A única fonte de luz no quarto de Touya eram duas luminárias bem excêntricas em forma de crânio, dispostas cada uma sobre um criado mudo, um de cada lado da cama. Ele até gostaria de fazer aquilo com as luzes bem acesas, mas Shouto não gostava e claro não queria deixar seu irmãozinho contrariado. Os lábios macios de Shouto percorriam o pescoço de Touya, solviam ainda timidamente aquela região, suas mãos acariciavam os cabelos negros e arrepiados. As pontas dos dedos deslizando lentamente em um carinho torturante.
- Você ainda vai me matar de tanto tesão. – Declarou o mais velho levando uma de suas mãos até a ereção de Shouto. Este gemeu baixo contra aquela pele adornana por tatuagens tribais. Touya tomou lhe os lábios em beijo um tanto quanto afoito, fazendo Shouto deitar se sobre o colchão macio invertendo as posições que se encontravam. Estavam completamente pelados já que despiram se de suas roupas no curto caminho até o quarto.
Touya afastou se observando a face em brasa de seu irmão e o quanto este ofegava, após aquele beijo que parecia ter lhe roubado todo o oxigênio. Ele ficava ainda mais tentador dessa maneira. Seus lábios adornados voltaram a atacar Shouto dessa vez chupando e mordendo a pele alva de seu pescoço. Se queria deixa lo marcado? Sem dúvidas. A medida que seus lábios desciam deixavam uma trilha úmida e marcas avermelhadas pela pele tão clara. A língua sagaz circulou o mamilo direito de Shouto com delicadeza, logo os lábios do mais velho chupavam e mordiam de forma provocante aquela região, ele buscava fazer tudo lentamente ainda que estivesse a ponto de explodir, afinal só ele sabia levar Shouto ao limite. Sua boca desceu ainda mais passando pela barriga definida, a língua circulando o umbigo e sua boca descendo cada vez mais. As turmalinas voltaram se para cima encarando despudoradamente a face rubra e o ser que ofegava sem parar. Os lábios finos entre abertos, o peito que subia e descia em um movimento ritmado.
- Olha pra mim Shouto. Olha pra mim enquanto eu te chupo. – Pediu mansamente. Seus lábios agora muito perto do membro rijo. A língua de Touya fez uma carícia provocante na glande molhada pelo pré gozo, descendo, arrastando os piercings que a adornavam pela extensão tesa, alcançando os testículos apenas para enfia los na boca. Shouto soltou um gemido mais alto era impossível se controlar com a visão que estava tendo. Os olhos famintos de Dabi a lhe devorar assim como sua boca tão hábil fazia. Era possível perceber o sorriso na face sem vergonha, uma vez que as covinhas em suas bochechas se pronunciavam. Ao Todoroki mais novo só restava gemer e se entregar aquela sensação tão prazerosa.
Sua boca naquela região exercia uma pressão excitante, sua língua fazendo uma deliciosa brincadeira alternando entre um e o outro, Touya sugou com mais gentileza logo soltando os testículos de Shouto e explorando o períneo, ele sabia que tocar aquela região levava seu irmãozinho a loucura. O músculo úmido passava por ali deixando uma trilha de saliva, descia ainda mais logo chegando ao orifício róseo que pulsou com a aproximação. Touya apoiou as pernas de seu irmão em seus ombros afim de erguer lo tendo acesso mais fácil a região sensível. Sua língua acariciando aquela entrada deixando ali uma generosa quantidade de saliva para então penetra lo. O movimento ritmado que sua língua cálida fazia naquele local arrancou do mais novo uma sucessão de gemidos e ofegos. O mais velho sorria sentindo seu próprio membro gotejar de tanto desejo. Eles ficaram nessa brincadeira por uns minutos até que a língua foi substituída pelo indicador de Touya, enquanto sua boca cobriu todo o membro do mais novo.
Ainda que Shouto quisesse assistir ele não conseguia, pois seus olhos marejados se fechavam sozinhos, aquela mistura arrebatadora de sensações lhe confundia os sentidos. Mais um dedo foi adicionado e o ritmo daquele vai e vem aumentou da mesma forma que a velocidade que Touya o sugava. Um gemido mais alto e mais agudo fez o bicolor levar suas mãos à boca na esperança de abafar os que se seguiram, Dabi havia tocado seu ponto especial. Um terceiro dedo juntou se facilmente aos outros, agora Touya pressionava aquele ponto de forma incessante.
- Ahhh! T- Touya! Eu... Ahn...
Os movimentos continuaram assim como as sugadas. As mãos de Shouto puxaram os fios negros com força enquanto ele se derramava na boca de seu irmão. Um sorriso malicioso surgiu naqueles lábios, havia um brilho feral naqueles olhos azuis nublados de desejo, enquanto Shouto arfava pesadamente tentando recuperar o fôlego, sentindo seu corpo pesado devido ao ápice que havia acabado de alcançar. Entretanto não houve muito tempo para se recuperar, pois viu quando Dabi se encaixou entre suas pernas penetrando o lentamente. Ambos gemeram em uníssono enquanto o membro entrava cada vez mais em Shouto.
- Você está tão relaxado que está bem fácil entrar aqui.
- Cala a boca...
- Você não gosta quando eu falo? Que pena.
- Eu prefiro você gemendo.
- Quando foi que você ficou tão atrevido Shouchan?
Quando estava todo dentro Touya começou os movimentos de vai e vem vagarosos, torturantes, provocantes. Ele sabia que Shouto gostava que fossem rápidos e fortes, mas ele poderia provoca lo um pouquinho... Sua boca voltou a beijar com gula a de seu irmão, suas línguas batalhando ruidosamente, enquanto seus corpos se chocanvam lentamente. O fôlego alterado fazia com que a busca por ar fosse desesperada, nesse instante Shouto mordeu fortemente o lábio inferior de Touya. Seria mentira se dissesse que não havia sido de propósito. O gosto metálico foi percebido por ambos, Dabi sorriu de forma sacana e Shouto lhe encarou firmemente, os olhos díspares mergulhados em uma maré selvagem de desejo, a face inexpressiva contrastando com o rubor violento que a tingia.
- Você está ficando agressivo...
- E você está ficando lento.
Ambos sorriram enquanto Touya acelerava os movimentos. O som de suas regiões íntimas se chocando era bem audível, assim como os gemidos despudorados que escapavam por seus lábios. O mais novo focou se em morder com força o ombro alheio, enquanto Touya se focava em atingir a próstata de Shouto repetidas vezes. Aquele ponto já tão judiado que fazia uma onda de prazer percorrer pelo corpo do mais novo. A dança erótica embalada por aqueles sons, representada pelas respirações descontroladas, pelos corações acelerados e o cheiro tão único. Seguiu até que eles estivessem no limite do autocontrole.
- S- Shouto aperta... Com força! – Pediu quase implorando. Shouto levou ambas as mãos ao pescoço de Touya asfixiando lhe como pedido. Os movimentos tornaram se mais afoitos, as estocadas mais fundas e mais fortes. O mais novo gemeu alto colocando mais força naquele aperto, observando a face de Touya tornar se ainda mais rubra. O bicolor desfez se pela segunda vez sujando o abdômen de ambos. Seu interior apertando ainda mais o membro do mais velho que logo desfez se dentro daquela cavidade tão quente para em seguida, desabar sobre o corpo do mais novo. Ofegantes, sensíveis, suados e satisfeitos. Nenhum deles possuía forças para se levantar naquele momento. Além da sensação de relaxamento daquele pós sexo havia também o sono e o cansaço da noite virada. Seus olhos começaram a pesar e Touya apenas os arrumou na cama aninhando o mais novo sobre o seu peito. Que se danasse o banho, quando acordassem poderiam fazer isso afinal, assim como mais brincadeiras quentes durante o processo.
