Alguns dias se passaram, Fred ainda esperava a audiência de separação, como esperado Delfina não estava disposta a dar o divórcio assim tão fácil, mesmo Fred não tendo nada oficialmente, tudo ainda estava no nome de Flor.
Flor se incomodava um pouco com a situação, mas conhecia bem sua irmã má. Por algumas vezes Delfina pediu dinheiro a Flor para dar o divórcio, claro que Flor não deu nada. Para Flor esse dinheiro sempre foi de Fred e continua sendo. Fred continuava cuidando do que pertencia a seus irmãos e por sorte Delfina não tinha nenhum direito, pois ele apenas era o tutor.
Naquela manhã, Flor acordou bem cedinho e assim que chegou na cozinha encontra Helga:
-Bom dia Helguinha!
-Bom dia Flor. Chegou essa carta pra você ontem, acabei esquecendo de te entregar.
-De quem será heim Helguinha?
Flor abre a carta que na verdade era do advogado de Armando Bitencourt comunicando que seria feita a leitura do testamento. Seu comparecimento, segundo a carta era indispensável.
Nesse momento Fred chega e logo vai abraçar sua amada:
-Bom dia meu amor, bom dia Helga.
-Bom dia seu Freezer.
-Bom dia senhor Frederica.
-Seu Freezer olha só o que chegou pra mim.
Flor entrega a Fred a carta que a lê:
-Você vai não é Flor?
-O senhor sabe que eu não me considero filha dele.
-Mas você tem tanto direito quanto a Delfina e a Sofia.
-Mas a Delfina com certeza vai estar lá e não vai me deixar em paz. Não aguento mais ela pedindo dinheiro pra dar o divórcio ao senhor.
-A Delfina está muito enganada se pensa que vai continuar nos atormentando.
-Viu só. Mais um motivo pra não ir nessa leitura de testamento.
-Flor eu acho que você deve ir sim. É mais, se quiser eu te acompanho.
-Jura seu Freezer?
-Mas é claro. Eu não quero te deixar sozinha com aquelas cobras, exceto pela Sofia que nem parece filha da Malva.
-Pena que ela e o Batucadinha não estão mais se dando bem.
-Agora ele vive andando com o Guto o Betinho. Esses meninos não param mais em casa.
-Eles não estão fazendo nada de grave seu Freezer.
-Eu sei, mas voltando ao assunto, você viu na carta o dia o horário?
-Nem reparei seu Freezer.
-É dentro de duas horas. Acho melhor você ir se arrumar.
-Já que não tem outro jeito.
Fred e Flor chegam ao local onde seria feita a leitura do testamento e encontram Malva, Delfina e Sofia, a última veio toda alegre abraçar Flor e Fred.
- Flor, que alegria! Fred, fiquei muito feliz por você estar vivo.
-Eu também fiquei muito feliz. Não sabe a falta que eu senti do seu Freezer.
-Acho que só vocês ficaram felizes por terem me encontrado vivo.- Diz Fred olhando para Malva e Delfina.
-Fred, quando você é a Flor vão se casar?- Pergunta Sofia.
-Quando a sua irmã resolver me dar o divórcio.
Nesse momento Delfina se aproxima:
-O que não vai acontecer nunca.-Ela diz debochando de Fred.
-É o que vamos ver Delfina.
Nesse momento o advogado entra na sala e todos se sentam para ouvirem a leitura do testamento:
-Silêncio para a leitura do testamento.
“Eu, Armando Bitencourt em uso das minhas faculdades mentais deixo nesse testamento registrado minhas últimas vontades. Divido meus bens em espécie (dinheiro) entre as minhas filhas Delfina, Sofia e Maria Flor, sendo Delfina e Sofia com 30% cada uma e Maria Flor com 40%. O motivo dessa minha decisão é o fato de não ter assumido Maria Flor. Deixo a minha propriedade no Rio de Janeiro para minha esposa Malva. Já não tenho tantos bens, por isso encerro este documento. O advogado tratará sobre os valores com cada uma de vocês.
Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2007.”
Malva fica indignada por ter ficado apenas com a casa e Delfina por Flor ter herdado mais do que ela. Flor olhava para Fred sem entender nada. Mas antes que dissessem alguma coisa o advogado começa a falar sobre os valores.
-A fortuna do senhor Armando Bitencourt está avaliada em 10 milhões de reais, então a divisão será de 3 milhões para Delfina, 3 milhões para Sofia e 4 milhões para Maria Flor. A casa que herdou a senhora Malva tem o valor de 2 milhões.
-Mas não é justo! Maria Flor é filha bastarda. Não deveria ter nenhum direito.- Delfina diz indignada.
-A senhora Delfina deveria ter mais respeito com a sua irmã mais principalmente com a vontade de seu pai.
-Deixa de ser chata Delfina. O papai fez mais que certo. A Flor precisava ser compensada pelos anos que não teve uma vida igual a nossa.- Diz Sofia.
O advogado encerra e pede apenas para Flor ficar na sala. Sofia se despede de Fred, Malva nem olha na sua cara . Enquando ele espera na recepção é alfinetado por Delfina:
-Vocês acham que toda essa humilhação vai ficar assim, vocês estão muito enganados.
-Você não cansa de atormentar a vida dos outros não?
-Você deveria me respeitar Frederico. Você é meu marido.
-Por pouco tempo. Não vai demorar muito tempo pro divórcio sair.
-É o que vamos ver.- Sai Delfina deixando Fred sozinho na recepção.
Enquanto isso o advogado conversava com Flor.
-Antes de morrer o senhor Armando me pediu para lhe entregar esta carta. Eu desconheço o seu conteúdo mas posso adiantar que para o senhor Armando era muito importante que chegasse em suas mãos.
-Senhor advogado, eu tenho mesmo direito e esse dinheiro todo?
-Mas é claro que sim, está em testamento. E ainda a respeito da carta sugiro que leia esta carta quando chegar em casa.
-Obrigada.
Flor sai da sala e encontra Fred:
-Oi meu amor, já saiu, o que o advogado queria?
-Ele me entregou esta carta. Ele disse que o seu Armando deixou pra mim antes de morrer.
-E o que está escrito nela?
-Ainda não li. O advogado disse pra eu poder ler em casa.
-Então deve ser muito importante.
-Vamos embora logo seu Freezer que eu estou morrendo de curiosidade.
No meio do caminho:
-Ai seu Freezer...
-Flor, Flor, quando mesmo que você vai parar de me chamar assim?
-Acho que depois de casar.
-Custa me chamar de Fred. Eu não sou mais seu patrão.
-Eu sei, mas é a nossa história é muito malucodoida. O senhor é casado com a Delfina no cartório e comigo pelas leis das fadinhas.
Fred sabia que Flor tinha razão, ele precisava resolver logo a situação. Ainda não tinha pedido Flor oficialmente depois de tudo o que aconteceu...
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