1. Spirit Fanfics >
  2. Filhos da Máfia Camren G!p >
  3. Cartel Colômbiano

História Filhos da Máfia Camren G!p - Cartel Colômbiano


Escrita por: fifthmurders

Notas do Autor


Eu tenho que parar de postar os capítulos de madrugada. Bom, oi gente. Me desculpem por não ter postado semana passada, eu esqueci completamente, mas não me culpem, foi uma maldita caçadora, ela não sai da minha cabeça e ainda quer me desviar dos caminhos do Senhor. Enfim.
Boa leitura e obrigada. Amo vocês.
Meu twitter é: @vadiadaCabello. Podem falar comigo por lá se quiserem.

Capítulo 6 - Cartel Colômbiano


Fanfic / Fanfiction Filhos da Máfia Camren G!p - Cartel Colômbiano

Itália, Roma

Casa dos Jauregui

Camila.

 Desci as enormes escadas da casa dos Jauregui com a cabeça a mil. Minha mente teimava em me fazer voltar àquele pesadelo da lua de mel, e esse estranho calor que eu sentia ao lado de Lauren.

 Quando dei por mim percebi no último degrau a entrada de Keana e Chris Jauregui. Meu coração deu um solavanco ao encarar a mulher.

  O que essa mulher está fazendo aqui? Meus negócios com ela já haviam acabado. Entrando em casa com um óculos de sol e um sorriso brilhante nos lábios ao me ver ali. Pude ver o anel dourado que brilhava em seu dedo anelar.

 Oh

 Meu

 Deus

 Chris, o grandalhão Jauregui, estava com os olhos cor de mel brilhantes em excitação e alegria. Ele era forte, alto e musculoso, mas nada exagerado. Usava uma camisa branca e uma calça jeans escurecida. Carregava várias malas, sem contar as enormes sacolas de compras, que julgo ser de Keana. A mesma tirou os óculos me olhando, deixando os olhos mel, assim como os do marido, livres para me lançar um olhar de escárnio.

 - Cunhadinha! – Chris falou entrando na frente do olhar que Keana e eu trocávamos. – Não sei se já te disse, mas olhe... É muito mais bonita do que nas revistas. Lauren é muito sortuda.

 - Olé Chris, sou Camila Cabello. – Desci as escadas e apertei a mão dele. Ele sorriu e covinhas apareceram na bochecha dele, me deixando maravilhada. Então ele me abraçou forte e me girando no ar, enquanto ria com o gesto, pensava em como o rapaz era forte.

 - É Camila Jauregui. – Ouvi a voz rouca surgir atrás de mim. Chris me soltou dando um passo para trás, e, no mesmo instante, a morena pegou na mão dele. Keana usava um vestido branco que ia até um pouco acima dos joelhos, o que me fazia parecer estar mal vestida, um sapato preto com um salto fino e grande, o rosto dela me fez abaixar os olhos e corar.

 Droga, ela era linda.

 Tudo nela é muito perfeito. Os lábios cheios pintados de vermelho, o rosto fino, o nariz pequeno e arrebitado, o cabelo castanho-claro, que ia até a cintura dela.

 - Chris, Keana. Por que estão aqui?

 - Ora Lauren, não é óbvio?

 - Não sei o que deveria ser óbvio. – Lauren fez uma pausa e olhou para a mulher ao lado de seu irmão – Casou-se com essa mulher Chris? – Ele corou de leve e passou a mão pelos fios de cabelo que teimavam em cair nos olhos. O sorriso largo dele aos poucos se transformou em um sorriso envergonhado.

 - Sim.

 - Chris! – Disse Lauren furiosa.

 - Lauren querida, não fale de mim como se eu não estivesse aqui. Você mesma queria casar-se comigo, caso não se lembre. – A encarei chocada, minhas mãos coçando para arrancar os fios castanhos da cabeça dela na unha. Vi chocada sua sobrancelha se arquear me olhando, como se fosse superior a mim.

 - Mas ela se casou comigo, caso não saiba. – Minha voz saiu alta, como um comando, da mesma forma que eu falava com meus homens. Surpreendeu-me a pequena nota de posse que saiu no “casou”. Keana franziu o cenho dando um passo em minha direção. Dei dois em resposta.

 Ela que pense que eu não sei bater, já que o que mais fiz em minha vida foi bater.

 - Camila? – Lauren me chamou e puxou minha cintura para si. Grunhi irritada encarando a morena, futura careca. – Camila, chega.

 - Mas Lauren...

 - deixe Chris ser usado. Aparentemente ele gosta. – Com essa frase ela se retirou da sala me levando junto para o seu escritório. E assim que entramos, ela trancou a porta do mesmo.

