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História Geração Gol D. Roger: mudando o futuro - One Piece - Piratas do Ruivo


Escrita por: Elljinx

Notas do Autor


Episódio quatro - One Piece
Arco - Chapéus de palha (03/06)

Capítulo 4 - Piratas do Ruivo


Fanfic / Fanfiction Geração Gol D. Roger: mudando o futuro - One Piece - Piratas do Ruivo

— Alguém quer apostar sobre o que é o vídeo-yoi? — Marco pergunta alto para todos da sala ouvirem o que ele falava.

— E ser roubado novamente? Não. — Gaban provoca levemente. A fênix sempre ficaria ao lado do novo irmão.

— Não roubei, só fiz o que achei conveniente no momento. Os dois tinham a diferença de um. — Marco se defende.

— Não, lembro muito bem de Izo dizendo que apostava em mais cinco pessoas, e já haviam revelado duas. — Gaban o lembra.

— Isso é... bem verdadeiro-yoi. — Marco diz contrariado, estava o defendendo atoa. — Você trapaceou, Izo!

— É o que piratas fazem. — O samurai se diverte um pouco com a careta no rosto do irmão. — E se você sabia, por que não falou na mesma hora?

— Queria ver até onde você iria com essa mentira. — Gaban responde dando de ombros. — Estou impressionado.

— Mas você é um samurai, não um pirata. — Marco resmunga baixinho, se sentindo traído pelo quase companheiro.

— Agora eu sou os dois!

Mostra o chapéu de palha voando.

— E parece que ainda vamos falar sobre os chapéus de palha. — Doflamingo suspira em seu puff. Aquilo estava começando a ficar tedioso.

— Eles são interessantes. — Rosinante confessa baixinho. — Estamos conectados à eles no futuro, lembra?

— Não tenho tanta certeza disso ainda, eles não tem nada que me interessa. — O ex dragão celestial banaliza.

— Talvez você tenha algo que interesse eles, estamos aqui por um motivo. — Corazon oferece com cuidado.

— Então vou ter que garantir que eles fiquem longe dos meus planos nesse futuro. — O quase shichibukai promete.

— É o que eu espero. — Rosinante se perde em pensamentos. Ele temia pelos garotos e preferiria que ficassem bem longe de Doflamingo.

— Esse é um precioso chapéu de palha, que me acompanhou em várias batalhas por esses mares. — Shanks diz enquanto brinca com o chapéu.

— Você está diferente. — Buggy estreita os olhos para a tela. Ele estava com a aparência mais desleixada que o normal. — Você tem até barba.

— Agora sim está parecendo um homem de verdade, Shanks. — Gaban provoca o garoto que sempre dizia que já era maduro o suficiente.

— Eu já sou um! — Shanks rebate meio envergonhado. Era diferente se ver no futuro e já saber como iria ficar.

— Claro que é. — Buggy ironiza enquanto revira os olhos. Era sempre as mesmas implicâncias quando se tratava dele.

— Batalhas? Isso é a confirmação que Shanks é um pirata, mesmo? — Rayleigh sorri com o fato, o ruivo seguiria o caminho deles.

— Eu não tinha dúvidas sobre isso, os dois serão, observe. — Roger manda feliz. Seus aprendizes estavam crescendo.

— É muito bom saber que meus esforços não estão sendo em vão. — Rayleigh concorda mais contente. Estava dando frutos.

— Só assim para você parar de reclamar tanto sobre isso. — Crocus comenta.

Aparece o chapéu voando novamente.

— Acho que a parte do Shanks-san é uma lembrança, ou algo do tipo. — Rouge comenta confusa. Não fazia sentido o chapéu estar na cabeça do ruivo e voando ao mesmo tempo.

— Precisamos saber de quem. — Toki responde mais preocupada em olhar Hiyori do que prestar atenção na conversa.

— Isso é sério? Obviamente, é uma lembrança do mugiwara. — Shakky responde incrédula. Ela era a única que pensava ali?

— Não tem como ter a certeza, né? — Toki responde sem se abalar. — Prefiro tentar não adivinhar o que seja.

— Não precisamos adivinhar quando tudo o que vimos até agora foi sobre ele, ou algo relacionado a ele. — A morena indaga.

— Teve aquele vídeo sobre o Roger-san e sua execução. — Rouge lembra. — Não era sobre o chapéu de palha.

— Mas era um vídeo explicativo sobre a era em que o garoto vive. — Shakky diz firmemente. Ela não mudaria de ideia.

— Você não vai descansar até falarmos que está certa, não é? — Toki pergunta com um pequeno sorriso em seu rosto.

— Não quero estar certa, quero que percebam que estão erradas. — Shakky dá de ombros. Sabia que tinha acertado novamente.

— Isso é a mesma coisa!

— Não posso dá-lo a ninguém. Nem mesmo para você, Luffy. — Shanks volta a dizer sério.

— Isso quer dizer... — Buggy começa a falar sem reação. Isso queria dizer que ele errou, mas também, que o garoto não tinha dado o nome da tripulação em homenagem ao Shanks.

— Então eu não entreguei meu chapéu para ele? — O ruivo diz sem saber se ficava feliz por ainda ter seu chapéu, ou triste, por estar começando a gostar do garoto do futuro.

— Isso! — Buggy comemora alto, quase pulando de seu puff. — Eu estava certo! Que reviravolta pomposa.