[°-°]
Os olhos de Izuku se abriram preguiçosamente. Tentavam focar em algo, mas estavam em um breu total. Ele tentou olhar em volta sendo os números vermelhos a única coisa que conseguia enchergar. Estes marcavam o horário de 14:38. Izuku sentia se estranho havia uma queimação em seu estômago, embora estivesse sob cobertas quentinhas e de certa forma aconchegante ele sentia se levemente zonzo. Tinha ciência de que não estava no seu quarto na U.A, sua memória voltava aos poucos, até que a lembrança bem vívida daqueles olhos vermelhos trouxe todo o restante de uma vez. Midoriya sentiu seu rosto esquentar sabia que deveria estar vermelho como um tomate, mas agora não adiantava chorar pelo leite derramado ou quase. Izuku tentou esticar o braço, mas sua mão esbarrou em algo quentinho que se mecheu. Era Kurogiri o gato de Shigaraki que dormia entre eles. O bichano se espreguiçou e logo começou a afofar a coberta pronto para se deitar novamente. Um suspiro seguido de um bocejo foi ouvido e Midoriya sentiu seu corpo tremer levemente.
- Midoriya? Você está acordado? – Uma voz rouca soou pelo cômodo. Havia aquele característico tom preguiçoso de quem acabou de acordar e Izuku sentiu que talvez pudesse derreter naquele momento.
- S- Sim... – Odiou se naquele instante por ter gaguejado como um idiota. Um silêncio se extendeu sobre eles, Midoriya achou que o outro talvez tivesse caído no sono novamente, mas sentiu que o corpo de Shigaraki se mexia na cama.
- Eu pensei que fosse mais tarde. – Disse referindo se ao horário.
- E- Eu preciso usar o banheiro... – Era algo constrangedor de se dizer, mas Izuku precisava sair dali de alguma forma, ou iria acabar incendiando o cômodo de tanta vergonha misturada com algo que ele não sabia explicar.
- Tem um banheiro aqui no meu quarto pode usa lo. – Talvez Shigaraki houvesse se esquecido de que Izuku não era um morcego como ele. Midoriya levantou se aos poucos, ainda intimidado tanto pela escuridão do quarto quanto por um constrangimento crescente. Ao sentar se na cama pensou em como iria descobrir aonde ficava o tal banheiro teria que tatear as perdes as cegas. Izuku sentiu o colchão afundar um pouco próximo aonde estava sentado, logo uma luz média se fez presente, era uma luminária em forma de gato que havia sobre o criado mudo, agora encontrava se acesa conferindo uma luz agradável aquele quarto.
- Desculpa por isso, mas esse é o máximo que consigo suportar quando eu acordo. – Justificou se com o corpo ainda próximo ao de Izuku.
- Tudo bem é o suficiente. – Midoriya levantou se lentamente, sentia se mais envergonhado do que antes, não esperava uma aproximação tão repentina. Ele rumou para o que seria o banheiro. Fácil de achar uma porta de madeira escura diferente da porta do próprio quarto. Quando entrou fechou a tomando cuidado para não fazer tanto barulho, ao ligar as luzes viu que este não era preto, mas sim vinho com detalhes em branco nas paredes assim como no chão. Havia uma banheira em um tom de vinho mais fechado, assim como todo o conjunto que compunha o sanitário. Era bonito, elegante e muito bem organizado. O que realmente chamou a atenção de Izuku, uma vez que Shigaraki não parecia ser dessa maneira. Midoriya abriu a torneira tratando de jogar água em seu rosto, precisava acordar e principalmente se acalmar para conseguir agir o mais próximo do normal. Ao olhar sua fisionomia no espelho viu que haviam olheiras sob os seus olhos, sua face estava um pouco pálida e seus cabelos uma bagunça. Ele respirou fundo enquanto lavava mais uma vez o seu rosto.
Quando finalmente tomou coragem para sair, procurou abrir a porta de forma lenta, mas deparou se com as cortinas do cômodo abertas o que deixava aquele local incrivelmente mais claro. Reparou que a cama de Tomura era exageradamente grande para alguém que morava sozinho, as paredes eram em um tom de cinza mais escuro que a dos outros cômodos, haviam grandes espelhos que na verdade eram as portas do armário imbutido que havia ali. Ao lado da cama havia um criado mudo, sobre ele apenas o relógio e a luminária em forma de gato. O dono do local estava sentado na cama ainda parcialmente sob as cobertas de cor preta. Olhava alguma coisa em seu celular. Seus cabelos estavam mais bagunçados do que antes, mas só os olhos atentos de Izuku poderiam ter notado a diferença, sua face era inexpressiva, assim como a própria postura do rapaz. Izuku gostaria de quebrar aquele silêncio, mas não sabia o que dizer.
Kurogiri havia pulado no colo de Tomura e agora se esfregava em seu dono, claro que queria atenção só para si o que fez Izuku sorrir com a cena e Shigaraki deixar o celular de lado.
- Eu sei, eu sei você está faminto e eu já vou levantar.
- Ele é tão fofinho... – Izuku comentou baixo, apenas por querer fazer essa observação.
- Ele é um autoritário e preguiçoso e eu sou o escravo dessa bola de pelos. – Enquanto Shigaraki falava com uma voz mais mansa Izuku não pode deixar de notar o quanto sua fisionomia se tornava serena. – Certo vamos todos pra cozinha.
[°-°]
Midoriya estava sentado em uma das cadeiras que havia naquela cozinha. Ali tinha uma mesa de dois lugares, o tampo parecia ser de madeira simples, mas era escura talvez para combinar com a mobília que havia ali. Observava Tomura colocar finalmente a comida no potinho para seu gato. Ele parecia ser um dono exemplar a julgar pela maneira carinhosa como fazia aquilo.
- Você toma café ou prefere outra coisa?
- Café está ótimo, mas eu não quero incomodar.
- Você não está me incomodando. – Um suspiro deixou os lábios de Tomura que espreguiçou se mais uma vez, talvez para tentar diminuir o desconforto que sentia em suas costas. – Você está se sentindo melhor? Tem hora pra voltar?
- N- na verdade só meu estômago que está um pouco estranho e eu não tenho nenhum compromisso hoje, então estou com o horário livre. – Izuku não entendeu muito bem o porquê daquela segunda pergunta, mas preferiu deixar como estava.
- Porque já passou da hora do almoço. Eu estou com fome, então pensei que talvez pudéssemos comer alguma coisa. Eu acho que devo ter algum remédio pra dor de estômago. – Shigaraki não sabia mesmo porque estava dando essa ideia, uma vez que se quer conseguia encarar Midoriya nos olhos. A visão que teve do mais novo aquela hora no quarto havia mexido com seus sentidos. Sorte que ele conseguia disfarçar muito bem o quão talvez perplexo estava com:
1- Seu blusão ia até a metade das coxas muito bem torneadas de Izuku.
2- Ao notar esse fato também percebeu que aquele garoto era mesmo o próprio mal caminho.