 (N/A: Pulem se quiserem)  

Segundos depois ela me beijava, retribui com prazer. Minha mente me alertando que havia algo acontecendo, algo que eu estava deixando passar. Não me importei com isso e mandei para o inferno no momento em que senti Lauren puxar minha calça do pijama para baixo. Ela gemeu ao constatar que eu estava sem calcinha.

 Arranquei a camisa social que ela vestia e em seguida a calça jeans, empurrando para baixo com minhas pernas, as quais estavam ao redor da cintura dela. Minha esposa puxou meu cabelo, deixando o meu pescoço livre, e a senti chupar ali. O que me fez gemer alto.

 - Adorei ver sua cena de ciúmes Camila...

 - Lo... – Grunhi a sentindo rasgar minha blusa para libertar meus seios, sua mão massageou um deles, enquanto a outra alisava minha boceta. – Eu... Não...

 - Sim, estava com ciúmes. – Lauren disse com a sua voz rouca.

 - Não... Eu... Droga, sim! – Gemi quando ela deu um tapa estralado em minha bunda. Lauren sorriu torto, antes de puxar meu lábios para os dela.

 [...]

 Naquela tarde, eu tinha papéis de entregas nas mãos enquanto Lauren alisava a cabeça de um pitbull preto na poltrona, em frente à mesa em que eu me encontrava sentada. Fumando um cigarro, o que a deixava fodidamente quente. Anúbis, o cachorro, alegremente mantinha a língua vermelha para fora da boca e os olhos semicerrados olhando para mim.

 - Quando a cocaína da Colômbia chegará aqui? – A voz de Lauren desviou minha atenção do grande cachorro.

 - Eu não sei... Aparentemente ela foi desviada para outro lugar.

 - Foi o quê? – Ela grunhiu irritada e se levantou caminhando até mim. O cigarro fumegante foi jogado no cinzeiro da mesa. O cão o olhou balançando a cabeça confuso. Encarei Lauren se aproximando da mesa, como uma verdadeira mafiosa.

 Ela era quente.

 Não era como Ian, era melhor, muito melhor! Tão sexy. Tão mandona. Merda, não sabia desse meu desejo por mulheres, ainda mais mandonas.

 Minha mulher puxou os papéis de minha mão e virou o computador em sua direção, mordendo o lábio inferior com o rosto vermelho de raiva.

 A porta se abriu desviando minha atenção de Anúbis para ela. Michael entrou pela mesma, com um terno negro. Visivelmente essa família vive de preto, como se o tempo todo houvesse um funeral. Ele sorriu para mim e quando fechou a porta pude ver o motivo de sua entrada.

 - Afrodite! Ah menina, venha! – Gritei alegremente me levantando. Minha linda pitbull red nose correu até mim. Como não podia ser diferente, ela me derrubou no chão. Ri alegremente acariciando sua cabeça, enquanto ela me lambia. Afrodite tinha um laço vermelho na cabeça, franzi o cenho e ri mais alto ainda. – Quem colocou isso nela? – Disse ainda rindo. Meu sogro desviou o olhar para Lauren sem jeito. Me levantei rapidamente do chão.

 Opa. Não me parece ser algo bom.

 - Bom... Foi o Ian...

 Observei a mudança repentina de humor de Lauren. De ruim, para terrivelmente péssimo. Os olhos verdes dela lentamente subiram para meu rosto.

 Apressei-me a olhar Afrodite, que estava alheia ao clima ruim da sala, algo não muito comum dela, desviou o olhar para Anúbis. Ele caminhou até minha bebezinha e se sentou.

 - Hum, Mila... Ele ainda está lá fora...

 - Bem, sendo assim, eu irei falar com ele. – Lauren cortou o pai se levantando da onde tinha agachado para ver o computador. Tinha um sorriso estranho no rosto, que me pôs medo.

 Droga.  

 - Deixe que eu vou.

 - Não Camila. Você fica. E pai, ligue para o Júan, porque se o meu pedido não chegar hoje, amanhã ele acordará com larvas na boca. – Ela andou pesadamente e saiu batendo a porta com força. Michael me olhou sugestivamente e depois para a mesa. Apressei-me para sair de trás dela e me sentar na poltrona. Meu sogro sentou na cadeira e pegou o telefone.

 - Afrodite, vem! – Minha garotinha veio até mim, colocando as patas nas minhas coxas nuas. Olhei ao redor, e percebi que Anúbis não estava mais ali. – Você viu o cachorro que estava aqui neném? – Perguntei para a cadela. Afrodite olhou ao redor algumas vezes, antes de me olhar novamente.