— Na verdade você errou, eu que estava certo no final. — Shanks fala desgostoso. Pela primeira vez na vida, ele queria estar errado.

— Não me importa, sempre será uma vitória para mim poder jogar sua frustração em sua cara — Buggy sorri.

— Garotos, assistam o vídeo antes de tirarem suas conclusões. Não tem nem dois minutos dele. — Rayleigh manda, já cansado da briguinha.

— Logo agora que eu me acostumei com a ideia de ser próximo dele... — Shanks diz baixinho, reclamando.

Luffy e Zoro começam a perseguir o chapéu, tentando alcança-lo antes de cair no mar. O Roronoa estica a mão e pega antes do mesmo tocar na água. E então, aparece Shanks colocando o chapéu na cabeça, com um sorriso gentil.

— Eles parecem tão novos nesse vídeo. — Edward observa a tela. — Me lembra você no começo, Roger. Igualmente magricela.

— Eu não era tão magricela assim. — Roger se defende, lembrando do dia em que conheceu seu imediato.

— Era sim. — Rayleigh sorri e decide provocar um pouco. — Ainda mais com o chapéu de palha e o grande sorriso.

— E eu pensando que você iria morrer solteiro, grande engano meu. — Barba Branca entra na brincadeira. — Virou até pai.

— O que eu falei sobre especular essas coisas? Apenas, impossível ser. — Roger nega emburrado. Ele queria ter um filho, mas esse não era o ponto da situação.

— Eles estão em um minúsculo bote. — Gaban troca o assunto rapidamente. — Quase não cabe os dois garotos nele.

— Todo mundo começa em algum lugar. — O médico Crocus responde. — A não ser que a pessoa tenha condições e já tenha um navio.

— Eu comecei em um pequeno barco também, era aconchegante. — Roger diz com um sorriso orgulhoso.

— Era o meu barco! — Rayleigh o lembra. — minha casa pegou fogo e então, comecei a morar nele. Você apenas me convenceu a segui-lo para ter onde navegar.

— Isso é um mero detalhe que ninguém liga. — O futuro rei banaliza a história contada. — O importante é que tínhamos um barco maior que um bote!

— E desde quando isso é uma competição? — Rayleigh solta uma risada do jeito emburrado de seu capitão.

— Desde que eu quero que seja.

//

— O que vocês acham dele? — Mihawk faz a pergunta se arrependendo um segundo depois, óbvios que os dois não teriam uma resposta interessante.

— Roger e Barba Branca não são piratas para provocarmos. — Crocodile é sincero. — O garoto é aprendiz dele.

— E tem essa cicatriz no olho esquerdo. Ainda não sei dizer se ele representa um perigo. — Doflamingo diz sério.

— Sem contar com o fato que ele deve saber sobre o tesouro. — Crocodile olha para os marinheiros. — Há algo que o governo não quer que encontremos, mas eles descobriram.

— Eu posso imaginar o que o governo tanto teme. — Doflamingo abre seu macabro sorriso. Se lembrando da época em que vivia em Mary Geoise.

— Ele realmente deve saber. — Mihawk concorda fácil. Até que os dois não falaram tantas besteiras como ele imaginava.

Um bar é mostrado com um monte de gente tomando cerveja e conversando alto.

— Que baderna. — Hancock desaprova. Eles estavam bagunçando todo o local. — Tinha que ser homens para agirem assim.

— Eles só estão se divertindo, Nyah. — Gloriosa avisa para a garota. — Não seja rabugenta desde nova, deixe para ficar assim quando for velha.

— Só acho que eles poderiam se divertir mais baixo, sem incomodar outros. — Boa insiste. — Obviamente, o lugar não é deles.

— Não parece estar incomodando alguém, isso é normal em bares conhecidos. — Gloriosa explica para a garota.

— Espero nunca ir em um estabelecimento desses, então. — Hancock comenta com uma careta em seu rosto.

— Me leve junto na próxima viagem, Shanks! — Luffy pede empolgado. — Também quero ser um pirata.

— Você? Ser um pirata? Até parece! — Shanks zomba.

— Tão novo e já tem essas ideias na cabeça. — Garp desaprova o que vê. — Esse pirralho do Roger está o corrompendo...

— Pelo menos não é ele que vai o levar para o mar, aparentemente. — Sengoku comenta sobre o ruivo estar zombando do garoto.

— O que adianta não o levar para o mar sendo que já colocou essas ideias absurdas na cabeça dele? — Garp resmunga.

— Essa é a hora em que perguntamos onde está os pais do menino e por que estão deixando ele em um bar com piratas? — Sengoku repreende.

— Talvez o garoto não tenha família. — O vice-almirante palpita. Ele sente um aperto no coração com a ideia de mais um menino sozinho no mundo.

— É a única opção que vejo para ele estar largado desse jeito em um bar. — Sengoku concorda facilmente.

— Por que, hein? — Luffy se ofende enquanto mostra Benn Beckman fumando um cigarro.

— Luffy, saber nadar bem não é o bastante para ser um pirata. — Yasopp diz meio tonto.

— Levando em conta que a maioria dos piratas não podem nadar por causa das Akuma no mi. — Roger concorda com o cara bêbado da tela.

— O garoto estava tentando aprender a nadar? Estou achando que teve toda uma conversa antes dessa. — Rayleigh franze a testa.

— Esses homens... eu já vi eles. — Shanks anuncia, passando seus olhos por toda a sala, os procurando.

— São aqueles mais no canto da sala. — Buggy acha e aponta para eles. — Talvez sejam de sua tripulação futura.

