História Família de 5 - Sasuke e Naruto bebês

 Acordei as 3 horas da manhã como eu havia feito nas últimas noites desta semana, do meu quarto podia se ouvir com clareza o choro duplo dos bebês, Sasuke tinha acabado de chegar em nossas vidas, o menino ainda não estava acostumado a não ter sua mãe por perto, o que é bem triste. Me levanto em um pulo desajeitado e cambaleei até o quarto ao lado, o único berço no meio do cômodo sendo meu alvo, quando chego ao lado dos bebês, pego os meninos em meus braços e os embalo em um abraço confortável

 Sasuke era pequeno e o Naruto era grande para a idade, o que dava a ilusão de que eles têm a mesma idade, mas na verdade eles tinham 3 meses de diferença, o Uchiha sendo o mais velho dos dois

 As lágrimas foram cessando aos poucos e com a calma das crianças minhas memórias chegando em um turbilhão

 Nem fazia dois meses que eu voltei da Síria, a guerra tão perto em meus sentidos, a dor da morte do Minato e da Kushina batendo violentamente em minha consciência

 Minato Namikaze era o Coronel mais respeitado de toda a cidade, sua esposa, Kushina Namikaze era temida por todos e amada por quem realmente a conhecia, eles foram mortos do dia do nascimento de seu único filho, Naruto Uzumaki

 Criminosos invadiram a maternidade e os mataram a queima roupa, deixando o loiro órfão. Eu recebi a guarda da criança, me tornando o pai legal do menino, como todos os documentos estavam em dia, a adoção não levou tanto tempo como devia

 Naruto recebeu o sobrenome da mãe para os criminosos não irem atrás da criança, mas para garantir, sair do estado assim que os documentos da adoção foram assinados, eu não queria que o menino fosse ferido

 Eu abondonei a guerra para cuidar do loiro, eu nunca me arrependi desta decisão, me alista para guerra foi uma decisão burra de qualquer forma, eu era um garoto estúpido na época, 19 anos e achando que poderia vencer o mundo utilizando uma arma bem carregada

 Agora tinha 21 anos e nada de bom para contar sobre meus anos servindo o exército. Obito e Rin vieram antes da guerra, mas ele morreram nela, Obito nos destroços de uma bomba e a Rin pela bala de minha arma

 Um ano depois conheci o Itachi Uchiha e o Yamato, lutamos juntos, nos tornamos irmãos de arma, devo minha vida aos dois soldados. Para mim eles eram tudo, mas aí uma nova notícia quebrou minha crença

 Itachi matou seus próprios pais, ele me disse que foi melhor assim, que ele teve que fazer isso e logo depois me pediu para cuidar de seu irmão caçula. Eu aceitei por causa de minha dívida e porque não queria que Sasuke fosse jogado no sistema

 Demorou um tempo, mas logo fui aceito como o guardião legal do Sasuke Uchiha, acho que na mesma época que o Itachi fugiu da cadeia onde estava preso

 A vida se tornou confusa e eu pai de duas crianças muito pequenas

 Naruto se contorceu em meu colo, seu bracinhos tentando tocar o outro corpo ao seu lado, Sasuke, diferente do Uzumaki, estava quieto e seu corpo imóvel sobre o meu. Tão novos e claramente tão diferente

 Um loirinho sempre ficava inquieto e fazia muito barulho, já o moreno era quieto e silencioso, o único momento que se copiavam era nesse horário tardio, onde ambos choravam de saudades

 Logo coloco os dois de volta no berço e vejo com alegria o Naruto se abraçar com o Sasuke, eles vão ser bem amigos ou arqui-inimigos quando mais velhos, não dá para escolher meio termo a isso

 Olhando eles assim me faz quase esquecer de meus problemas, eu ainda tinha que arrumar algum emprego e arrumar alguém para cuidar das crianças. Eu sai dessa vida de militar, eu tinha passado três anos de guerra e quatro de alistamento juntando meu dinheiro, eu não tinha muito o que fazer com dinheiro em uma zona de guerra, então juntar não foi problema, eu ainda tinha o dinheiro da herança do meu pai, isso me sustentará por algum tempo

 Mas e depois?

 Talvez eu deva fazer algum curso para me qualificar para um trabalho normal

 Mas qual curso? 

