História FNaF e Doki Doki Literature Club - Além do Amor - EP4-TP1 - Freddy e Yuri

Nota : Para entender as referências enumeradas da história, vá para o glossário de acontecimentos, que fica nas Notas Finais do capítulo. Obrigado. :)

(Quarta, 12:49 da tarde...)

Freddy estava na biblioteca municipal mais uma vez, enquanto aproveitava para pegar os livros que havia esquecido no dia anterior, e claro, pra pegar outros, uma vez que é um amante da leitura. Desde histórias fictícias até teorias políticas, ele não fazia distinções entre o que gostava de ler, assim como Yuri. Espera aí : Yuri?

Estava em sua mesa fazendo uma prévia do que viria caso lesse o livro : Pai Rico, Pai Pobre. O título lhe havia chamado a atenção, apesar de não estar focando de fato em investir em imóveis, segundo o que lia : ‘’como diabos eu vou comprar um imóvel pra revender?’’ era o que pensava. Yuri estava do outro lado da estante de livros, em uma mesa semelhante, estava faltando alguns livros na estante, por isso era fácil para ela ver Freddy de sua mesa. Mas ao olhar para o lado e ver o urso pela estante com um livro de psicologia, não hesitou, se levantou e foi até sua mesa, e o saudou ainda em pé :

- Bom dia! – Ao ouvir isso, Freddy olha bem rápido e vê a beldade que estava a seu lado de pé. Os cabelos roxos de Yuri, olhos castanhos e um grande par de (vocês já sabem o que é) a diferenciavam de muitas por aí. É claro que ele estava encantado com o que viu, mas não queria demonstrar isso e por isso respondeu, já voltando o olhar para o livro :
- Eu te conheço?
- Claro que me conhece, eu te vi ontem!
- Peraí, você é aquela garota que é amiga da Sayori? – Já botou o livro na mesa e a encarou.
- Sou eu mesma. – Já foi puxando a cadeira que estava a sua frente, e sentou ao lado de Freddy.
- Ah, tá bom então, eu sou o...
- Freddy Fazbear não é? Acertei?
- Como diabos você sabe o meu nome todo?
- Seu nome todo não é Freddy Fazbear, e sim FREDERICK Fazbear! – Ao dar uma entonação maior no penúltimo nome, com o intuito da piada, Yuri riu sozinha enquanto Freddy a encarava rijo, daí um pequeno silêncio reinou depois que Yuri parou de rir. Até Freddy perguntar :
- Você precisa de ajuda?
- Ah sim, claro! – Yuri está com uma pasta estritamente organizada : Ali mantinha uns poemas, livros da escola, um diário, todos bem enfileirados e categorizados. Freddy ficou surpreso ao olhar pro interior da pasta, sabendo da estranha aparição de Yuri em sua ‘’bat-caverna.’’

- É uma lição prática de acordes.
- Ah, então você também tem problemas com música?
- Do contrário, sou uma das melhores nessa matéria. É que eu odeio a prática dela!
- Peraí, você gosta mais da teoria do que da prática?
- Sim.

Freddy para por um momento ao ficar sabendo disso, pisca os olhos e volta a falar :

- Em que instrumento são esses acordes?
- No violão.
- Nossa, isso é mais simples do que pensei.
- Não fale de simplicidade pra quem não gosta de violão.
- Mas é uma lição que você deve fazer né?
- É claro! Por acaso eles passam lição pra não fazer é?

Freddy fica sem resposta. Estava admirado com ela, apesar de ter sido grossa com ele, olhou para baixo para recuperar a linha de raciocínio e tornou a falar :

- Então o que você quer que eu faça?
- Que vá na minha casa.
- Tudo bem, quando podemos marcar de ir?
- Mas tem que ser agora.
- Como é que é?
- Só pode ser hoje e agora, eu não tenho outro tempo livre pra isso.¹
- Acontece que eu estou trabalhando, não posso simplesmente abandonar o trabalho...
- Então não vai me ajudar?

Ele para mais uma vez. Realmente queria estar ao lado dela, mas precisava estar no trabalho, uma vez que é extremamente pontual, e faltar uma aula por conveniência própria seria uma canalhice.

- Não. – Freddy se levanta, pega os livros que tinha e vai embora. Yuri fica embasbacada e vai atrás dele.
- Espera! – Ao ouvir isso já do lado de fora, ele para perto do carro, Yuri estava próxima da coluna da porta, e dali mesmo disse :
- Eu faço qualquer coisa pra você me ajudar, é sério, não me deixa aqui só!
- Eu só não posso faltar o meu trabalho, como é que vai ser então?

Yuri perdeu o compasso, precisava aprender esses acordes o mais rápido possível para poder os tocar na aula da semana que vem, e não poderia perder tempo, mesmo que ela precisasse ir ao extremo para tal. E até por isso foi até Freddy, se encararam por um momento curto. Até Yuri acertar um soco de baixo pra cima no queixo dele. Freddy apaga na hora. Ela pega as chaves do carro dele, e o coloca no carona, coloca o cinto nele e liga o carro para dirigir.¹

Freddy costumava estacionar em uma rua de pouquíssimo movimento, e foi isso que motivou Yuri a cometer esse extremo para estar com ele, fazendo as lições de música com ela. Foi dirigindo até sua casa, o tirou do carro, vinda do estacionamento dos fundos, entrou e pegou um elevador até seu andar ainda com Freddy em seus braços. (sim, a Yuri é tipo a Mulher Maravilha)²

                                                    (...)