— Eu gostei do loiro, ele sabe como beber. — Rayleigh aprova olhando para o estado deplorável que ele se encontrava na tela.

— Eles parecem bem animados e com certeza sabem dar uma boa festa. — Roger sorri, olhando o bar bagunçado.

— Então, nós gostamos da provável tripulação do Shanks? — Gaban pergunta para os companheiros, curioso.

— Não sabemos dizer ainda.

//

— Mas o que? — Benn Beckman olha surpreso para a tela, ainda não estava acreditando que era ele ali, com o garoto do futuro.

— Estamos acompanhando o pirralho ruivo? — Yasopp diz igualmente surpreso e maravilhado, por pensar que saiu de sua vila para virar um possível pirata.

— Ele não é tão pirralho aí. — Lucky comenta com um sorriso zombeteiro. — Fico feliz que esteja em alto-mar do jeito que queria. Mas, eu não esperava que você também quisesse.

— Virar um fora da lei não estava exatamente em meus planos de vida, mas... — Benn dá de ombros. — Não me parece tão ruim assim, ainda mais em uma era pirata.

— Parece destino, não? — Lucky olha para os dois homens sentados nos puffs ao seu lado. — Vocês dois escolherem ficar perto um do outro, mesmo com tantos lugares vagos.

— Realmente, uma grande coincidência, até parece que essa sala queria isso. — Yasopp percebe olhando para os cantos, desconfiado.

— Do jeito em que tudo está acontecendo, bem provável que ela queira mesmo. — Benn concorda facilmente.

— Então, vocês serão minha tripulação no futuro?! — Shanks toma coragem para falar, analisando os homens que estavam nem tão perto e nem tão longe de si.

— Não tem nada confirmado ainda, mas... é o que parece. — Yasopp olha atentamente o ruivo. O garoto parecia ser apenas alguns anos mais novo que ele próprio.

— Isso se você realmente for o capitão. — Benn olha desconfiado. Ele sabia que o ruivo era aprendiz de Gol D. Roger, o pirata mais perigoso de todos, mas ainda era uma criança ali. Era difícil de acreditar.

— Mas é claro que eu vou ser o capitão! — Shanks se ofende fácil. — E você não está me impressionando, não sei se fiz uma boa escolha no futuro.

— Eu posso dizer o mesmo, pirralho. — Benn sorri secamente. — Tudo o que fez até agora foi chorar por seu chapéu, não preciso de um capitão fraco assim.

— Oras! — Shanks fica sem reação e escuta Buggy segurar uma risada. — Eu não chorei, só reclamei um pouco, e isso não é justo!

— Vamos fazer assim: se você me impressionar nesse vídeo, eu confesso que estou errado e você terá meu total respeito desde agora. — Beckman propõe.

— E se eu não impressionar? — Shanks pergunta receoso, sua futura tripulação dependia dessa primeira impressão.

— Aí você me entrega esse seu chapéu. — O Beckman pede. — E o Yasopp também não fará parte da tripulação.

— Ei! Não decida por mim! — O atirador resmunga, mas fica quieto logo após, ele concordava com os termos.

— O que? Por que meu chapéu? — Shanks fica apreensivo. Era sua ligação tangível com seu capitão ali.

— Vou ter que deixar meu orgulho de lado para dizer que estou errado, no mínimo, você tem que fazer o mesmo. — Benn explica como se fosse óbvio. — Ou vai chorar com isso também?

— Eu não vou chorar! — Shanks senta novamente em seu puff virado para a tela, decidido. — Se prepara para pedir desculpas por isso também.

— Você é doido por provocar o garoto assim, não percebeu os olhares de toda a tripulação em você? — Lucky diz engolindo seco.

— O rei das trevas não gostou nada de como você falou com ele. — Yasopp concorda olhando de lado para o local, eles estavam conversando.

— Não estava prestando atenção. — Benn confessa, só se dando conta agora. — Mas eles não tem nada a ver com isso. Não vou seguir um garoto só porque essa sala diz que eu tenho.

— E você ainda me colocou na aposta. — Yasopp reprova. — Se a tripulação do Roger vier atrás da gente, eu mato você.

— Não seja dramático, não pode brigas aqui dentro da sala. — Lucky sorri.

— Também sou bom de briga! Meu soco é igual ao de uma pistola. — Luffy insiste enquanto socava o ar demonstrando o que falava.

— Isso é tão fofo. — Sora sorri maravilhada com o que assistia. Isso só lhe dava mais vontade de ter várias crianças para si.

— O jeito que ele estufa as bochechas com raiva é adorável. — Rouge concorda com a loira ao seu lado, com um sorriso genuíno no rosto.

— Ah, tá. Sei. — Shanks diz irônico ao mesmo tempo em que voltava a comer.

— Que tom de voz é esse? — O garoto grita com o ruivo.

— Ele fica bravo tão fácil, com uma simples provocação. — Shanks se diverte assistindo. — Parecemos ser bem próximos.

— É uma criança! Você e Buggy também ficam irritados quando os tratamos assim. — Gaban avisa sem se importar.

— Não ficamos, não! — Shanks e Buggy se defendem, e o primeiro continua. — E não somos crianças, âncora parece ser bem mais novo que a gente nesse vídeo.

— Já deu até um apelido para o garoto? — Crocus levanta uma sobrancelha. — Isso é o que eu chamo de se apegar a alguém rápido demais.