3- A face sardenta com resquícios de sono era a coisa mais linda e por último e não menos importante, as lembranças daqueles lábios rosados sobre os seus estavam lhe corroendo ou corrompendo.
Izuku parecia pensar sobre a proposta, pois estava muito tentado a aceita la, apenas para ver o que mais conseguia descobrir sobre aquele cara enigmático.
- Tudo bem... – Midoriya não sabia mais o que falar. Parecia que toda sua habilidade em se comunicar com as pessoas havia se esvaido.
- Eu vou tomar outro banho parece que ainda estou dormindo.
- Ah sim... É... Bem o meu celular eu não lembro onde foi parar.
- Eu acho que está na sala. – Shigaraki seguiu para lá vendo que o aparelho estava em cima do sofá. O pegou voltando rapidamente e entregando este para Midoriya.
- Droga está descarregado. – Ele fez um biquinho e Shigaraki sentiu um frio estranho em sua barriga.
- Eu acho que devo ter algum carregador que talvez vá servir. – Mais uma vez ele saiu, mas voltou logo entregando uma pequena caixa plástica onde haviam pelo menos cinco carregadores diferentes. – Um deles deve servir. Eu vou tomar um banho.
Midoriya havia achado um que podia usar perfeitamente, conectando o ao seu aparelho. Assim que seu celular ligou haviam várias mensagens. A maioria delas era de Shouto, algumas de sua mãe, uma de Katsuki e outra de Uraraka. Izuku respirou fundo abrindo primeiro as que eram de Todoroki.
Shouchan: Izuku nós estamos indo pra casa. Eu vi vocês se pegando então... Se alguma coisa acontecer me liga.
Shouchan: Me avisa quando chegar na U.A.
Shouchan: Vou deixar o celular ligado realmente não hesite em me ligar se qualquer coisa acontecer.
Shouchan: Midoriya eu estou preocupado qualquer sinal de vida seria válido.
Shouchan: Eu volto pra U.A ainda hoje então espero que realmente esteja tudo bem.
Ok aquela preocupação era linda, mas Shouto parecia ainda mais paranoico do que Dona Inko a mãe de Izuku. Não era a primeira vez que eles saiam a noite ou que Midoriya sumia pra ficar com alguém. Digitou algumas poucas palavras para Shouto avisando que estava tudo bem seguido de uma selfie com cara de paisagem. Uma questão estava resolvida. A próxima mensagem que leu era de Ochaco perguntando algo sobre uma apresentação. Deixaria para responder depois. As mensagens de sua mãe eram basicamente perguntando se estava tudo bem, se já havia acordado e uma foto de uma torta de frutas. Midoriya sorriu abertamente enquanto respondia a essas mensagens. A de Katsuki era basicamente onde ele estava, o que Izuku também iria responder mais tarde. Antes que pudesse deixar o celular de lado, Shouto havia respondido.
Shouchan: Essas paredes não se parecem em nada com as da U.A
Midoriya: Eu não estou na U.A rsrs relaxa eu estou bem.
Shouchan: Dá pra perceber pelas suas olheiras...
Midoriya: Não seja tão paranoico. Duvido que você esteja melhor do que eu.
Shouchan: Fico mais tranquilo em saber que você está bem. Nos falamos mais tarde.
Midoriya: OK :)
Era sempre assim quando seu amigo queria evitar comentar sobre algo. Izuku sabia muito bem que teria que responder a um verdadeiro interrogatório mais tarde. Midoriya acabou distraindo se com Kurogiri que havia pulado em seu colo, sem cerimônia alguma afofou aquela região procurou por uma posição que lhe agradasse e então deitou se ali. Izuku começou a acariciar o gatinho notando como seus pelos eram realmente macios. Sem que percebesse Tomura havia retornado, agora usava uma blusa preta de mangas compridas e a gola um pouco mais alta que as outras, estava com uma calça jeans na mesma cor, os cabelos mais arrumados embora seus olhos estivessem mais avermelhados, também havia um ar mais sombrio que pairava sobre ele. Ao vê ali trajando aquelas roupas é que Izuku percebeu que provavelmente não iriam fazer a refeição na casa do rapaz. Ele levantou se cuidadosamente colocando o gato sobre a cadeira.
- Eu vou trocar de roupa só um momento.
- Não precisa ter pressa.
Ao passar por Tomura, Midoriya sentiu o delicioso cheiro cítrico levemente amadeirado que vinha dele, certamente o mesmo cheiro que havia naqueles lençóis. Quando entrou no banheiro para se trocar, notou que sua roupa estava do mesmo jeito que havia deixado. Já que estava ali aproveitaria para tomar outro banho e recuperar o juízo e a razão de uma vez. Quando terminou o delicioso banho quente, sentia se um pouco melhor ainda que seu estômago continuasse estranho. Tinha que lembrar de não abusar da bebida precisava entender que seu organismo não era tão forte. Izuku vestiu se rapidamente, percebendo que a blusa que havia usado não estava em condições de vir a público, seria péssimo ter que sair com a que Tomura havia lhe emprestado, pois era muito larga e cumprida. Respirou fundo vendo que não havia outra opção. Quando retornou a cozinha logo sentiu o cheiro de café fresco tomar conta de suas narinas.
- O que aconteceu com a sua camisa? Ah eu fiz café. – Para Tomura era uma pena que não tivesse mais a visão daquelas pernas tão... Gostosas. Voltou sua atenção em servir o líquido fumegante para Izuku, lembrando se de colocar o potinho de açúcar sobre a mesa e a cartela com remédios para o estômago.
- Digamos que não dê pra usar de novo. – Sorriu sem jeito pegando um daqueles comprimidos e levando a caneca aos lábios sem se preocupar em adoçar seu café. - Acho que vou precisar passar na U.A pra trocar de roupa. Bem... Se não for atrapalhar...
- Sem problemas. Ainda tem aquele shopping ridículo perto da U.A?
- Sim. – Midoriya teve que rir do comentário, pois ele próprio achava a mesma coisa.
- Então podemos ir lá pra comer alguma coisa.
[°-°]
Midoriya e Shigaraki estavam no estacionamento do condomínio, caminhavam em silêncio em direção ao carro de Tomura, este era um Renegade modelo Night eagle. Talvez não combinasse tanto com a personalidade do dono, mas Izuku não entendia quase nada sobre automóveis de qualquer maneira. Eles seguiam em silêncio em direção à faculdade de Izuku. Não era um silêncio ruim, mas havia algo estranho rolando entre eles e para tentar fugir desse clima Midoriya resolveu quebrar o silêncio.
- A quanto tempo você tem o Kurogiri?
- Acho que a uns três anos. Ele já era um gato grande quando o encontrei.
- Você o pegou em um abrigo ou algo assim?
- Não. Eu acabei atropelando ele sem querer. Fiquei desesperado, mas ele ficou bem e eu acabei adotando ele.
- Nossa... Eu nem sei o que dizer. Eu sempre amei gatos, mas minha mãe é alérgica então nunca pude ter um.
- Que pena eles conseguem salvar o dia muitas vezes. – A conversa acabou morrendo ali e eles retornaram ao silêncio que já não era mais tão incômodo. Izuku voltou a observar a rua, enquanto Tomura mantinha se focado no caminho. Não demoraram muito para chegar ao prédio imponente da U.A. Aquele local trazia péssimas recordações a Shigaraki.
