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História Gangsta Paradise - Gangsta


Escrita por: Luka284

Notas do Autor


Xenteeeee..... Eu sei, demorei pra poha, mas to aqui. Concluir histórias é complicado hausahsua.

Boa leitura.

Capítulo 30 - Gangsta


Fanfic / Fanfiction Gangsta Paradise - Gangsta

O barulho da explosão havia feito o ouvido direito de Luffy zumbir, por mais que estivessem longe, ela tinha sido poderosa.

Não perdeu tempo, junto dos homens de Bepo, Luffy correu para dentro do bunker subterrâneo através do buraco que a bomba ocasionara.

Suas pernas estavam tremendo, a adrenalina que percorria seu corpo estava agindo como combustível para tudo aquilo

- Quinze minutos! – Gritou um dos homens ao seu lado. – É o tempo que temos antes dos alarmes se religarem e os reforços virem até nós! Não se esqueçam!

Luffy acenou com a cabeça, apesar de ninguém ter prestado atenção nesse pequeno gesto do garoto. Seria uma corrida contra o tempo.

A fumaça estava dificultando tanto a visão quanto a respiração de Luffy, ele apenas corria na mesma direção dos outros, sem prestar atenção em quem ou no que ele esbarrava no caminho.

A porta do bunker estava destruída, pendendo alguns pedaços para o lado. Os explosivos funcionaram perfeitamente, pensou o menor. Assim que adentraram no bunker, os tiroteios haviam começado. Luffy sentiu seu corpo congelar com o barulho dos disparos. Sentiu ser puxado por alguém pelas costas e ser jogado ao chão, próximo à um dos destroços da porta.

- Você vai ter que se virar, garoto! – Era a voz de Bepo, Luffy pode identificar. – Não vai ter ninguém aqui que vai salvar sua pele! – O maior gritou, efetuando disparos e correndo, adentrando ainda mais no bunker.

Luffy respirou fundo. Bepo tinha razão, ele não podia agir como uma criança indefesa agora. Precisava salvar seu irmão.

Levantou de trás dos destroços e efetuou três disparos, correndo o mais rápido que suas pernas permitiam, ele precisava continuar em frente.

Ouviu mais disparos enquanto corria, olhou para frente e conseguiu ver dois homens mirando na direção em que ele e os outros estavam. Não pensou, apenas ergueu a arma em punho e atirou contra o corpo de um deles. Disparou duas vezes, lembrando do que Law havia dito, mirou no tronco e não na cabeça. O tiro pegou pouco acima do peito, pegando parte do pescoço. O atirador caiu com uma das mãos sobre o ferimento, afogando-se no próprio sangue.

Aquilo fez Luffy querer vomitar. Ele tinha matado alguém. Tinha tirado uma vida. Seu corpo todo estava em choque por causa daquilo, mas a adrenalina não o deixava parar para refletir sobre sua moral agora.

Um dos homens de Bepo se aproximou mais de Luffy, e cobriu o menor do outro atirador, efetuando três disparos contínuos, que acertaram todos no peito do atirador, fazendo ele cair para trás.

- Vamos na frente, nos livraremos do peso extra, você precisa ir procurar seu irmão!! – Bepo gritou lá da frente, sem nem ao menos olhar para trás. – Tenha certeza de encontra-lo no tempo, porque não vamos esperar por vocês. Vamos! – Ele deu a ordem para os homens, todos se juntando a ele na linha de frente, deixando Luffy para trás.

O menor continuou correndo, dessa vez mais atento com o local, procurando por qualquer tipo de brecha ou lugares escondidos.

Ace estava ali, em algum lugar.

E Luffy iria encontra-lo.

 

***

 

- Você não tem que fazer isso. – Law disse, enquanto sentia todo o seu corpo estremecer ao toque daquela criatura nojenta. – Doffy... por favor... não faz isso.