— Ele sempre foi do tipo sentimental. — Buggy suspira. — Isso não é nada pomposo, mas ele não me ouve.

— Te ouvir é a última coisa que eu vou fazer na vida, saiba disso. — O ruivo avisa o companheiro. — E âncora é o que está escrito na camisa dele, então...

— É? Você presta atenção demais nesse menino, isso seria a última coisa que eu olharia. — Crocus solta uma risada.

— Talvez você não tenha entregado seu chapéu, Shanks. — Rayleigh chama a atenção. — Mas ele pode usar um em sua homenagem do mesmo jeito.

— Ray-san! — Buggy choraminga. — Não deixe Shanks mais exibido do que ele já é com essa história.

— Eu não sou exibido!

— Você é novinho demais, Luffy. — Lucky morde a carne que estava em sua mão.

— Você tem a mesma idade do meu garoto. — Yasopp apoia.

— Não sou criança. Já sou adulto. — Luffy insiste.

— Isso! — Lucky dá um pulo de seu puff para comemorar. — Eu disse, não disse? Claro que eu disse!

— Como se alguém, além do Yasopp, duvidasse de quem o garoto é filho. — Benn sorri para a expressão surpresa que estava no rosto do homem loiro.

— Eu... eu realmente tenho um... f-filho. — O atirador fala devagar, sem de fato acreditar na notícia. — Eu me casei?

— Quem sabe? — Lucky dá de ombros para esse problema. — Você não precisa casar para ter filhos, sabe.

— Mas eu sou um pirata... será que ele está bem? Será que me odeia? — Yasopp começa a tremer com as possibilidades. — E se ele não tiver mais ninguém?

— Ele está bem, está na tripulação do chapéu de palha. — Benn leva a conversa a sério. — Agora, sobre te odiar... é um risco que você corre por ter esse sonho maluco.

— Isso não ajudou em nada! — Yasopp repreende. — Eu não sei se quero pensar nisso agora, é muita coisa para digerir de uma vez.

— Ótimo, podemos passar para o próximo tópico, que é: — Benn faz uma breve pausa, olhando diretamente para um dos homens ao seu lado. — Você está na tripulação com a gente.

— O que só prova o meu ponto, essa sala realmente uniu a gente mais rápido ou foi o destino. — Lucky fica pensativo. — Não há coincidência no mundo para explicar isso.

— Fico me perguntando como nos conhecemos, nunca saí de minha ilha em todos esses anos. E eu duvido que o garoto vá procurar pessoas no East Blue. — Yasopp tagarela.

— Vocês ouviram eles conversando, Roger-san foi executado em Loguetown, que fica no East. Ele poderia estar lá por essa ocasião. — Lucky oferece.

— Não sei se acredito nisso, Loguetown fica longe de minha ilha, e sem querer falar mal, mas não há nada para piratas lá. — Yasopp tenta explicar ao seu modo.

— Eu com certeza iria até o East Blue, piratas vivem de aventuras, ficar em um lugar só não me parece nada vantajoso. — Shanks se intromete na conversa.

— Aventuras? — Benn Beckman zomba da palavra ingênua usada. Piratas não pareciam nada daquilo para ele.

— É como eu chamo nossa trajetória, temos que conquistar todos os mares para sermos os mais fortes. — O ruivo se explica.

— Eu vejo o sentido nisso. — Lucky sorri para o garoto, talvez o ruivo realmente fosse alguém interessante.

— Então, você também está na aposta do Benn? — Shanks questiona o observando, estava levando tudo muito a sério.

— Pode apostar que estou. — Lucky responde rápido demais. — Mas realmente espero que ele esteja errado sobre você.

— Então somos dois!

— Não precisa ficar bravo! Aqui, tome seu suquinho. — Shanks diz quase rindo.

— Obrigado. — Luffy bebe o suco feliz, como se nem tivesse discutindo um minuto atrás.

— Viu? É uma criança. — Shanks começa a bater na mesa enquanto ria, fazendo um barulho alto.

— Quem diria que o Ruivotaro gostasse de deixar as pessoas constrangidas, de-gozaru. — O samurai ri ao assistir a interação dos dois.

— Confesso que esperava isso do Buggy, ou de qualquer outra pessoa, não do Shanks. — Rayleigh percebe divertido.

— Ei! Por que eu? — Buggy cruza os braços emburrado. — Só esperam o pior de mim, é sempre assim.

— Ele se tornou uma pessoa tão barulhenta. — Roger solta uma risada. — Gosto de saber que se soltou mais, Shanks.

— Eu gosto de provocá-lo. — O ruivo confessa meio tímido. — Pelo menos, é isso o que aparenta.

— Então é isso? Se conheceram em um bar de um lugar qualquer e viraram "amigos"? Pensei que tivesse uma história a mais. — Crocus indaga.

— Não seja tão impaciente, Crocus. O vídeo começou quase agora. — Gaban tenta o acalmar, sem muito sucesso.

— Shanks, seu chato. — Luffy grita ainda segurando o suco e todos do bar começam a rir.  — Não tem graça!

Mostra uma mulher jovem de cabelo verde e roupas simples, lavando a louça e olhando a interação com um sorriso carinhoso.

— Mas o que? — Garp exclama alto e surpreso com o que via. O pirralho do Roger ousou pisar em sua ilha? Não só isso, mas ousou pisar na sua preciosa vila? De todos os lugares...