- Não mudou nada só a cor dos portões. – Comentou sem ânimo.
- Se fosse um dia em que há aulas eu poderia te chamar pra entrar, mas aos finais de semana não tem como receber visitas. Eu não vou demorar.
- Não se preocupe eu não entro nesse lugar nem que seja pago pra isso. - Izuku saiu do carro indo com certa pressa para dentro do lugar. Ainda não havia entendido o que Shigaraki quis dizer com aquilo, mas resolveu dar de ombros, talvez em um outro momento perguntasse sobre isso. Tomura recostou se ao banco e fechou seus olhos. O que diabos estava fazendo? Tentando ser legal com um cara que ele mal conhecia? A quem ele queria enganar? Havia chorado litros durante o banho após ler a mensagem que não queria. Havia inclusive tido um pequeno surto e esfolado o pescoço de tanto coça lo. Aquele hábito que lutou tanto para perder havia retornado desde que seu relacionamento com Chisaki havia chegado ao fim. Ele realmente era um idiota perdido em um passado que não iria mais voltar. Talvez Dabi estivesse mesmo certo e ele deveria seguir em frente, dar um passo de cada vez. Tentar recomeçar e começar a limpar o caos que era sua mente, mas a pergunta crucial, era como? Tomura sabia que não conseguiria sozinho, sabia que era fraco de mais com questões emocionais. Foi assim com Dabi e posteriormente com Chisaki. Se shigaraki não começasse a criar coragem para sair de sua bolha de covardia acabaria sempre sendo o espectador, sempre deixando quem gostava partir sem fazer nada a respeito.
Midoriya adentrou seu quarto as pressas. Ainda estava parcialmente perdido no vislumbre de uma tristeza muito profunda que havia nos olhos de Tomura. Enquanto procurava o que vestir, percebia que não viu um sorriso na face de Shigaraki desde a hora que acordaram, pelo contrário parecia que este tornava-se cada vez mais fechado e obtuso, mesmo com toda educação e calma que estavam igualmente presentes.
Izuku assustou se com pesadas batidas em sua porta. Abrindo a sem nem perguntar quem era. Parado com os braços cruzados e uma perfeita carranca em sua face, ali estava Bakugou Katsuki seu amigo de infância, explosivo e mal educado, mas que no fundo era um doce de pessoa.
- Mal chegou e já vai sair outra vez Deku?
- Longa história...
- Nem vem com essa porra! Era por isso que o pavê idiota me mandou mensagem perguntando se você já tinha voltado.
- O Shouto é exagerado as vezes você sabe.
- E aí não vai me contar o motivo da afobação?
- Resumidamente. Eu sai com o Todoroki e o irmão dele ontem, mas aí veio um amigo do Dabi. Eu bebi, mas ainda estava de boa. O Shinsou apareceu lá e eu me desesperei acabei beijando esse amigo do irmão do Shouto. Bebi mais ainda fiquei louco boa parte ainda não lembro e acabei indo pra casa dele.
- Puta que paril Deku! Desde quando você é assim? – Falou Katsuki em um tom que beirava e surpreso e o entusiasmado.
- Calma! – Pediu, já imaginando o que a mente de Bakugou poderia estar pensando. – Nada aconteceu nós só dormimos e... Bem estou aqui sem saber o que vestir pra ir almoçar ou sei lá o que com ele.
- Tá... Todo esse pânico é pela roupa? Pelo cara ou pelas merdas que você fez e não lembra?
- Os três?
- Você é foda Deku... Não acredito que ainda me surpreendo com você. Primeiro a roupa. Tira essa calça horrível e essa blusa que mais parece um saco de lixo. Vamos ver o que você tem aqui que não seja esquisito.
- Ei falou o cara que só usa preto. Por falar nisso esse cara só usa preto também.
- Já gostei dele tem bom gosto. – Katsuki Bakugou era um amigo de infância de Izuku, embora não se desse muito bem com Todoroki, sabia tolerar o pavê, como havia apelido o outro rapaz. Bakugou estudava música, embora seu temperamento fosse explosivo e pavio curto o instrumento que tocava lhe conferia uma aura quase angelical sendo este o piano. Diferente de Shouto Bakugou era adepto do tratamento de choque e de sempre ser sincero até demais. As coisas com ele basicamente funcionavam no vai ou racha, embora ele ponderasse e refletisse algumas vezes. Não era o idiota grosseirão que aparentava ser. Ele só não tinha paciência alguma para ficar enrolando.
- Tá um clima meio estranho sabe... Eu gostaria de poder fazer algo pra sei lá... Animar as coisas.
- Hum... Tá louco pra dar pra esse cara não é?
- Kacchan! – O rosto de Izuku havia corado instantaneamente.
- Pela cor da sua cara dá pra ver que sim. Se solta Midoriya. Você sabe muito bem como lidar com isso. Se ficar na dúvida agarra ele logo.
- Não é tão simples... Eu nem sei se eu quero isso.
- Olha aqui sem fazer cu doce tá legal? Você perde tempo de mais pensando. Agora se veste logo. – Bakugou havia escolhido uma calça jeans escura com uma camisa verde escura com detalhes em verde caqui. Os tênis seriam all stars pretos. – Muito melhor do que aquela roupa de gay virgem. Mais tarde me conta o que deu essa merda.
- Tá legal. Respira e foco. – Izuku pegou seu celular, cartão de identificação da U.A, as chaves do quarto e a carteira. Andou o mais rápido que pôde de volta até o carro de Tomura. Assim que chegou escutou o som da porta ser destravada abrindo e entrando no veículo. A primeira coisa que Shigaraki notou foram as cicatrizes que haviam no braço direito de Izuku. Não que pudesse falar algo a respeito, afinal cicatrizes eram o principal motivo pelo qual ele tinha pavor de tirar a roupa na frente dos outros. Mas aquelas que haviam no braço de Midoriya não eram como as suas auto infligidas, aquelas pareciam ter doido de mais. Sentiu se curioso, mas era melhor guardar para si. Nessas horas ficava grato por sua franja repicada cobrir seus olhos, assim Izuku não notaria que ele estava encarando aquela região.
- Eu não demorei né? – A voz de Midoriya parecia bem mais animada.
- Não. Nem um pouco. – Shigaraki até gostaria de falar mais alguma coisa, mas agora sua mente se prendia ao drama de que se, somente se, tivesse se deixado levar naquele momento em que foi “atacado” por Izuku teria que passar por todo aquele processo e interrogatório sobre a aparência de seu corpo. Maldição! Além de ser na verdade uma pessoa muito tímida tinha aquela trava enorme que dissolvia e muito seu ânimo em tentar qualquer coisa relacionada a uma interação mais íntima.
- Shigaraki San... – Chamou Izuku sem olhar para ele. Obteve um murmúrio em resposta. – Se importa em... Em me dar o seu número?
- Nem um pouco. – Merda não haveria problema nenhum certo? Qualquer coisa era só bloquear Izuku e problema resolvido. Vencido pelo pensamento prático Tomura forneceu seu contato a Midoriya que parecia sorrir sutilmente enquanto salvava este em sua agenda. Demoraram pouco para chegar ao Shopping e foi até fácil achar um local para estacionar, uma excelente vaga bem próxima a uma das entradas, logo saíram do veículo e rumaram então em direção a Praça de alimentação.
- Eu aceito sugestões sobre o que comer. – Falou Tomura meio perdido ao ver que muita coisa havia mudado por ali.
