História Garoto de Programa - Prólogo

1 universo, 8 planetas, 204 países, 809 ilhas, 7 mares e mesmo assim parece não existir ninguém disposto a ficar comigo. Existe uma população imensa nesse mundo, misturada entre mulheres, homens, gays, lésbicas e velhinhos tarados, mas não tem ninguém para ficar comigo? Ninguém disposto a ter uma loira, alta e dona de uma "boa comissão de frente"? Sinceramente eu acho terei que começar a gostar de gatos.

Nesta linda manhã de sábado, eu recebi o convite de casamento da minha irmã caçula. Eu fico muito feliz por minha irmã estar casando com alguém que a ama, mas fico muito deprimida ao saber que ela vai casar primeiro do que eu. Yukino na verdade é minha meio irmã. Meu pai casou-se com a Sra. Aguria logo tempo depois da morte da mamãe e sempre nos relacionamos muito bem. Eu e Yukino nunca tivermos problemas, pelo contrário, sempre defendi ela nas horas difíceis, o que a tornou uma garota muito mimada. Coitado de Rogue Cheney, seu noivo.

Tudo muito bom, muito bonito. Mas a questão é: Como eu irei arrumar um par para o casamento?
Bufei irritada e me joguei no sofá, passando os canais da TV rapidamente. Canais inúteis de leilões e jornais locais que sempre falavam sobre o mesmo assunto. Canais de eletrodomésticos, até mesmo de vedas de gado. Nada interessante. Depois de uma busca, consegui finalmente achar um filme que naquele momento deveria estar no intervalo.

"Você está solitária? Precisa de uma companhia  para se divertir? Disque agora 54-5671-3456 e contrate seu encontro para todos os momentos." 

Isso seria um anúncio de gigolôs? A mulher do comercial parecia estar se divertindo com o cara de cabelos cor de mel e musculoso. Seria uma boa ideia? Bom Lucy... Não custa nada tentar.

 Peguei meu celular e disquei o número que piscava gigante na tela e logo uma daquelas musicas irritantes de espera começou a tocar do outro lado da linha.

- Olá, como eu posso ajudar? - Reconheci uma voz feminina como atendente.

- Bom, eu vi o comercial de vocês na TV, e achei interessante.

- Hm... Então você quer o telefone do "Santiago"? 

- Bom, eu... Na verdade é para uma amiga minha que... - Eu não acredito que estou fazendo isso.

- Sei, sei. Essa sua "amiga" tem alguma preferência?

- Não, nenhuma preferência. É um encontro para  um casamento.

- Então tudo bem. - Ou ela estava digitando ou parecia que haviam galinhas bicando o telefone enquanto um barulho estranho de fundo era ouvido. - Pode ligar para o número 65-8765-5543, ele se chama Natsu Dragneel. Boa sorte para a sua amiga.

Desliguei o celular e ouvi ela dizer algo como. "Amiga, né?". Me senti ofendida, quem essa mulher pensa que é?  Mas enfim, o que importa realmente é que eu tenho o número dele, Natsu Dragneel... É um bom nome para um bom encontro de casamento. Será que isso realmente está certo?