 Mas o quê?

 Nesse momento, ouvi alguns gritos e rosnados do lado de fora. Eu e Michael nos levantamos rapidamente. Olhamo-nos assustados.

 A sala tem isolamento acústico.

 Tarde demais, eu corria porta afora com minha cadela e Michael atrás de mim. Ian estava jogado no chão da sala e Anúbis mordia a perna dele.

 Encarei chocada Lauren, que tinha um sorriso sádico no rosto e soltava uma risada nasal baixa.

 - Afrodite! – Ian gritou vendo que ela correu até ele e começou a rosnar para Anúbis, que soltou a perna dele e abaixou a orelha.

 - Lauren! Você é uma idiota! Como deixou isso acontecer? – Gritei empurrando ela. A raiva me corroendo. Uma risada alta surgiu atrás de mim e percebi que Michael estava até apoiado no sofá carmim da sala, ria alto e caiam algumas lágrimas dos olhos deles.

 - Minha filha! Não acredito que... – Fez uma pausa e retomou o ar – fez isso.

 - Lauren! – Clara entrou correndo na sala, olhou para a cena e colocou a mão sobre a boca. – Oh meu Deus, o que você fez? – Encarou a filha irritada, enquanto eu e ela ajudávamos Ian a se levantar. Minha futura ex-mulher olhava para mim e Clara com uma expressão repreensiva. Porra, eu vou socar a cara dessa imbecil. – Você está bem, meu filho? – Clara questionou para Ian, ele que analisava os danos na perna dele, paralisou ao ouvir Clara falar com ele. Franzi a testa o vendo corar e Clara o seguir com as bochechas coradas.

 - Estou Sra. Jauregui. O seu cachorro me atacou. Mas eu já estava de saída mesmo, só vim trazer Afrodite. – Minha bebê estava sentada e tinha a cabeça virada para o lado contrário de Anúbis, que a cutucava com a pata. – Bem... Ela está entregue. E... Cami você não tem atendido minhas ligações e nem respondeu minha carta. – Nossos olhos se encontraram e meu coração se apertou, desviei meu olhar para sua coxa e passei a mão pelas feridas, preocupada.

 - Eu...

 - Ela é casada e até ontem estava em Lua de Mel, talvez essa seja sua resposta Somerhalder. – Lauren cortou minha fala e grunhiu puxando minha mão.

 - Ian, eu sinto muito. Michael! Pare de rir, não tem graça e não tem um palhaço nenhum aqui para fazer graça. – Clara falou autoritária. Michael parou de rir abaixando os olhos. – Eu não sei o que deu em Anúbis, ele é muito bem treinado e é muito amoroso, nunca atacou ninguém. – Bem, a mestra dele é a Lauren... – Eu e ela voltamos nossos olhares para ela, que sustentou nosso olhar.

 - Lauren? Então você mandou seu cachorro atacar Ian?

 Foi minha vez de encarar irritada minha esposa. Ela olhou feio para Ian, mas assim que percebeu que era com ela que estávamos falando, olhou para a mãe e assentiu sem nem um pingo de remorso. Clara pediu para que Lauren se desculpasse.

 - Não. – Disse Lauren com a voz rouca e decidida. Ian foi embora logo depois, dizendo que precisava voltar para casas e agora ir ao hospital para ver  como iria tratar a mordida.

 Voltamos para o escritório, dessa vez, eu, minha mulher e nossos cachorros. Clara e Michael saíram para uma noite de casal, Keana e Chris não saíram de seu quarto o dia todo, o que eu agradecia por isso.

 Sentada eu lia alguns recibos, e alguns e-mails que chegavam. Afrodite estava em meus pés, ainda sem olhar para Anúbis. Ele tinha a cabeça baixa ao meu lado. A mesma cena se repetia acima deles, entre mim e Lauren. Fui obrigada a quebrar o silêncio quando meu celular tocou, olhei no visor e era Júan. Ele avisou que ainda hoje chegaria a encomenda.

 - Era o Júan.

 - O que ele dia minha linda? – Grunhi com o final da frase dela. Na hora de usar um cachorro indefeso para atacar meu ex-namorado eu não era a linda dela.

 - Que já está chegando o barco. – Disse friamente e ainda sem olhar para ela.

 - Então vamos, Camz. Sabe, é por esses problemas que sua família era a narcotraficante...

  - Escuta aqui, Jauregui! – Explodi me levantando e caminhando até a mesa. – Você atacou meu ex-namorado usando o Anúbis, para que ele tomasse toda a culpa! Você não é só uma idiota, é uma completa imbecil.