- Bom... Tem um lugar que fazem uma comida excelente, sempre que podemos eu e Shouto vamos comer por lá.
- OK. Vamos então? – Tomara sentiu o celular vibrar várias vezes em seu bolso, mas achou melhor seguir Izuku antes de olhar o que ou quem era.
O restaurante possuía uma típica decoração japonesa, haviam mesas para grupos, para pessoas solitárias e para casais. Izuku o guiou até uma dessas, mais afastada das outras e que ficava de frente a um Aquário. Era até um lugar legal. Parecia tranquilo e não estava abarrotado de gente. Logo uma senhora com um enorme sorriso que já conhecia Izuku veio lhes entregar o cardápio. Shigaraki olhou rapidamente escolhendo um lamen para comer enquanto Izuku preferiu um Katsudon. Escolheram também as bebidas, a simpática senhora anotou os pedidos e se retirou dali. Tomura havia pego o celular indo checar as mensagens que Dabi havia enviado.
Dabi: E aí tá acordado?
Dabi: Como foi com o verdinho? Transaram a noite toda?
Dabi: Shouto foi visitar a mamãe antes de voltar pra faculdade. Não quer vir aqui tomar umas cervejas?
Dabi: Não acredito que ainda tá dormindo!
Tomura estava irritado e corado, detestava profundamente esse lado de Dabi que exalava libido em excesso. Nem todos eram sexualmente compulsivos como ele. Respondeu de forma indignada vendo que o moreno estava online.
Mãozinha: Vai se foder Dabi! Eu não sou um maníaco sexual.
Dabi: OK Sr. Puro e inocente. Vai vir aqui ou não?
Mãozinha: Não sei. Estamos “almoçando” ainda.
Dabi: Aahahaha essa é boa você não ficou satisfeito com o “lanchinho” na madrugada?
Mãozinha: Você é um inútil de merda. Não conseguiu apagar seu fogo com o irmãozinho babaca.
Dabi: Eu achei isso muito ofensivo :x Já entendi aproveitem o almoço e boa sobremesa 3:)
Shigaraki achou por bem não responder, deixar o celular de lado e olhar mais uma vez as refeições que haviam naquele cardápio, mas acabou perdido na visão de um Izuku distraído olhando algo no celular. A fisionomia suave com um leve ar sorridente. Céus! Aquelas sardas eram tão perfeitas. Embora os tamanhos fossem variados, mas lhe conferiam um ar de inocência tão encantadora. Tomura gostaria de acariciar aquela região de sentir mais uma vez a maciez daquela pele. Será que seria muito desejar Izuku daquela maneira? Enquanto devaneava silencioso acabou sendo pego por Midoriya. As esmeraldas encontraram os carmins intensos, seus olhares se cruzaram e um rubor surgiu na face de ambos. A situação de encantadora tornou-se constrangedora. Entretanto Izuku sorriu para Tomura que corou ainda mais, talvez aquele sorriso pudesse derreter as muralhas que havia construído ao seu redor.
Seus pedidos chegaram e Shigaraki agradeceu aos céus por isso, seria muito melhor ocupar sua boca com a comida e não ter que responder a alguma pergunta de Midoriya. Eles comiam em silêncio cada um perdido em seus próprios pensamentos. Izuku surpreso por estar sendo encarado com certa admiração, isso era sinal de que nem tudo estava perdido. Talvez shigaraki fosse ainda mais tímido do Izuku havia pensado. Então por isso havia aquele silêncio entre eles, nenhum tinha coragem de dar mais um passo. Pensando por esse lado Izuku percebeu que era sempre ele quem puxava algum assunto e que Tomura permanecia sempre na dele. Hum... Então realmente seria ele quem teria que fazer aquele incomodo desaparecer. Seus olhos vagaram mais um pouco pela face inexpressiva de Shigaraki, este parecia saborear a comida. A forma como comia tão tranquilamente, os olhos concentrados no próprio prato e ele próprio parecia tão perdido, mas era tão lindo a sua maneira. Seria muito fácil se deixar levar por uma pessoa assim, foi o que Izuku pensou. Quando terminaram sua refeição sendo Midoriya o primeiro, respeitou o silêncio alheio, apenas quebrando o quando viu que Tomura havia terminado.
- O que achou da comida desse lugar? – Seu rosto estava apoiado nas mãos e os olhos brilhando em expectativa.
- Sem dúvidas o melhor lamen que eu já comi. – Um esboço de um sorriso se fez presente na face de Tomura. Izuku poderia morrer com aquilo.
- Ah que ótimo! Então no final valeu a pena dirigir até aqui.
- Não é só pela comida é mais pela companhia. – Simples e direto. Midoriya perdeu a fala por um instante, enquanto Tomura se batia mentalmente pelo que havia dito. Talvez não fosse tarde para tentar mudar o foco de tudo. – O que acha de caminhar um pouco?
- Ah claro... É tem umas lojas legais aqui. – Após pagarem a conta com um Izuku que insistia em pelo menos dividir, mas no fim acabou perdendo já que Shigaraki foi mais rápido. Eles saíram do restaurante andando sem rumo e acabaram de frente para uma casa de jogos e se tinha uma coisa que chamava atenção de Shigaraki certamente era isso. Até mesmo Izuku pode ver um brilho nos olhos vermelhos.
- Gosta de jogos? – Shigaraki perguntou de forma casual.
- Só sou bom nos de dança. – Sorriu sem jeito. Nesse momento sentiu o calor e a vermelhidão tomar conta de sua face, pois lembrou se do momento em que dançou louca e descontroladamente, praticamente esfregando se em Tomura. Ok... Ok... Ele estava pra lá de bêbado e nem havia sido uma merda tão grande assim certo? Deixaria pra se preocupar com isso outra hora, pois Tomura já tinha comprado uma boa quantidade de fichas. Ali haviam diversos tipos de jogos Shigaraki procurou os que eram para dois, mas Izuku educadamente havia recusado dizendo que gostava apenas de assistir os outros jogarem. Tomura evitava todos os que envolviam dança ou que exigiam algum movimento a mais na parte física. O tempo começava a passar e claro alguns sorrisos eram vistos vez ou outra na face do ser em questão. Midoriya precisava admitir que havia encontrado alguém muito melhor em jogos de ação do Bakugou. Pensou na cara emburrada que este faria quando soubesse. Obviamente pessoas começaram a se amontoar ao redor deles, era sempre assim quando um jogador não perdia uma partida sequer. Até mesmo alguns funcionários da loja colocaram os olhos nele. Shigaraki tinha ciência de que estava chamando atenção, mas também estava disposto a ganhar. Mais vinte minutos de jogo e Tomura conseguiu zera lo. Ao som de aplausos eles se afastaram rapidamente. Izuku recolheu um bilhete que saiu da máquina. Havia um aviso dizendo que o ganhador tinha direito a um prêmio que daveria ser retirado no guiche do local.
- Wow! Shigaraki San é mesmo excelente nesses jogos! Aqui você ganhou isso.
- Eu nem sou tão bom assim. – Mentira ele sabia que era. Apenas estava tentando desconversar. – Ah tem um outro ali vamos?