-Shhhhh... – O maior sussurrou, próximo ao ouvido de Law, enquanto suas mãos brincavam de abrir a camisa do moreno. – Eu quero fazer isso, Law... – Ele sorriu, enquanto aproveitava para passar a língua pelo pescoço do menor. – Vai me dizer que depois de todo esse tempo... Você não sentiu um pingo de saudades minhas?

- Você... Você me dá nojo! – Law vociferou, tentando em vão se afastar daquele homem.

- Ora, ora. – Quando finalmente conseguiu abrir a camisa de Law, Doflamingo passou suas ardilosas unhas sobre o corpo do moreno, deixado a pele de Law toda avermelhada e com pequenos pigmentos de sangue. – Você está muito desobediente, Law. Acho que o tempo longe de mim não te fez bem.

- Me solta!! – Law estava sentindo todo seu corpo tremer de tanta raiva e medo misturados. Seu peito agora estava todo ardendo por causa dos arranhões.

- Hei. – Doflamingo segurou no maxilar de Law com força, fazendo com que o moreno o encarasse. – Se abrir essa maldita boca novamente eu vou ser obrigado a fazer coisas que eu não quero, Law. E eu posso garantir que você não vai querer isso. – Para garantir que estava falando sério, Doflamingo desceu a mão para o pescoço de Law, e o apertou, fazendo o mesmo soluçar em busca de ar. – Pronto, pronto... foi só um mal entendido, não é?

Law semicerrou os dentes, enquanto olhava para aquele homem. Queria sair dali. Em todo o planejamento de seu plano, não imaginou nunca que Doflamingo iria tentar tocar nele. Fazia muito tempo, e até onde Law sabia, Doffy gostava de garotos mais novos do que a idade que ele tinha agora.

- Agora, vamos ao que realmente interessa, Law. – Quando Law viu que Doflamingo estava começando a tirar o cinto, sentiu uma náusea horripilante percorrer seu corpo. Ele preferia morrer do que estar ali.

- Vai pro inferno! – Law vociferou. Como ele desejava uma arma agora.

Doflamingo estava prestes a socar o rosto de Law, quando de repente Dellinger, um membro da família Donquixote, entrou correndo, quase derrubando a porta.

- Doffy! – Dellinger, um rapaz loiro que gostava de usar roupas exageradamente apertadas, disse sem nem mesmo recuperar o folego. – Do-doffy... É te-terrível... – Ele parou e colocou as mãos sobre os joelhos, em busca de ar.

- Eu avisei que não queria ser interrompido. – Doflamingo vociferou na direção de Dellinger. Uma veia de sua cabeça parecia prestes a explodir.

Law encarou o rapaz perto da porta, apertando ainda mais os punhos pelo nervosismo.

- É urgente! – Dellinger gritou, se arrependendo quase que instantaneamente após ver o rosto de Doffy se contrair em sua direção.  – É-é.. O cofre. – Ele ergueu a coluna, e encarou o loiro, mas logo abaixou a cabeça. – Ele explodiu!

- O que? – Doflamingo questionou, se levantando da cama e afivelando o cinto que pendia frouxo de seu quadril. – O que você disse?

- O cofre!! – Dellinger estava pálido. Sabia que se fosse petulante em um momento como esse, provavelmente levaria algum tiro de Doflamingo. – Precisamos do senhor! Rápido.

- Porra! – Doflamingo cuspiu o palavrão. Estava extremamente irritado. Empurrou Dellinger, fazendo com que o jovem fosse de encontro com a parede e saiu em disparada.

Dellinger respirou por míseros segundos, apenas para se recuperar do choque contra a parede, e olhou de vislumbre para Law, indo logo em seguida atrás de Doflamingo.

Law fechou os olhos e deixou seu suspiro escapar dos lábios, não fazia ideia do que tinha acabado de acontecer, mas estava extremamente grato. Se não fosse por toda a situação, ele provavelmente teria chorado de alivio ali mesmo.