 - Karla. Camila. Cabello. Estrabão. Jauregui. – A cada palavra do meu nome ela se aproximava mais de mim. Quando dei por mim, estava sendo prensada contra a mesa. – Eu assumiria a culpa. Eu amo meu cachorro. – Suas mãos macias e dedos finos se infiltraram pela minha saia, permaneci parada a olhando desafiadora. – E o idiota não queria falar com minha esposa? Eu mostrei para ele o poder de um dos meus cachorros. A menos que ele queira ser jogado no canil daqui de casa, é bom ele manter as patas sujas dele bem longe da minha mulher.

 Encarei-a, me negando a piscar, queria demonstrar o mesmo poder para ele. Lauren puxou minha cinta-liga com tanta força que a fez voltar para a minha coxa como um tapa. Gemi sentindo a dor se transformar em um leve ardor prazeroso.

 - Ele não iria fazer nada, apenas queria falar comigo. Afrodite também era dele.

 - Ah, então vocês já tinham filhos? E é bem parecida com você, Camila.

 - Está me chamando de cachorra, Lauren?

 - Sim, Sra. Jauregui, estou te chamando de cachorra. – Com as mãos na minha cintura ela me colocou sentada na mesa. O barulho do computador caindo me sobressaltou, sendo tempo o bastante para que ela puxasse minha saia, mostrando minha calcinha preta, onde a cinta-liga estava presa. Os dedos finos e longos dela passaram pela borda trabalhada da meia 7/8 que eu usava, me fazendo sentir o choque de calor por onde passava seus dedos.

 - Eu não sou cachorra, Lauren Michelle!

 - Tem razão Camila, não é cachorra, é a minha cachorra. – Ela murmurou em meu ouvindo, enquanto tirava seu pau para fora. Umedeci os lábios a encarando. Lauren sorriu e puxou meu corpo para frente. – Se tivéssemos tempo, daria ele na sua boca com todo o prazer. Mas, precisamos estar no cais daqui a pouco.

 - Então por que está tirando minha roupa, idiota?!

 - Porque eu estou louca de ciúmes, desde a hora em que aquele merda chegou. Diga-me Camila, diga que vai se preocupar tanto comigo quando eu levar algum tiro, como se preocupou com ele.

 - vira essa boca para lá Lauren. – Ela sorriu ao beijar minha boca. Gemi me entregando as sensações que ela me proporcionava.

 [...]

 Em uma hora chegávamos ao cais. A arma na lateral da minha coxa estava me incomodando ao andar. Fui obrigada a colocar no meio das minhas coxas, me deixando assada. Mas Lauren era o que estava me incomodando mais. Ela trouxe alguns homens com ela, por precaução, mas não parava de caminhar de um lado para o outro. Atraindo a atenção para si.

 Foi por isso que meus homens conseguiram roubar ela tão facilmente. Lauren tem zero de paciência. Chamei a atenção dela várias vezes, ela parava por alguns minutos e depois recomeçava sua caminhada sem fim. Senti-me estranha sobre ela hoje, algo em mim dizia que já não era só um casamento forçado.

 Algo no sorriso largo dela me dizia isso.

 Algo no quanto ela era surpreendente. Depois  que saímos do escritório para nos arrumar, Lauren foi para o quarto e me deixou sozinha na sala. Algumas cartas estavam na mesinha de centro de vidro da sala dela. Antes que eu pudesse impedir, eu abri uma carta que estava escrito “Fundação Santa Maria”. Eu conhecia esse nome do meu trabalho missionário, que fazia com Ian. Senti meu coração acelerar enquanto lia a carta.

 A foto de um garotinho caiu em meu colo. Atrás estava escrito: “Tio Ed! Estou com saudade, quando o senhor vem me ver?”. O choque me fez derrubar o vaso da mesa, o cristal se quebrou em mil pedaços. Anúbis e Afrodite correram em minha direção para avaliar de onde viera o barulho.

 - Droga. – Resmunguei guardando a carta e a foto. Apressei-me a recolher os cacos do chão. As palavras da carta ainda confusas em minha cabeça.

 “Melhor doação de todos os tempos”

 “Grande coração”

 “Salvador do orfanato”

 Levantei os olhos para o mar e vi um barco se aproximar, tinha a bandeira da Colômbia balançando com o vento. Lauren parou de andar em círculos e caminhou até o cais, a mulher exalava poder apenas por andar. Fui ao lado dela. A mão de Lauren em minha cintura atenta a qualquer movimento estranho. Ela pegou minha mão encarando um latino que descia do barco.