Entre máquinas de jogos e pessoas lhes seguindo, Shigaraki já estava com a face mais leve. Zerava os jogos sem grandes dificuldades. Midoriya ficava cada vez mais admirado e tentado a filmar uma partida e por que não? Tomura estava tão distraído que nem percebeu até porque Midoriya não era o único ali que estava fazendo isso. Os funcionários da loja já olhavam de cara feia para ambos, não era comum alguém simplesmente vencer todos aqueles jogos e acumular tantos prêmios de uma vez só vez. Quando o último jogo de ação daquele lugar foi zerado não havia ali mais nada que fosse interessante para Tomura. Exceto por um egoísmo de sua parte que precisava realizar. Ele e Midoriya seguiram até um jogo de dança era algo semelhante a um Just dance.
- Vamos lá Izuku você disse que gostava desses.
- Ah não! É digo... Eu realmente passo dessa vez. – Tentou se esquivar pois já sentia se envergonhado.
- Tá de sacanagem? Você me viu jogando e eu realmente não vou poder te assistir? – Havia em Tomura aqueles olhos de cão sem dono e Izuku no fim acabou sedendo. Antes de começar respirou fundo, colocando a máquina no nível expert. Pessoas já se juntavam ali era raríssimo alguém encarar aquele tipo de jogo em um nível daqueles. Shigaraki sorriu por agora não ser mais o centro das atenções. Uma música começou a tocar e o corpo de Midoriya parecia se mexer automaticamente. Tomura observava atentamente aos movimentos de Izuku, vendo seu corpo balança ao som da música, seus pés faziam movimentos rápidos e precisos, a determinação mesclada com um olhar divertido, da mesma forma que ele havia ficado quando dançou para si. Essas lembranças eram torturantes por darem vazão a desejos ainda maiores. A sequência de músicas não parava, mas Izuku não dava nenhum miss mantendo seus high scores. Embora Tomura não tivesse interesse nenhum nesse tipo de jogo, começava a criar simpatia pelo simples fato de ver na face de Midoriya um sorriso tão grande. Shigaraki se perdeu naqueles movimentos e naquele momento contagiante, vibrando junto aos outros quando Izuku ganhava algum bônus. Naquele momento seu coração parecia cheio de uma alegria nova e ele se sentia bem, de um jeito que já havia esquecido como era. Izuku não chegou a zerar o jogo, mas atingiu uma pontuação bem alta ganhando um prêmio também.
- Você é mesmo excelente nesses jogos.
- Shigaraki San você é o melhor olha só a quantidade de prêmios que ganhou!
- Provavelmente serão pelúcias e chaveiros. – Sorriu sentindo o rosto esquentar. – Quer jogar mais algum?
- Ah não já chega por hoje.
- OK vamos trocar isso aqui e ver a cara emburrada dos atendentes. – Dito e certo o atendimento foi péssimo. Midoriya não entendia o porquê disso já que eles deveriam estimular os jogadores e não ficar com aquelas caras de azedo. Shigaraki foi escolher as doze pelúcias que havia ganho, enquanto Izuku trocou o seu único prêmio por uma pelúcia em especial. Eles saíram dali equilibrando as de qualquer maneira. Seguiram direto para o estacionamento para guardar tudo aquilo, sorte que o carro de Tomura era espaçoso. Após guardar tudo eles entraram ainda rindo da cara das pessoas.
- Puta merda como a hora passou tão rápido?
- O tempo passa rápido quando estamos nos divertindo. – A frase ambígua de Midoriya passou despercebida pelo mais velho.
- Realmente eu me diverti bastante.
- Ah shigaraki San... – Izuku chamou meio sem jeito. – Eu sei que você já está cheio de pelúcias, mas achei que essa combina com você. Fique com ela. – Os olhos de Tomura focaram se na pequena pelúcia fofinha em formato de gato, era preta e com grandes olhos amarelos e nariz rosado. Realmente lembrava Kurogiri. Não pode conter o sorriso e a vergonha que sentiu.
- Como assim eu estou cheio de pelúcias? Elas são todas suas eu só vou ficar com essa. – Segurou o bichinho junto as mãos de Izuku. – Obrigado Midoriya... Não só por isso, mas pelo dia também. – Sua voz baixa e naturalmente rouca fazia Izuku derreter por completo. Pensou se deveria beija lo agora ou depois. Primeiro precisava recusar tudo aquilo educadamente.
- Obrigado shigaraki San, mas não posso ficar com tudo isso. Você ganhou lembra?
- Elas combinam muito mais com você do que comigo. Eu fico muito feliz com essa aqui em especial. – Eles se encararam brevemente e Midoriya sabia que não poderia recusar novamente.
- OK, eu ficarei com elas. Acho que vou precisar de ajuda pra colocar todas pra dentro. – sorriu observando Tomura ligar o carro para irem embora.
[°-°]
Shigaraki havia estacionado em frente ao portão de entrada da U.A. Olhou para a tela de seu celular vendo que já passavam das 21:00 aquele dia havia sido no mínimo imprevisível. Ele não queria ter que se despedir, sequer sabia se iria ver Izuku uma outra vez e isso dava lhe uma sensação estranha, entretanto precisava, aquela despedida era necessária.
- Eu me diverti hoje Midoriya obrigado. – Não conseguia encarar os olhos de Izuku. Sentia seu coração acelerado e a respiração levemente alterada. Midoriya não estava diferente até suas mãos suavam e Izuku estava com uma terrível dúvida lhe corroendo.
- Eu quem agradeço por tudo shigaraki San... Bem se lhe incomodei de alguma forma peço desculpas. – sentia um bolo em sua garganta que estava difícil de descer.
- Você não me incomoda. – Foi tudo o que conseguiu dizer, pois cometeu o erro de encarar aqueles olhos verdes e intensos. Sentiu se ser dragado por eles e queria mesmo mergulhar de cabeça não só nos olhos de Izuku, mas nele por completo. Havia um clima bem claro entre eles e Midoriya ponderava se deveria ou não deixar aquilo passar...
- Shigaraki San... Eu não sei se isso vai ser estranho, mas eu não consigo evitar... – Tomura só teve tempo de franzir o cenho em dúvida, mas logo deixou as palavras morrerem em sua boca. Pela forma como Izuku se aproximava ele já sabia no que aquilo ia dar. Não relutou apenas fechou seus olhos ao sentir os lábios de Midoriya sobre os seus. Sua mão foi parar em meio aos fios verdes, seguindo até a nuca de Izuku aprofundando mais aquele contato, suas línguas se tocavam timidamente, provando uma a outra. Rapidamente Izuku tateou a trava e liberou seu corpo do cinco de segurança apenas para se aproximar mais de Tomura. Envolveu com seus braços o pescoço alheio, enquanto o ósculo tornava se mais intenso. A mão livre de Tomura pousou sobre a coxa de Izuku apertando aquela região delicadamente. Midoriya estremeceu, pois aquele toque lhe era muito familiar. Ali havia um desejo muito contido de seguir de onde pararam na noite anterior. O ar lhes faltou e eles se separaram a contra gosto. Os braços de Izuku ainda lhe envolviam passando para shigaraki um calor aconchegante. Suas faces estavam coradas e eles arfavam sutilmente. Seus olhos se encontraram e dessa vez a dúvida era de Tomura em retomar o contato ou não. Ele tinha essa mania de pensar de mais e deixar as oportunidades passarem por ele, mas Izuku estava determinado a não deixar que aquilo ficasse vago daquela maneira. Selou os lábios de Shigaraki de forma casta esperando alguma atitude da parte do outro. Aquele contato pareceu tira lo de seu transe momentâneo e Shigaraki decidiu que já estava na hora de aproveitar um pouco mais. Apertou o botão que fazia o assento do motorista chegar para traz dando mais espaço, Izuku entendeu o recado erguendo o seu corpo e passando uma de suas pernas sobre Tomura, ele auxiliou Midoriya nesse movimento e logo o esverdeado estava bem acomodado em seu colo, exatamente como da última vez. Shigaraki mordeu de forma provocante o lábio inferior de Izuku para logo toma los de forma mais intensa. A mão direita de Midoriya fazia uma carícia singela nos fios acinzentados, enquanto uma das mãos de Tomura acariava as costas de Izuku, ela subia até próximo a nuca para então descer lentamente até próximo às nádegas do esverdeado. Internamente Midoriya gostaria que Shigaraki fosse um pouco mais ousado, que não hesitasse tanto em lhe tocar, pois Izuku gostaria e muito de retribuir a carícia de forma mais intensa.