— Será que é a mãe do garoto? — Roger pergunta tentando entender quem era a garçonete, e porquê estavam focando nela.

— Essa mulher... eu também já vi ela em algum lugar... — Shanks força sua memória, até que se lembra e vira rapidamente para a garota que chegou depois. — É você, não é?

— Sou eu... e esse é o bar da minha família. — Makino diz surpresa, mais para si do que para qualquer outra pessoa. Nem percebendo quem falava com ela.

— Então, isso significa... — Roger começa tentando processar as informações. Por que isso parecia tão absurdo? Era apenas uma garçonete em um bar.

— Significa que o teu pirralho está na minha ilha! Torce para ele estar vivo até o final desse vídeo. — Garp diz rispidamente. — E de preferência, deixe ele longe de Makino também!

— Cruzes, toda essa tensão é por causa disso? Pensei que era algo mais sério que eu não tinha percebido. — Roger respira mais aliviado.

— Estou falando sério, Roger. Não estou nem aí se o garoto é teu aprendiz, coloco ele no lugar rapidinho e você sabe disso. — Garp ameaça.

— Relaxa, Shanks só está em um bar com sua tripulação, não está fazendo nada demais. E ela não parece repudiar eles aí. — O futuro rei percebe.

— Está avisado! — Garp dá sua última palavra sobre, e se vira para a pequena garota sentada timidamente ao seu lado. — E o que eu já falei sobre piratas?

— Que em hipótese alguma eu devo chegar perto deles. — Makino responde o que sempre escutou do homem.

— Mantenha isso em mente. — Garp suspira alto novamente. Por algum motivo ele estava em alerta com o que aconteceria no vídeo, e não gostava nem um pouco disso.

— Você realmente é muito apegado a sua ilha, ainda quero saber o porquê. — Sengoku questiona quando percebe que o vice-almirante está mais calmo.

— Acho que já falei o porquê! — Garp olha rapidamente para seu filho e desvia para qualquer outro ponto da sala. — Minha família e amigos moram lá, não gostaria que nada acontecesse com eles.

— Com licença! — Um homem quebra a porta do bar e todos ficam quietos, olhando. Shanks volta a comer despreocupado.

— Agora começará a ficar interessante, finalmente, estava entediado. — Doflamingo sorri prestando mais atenção.

— E por que você acha que ficará interessante agora? Com a entrada desse homem? — Crocodile pergunta sem se importar com o assunto.

— Porque poderemos saber que tipo de pirata o ruivo será. — Mihawk responde pelo loiro. Ele concordava em partes com isso.

— Acham que esse homem irá bater de frente com ele? Seria burrice. — Crocodile defende o garoto. — Ele é um Pirata do Roger, não deve ser fraco.

— Ele é um ex Pirata do Roger, e pode muito bem ser fraco, aliás, e só um aprendiz sem nada a oferecer. — Doflamingo responde.

— E esse homem nem pirata é, não faz sentido o garoto ser tão ruim assim. — Crocodile insiste.

— E como você sabe que ele não é um pirata? — Rosinante tenta acompanhar a conversa deles, sem muito sucesso.

— Ter duas tripulações piratas em uma ilha protegida por: não apenas um marinheiro comum, mas entre todos eles, logo o Garp, o punho? É pedir para morrer. — Mihawk esclarece com uma certa irritação pela lerdice.

— Se o ruivo teve coragem... outros também teriam, não? — Corazon questiona timidamente, ele obviamente não estava sabendo lidar com esses piratas.

— O que só prova o meu ponto. — Crocodile cantarola, jogando em suas caras seu ponto de vista. — Se teve essa coragem, não é um pirata comum!

— Não dá para especular só com isso, acredito que teve toda uma história por trás desse dia, e ele pode nem saber que o vice-almirante mora aí. — Doflamingo defende.

— Nós só sabemos porque ele falou agora a pouco. Isso não deveria influenciar as atitudes futuras. — Mihawk concorda com o loiro novamente. — De qualquer jeito, vamos ter que assistir para saber.

— Que vídeo conveniente para vocês. — Crocodile revira os olhos. Ele não poderia ligar menos para que tipo de pirata o garoto seria, e mesmo assim, estava discutindo sobre.

— Eu diria que é para todos nós. — Mihawk cruza os braços, olhando sério para a tela, como se não quisesse perder nada.

— Então, é isso o que chamam de piratas? — O mesmo homem diz enquanto entra no estabelecimento. — Vocês me parecem bem idiotas.

— Esse cara está pedindo uma bela de uma surra. — Roger afirma. — Eu realmente espero que Shanks cale esse indivíduo, para ele nunca mais falar algo do tipo.

— Sabemos bem como você pensa, Roger. Nunca vira as costas para um inimigo, principalmente se ele provoca. — Rayleigh reviras os olhos carinhosamente.

— Sim, porque é o correto a se fazer! Vocês nunca verão eu fugir de uma luta, ainda mais se ela vier com caras desse tipo. — Roger fica inconformado com o assunto.

— É nessas horas que eu definitivamente não queria ser você, um passo errado e não será nada pomposo para o seu lado. — Buggy fala baixo para o companheiro.

— Como assim ser eu? Do que você está falando agora? — O ruivo questiona confuso. Ele havia perdido algo?

— Roger-senchō espera que seja um pirata igual a ele. Você se garante ao ponto de não estar preocupado? Eu estaria desesperado. — Buggy dá de ombros, com um quase sorriso maldoso.

