História Fantasma (Não) Amigável - Sycaro (Saiko x Ycaro) - Eles tinham medo, e ele errou

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- Y...ycaro…- Saiko o chama um pouco incrédulo. 

- Sim? - o respondeu sem tirar os olhos do que fazia. 

- Pode tocar o braço do meu corpo? - Saiko pede e Ycaro o olha. - Vai. - e em demora o mesmo tocou em no pulso daquele corpo, e logo em seguida olhou para Saiko novamente. 

- O que foi? - 

- Nada… - falou - Pode tocar meu rosto novamente? - 

Sem contestar,  Ycaro apenas faz o que foi lhe pedido.

- Y...ycaro, e..eu ‘tó sentindo....- 

Atualmente

Ycaro

Após o mesmo ter falado aqui, fico boquiaberto porém logo abro um sorriso, era bom ouvir aquilo, portanto logo percebo que o mesmo estava um tanto… espantado? 

- O que foi? - pergunto e logo vejo o mesmo abaixar a cabeça e sorrir de lado levando sua mão direita em direção a sua bochecha. 

- Pode… fazer de novo? - perguntou olhando para mim.

- Não - digo e ele me olha sério. - Calma, doido, eu também sei zuar ‘tá?! -  digo novamente e ele revira os olhos. Me aproximo de seu corpo e toco novamente seu rosto, porém desta vez olhando para si (o espírito dele no caso) ele me olha mais uma vez após passar meus dedos por sua bochecha logo em seguida levando sua mão ao local novamente. 

- Obrigado, Ycaro. -

[...]

Havia se passado três dias e eu já estava bem mais confortável com Saiko, não havia sinal daquela sombra (pois Saiko estava focando em voltar a vida com minha ajuda, e bom, ele não estava mais com vontade de fazer o que fazia , e isso era bom) ele havia me falado que para se livrar dessa sua ‘’maldição’’ todos que estivessem dentro dessa casa não deveriam mais sentir nenhum tipo de medo por aquela sombra, e isso faria ela se ir por completo pois estaria dentro da casa onde começou tudo, e demonstrar não ter medo, seria o fim. 

 Estava na sala junto com Tawan e André assistindo a um filme aleatório, pois tínhamos acabado de jantar e eram umas nove horas da noite (se não me engano) porém minha mente não estava concentrada no filme e sim no que Saiko falava sentado no outro sofá que havia na esquerda. 

Eu estava me segurando para não respondê-lo, se não isso só iria assustar mais meus amigos. 

- Ô doido, esse filme é ‘mo ralado’, tira isso ai. - ele falava e eu continuava mantendo meus olhos na TV. - Olha ai, a ‘mina é ‘mo’ burra! Quem que vai atrás do que fez barulho na casa no meio da noite?! - após o mesmo falar aquilo o olho rapidamente, no qual já me olhava. 

- Hey, eu fiz isso! E olha só onde estamos agora?! - digo olhando sério para o mesmo. - Falou isso só ‘pra me irritar e me chamar de burro discretamente! - digo emburrado cruzando os braços e voltando a olhar para a TV tentando não ligar ‘pras gargalhadas altas que ele dava quase que me fazendo sorrir. Não sei mais o que deu nele, fica querendo encher meu saco, me deixando irritado, me fazendo ficar gritando enquanto ele começa a rir da minha cara.

- Ycaro… ? - ouço Tawan me chamar e eu logo presto atenção no que fiz. - Com quem tu ‘tá falando, doido? - 

- É o ‘diabin’ dele lá, abestado. - André o responde rindo baixo.

- ‘Diabin’, não, fantasma é melhor. - Saiko responde, e eu apenas ignoro.

- ‘Cês tão achando isso muito normal, né? Nossa casa tem um demônio, e 'cês querem amigar com ele? Mano, vocês tem problema?! - Tawan falou um pouco sério.

- Corrigindo, minha casa…-  

- Saiko, cala a boca! - digo olhando para o mesmo que começa a sorrir novamente.

- Ycaro, para com isso! - Tawan fala batendo de leve em meu ombro (já que o mesmo estava do meu lado e André do lado dele) e me olhando.

- Saiko? ‘Demoin’ tem até nome... - André fala achando graça de tudo aquilo. 

- Vou bater nesse cara me chamando de demônio. - Saiko se pronuncia novamente fingindo ir pra cima de André, eu apenas reviro os olhos respirando fundo. 

- Olha só, virei amiguinho desse diabo ali! - digo me levantando olhando para Tawan e André, logo em seguida apontando para Saiko no sofá. Onde os mesmo olham para lá confusos. 

- Aparece ‘pra eles, desgraça! - digo olhando para Saiko dessa vez. 

- Não dá, eu não consigo! - respondeu ainda rindo. - Só posso aparecer ‘pra primeira pessoa que fez contato comigo. - continuou e eu levo minhas mãos para o rosto. 