Depois de chegar a sua porta, percebeu que a quitinete estava vazia, então aproveitou para soltar Freddy no chão, com cautela, destrancou a porta e o ergueu novamente, o carregando até o sofá. Assim o soltou descuidada, então, Freddy acordou com o impacto :

- Aonde eu estou? – Ainda abria os olhos, mas ao os abrir totalmente, viu Yuri com uma das mãos na cintura o olhando com segundas intenções, na visão dele.
- Dormiu bem? – Disse ela.
- Eu tô na sua casa é? – Já comentou o rapaz, se sentando no sofá com os pés ao chão.
- O que você acha?
- Eu fui sequestrado!
- Foda – se? – Ao ouvir isso dela, ele a encara fulgaz com perplexidade, estava se mordendo pra não dizer algo ruim, mas conseguiu.
- Eu tô indo pegar meus livros ali na porta. Fica aí.

Freddy literalmente não entendeu o que aconteceu : tomara um soco sem necessidade alguma, fora sequestrado e ainda por cima por uma mulher! Sem contar no trato que recebeu! Queria fazer alguma coisa, porém, entendia que se saísse, algo pior poderia acontecer, então só ficou sentado em seu canto. Yuri chega com os livros em mão, indo ao sofá.

- Você disse que tem um violão é isso mesmo?
- Tenho. É do meu pai.
- Pegue ele por favor.
- Não quero.
- E daí? Ninguém mandou você me sequestrar. – Yuri o encara raivosa e diz :
- Eu não te sequestrei, foi por necessi...
- Então por necessidade ou não, vá pegar a porra do violão antes que eu perca a paciência! – Freddy grita com rispidez, furioso. Ela assente, pois ficou sem reação e resposta com olhar assustado.

Ela chega com o violão já desencapado e três palhetas em mão, já Freddy pede a ela sobre a lição, ao passo que a garota indicou os acordes de Sol Maior, Lá e Fá Sustenido, já com a resposta dele :

- Tá de brincadeira que você me sequestrou só pra isso?
- Você vai me ajudar ou não? – Freddy respirou com a fala dela, e voltou a fala :
- Tá legal, eu vou te ajudar. Mas...
- Mas o que?
- Eu não darei aula de graça pra você.
- Como é que é?
- Foi o que você ouviu.
- MAS EU TO PRECI...
- FODA-SE! Agora que você já me nocauteou, dirigiu o MEU carro, ME carregou ATÉ a sua casa, VOCÊ, vai ter que me pagar de algum modo, do contrário eu não te darei aula alguma, você entendeu?

Yuri fica pensativa, ainda com a cara emburrada de ódio, mas sabe que terá que aceitar o acordo de qualquer modo :

- Então tá, eu te pago.
- Ok, agora siga o que eu te disser.
- Yuri, por que a porta tá aberta? – Mizuki Markov, a mãe de Yuri, a vê com as mãos no violão a encarando preocupada, enquanto Freddy estava com o caderno que indicava a posição dos dedos na tablatura de acordes em sua palma com a cara inclinada para a mais velha, Alexei, o pai de Yuri, chega na sequência, olha para Freddy e argumenta :
- Quem é esse Yuri? – Antes que ela respondesse, Freddy intervém dizendo :
- Freddy Fazbear, professor de música. – Levantou – se e estendeu a mão para o homem, que retribuiu o gesto com um aperto de mãos.
- Yuri, você que o contratou? – O pai afirma.
- Sim, fui eu. – Ela responde.
- Que bom minha filha. – Mizuki a abraça por trás, enquanto Yuri olhou pra trás séria, direcionando – se para Freddy, com ele assim a notando de igual modo, mas em pé.

                                              (14:50 da tarde...)

Já com a mesa do café da tarde armada, os pais de Yuri estavam lado a lado, enquanto ela e Freddy estavam juntos do lado oposto ; todos já haviam almoçado, e por isso Mizuki havia feito um pouco de café em uma pequena garrafa metálica de 600ml. Também havia pão assado e torrada com geleia de pimenta. O urso não adoça o café e afirma :