Mas isso durou pouco, pois logo Law estava escutando passos apressados vindo em direção a porta. Ele sentiu sem corpo se retesar involuntariamente e seu coração disparar. Será que iriam executá-lo antes do imaginado?

Mas seu semblante passou de preocupado à aliviado, assim que reconheceu o rosto que passou pela porta, soltando um sorrisinho frouxo pelo canto da boca.

- Não temos muito tempo. – Rosinante sussurrou, fechando a porta atrás de si. – Logo eles irão perceber a minha falta.

Law gargalhou. – Não estava te esperando aqui, Cora-san. – Ele riu de alívio, relaxando a cabeça no travesseiro. – O que aconteceu com seu rosto?

- Isso? – Rosinante levou a mão ao rosto, onde havia um corte logo acima de sua sobrancelha. – Uma coronhada. – Ele olhou para Law atado aquela cama, e sentiu seu estômago revirar. –  Meu Deus... Não quero nem pensar se eu tivesse demorado um segundo a mais.

- Você e nem eu. O que diabos está acontecendo lá fora?

- Explodi o cofre do Doffy. – Rosinante disse, enquanto tirava uma faca de caça de dentro do casaco, se aproximando de Law.

O moreno levantou uma sobrancelha. – Sério? Pensei que você só ia me ajudar a fugir. – O moreno riu. – E não dar uma de rambo.

- E desde quando te salvar não é dar uma de rambo? – Ele passou a faca diversas vezes na corda, que logo caiu próxima a cabeça de Law. – Não temos muito tempo. – Ele tirou uma arma de dentro do casaco e a entregou a Law. – Está pronto, Water Law?

- Sério? – Law se levantou da cama, pegando a arma e dando uma olhada de perto, deixando-a engatilhada. – Desde quando você não me chama assim?

- Desde que você era um pirralho problemático. – Rosinante sorriu. – Mas vejo que não mudou muita coisa, só cresceu de tamanho mesmo.

- Idiota. – Law disse, baixinho o suficiente para Rosinante não ouvir. – Então, e agora?

- Tiro, porrada e bomba, garoto. Já se esqueceu?

- Você bem que gostaria. – Law gargalhou. – Pronto?

- Quando você estiver. – Rosinante sorriu de volta.

Law respirou fundo. Antes que concordasse, ele pensou por mais um momento.

- Tem mais explosivos com você? – O moreno questionou.

- Ah, não. Não, não não. – Rosinante abanou negativamente com as mãos e a cabeça. – Eu conheço esse seu olhar. Pode esquecer o que estiver planejando.

- Qualé. – Law disse. – Você não quer se redimir comigo? Quer dizer... Você viu que seu irmão não mudou muito... É como dizem... velhos hábitos não morrem nunca.

- Law... Eu... – Ele passou a mão no rosto, suspirando de raiva. – O que você tem em mente?

Law sorriu para Rosinante. Ele se aproximou do maior e tirou o casaco preto do maior e usou para se cobrir, já que sua camisa havia sido rasgada. – Ora, não é óbvio? – Ele indagou ao loiro.

- Cora-san... Vamos pôr a casa a baixo.

Rosinante estava certo. Ele ainda continuava um garoto problemático.

 

***

Luffy não fazia ideia se os quinze minutos já haviam passado, mas ele continuava na busca pelo seu irmão mais velho.

Restavam apenas cinco balas na arma, e ele estava com um ferimento no ombro esquerdo devido a uma bala que pegara de raspão. O corte latejava enquanto ele corria desesperadamente, se infiltrando cada vez mais naquele ninho de vespas.

Ele parou por um momento, tentando recuperar o fôlego e se localizar. Haviam portas demais, e não era como se ele pudesse sair gritando aos quatro cantos do mundo pelo seu irmão. Se ele fosse encurralado, não teria muito o que fazer com cinco balas. Respirou fundo, olhando para todas as direções. O que ele iria fazer?