— Eu... eu não tinha pensado nisso. — Shanks arregala os olhos se desesperando. — Ele verá como eu serei no futuro, e se... e se eu for...

— Pois é, ele pode se decepcionar muito. — Buggy garante. — E não esqueça que ainda tem a aposta com sua "tripulação", esse vídeo pode ferrar sua vida.

— Eu sei disso! Não precisa jogar na cara o que pode acontecer, não está ajudando em nada. — O ruivo afirma bravo com a discursão.

— E era para eu ajudar? Certo, deixe eu pensar um pouco... não quero. — O palhaço zomba. — Essa sala finalmente trouxe algo pomposo, vamos apenas apreciar.

— Eu já disse que detesto você?

— Seja bem vindo. — Makino recepciona.

— Nós somos bandidos, mas não viemos atacar seu bar. — O homem anuncia.

— A porta quebrada bruscamente diz exatamente ao contrário. — Makino fica irritada. — Espero que paguem por isso!

— Quem sabe assim você aprende o que acontece por deixar qualquer um entrar em seu bar. — Garp fala chateado.

— Garp-san, não seja assim! — A garota suspira. — Sabe que não posso ficar escolhendo clientes, principalmente em uma era pirata. Eu vou me cuidar bem.

— Seus pais realmente te ensinaram como comandar a taverna, não? — O marinheiro diz triste. — Tudo bem, não vou falar mais nada sobre o assunto, mas saiba que ainda me preocupo.

— Se você se preocupa tanto, por que não se livra dos bandidos da ilha? — Sengoku pergunta curioso, aguardando qualquer nova informação.

— Porque isso é trabalho dos guardas do reino, não tenho tempo para coisas tão simples, sabe disso. — Garp explica rápido.

A verdade era que ele não fazia nada por causa de Dadan, se ele prendesse todos os outros bandidos e só deixasse ela, as pessoas desconfiariam. Sendo assim, Garp preferia deixar esse problema para outras pessoas resolverem.

— Você precisa decidir se realmente quer proteger sua ilha ou não, os dois não dá. — O Almirante resmunga por causa da resposta curta.

— Queremos comprar uns dez barris de saquê. — O homem continua enquanto mostra vários homens adentrando o lugar.

— Me desculpe, mas estamos sem saquê no momento. — Makino avisa gentilmente.

— Eu imagino o porquê da briga, que tipo de bar não tem a porcaria do saquê? — Barba Branca se ofende com a simples possibilidade de acontecer isso com ele.

— É normal que o estoque acabe, Oyaji. Principalmente quando tem uma tripulação grande festejando-yoi. — Marco tenta ver a razão para aquilo.

— Isso não é desculpa! — Newgate revira os olhos, para depois focar diretamente em seu imediato. — Nossa tripulação é bem maior que a do pirralho, e nunca faltou nada.

Nesse momento, Marco e Vista trocam olhares nervosos, se lembrando de todas as vezes que eles próprios - ou qualquer outro irmão -, tiveram que dar um jeito para achar mais saquê barato pelas ilhas próximas, sem seu pai desconfiar.

— Claro, Oyaji! Não sei o que Marco estava pensando para falar algo assim, o saquê nunca... acaba. — Vista engole em seco, sorrindo amarelo.

— Isso mesmo, Oyaji. — Marco acompanha o falatório do irmão, nervoso. — O saquê nunca deveria acabar em um bar-yoi.

— Vocês devem pensar que eu nasci ontem. — Barba Branca olha de forma acusatória, mas decide por deixar o assunto morrer. — Filhos idiotas!

— Hã? Mas que engraçado. O que os piratas estão bebendo? É água, então? — O mesmo pergunta sínico.

— O que está servido é tudo o que tínhamos, desculpe. — Makino explica com cuidado.

Makino franze a testa, contrariada. Ela não tinha idade para chegar perto do bar em horário comercial, mas já vira várias vezes sua mãe organizando o estabelecimento de dia. Havia uma sala só com barris de saquê, como eles conseguiram acabar com tudo aquilo? O bar não suportava tantas pessoas assim. Onde ela estava com a cabeça quando pensou que dava conta? Será que o menino do cabelo vermelho obrigara ela a atende-los?

— Você virou um bêbado, Shanks! Como acabou com todo o saquê rápido assim? — Rayleigh repreende o garoto, esquecendo que ele não era tão criança no vídeo.

— Qual o problema de beber com minha tripulação? Você enche a cara sempre! — O ruivo argumenta rapidamente. Todos os grandes piratas que ele conhecia, bebiam.

— Não me chame de cachaceiro indiretamente, idiota. — Rayleigh reclama ao escutar seu capitão segurar o riso. — E isso não vem ao caso, não é porque eu bebo que você tem que beber.

— Mas... — O ruivo não completa a frase, não tinha argumentos para isso.

— Não seja um estraga prazeres, Ray! Deixe Shanks beber a vontade, ele já é bem grandinho para decidir o que quer. — Roger defende o aprendiz.

— Cadê a parte em que temos que dar bom exemplo e... — Rayleigh para de falar quando percebe o que estava tentando dizer. — Deixa para lá!

— As vezes você parece mais com uma mãe perdida do que com um pirata. — Roger afirma, achando graça do jeito emburrado que o Silvers ficou com o comentário.

— Foi mal aí. Parece que exageramos na quantidade. Desculpe. — Shanks levanta uma garrafa. — Se não ligar, pode ficar com isso, ainda está lacrada.

