imobilizando-me gentilmente enquanto sua outra mão continuava a explorar cada cantinho do meu corpo. O toque dele era ao mesmo tempo possessivo e cheio de adoração.
Ele beijou meus seios com uma devoção que fez meu coração disparar, seus lábios e língua traçando um caminho de prazer. Aos poucos, ele começou a enfiar mais do membro dele em mim, apenas para depois retirar completamente, criando uma deliciosa tortura que aumentava o desejo e a necessidade entre nós.
A combinação de seu toque firme, os beijos apaixonados e os movimentos provocantes me deixava à beira da loucura.
Cruzei as pernas ao redor da cintura dele, prendendo-me firmemente nele. Marco enfiou mais de si em mim, e eu não consegui segurar a súplica:
– Por favor, enfia tudo logo – implorei, minha voz carregada de desejo.
Ele parou e olhou diretamente nos meus olhos, seu olhar intenso e cheio de determinação.
– Só vou fazer isso se você provar que merece – ele disse, provocando.
Pensei rapidamente e soltei minhas mãos das dele, pegando sua mão com a aliança. Tirei o anel do dedo dele e o coloquei no meu próprio, em um gesto simbólico de comprometimento e amor. Depois, voltei a posicionar minhas mãos acima da cabeça, permitindo que ele me imobilizasse novamente.
Marco sorriu, um sorriso de pura felicidade que iluminou seu rosto. Sem desviar o olhar, ele começou a se mover, entrando cada vez mais fundo, até preencher-me completamente.
Cada investida era uma declaração de amor.
Marco começou a se mover com mais intensidade, rápido e forte, arrancando gemidos profundos de mim a cada investida. Sua mão livre continuava a explorar meu corpo, brincando com meus seios, os dedos hábeis provocando e estimulando cada ponto sensível que ele conhecia tão bem.
Ele apertava minhas mãos com mais força, a sensação de sua pegada firme aumentando a excitação e o desejo. Seus movimentos se tornavam mais urgentes, cada estocada levando-nos mais perto do ápice.
Os gemidos dele se misturavam aos meus, uma sinfonia de paixão e entrega. Nossos corpos se moviam em perfeita harmonia, como se fossem feitos um para o outro. A sensação de sua pele contra a minha, o calor de seu corpo, tudo contribuía para criar uma experiência avassaladora.
Marco olhou nos meus olhos, sua expressão carregada de desejo e amor. Havia algo de profundamente carinhoso em sua intensidade, uma promessa silenciosa de que, apesar de tudo, estávamos no caminho da cura e do reencontro. Com cada movimento, ele reforçava essa promessa, mergulhando mais fundo, conectando-nos em níveis que iam além do físico.
Era comum para mim atingir o ápice somente depois de sentir Marco se derramar dentro de mim; era praticamente um fetiche. Ele sabia disso e, com maestria, alternava entre movimentos lentos e rápidos, prolongando o momento e intensificando cada sensação. Marco conhecia cada nuance do meu corpo, exatamente como me fazer enlouquecer.
Eu adorava ser submissa, permitindo que ele tomasse o controle total, entregando-me completamente ao seu comando. E ele adorava estar no comando, guiando cada momento com precisão e paixão.
Ele foi devagar, quase parando, apenas para aumentar a tensão e a expectativa. Seus olhos fixos nos meus, um sorriso malicioso dançando em seus lábios enquanto ele prolongava meu prazer. Então, ele acelerava novamente, levando-me ao limite, minha respiração entrecortada por gemidos de pura necessidade.
Cada investida, cada toque, era uma expressão de amor e desejo. Ele sabia exatamente como me levar à loucura, e eu adorava cada segundo dessa dança íntima. Sentia-me completamente à mercê dele, e isso apenas aumentava a intensidade do nosso momento.
Marco soltou minhas mãos, e eu imediatamente voltei a arranhá-lo, sabendo o quanto ele gostava disso. Minhas unhas traçavam desenhos nas suas costas e arranhavam seu abdômen definido, sentindo os músculos se contraírem sob meu toque.
Ele voltou a apertar levemente meu pescoço e beijar meus lábios com intensidade. Sentindo o clímax se aproximar, comecei a gemer mais alto, chamando-o de amor, deixando que ele soubesse o quanto eu precisava dele naquele momento.
Marco deu mais algumas estocadas fortes e, ao se derramar dentro de mim, senti uma onda de prazer avassaladora me tomar. Meu clímax chegou com força, meu corpo inteiro tremendo sob o dele.
Ele continuou com algumas estocadas carinhosas, soltando meu pescoço e fazendo carinho na minha bochecha. Sua outra mão massageava suavemente o local onde ele havia dado tapas na minha coxa e cintura, acalmando a pele sensível.
Com o cabelo colado à testa suada e as respirações lentamente voltando ao normal, o calor do nosso encontro ainda presente, sentia o líquido quente dele vazando de mim enquanto ele se movia devagar, prolongando a conexão entre nós.
– Eu também te amo – sussurrei, olhando nos olhos dele.
Naquele momento, todas as nossas dores e mágoas pareceram se dissipar, deixando apenas a sensação de um amor renovado e a promessa de um futuro juntos. Estávamos prontos para enfrentar o que viesse, unidos por um amor que, apesar de tudo, se mantinha forte e verdadeiro.
The end.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.