O ar havia lhes faltado e o contato visual retornado, Tomura observava a face corada de Izuku não se conteve e começou a acariciar aquela região, observando enquanto Midoriya corava ainda mais.
- Você é lindo. - As palavras saíram com leveza de seus lábios. Izuku sorriu ternamente voltando a beijar Tomura de forma mais entregue, mais ávida, repleta de um desejo que agora não queria mais esconder. Ele mexeu se sobre o colo de Shigaraki sentindo o tremer levemente. Talvez precisasse provoca lo um pouco mais... As mãos de Tomura desceram segurando a cintura de Midoriya em um pedido mudo para que ele não se mexesse, mas Izuku estava disposto a ignorar. Repetiu o movimento de forma bem lenta e acabou arrancando de Shigaraki um gemido entre o beijo, Midoriya não pode evitar sorrir mornamente já que estava alcançando o seu objetivo. Izuku mordeu o lábio inferior de Tomura, embora não gostasse muito de piercings, aquele que Shigaraki usava era no mínimo interessante.
- Você não precisa se segurar tanto assim. – As palavras deixaram os lábios de Izuku em um suspiro e Tomura prendeu o ar em seus pulmões. Como alguém conseguia tão facilmente, fazer com que ele realmente quisesse não se importar com as consequências de seus atos? Aos poucos ele ia cedendo a tentação que atendia pelo nome de Midoriya Izuku, se deixando levar por aqueles beijos molhados, por aquela voz tão doce, por aquele garoto tão único. Suas mãos agora deslizavam pela pele nua de Izuku por baixo da blusa. Ele sentia aquela temperatura, a maciez da pele alva, os arrepios que surgiram a medida em que ele o tocava, sua boca agora solvendo a região exposta daquele pescoço tão conhecido. Inebriando se com o cheiro doce que passava de Izuku para ele, sentindo que estava a mercê de qualquer coisa que Midoriya lhe pedisse. Seria muito pedir que momentos como aquele, com aquela mesma pessoa pudessem se repetir incontáveis vezes? Talvez fosse egoísta de sua parte, mas ele podia não? Deixar que esse seu lado assumisse o controle as vezes.
Os lábios de Shigaraki avançavam, mas encontraram a barreira que era a camisa de Midoriya. Seus olhos subiram e fitaram a face corada, os lábios entre abertos, as esmeraldas afogadas em desejo. “puta merda” ele pensou. Aquela visão não só lhe encheu de energia como também levou qualquer resquício de dúvida que ainda lhe restava. Sem aviso levou suas mãos aquela peça. Tirando a de Izuku de uma vez, o esverdeado nada falou apenas entregou se a deliciosa sensação que eram os lábios de Tomura descendo lentamente pelo seu peito. A língua macia agora acariciava o seu mamilo esquerdo, deixando o rijo assim como o próprio membro de Izuku. Os lábios de Shigaraki exerciam uma pressão excitante sobre aquele ponto tão sensível do corpo de Midoriya, um gemido escapou de seus lábios e a mão de Izuku segurou firme nos cabelos alheios. Shigaraki levou seus lábios ao outro dando lhe igual tratamento. Tomura colocou sua mão na ereção de Izuku acariciando a região sobre o tecido. Ele estava tão duro, tão tentador, tão vulnerável... Como desejava toca lo ainda mais. Ele apertou levemente aquele local, sentindo Izuku estremecer. Verdade era que ambos precisavam de alívio, mas Shigaraki sentia que devia aquilo a Midoriya, talvez por te lo rejeitado na noite anterior, talvez por ser grato pelo momento, de qualquer maneira sabia que precisava toca lo naquele instante. Suas mãos abriram com certa pressa a calça de Izuku, rapidamente adentrando aquele tecido em direção ao que tanto almejava. Tocando de maneira firme o membro teso e molhado, se Midoriya já estava naquele estado não havia como voltar atrás. Seus lábios voltaram a solver com gula o peito de Izuku enquanto ele iniciou o movimento lento de vai e vem com a mão. Midoriya estremeceu e gemeu um pouco mais alto buscando por mais contato. Os olhos de Shigaraki se abriram e as esferas vermelhas reparam que aquelas sardas tão fofinhas, se espalhavam pelos ombros e pelo peito de Izuku. Ele não se conteve e mordeu levemente aquela região, talvez uma recordação singela daquele momento a dois.
- Shi... Shigaraki San... Ahn! – Um calor crescente tomava conta do corpo de Izuku, sentir aqueles lábios tão macios, e a forma tão lenta que aquela mão lhe tocava como se quisesse provoca lo até que não aguentasse mais e implorasse por alívio. Izuku segurou cuidadosamente aquela face igualmente corada e assaltou lhe os lábios em um beijo repleto de desejo. Sentiu os movimentos tornarem se mais rápidos, mal podia controlar seus gemidos entre aquele beijo. Seu quadril se movendo contra a mão alheia buscando o máximo de contato contra aquela pele quente.
- Shi- Shigaraki San! Eu vou... Ahn! – Midoriya rapidamente levou a mão próximo ao próprio membro a fim de evitar uma catástrofe na blusa alheia, sentiu o prazer lhe tomar, o líquido pérola sair em jatos longos. Sua cabeça tombou recostando se ao ombro de Tomura, Izuku sentia seu corpo pesado e uma deliciosa sensação de relaxamento. Sua respiração estava descontrolada assim como os batimentos de seu coração. Eles ficaram daquela maneira em silêncio até Izuku se acalmar um pouco. Shigaraki afagava carinhosamente os cabelos de Midoriya tornando o momento ainda mais aconchegante. Após um longo e pesado suspiro Midoriya beijou o pescoço de Tomura sobre o tecido daquela maldita gola cacharrel. Shigaraki engoliu pesadamente, pois não queria mesmo os lábios de Izuku naquela região, ele se quer queria que Midoriya soubesse o que havia ali. Calmamente encostou a face no braço de Izuku começando a se pronunciar.
- Acho que tem uma caixa de lenços no porta luvas você poderia pega los? – Sua voz era calma, baixa e controlada. Midoriya pareceu sair do transe em que estava começando a sentir se envergonhado pela forma que se encontrava tão entregue. Ele fez como pedido usando a outra mão para pegar a caixinha. Eles se limparam em silêncio. Houve apenas uma troca de olhares cúmplices em toda a ação. A atmosfera parecia pesar toneladas e embora Midoriya tivesse muito a falar lhe faltava coragem para tal. Izuku saiu do colo de Tomura voltando ao seu lugar, vestindo sua camisa e sentindo a face esquentar até mesmo suas orelhas. Era difícil encontrar as palavras certas para aquele momento tão... Inesperado que se encontravam.