— E ele ainda pede desculpas para um cara qualquer desses. — Arlong estremece de raiva. — Não é como se realmente fosse resolver algo.

— Não é grande coisa, ele só está tentando evitar o problema inicial da bebida. — Fisher Tiger o responde. — Talvez, até mesmo evitando uma briga no bar da moça.

— Mas não é evitando o problema que resolvemos eles, deveria saber disso muito bem. — Arlong resmunga. — Odeio quando somos obrigados à abaixar a cabeça.

— Arlong... — Fisher Tiger percebe que isso não tinha nada a ver com o garoto ruivo e o saquê, o homem-peixe mais novo estava reclamando sobre outra coisa.

— Temos força o suficiente para mudar as coisas, e mesmo assim, pedimos desculpas por algo que eles fazem. — Arlong não deixa o mais velho falar.

— Vamos mudar isso, vamos conseguir fazer todos assinarem as petições para as melhorias de relacionamentos inter-espécies, e... — Otohime começou esperançosa, não desistiria tão fácil.

— Ah, claro. Petições! — O homem peixe zomba da sereia. — Isso com toda a certeza resolverá nossos problemas.

— Quando tivermos o suficiente, sei que o Governo Mundial não poderá nos ignorar. Até lá, temos que aguentar um pouco. — Otohime vacila ao olhar para o homem-peixe.

— Aguentar um pouco? — Arlong ri seco. Como ela conseguia ser ingênua assim? Ele não conseguia acreditar em uma coisa dessas. — Deixe-me dizer uma coisa, Hime!

— Arlong, deixe isso para lá! — Jinbe interfere, sabendo como o companheiro ficava quando falavam sobre o assunto.

— Enquanto você fica fazendo palestras que não levam a lugar algum no alto da ilha, existe pessoas no distrito sendo sequestradas e escravizadas pelos seus "adoráveis" e "bondosos" humanos. — Arlong cospe as palavras, ignorando o futuro shichibukai.

— Arlong, chega! — O rei Neptune manda, irritado pelo rumo que a conversa estava tomando. — Não precisamos falar sobre isso agora.

— Como queira, rei-sama. — Arlong cruza os braços. Era óbvio que o rei interferiria, era ele que mantinha as diferenças de classes e mandava os homens-peixes para o distrito escuro como isca.

O bandido dá um soco na garrafa, fazendo-a quebrar em Shanks. Makino e Luffy se assustam, e a tripulação fica séria, olhando atentamente.

— Minha cabeça vale oito milhões de berries. Uma garrafa não é o suficiente. Não tire com a minha cara. — O homem avisa ao mesmo tempo em que mostra Shanks ensopado, pingando.

— É agora, Ray! Shanks irá dar uma bela surra nesse bandido e mostrar quem manda. — Roger agarra o braço do imediato e o chacoalha ansioso. — Tem que ser agora!

— Já entendi, já entendi. Tem que ser agora. — Rayleigh tenta soltar seu braço do aperto forte com uma careta em seu rosto, estava o machucando.

— Não parece que Shanks irá reagir. — Gaban diz confuso, mas se cala ao ver o olhar do imediato. — Quer dizer, é claro que ele vai, é o Shanks afinal.

— Idiota! — Crocus revira os olhos para a conversa. Era muito melhor prestar atenção do que ficar nervoso sem sentido.

— Você foi humilhado. — Buggy avisa, ainda surpreso com o que acabou de ver. — O bandido está te humilhando e você está quieto.

— Eu estou vendo, não precisa narrar para mim. — Shanks diz nervoso. Por que ele não estava reagindo?

— Não estou narrando para você, e sim para mim! — Buggy responde. — Eu sei que somos acostumados a não lutar, mas isso aí já é demais. Cadê a honra e o orgulho, Shanks?

— Eu vou reagir...? Eu tenho que reagir! Só espere um pouco. — O ruivo tenta soar confiante, falhando nisso.

— Nunca vi ninguém se vangloriar com uma recompensa dessa antes. — Sengoku não entende a atitude. — É muito baixa.

— É a minha ilha! Não vou deixar ninguém perigoso andando por aí. — Garp afirma. — E é o East Blue, não tem gente muito perigosa nesse mar.

— É, talvez.

— Está tendo uma briga em meu bar. — Makino fica angustiada. — E se eles acabarem com o meu bar? Garp-San...

— Acho que agora não é uma boa hora para dizer: "eu te avisei". Então, eu vou só... — Garp traz a garota para mais perto, tentando passar algum conforto enquanto a abraça.

— Você nunca me tratou assim. — Dragon provoca seu pai, falando baixo para não ouvirem. — Mas um pouco e eu acredito que você sempre quis uma menina.

— Bem, você nunca foi a Makino. — Garp retruca de volta. — E você sabe muito bem que fiz tudo que estava ao meu alcance, você que me traiu, seu ingrato!

— Relaxa, eu só estava brincando. — Dragon sorri levemente. — Meu destino nunca foi ser um marinheiro, no fundo você sabe disso.

— Você era perfeito para ser um fuzileiro naval. — Garp balbucia. — Mas não vou insistir mais... O que você planeja, então?

— Como se eu fosse te dizer.

— O chão está encharcado. Sinto muito, Makino. — O ruivo ignora o homem e começa a pegar os vidros do chão. — Tem um pano, aí?

— Pode deixar que eu limpo. — Makino diz olhando por cima do balcão.