- Ace... – Ele disse, como se invocar o nome do irmão o fizesse se materializar ali em sua frente. Luffy estava à beira de um colapso nervoso. O tempo estava passando, e ele não sabia o que fazer!

Ele precisou se agachar no chão, pois sua respiração estava totalmente descontrolada. Pela primeira vez em sua vida, Luffy estava sendo tomado por um ataque de pânico, e ele não fazia ideia do que estava sentindo. Apenas se agachou e colocou as mãos envolta do corpo, respirando exasperadamente, enquanto fechava os olhos e sentia seu corpo todo tremer involuntariamente.

E se não conseguisse encontrar Ace? E se ele já estivesse morto? Talvez tivesse sido um erro ter aceitado o convite de Bepo. Talvez Luffy devesse ter ficado em Pax Penguina, esperando Law como combinado.

Ele não estava conseguindo pensar. O pânico estava tomando conta dele. Tentou pensar nas vezes em que estava junto de Law, para ver se isso o acalmava, mas estava difícil para ele manter a compostura.

Foi o disparo de diversos tiros que tiraram Luffy daquele estado de pânico, fazendo o menor levantar rapidamente, e disparar cambaleando para a frente.

Naquele momento ele nem se lembrava de estar portando uma arma em sua mão direita, ele apenas corria como se fosse a única coisa que pudesse fazer para assegurar sua vida.

Correu até sentir seus pulmões queimando em busca do ar que ele expirava exasperado, se esquecendo em alguns momentos que antes de soltar o ar, ele precisava inala-lo.

Escolheu uma das portas a sua própria sorte e jogou seu corpo contra ela, fazendo a mesma arrebentar o trinco. O menor se espatifou no chão, derrubando a arma a poucos centímetros de distância.

Os passos apressados pelos corredores estavam em busca dele, Luffy sentia seu corpo tremer diante do que estava por vir. Pegou a arma e se levantou, tropeçando nos próprios pés e quase caindo novamente. Olhou ao seu redor. Era um cômodo pequeno, com uma mesa antiga de madeira no centro e algumas cadeiras ao redor. Ele não podia voltar para o corredor, seria alvejado se o fizesse.

Quando pensou que finalmente o tinham encurralado, Luffy notou uma coisa diferente acoplada a parede do cômodo. Se aproximou o suficiente para constatar que era um daqueles dutos de passagem rápida de itens para outro cômodo. Já havia visto um daqueles antes em um dos hotéis baratos em que ele passou uma noite com o irmão.

Poderia ser para roupa suja, dando em uma lavanderia mais a fundo. Ou poderia ser um dispenser de lixo, que poderia tritura-lo e jogar os restos em outro lugar.

Não era exatamente como se Luffy tivesse uma escolha. Ele estava entre a cruz e a espada. Arriscar por aquele pequeno elevador, ou ser alvejado no instante em que colocasse os pés para fora. Precisava tomar uma decisão, e precisava tomar agora.

E ele escolheu. Luffy pulou para dentro do elevador de serviço, colocando os braços primeiro e indo de cabeça. Se tivesse que quebrar alguma coisa, antes os braços do que suas pernas.

 

***

 

A dor ressoava pelo corpo de Luffy. Quando tentou se levantar, sentiu uma dor aguda em seu tronco, fazendo com que ele caísse sentado logo em seguida.

Estava escuro, e ele não conseguia enxergar muita coisa, mas pelo que aparentava, ele não caiu em um dispenser de lixo.

Tentou usar seu braço para se levantar, mas isso fez com que o menor soltasse um grito profundo. Olhou direto para seu corpo, e percebeu que seu braço estava quebrado, com a ponta do osso para fora, e a mão envergada para o lado.

O choque foi maior quando ele viu o estrago no próprio braço do que quando estava apenas sentindo a dor. Seu braço esquerdo estava apenas com leves escoriações, e foi o que ele levou a boca para tentar reprimir o vômito que ele despejou ao lado.