- Acho melhor você voltar Izuku está tarde... – Havia muita hesitação na forma como Tomura falava era como se não quisesse que aquele momento tivesse que acabar.
- Ah sim... Eu tenho aula amanhã cedo que droga... Eu... Bem adorei mesmo o dia e... A noite também. – Tentou fazer o seu melhor para não soar tão envergonhado. Izuku acabou surpreendido, pelo selar singelo que recebeu em seus lábios. Os olhos vermelhos a lhe encarar profundamente.
- Obrigado Midoriya. – Se Izuku podia corar ainda mais? Se ele poderia derreter ao ponto de escorrer por aquela poltrona? Ou se poderia deixar-se apaixonar por aquele homem misterioso? Sim para as três perguntas. – Vou te ajudar a carregar os bichinhos até o portão pode ser?
- Cla- Claro seria ótimo. – Quando finalmente saíram do aconchego daquele veículo Izuku sentiu o vento gelado arrepiar sua pele e bagunçar seus cabelos ainda mais. Tomura deixou Izuku e as pelúcias no portão da U.A seria difícil olhar Midoriya e saber que talvez eles não se vissem de novo. Não por causa de Izuku, mas porque Tomura tinha essa péssima mania de evadir se de algo que poderia lhe fazer bem, assim era com as pessoas também.
- Boa aula amanhã Izuku. – Era tudo o que conseguia dizer. Não queria mais ficar ali ou prolongar aquele momento.
- Da próxima vez... Que nos encontrarmos farei com que se sinta ainda melhor. – E aquele sorriso não só derreteu Shigaraki como a frase em duplo sentido mexeu com a sua mente fraca. Tomura sorriu abertamente o primeiro sorriso largo direcionado a um Midoriya corado e sem reação. Seus olhos se cruzam uma última vez naquela noite e Tomura pode ver claramente aqueles olhos verdes tão constrangidos.
[°-°]
As roupas de Shigaraki estavam espalhadas pelo chão, embora ele não gostasse de bagunça não estava realmente se importando com aquilo no momento. Seu corpo sob a água quentinha daquela banheira estava relaxado, sua cabeça recostada sobre a borda dessa lhe conferia um ar despreocupado. Ele fitava o teto como se ali houvesse a coisa mais interessante do mundo. Na verdade sentia se um bosta por ter tido um momento tão bom com Midoriya e acabar buscando aliviar se com suas próprias mãos. Tudo porque não teve coragem de ir além com aquele garoto. Por duas vezes havia deixado uma boa transa passar. Não que ele fosse como Dabi um verdadeiro tarado, mas era um adulto e possuía anseios genuínos, claro que jamais forçaria alguém a algo até porque ele mesmo perdia o interesse facilmente. Entretanto, naquele momento sua mente devaneava em como seria, se ele desse uma chance a si mesmo e começasse a ver Izuku com mais frequência? Seria divertido, ele provavelmente mostraria a Midoriya seus lados que ocultava das outras pessoas. Ele ficaria perdido no olhar do outro, acharia cada mínimo detalhe da vida de Izuku fascinante, iria querer ajuda lo sempre que pudesse e mostraria abertamente o seu coração ferido. Era ali que estava o problema. Shigaraki era uma pessoa quebrada. Possuía não só uma mente arrebentada, mas um coração igualmente fodido. Por sempre se esconder de mais, se segurar de mais, quando acabava gostando de alguém ele mergulhava de cabeça e nisso sempre acabava se machucando ainda mais. Ele era assim, não sabia como medir o que sentia, tudo era sempre tão intenso que ele acabava entregando se demasiadamente. Um suspiro derrotado soou pelo cômodo, ainda bem que não havia dado vazão ao que realmente queria. Seria melhor assim ficar sozinho, deixar que o tempo levasse as lembranças, que o tempo curasse as feridas, que o tempo passasse... Izuku era alguém que possuía luz própria e Tomura era o seu oposto.
Midoriya estava jogado sobre sua cama em meio aquelas pelúcias, o sorriso bobo parecia não querer abandonar a sua face, assim como a sensação dos lábios de Tomura que não saiam da sua pele. Shouto estava sentado ao lado de Izuku e Katsuki no chão ambos seguravam o riso, uma vez que Midoriya não ficava com aquela cara de idiota à um bom tempo.
- Pela sua cara eu nem preciso me preocupar. – Shouto bagunçou os cachos de Izuku.
- E aí não vai contar pra gente como foi? – Katsuki parecia impaciente como sempre, mas no fundo era só ansiedade em saber a história completa.
- Ele joga muito melhor do que você Kacchan.
- Nem fodendo! Não existe nesse mundo alguém que jogue melhor do que eu!
- Alguém ficou com o ego ferido. – Shouto fez sua típica cara de desdém.
- Eu filmei ele jogando. – Izuku procurava o vídeo em sua galeria. – Assiste aí Kacchan. – Bakugou pegou o celular logo dando play no vídeo, sua face concentrada observando atentamente o rapaz de cabelos cinzentos zerar rapidamente um jogo que o loiro conhecia muito bem. Ao final daquele vídeo a face de Shigaraki era totalmente visível e Bakugou logo lembrou dele.
- Eu conheço esse cara. – Disse sério surpreendendo os outros dois. – Ele é amigo da Toga, a namorada da ochaco.
- Eu não sabia que a Uraraka San estava namorando. – Disse Izuku sem entender.
- Ela namora a garota loira da minha sala. Aquela que as vezes vem junto com o Kirishima na hora do almoço. – Midoriya então lembrou se vagamente de uma garota sorridente que as vezes aparecia e juntava se a eles durante a refeição.
- É Toga Himiko. Eu sei de quem está falando. – Disse Shouto ainda sério.
- Eu o vi uma vez do lado de fora da U.A junto com a Toga e um outro cara. Você deveria olhar as redes sociais dele. – Disse Katsuki exibindo um sorriso malicioso.
- Não há fotos dele só de um gato preto e prints de high scores de alguns jogos. – Shouto completou com a típica seriedade em sua voz.
- Como você sabe Shouchan?
- Ele é amigo do meu irmão Izuku eu fiquei curioso que o Sr. Esquisito tinha redes sociais. – Bakugou deixou um sorriso escapar chamando atenção de ambos.
- Seu ciumento de merda! Não acredito que você morre tanto de ciúmes do próprio irmão.
- Não é ciúmes! – A face de Shouto corou e com aquele sinal ficou óbvio o que era realmente. Izuku e Katsuki começaram a rir e logo as pelúcias acabaram espalhadas pelo cômodo.
O tempo passou rápido e os amigos foram para seus respectivos quartos. Midoriya acabou distraído stalkeando o Instagram de Tomura, fascinado com as fotos de Kurogiri. Naquele momento pensou se deveria mandar uma mensagem para ele ou não. Abriu sua lista de contatos vendo o de Tomura, abriu a tela de mensagens encarando ainda na dúvida, mas no calor do momento acabou mandando um boa noite seguido um emoji de gato. Rapidamente obteve uma resposta o que fez seu coração saltar. Se estava igual a um colegial apaixonado? Óbvio que sim e ele próprio sabia que não tinha volta.
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