 O homem pegou a mala prateada da mão de Lauren, vendo os rolos de notas de dinheiro, pegou alguns contando e fez sinal para outro latino que estava dentro do barco. Ele saiu trazendo três caixas de madeira e depois pegou mais três. Abri duas delas aleatoriamente passando os dedos pelo pó branco. Assenti para Lauren e fiz sinal para os homens pegarem as caixas.

 - É muito bom fazer negócio com vocês. – Lauren disse firmemente apertando a mão de ambos os homens e me puxou para longe logo depois. Colocamos as caixas na picape em que viemos e dirigimos até o galpão oito que era da família Jauregui. – Querida, tome. – Ela me deu um silenciador de pistola. – Qualquer coisa já sabe o que fazer.

 - Sim.

 - Sabe atirar, Cabello? – Lauren brincou me olhando.

 - Quer testar? – Arqueei a sobrancelha. Lauren gargalhou gostosamente e negando com cabeça e entrando no galpão. Palhaça.

 Agachei-me na Picape, tirando a arma da minha cinta-liga, apertei o silenciador nela e a apoiei no batente inferior da porta. Deitada sobre o tapete coloquei o dedo no gatilho calibrei ouvindo o “tec”.

 Depois de alguns minutos ali, sai do carro e comecei a andar entre os galpões mais próximos. Estava tarde, quase nenhuma pessoa passava por ali e todos que eu via corriam olhando ao redor. Tirei meu sapato, amarrando no meu braço. E voltei a caminhar atentamente.

 Um barulho atrás do galpão, onde Lauren estava, me fez olhar ao fundo, de trás de umas árvores vi três homens saindo. Os três de terno preto. Aproximei-me pela lateral deles, me escondendo atrás de uma caçamba.

 - Matem a Jauregui. – Uma voz conhecida sussurrou. – E se encontrarem Camila, tragam-na para mim.

 Ian?

 Mas que droga.

 Antes que eu pudesse pensar em outra saída, atirei na cabeça dos dois da ponta. E depois sai do meu esconderijo colocando a arma nas costas dele. Ian se virou apontando uma arma para mim. Ali com os pés sujos de sangue e talvez alguma massa cerebral, eu apontava uma arma para o peito dele e ele para o meu. Seus olhos se arregalaram ao me ver.

 - Droga! Cami? Olha o que você fez!

 - Ian não se mexa.

 - você acabou de matar os homens que trabalham para você. – Ele grunhiu abaixando a arma. Engatilhei a minha e ele levantou o olhar para mim. – Mila? Abaixe essa arma.

 - Eu não posso.

 - Mila o que você está fazendo? Sou eu! O seu Ian! – Antes que eu fizesse algo sua boca estava na minha. A arma escorregou pelos meus dedos e caiu no chão. O silenciador saiu dela e logo depois disparou. Meus dedos o puxavam para mais perto pelo cabelo, ele gemeu passando as mãos pelo meu corpo.

 E então. Eu não senti nada.

 Nada do que sentia antes.

 Era como beijar um irmão.

 - Camz? – A voz rouca e sexy surgiu me fazendo empurrar Ian. Lauren estava na frente do galpão quando me viu, encarando Ian e os corpos aos meus pés, então correu até nós. – Somerhalder? O que faz aqui? – Lauren rosnou para ele.

 - Aparentemente, nada. – Ele respondeu. Seus olhos azuis tristes em mim. – Estou indo embora, Jauregui. – Antes que eu pudesse fazer algo ele começou a andar. Lauren rapidamente pegou a arma que estava no meio do sangue e apontou para ele.

 - Não tão rápido. Vire-se, ou eu estouro seus miolos. – Ian se virou com as mãos para cima.

 -Lauren deixe-o ir...

 - O que ele veio fazer aqui Camila? Por que você matou esses homens? – Minha esposa resmungou olhando para ele. Olhei para o chão e vi os olhos de Carlos e Pablo me encarando abertos, o sangue respingando em seus rostos.

 Eu os treinei.

 - Eu... Eu precisei, eles se aproximaram rápido, eu não vi o que iam fazer Lauren, achei que podia ser a polícia.

 - O que você ouviu – Ela disse ainda apontando a arma para Ian.

 - Nada, eles não falaram nada. – Ela me encarou séria, voltou seu olhar para Ian e abaixou a arma.

 - Vá Somerhalder, chame alguém para levar seus homens. Venha Camz.

 Meus olhos não se desviaram de Ian até que ele sumisse por trás da parede do galpão. Ele me olhava, os olhos transmitiam dor.

 Permiti-me ser abraçada por Lauren, que me levou até a Picape.


Notas Finais


Até o próximo capítulo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...