Estava com muita dor e falta de ar. Tentou se levantar mais uma vez e caiu de joelhos, sentindo dor no peito. Levou sua mão boa até as costelas e a retirou instantaneamente, pois a dor havia-o atordoado.

Luffy estava prestes a desistir, quando em meio ao breu, ele viu um corpo jogado mais à frente. Sentiu um arrepio percorrer todo seu corpo quando na verdade viu que não era apenas um, mas que haviam vários corpos ali. Enfim entendeu a utilidade mórbida do elevador de serviço.

Queria vomitar novamente, mas se segurou por pouco. Dessa vez, se forçando mais ainda a levantar, ele usou a parede como escora, e saiu tateando em busca de algum interruptor, até finalmente encontrar.

Quando acendeu a luz, seus olhos percorreram a sala, analisando os corpos ali jogados.

Ele estava pálido, e sentia que iria desmaiar a qualquer momento.

Quando viu a porta, Luffy sentiu seu desespero aumentar. Ela aparentava ser extremamente pesada para que ele simplesmente jogasse seu corpo contra ela. E ela não possuía maçanetas. Era toda feita de ferro. Nem que Luffy precisasse, ele iria conseguir derruba-la.

O cheiro daquele lugar estava aumentando suas náuseas. Era um cheiro muito perturbador e desagradável. Um cheiro podre.

Luffy levou a mão a boca novamente. Não queria vomitar. Não novamente.

Quando estava prestes a deixar a dor e o medo tomarem conta do seu corpo e desligarem sua consciência, foi que Luffy avistou um rosto conhecido no meio de todos aqueles.

Seu coração parou por um momento, e um grito ficou entalado na sua garganta.

Luffy correu da forma que pode para próximo do corpo conhecido, sentindo as lágrimas quentes descerem por sua bochecha.

Encostou sua mão boa suavemente no rosto do irmão, sentindo a dor agora não apenas física, mas interna lhe rasgar por dentro.

- Ace... – O menor sussurrou. – Ace... Não...

E Luffy pousou a cabeça no colo do irmão, deixando as lágrimas rolarem por seu rosto.

 

***

 

Law estava coberto de sujeira. Mas uma coisa ele podia afirmar com certeza, aquele filho da puta do Doflamingo pensaria duas vezes antes de tentar tocar nele agora.

Mais da metade da mansão havia se perdido, e o número de baixas de membros da família era consideravelmente alto, visto que foram apenas dois homens que fizeram tudo aquilo. Ele e Rosinante haviam deixado suas marcas naquele lugar, para o bem ou mal deles.

Agora, depois de terem escapado do local e se separado, Law estava aguardando do lado de fora de Pax Penguina, ansioso em finalmente poder ver Luffy depois de toda aquela merda de dia e, por fim, encerrarem o plano resgatando Ace em grande estilo.

Já era muito tarde, então a boate havia fechado a pelo menos umas três horas atrás.

Law caminhou até a entrada do clube e bateu levemente, dando três toques sequenciais que sabia que Sachi e Penguin reconheceriam em qualquer lugar.

Esperava ver seu menino ao entrar em Pax Penguina. Esperava que ele corresse de braços abertos e pulasse em seu colo, para que Law pudesse esconder o rosto naquela cabeleira negra que ele tanto gostava.

Mas nada disso aconteceu.

Ao invés disso, o que viu quando entrou foi Penguin extremamente abalado, fumando um cigarro no canto inferior de sua boca enquanto segurava um copo com o que deveria ser provavelmente uma bebida alcoólica forte pela cor da mesma, em sua mão direita.

- Você voltou. Finalmente. – Penguin dissera por fim, virando o conteúdo do copo de uma vez, fazendo uma careta amarga no final.

- O que aconteceu? – Law questionou. A preocupação começando a tomar conta dele.

- Vem. – Penguin o chamou com um gesto do corpo. – Você precisa ver isso. E esteja preparado.