- Faz alguma coisa pra mostrar que tu tá aqui e pra eles não me acharem meio doido.- digo me jogando no sofá e logo vendo Saiko sorrir travesso. 

- Deixa eu assustar eles um pouquinho?  - ele pergunta e eu o olho sério. - Três dias sem a sombra, e outra, eles nem tem mais medo. - e antes que eu pudesse falar alguma coisa, Saiko some e então sons de algo se contorcendo se fez presente na casa, logo em seguida as luzes estouram deixando a casa escura novamente. 

- Rapaz, demônio pra gostar de explodir minhas lâmpadas, quero lâmpadas nova pra ontem! - André falou em um tom divertido, porém eu não estava achando nada daquilo assim, Saiko não iria explodir as lâmpadas...

- Y-ycaro, pede pra parar, ‘to começando a ficar com medo… - ouço Tawan falar ao meu lado. - André fica perto de mim. - 

- Calma, Tawan, Saiko é amiguinho do Ycaro. Né, Ycaro…? - André pergunta e me mantenho em silêncio. 

- Amiguinho dele? ...Saiko é somente meu… - ouço aquela voz grossa novamente e reviro os olhos, já sentia era raiva daquilo, porém ainda estou surpreso por ter perdido o medo assim tão rápido.

- Somente seu? Hmm… sei não, ele não é um objeto, e muito menos seu. - digo e sem demora um grito alto e grosso se fez presente nos ouvidos de todos ali, o que fez Tawan e André gritarem de medo.

- Então acho que vou pegar outro pra mim..- e em segundo as lâmpadas voltam a acender. 

- Espera, não haviam estourado? - Tawan se pronuncia e olha ao redor. - ANDRÉ! - o mesmo falou e então eu logo olho na mesma direção que ele. A sombra estava segurando André pelo pescoço estendendo ele no ar, André se debatia, mas isso só fazia a sombra sorrir cada vez mais. 

- Vou levá-lo comigo… - e antes que pudéssemos fazer algo, a sombra segura André pela cabeça e logo em seguida o vira rapidamente, fazendo assim quebrar seu pescoço.

E então André foi solto no chão

 Eu estava incrédulo

Ele matou André...

- ANDRÉ! MEU BEM, POR FAVOR, FALA COMIGO, NÃO…fica comigo, eu preciso de você… - Tawan corre em direção a ele no chão e começando a chorar.

- Ele pode voltar… se você vier comigo. - a sombra falou estendendo a mão pra mim, onde eu a olho.

- Ycaro não!! Como eu fico?! - Tawan se pronuncia entre os choros, ''mas somente assim o André voltaria'' penso enquanto as lagrimas já caiam.

Alguns segundos se passaram...

- ‘Cê acha que ganhou? - olho surpreso para o dono daquela voz, André se levanta do chão estalando seu pescoço e vindo até mim, logo em seguida ficando de frente para a sombra.

- ANDRÉ?! - Tawan grita e logo em seguida desmaia caindo no chão, eu riria, porém estávamos em um momento sério, e minha mente estava tentando entender tudo.

- Vai querer tirar dele isso também? Veio até aqui pra possuir a própria coisa que você colocou nesse lugar? - André começou a falar, porém sua voz estava um pouco mais grossa e parecia bem velha. - Quer tirar do meu filho a única pessoa que está conseguido ajudá-lo? - após ouvir aquilo, arregalo os olhos, o pai de Rodrigo possuiu o corpo de André, mas como?! 

- O que você faz aqui?! - a sombra fala com certa raiva.

- Eu também queria saber. - André começa a falar - Estou aqui a bastante tempo… desde quando você me matou! - apontou raivosamente para a sombra a sua frente.-  De alguma forma não conseguir ir para o devido lugar… tentei falar com Rodrigo, mas não conseguia, ele não me via e mal me ouvia, mas agora eu percebo o porquê de estar aqui. Você realmente ia matar o garoto.. - André fala balançando a cabeça em um não. - Agora que eu estou em um corpo, posso simplesmente te levar pro lugar de onde estava junto com essa coisa que você colocou aqui, e assim Rodrigo voltará a viver. - quando André terminou de falar aquilo, a sombra então começa a gargalhar alto e maldosamente. 

- Idiota, acha que apenas matando o monstro que criei vai fazer aquele imbecil voltar a viver? - a sombra responde em um tom de deboche. - Comece a rezar ‘pra sua ajudar dar certo! - falou olhando raivosamente pra mim, porém eu acabo sorrindo de lado e olho para a mesma.

- Já deu. - 

- Filho da p- antes que a sombra pudesse vir para cima de mim, me surpreendo ao ver uma grande luz e logo em seguida a alma do pai de Rodrigo sair do corpo de André e pegar aquela maldita pelo pescoço, logo em seguida enfiando sua mão dentro da sombra e puxando de lá… Rodrigo.

- P-pai? -