 Mesmo assim eu tenho que buscar um trabalho para agora, estuda a noite e trabalhar de dia

 Mas também tem as crianças

 Posso colocar elas em uma creche no dia e a noite cuido delas enquanto estudo online

 Provavelmente não vai dar certo, mas eu passei por uma guerra civil, eu posso enfrentar isso também

 Beijei o topo da cabeça dos meus meninos e fecho o mosquiteiro do berço, eles me acordarão daqui a alguns minutos por estarem com fome, carentes ou sujos, então era melhor eu correr para meu quarto, nem que para fechar meus olhos e fingir que estou descansando

 Eram seis horas da manhã quando o Gai ligou para mim com sua animação habitual, seu rosto alegre enchendo minha tela do notebook, seu sorriso sendo estranhamente enorme em seu rosto ondular. O Gai era um ótimo amigo, mas às vezes sua alegria era sufocante, principalmente quando você é um pai solteiro que não dorme algumas semanas

 As notícias que o homem tinha para me dá eram realmente animadoras, ele tinha conseguido adotar o menino que ele havia me falado, era um garoto de rosto redondo e olhos grandes, seu nome era Rock Lee e tinha apenas um ano de vida, Gai estava a nove meses lutando para ter aquele garoto como seu

 Logo Gai se afasta da tela para me mostrar seu pequeno filho, que sorria tanto quanto o pai, eles eram tão parecidos que até pareciam ligados por sangue e não por adoção. Estava feliz pelo meu amigo de longa data, ele merecia tudo de bom

 Logo desligamos a chamada quando um choro duplo invade meus sentidos, as crianças acordaram nada feliz

 Corri para o quarto e me jogo perto do berço, logo verificando a fralda do Naruto, que estava molhada, depois volto minha atenção para a do Sasuke, que estava seca

 Pego o loiro e levo ele para trocadora, eu mesmo chorando pelos gritos insatisfeito do menino, ser pai era uma desgraça

 Ser pai era uma maravilha

 Naruto e Sasuke morriam de ri com o barulho do patinho de borracha, ambos soltando sons fofos a cada vez que eu apertava o brinquedo de barulho estúpido, os risos das crianças enchendo todo o meu ser

 Eu sorrir pela sena dos meninos se divertindo com algo tão irrelevante quanto um pato de banho, Naruto de dois meses mal sabia como olhar o brinquedo, ele ainda não focava o olhar muito bem nas coisas, mas ainda estava tentando com toda vontade do mundo, já o Sasuke, de cinco meses olhava o pato amarelo com muita intensidade, rindo um pouco antes de ficar sério novamente, como se fosse proibido rir

 Esses momentos me faz pensar nos pais verdadeiro destas crianças, talvez eles nunca se conhecessem se as tragédias não tivessem arruinado a suas vidas

 Baguncei os cabelos loiros do Naruto com carinho, vendo com muito amor seus bracinhos se erguerem para chegar aos meus dedos, eu tive que sorrir para aquela cena

 Como eu queria que o Minato e a Kushina estivessem aqui

 Vou para os cabelos negros do Sasuke, fazendo ele ganhar uma careta desgostosa, ele parecia está odiando perceber minha presença, outra coisa que me fez sorrir abertamente

 Eu queria que o Fugaku e a Mikoto pudessem ter esse momento para eles

 Eu não merecia ter esses meninos, eles eram bons demais para mim

 Sasuke faz barulhos irritados e eu tiro meus dedos de seu cabelo

 Pego os dois em meu colo e vou para sala de estar

 As oito horas da noite Jiraiya chegou para ver o Naruto, o senhor de cabelos brancos se sentou em meu sofá com o Naruto em seu colo, admirando seus fios loiros e as marquinhas estranhas em sua bochecha

 O homem de idade avançada via aquela criança como seu neto querido, alguém que ele não poderia ter por perto, foi triste e doce ao mesmo tempo

 Jiraya foi embora às oito horas vinte minutos, prometendo não voltar mais, Naruto era parecido demais com o Minato e isso doía

 Não gostei que ele falou isso como se eu não tivesse que conviver com isso todos os dias, eu via o Minato na Naruto cada segundo de nossos dias e via a Kushina a cada sorriso alegre do loiro. Doía pra caralho

 Peguei as crianças e com elas fui para meu quarto, poderia ser patético, mas eu não estava pronto para dormir sozinho naquela noite, eu precisava de minha única família ali comigo, não importa o quão infantil isso seja

 Eu preciso fazer alguma coisa da minha vida, não só por mim, mas também pelos meus meninos

 O fato era

 Eu precisava de ajuda