Law engoliu em seco. O que mais poderia acontecer para piorar aquele dia?

Seguiu Penguin sem fazer mais perguntas. Sabia que não iria conseguir mais nada dele, pelo estado em que o amigo se encontrara.

Foram até os fundos, onde ficava reservado um quarto com coisas extravagantes que os seus amigos mantinham. Quando queriam relaxar, passavam o tempo lá durante as festas.

Quando chegaram em frente a porta, Penguin indicou com a cabeça para que Law entrasse primeiro, e assim o moreno o fez.

Mas nada no mundo o teria preparado para ver aquela cena.

Sachi estava sentado em uma poltrona do lado da cama gigante que ficava no meio do quarto. E bem nessa cama, jazia um corpo de um homem que aparentava ter a mesma idade de Law. Ele se assustou, pois o sujeito parecia bem abatido, e havia equipos conectados em seu braço, levando o que quer que seja que estivesse do lado da cama, pendurado no estrado.

- Quem... Quem é esse ai? – Law questionou. – Cadê o Luffy? Onde estão todos os outros?

Sachi e Penguin se entreolharam, sabendo que não poderiam esconder aquilo de Law.

Sachi se levantou, pegou um gravador que estava dentro de seu bolso e o entregou a Law.

O moreno sem entender muito bem, apertou o play do gravador e escutou com atenção.

“ – Eu acho que você provavelmente não esperava por essa, não é mesmo, Law? – Law reconheceu a voz da gravação como a de Bepo, e sentiu um tremor percorrer seu corpo. – Você sempre planeja tudo nos mínimos detalhes, mas desta vez o seu tiro saiu pela culatra. Hahaha, isso é uma pena, mas eu queria tanto estar aí pra poder ver a sua cara se contorcendo de raiva. Bem, estou te mandando um presentinho junto deste gravador, espero que consigam deixar o cara estável, pois sinceramente eu não ache que ele vá passar dessa noite. Uma pena, depois de todo o esforço de Luffy para salva-lo. – Houve uma pausa na gravação, sendo retomada juntamente de um barulho de estalo de língua. – Mas, fazer o que, não é? São fardos da vida. Hahahaha. Você não achou que eu iria simplesmente esquecer tudo o que nós passamos juntos, não é, Law? Deus sabe que eu não sou tão bom assim. Por isso estou com esse garoto, o que você aparentemente deve se importar tanto, já que aceitou fazer tudo isso por ele. Mas não se preocupe, eu não tenho interesse em machuca-lo... bom... isso depende de você, é claro. Escuta, Law. Eu quero colocar um fim nessa história toda. Eu quero poder deitar minha cabeça pra descansar de noite. Mas toda vez que eu penso em você, que eu vejo seu maldito rosto na minha cabeça, eu enlouqueço. Por isso quero pôr um fim nisso tudo. E eu posso fazer isso de duas formas. Se você simplesmente ignorar essa mensagem, então eu coloco um fim no garoto, e acredite, para mim vai ser o suficiente. Ou nós podemos fazer uma troca. Você pelo garoto. Caia na real, Law. Você nunca conseguiria fazer parte da vida dele, então pra que estraga-la mais ainda? Faça o que é o correto, e deixe ele viver a vida dele. Você sabe onde me encontrar para fazer a troca. E não tente fazer nada engraçado, Law. Se eu apenas sentir que você quer dar uma de herói, explodo a cabeça do garoto. Mas eu estou bem curioso agora. – Outra pausa. – O que vai fazer, Law? Depois de ouvir tudo isso? Qual escolha você vai fazer?”

E a gravação acabou, deixando Law totalmente perdido em sua mais profunda escuridão.


Notas Finais


E aí? O próximo capítulo será o último, então por favor, deem um feeback.

Eu achava que escrever momentos eróticos era difícil, mas escrever momentos com ação é muito mais haushausahs.

Um beijão, e até a próxima, e se cuidem!!


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