- Esse café está ótimo senhora Markov.
- Obrigada filho, fique a vontade! – Ouviu isso e tomou o resto que tinha de sua xícara. Alexei pergunta a Freddy :
- Você trabalha aonde?
- Sou professor pra crianças no CEB.
- E você ganha bem?
- O suficiente pra sobreviver. – Ao dizer isso, deu uma mordida na torrada com geleia de pimenta :
- Vejo que é muito inteligente também, senhor Freddy Fazbear. – O referido acena com um joinha, conformado com o elogio sincero.
- E a namorada filho, você já tem? – A senhora Markov questiona, o que deixa Yuri pasma, a encarando, enquanto a primeira sorri.
- Não tenho. Sou solitário.
- Que pena filho... – A mulher olha para baixo, um pouco envergonhada, mas incentiva... – O que você acha da Yuri?
- MÃE! – Yuri é surpreendida.
- Mizuki espera, primeiro nós temos que saber a idade dele.
- Você tem razão Alexei. A propósito, quantos anos você tem Freddy?
- 22.
- Que fofura! É um menino Alexei!
- Espera, e você já é professor? – O pai da garota pergunta.
- Fiz minha licenciatura com 18 anos.
- Ah sim, agora faz sentido.
- Comecei a lecionar faz pouco tempo, mas como estava sem professor da matéria no CEB, me contrataram.
- Particular não é?
- Exatamente.
- Interessante... – O homem estava com um dos cotovelos apoiado na mesa, enquanto sua mão cobria o queixo.

Ao terminar de comer, Yuri chama Freddy para um canto, já se despedindo dos pais a mesa, eles assentem, O ‘’casal’’ se levanta e vai até o quarto de Yuri, essa mesma que chama a atenção de Freddy :

- Como diabos você chega aqui e do nada a minha mãe passa a gostar de você?
- Por que eu sou educado? – Freddy diz com ironia, soltando um pequeno riso, o que a deixa um pouco irritada, mas ela consegue se controlar :
- Olha só, é bom você parar de palhaçada comigo, se não você morre, tá me entendendo?
- Não ligo de morrer não, você fica sem seus pontos em música, não encontra mais algum contato de confiança que te ensine a matéria e ainda por cima pode ser presa por homícidio doloso e um de seus pais morrer de desgosto.

Ao ouvir isso, ela não se contém, desferiu um soco em Freddy, que defendeu com a palma da mão, a segurando com força. Ela recua, então ele solta o punho de Yuri.

- Vamos começar essa lição logo. – Freddy confirma, Yuri vai pegar os materiais que deixou na sala.

                                                        (...)

Yuri foi reproduzir o acorde de Lá no violão, pressionou os dedos nas teclas indicadas e com a palheta tocou, sem muita força :

- Mais força. – Freddy a atentou. Yuri tentou mais uma vez.
- Mais força Yuri. – Yuri faz mais uma vez o acorde com mais força ainda, mas dessa vez, erra a palhetada :
- Que merda! – Yuri fica irritada.
- Vem cá, você é canhota?
- Sou.
- Não acredito que você tá tentando tocar um violão de destro sendo que você é canhota. – Freddy falou seco.
- Tá bom então, e como que eu faço agora?
- Você precisa de um violão de canhoto.
- Mas eu não tenho um violão de canhoto!
- Yuri! – Alexei bate a porta. Ela atende ao passo que o pai diz :

- Isso é pra você. – Ela desempacota a embalagem que parecia ser de um instrumento musical : um violão diferente, era preto com um pequeno circulo branco no meio de sua boca, ao virar para o lado contrário, diferente do amarelo de seu pai, viu que ele se encaixava perfeitamente em suas mãos, pois finalmente a sua mão direita que pressionava as cordas e a esquerda, que é a boa de Yuri, conseguia palhetar com precisão. Ela abraçou seu pai e o agradeceu, logo, o abraço terminou, e ele se retirou do quarto dela.

Yuri se anima e começa a tocar os acordes, ela acerta os movimentos, consegue pressionar as cordas com força e acertar cada palhetada, o que faz Freddy sorrir e incentivar cada movimento preciso dos acordes. Depois que o pai entregou o violão de canhoto para ela, parecia que Yuri estava começando a gostar daquilo, pois quase não tinha dificuldades para tocar as notas. Até que ela decide parar por um momento, e Freddy a aplaude :

- Aí sim hein, meus parabéns Yuri!
- Valeu. – Ela se senta em sua cama, um pouco cansada, do lado de onde estava o seu convidado.

Os dois param, ficam sem falar por alguns segundos, somente olhando para o nada. Yuri olha para Freddy, que estava cabisbaixo, mas não triste : só estava pensando no que tinha acontecido para que chegassem até aqui, em um final ‘’feliz’’, pode – se dizer entre aspas, já que não haviam confirmado que estavam quites de uma vez...

Mas Yuri já o providenciou e beijou Freddy na bochecha, o puxando pra si. Freddy a olha sério, o que faz ela rir, ele sorri junto... Os dois ficam se encarando sorridentes, fazendo Freddy a beijar no lugar certo : um selo na boca. Os dois param, pois Yuri diz para o urso :

- Eu vou fazer o teu pagamento. Você tem pix?
- Tenho.
- Fala aí.
- Tá bom.

(...)

Mizuki e Alexei discutiam sobre o quão Freddy e Yuri eram fofos juntos, Alexei discordava pois queria saber mais do jovem professor, mas Mizuki argumentava a favor da relação começar logo cedo :

- Eu acho eles tão fofinhos, você tem que dar uma chance a ele!
- Ele tem que me provar que merece, não é assim, ele chegar aqui em casa e logo no primeiro encontro com ela já mandar ver com ela na cama!

Continua...