— Eu disse que ser um aprendiz nessa grande tripulação não significava muita coisa. — Doflamingo sorri arrogantemente.

— Odeio concordar com você, mas isso está me dando náuseas só de olhar. — Crocodile balança a cabeça. — Pessoas fracas que abaixam a cabeça assim...

— Pelo menos sabemos a resposta para aquela discursão. — Doflamingo comenta. — Eu estava certo, ele não é nada para nos preocuparmos.

— A tripulação do Roger irá acabar em breve, e uma nova era irá começar, onde nós estaremos no topo. Alguns mais que outros. — Crocodile se delícia com a frase.

— Como se eu fosse ficar abaixo de você, isso só pode ser piada. — Doflamingo estreita os olhos na direção do outro homem.

— Vocês dois estão errados. — Mihawk intervém a quase briga. — O vídeo ainda não acabou, o ruivo pode surpreender.

— Pensei que você concordasse que o pirralho do Roger fosse fraco. — Crocodile revira os olhos. O espadachim sempre tentava dar a última palavra.

— Isso era antes de ver o que eu vi. — Mihawk desvia seu olhar para o usuário da Suna Suna no mi. — Se vocês prestassem mais atenção, também veriam.

— O pirralho está sendo humilhado e a tripulação apenas assiste seu capitão afundar. O que mais tem para ver nisso? — Crocodile pergunta, mas fica sem uma resposta.

Mihawk apenas se arruma em seu puff, ignorando a existência dos outros dois futuros shichibukais ao seu lado. Ele não estava ali para explicar nada pra ninguém.

//

— Ele não quer destruir o meu bar, fico mais aliviada com isso. — Makino sorri ao ver o homem pegando os cacos de vidro. Talvez o garoto não fosse tão ruim igual Garp-san estava dizendo.

— Vocês parecem bem próximos. — O marinheiro diz à contragosto, se referindo à como eles conversavam, como se fossem conhecidos a tempos.

— Talvez não seja a primeira vez que ele vem ao bar, pode ser um cliente antigo. — Makino responde sem perceber o que se passava na cabeça do mais velho.

— Um cliente antigo... — Garp percebe que o ruivo estava bem próximo do garoto, da Makino, e se apostasse, ele diria que estava próximo das pessoas da vila também. — Quanto tempo ele está aí? E por que logo aí?

— Levando em conta que estamos nessa sala por um motivo, eu diria que você tem algo que o pirralho do Roger queira. — Sengoku responde sem saber ao certo.

— Ou ele esteja aí para falar comigo. — Garp desvia do assunto. A única coisa que ele poderia querer, talvez, seria alguma informação sobre o próprio Roger. — Talvez queira falar sobre a execução.

— Vai saber... — Sengoku massageia as têmporas, cansado.

Makino corre para dar a volta segurando um pano, mas para e fecha os olhos ao escutar algo quebrando.

— Gosta de limpar, é? Olhe, tem mais trabalho para você. — O homem aponta a espada na direção do ruivo. Ele tinha jogado tudo que estava sob o balcão no chão.

— Eu não acredito que quando finalmente vou atrás do meu sonho isso acontece. — Yasopp diz decepcionado.

— Nós somos um bando de perdedores! Como deixamos isso acontecer com o capitão? — Lucky abaixa a cabeça.

— Por que essas caras? O vídeo ainda não acabou. — Benn dá de ombros. Não iria se abalar por tão pouco tempo de tela, ele nem havia entendido o que estava acontecendo direito.

— Se vou deixar tudo o que tenho para trás, tem que valer a pena! E não é exatamente isso que está acontecendo. — Yasopp se revolta consigo mesmo, frustrado.

— Bom, agora eu sei porquê essa sala maluca quer que mudemos o futuro. — Roo diz a contragosto. — Não é assim que deveríamos agir.

— Ninguém fica tão calmo, quieto, em uma situação dessas, está acontecendo alguma coisa. — Benn estreita os olhos para a tela. O que ele não estava percebendo?

— Por que está o defendendo? Você fez até uma aposta sendo contra tudo isso. — Yasopp gesticula com as mãos, como um tique-nervoso.

— Eu... eu não sei. — Benn diz simples. — Não é porque eu não o respeito agora que um dia eu não irei. Digo, deve ter um motivo para escolhermos seguir ele.

— Eu estou torcendo para ter!

A tela mostra Shanks caído no chão, apoiado em um banco, sujo de saquê e comida.

— Sem bebida, não temos o que fazer aqui. Vamos. — O bandido diz saindo do estabelecimento. — Até mais, seus covardes.

Shanks fecha os olhos com força, de todas as coisas que poderia acontecer com ele, por que logo isso? Ele abre os olhos devagar, observando em volta. Roger estava com a postura reta, olhando pra a tela, provavelmente decepcionado com aquele ruivo do futuro. Seus tripulantes - se ele ainda podia chamar assim - estavam com o olhar em qualquer canto da sala, evitando o contato direto. Shanks não queria olhar para Buggy, sabia que ele estaria pronto para fazer qualquer comentário idiota sobre.

— Eu acho que você deveria dizer algo. — Rayleigh cutuca seu capitão ao falar baixinho. — Shanks precisa saber que está tudo bem.

— E está tudo bem? — Roger pergunta sério. — Sinceramente, não acho que palavras de pena vão ajudar em algo. Ele precisa entender sozinho o que está acontecendo.

— Você... não está nervoso, está? — Gaban pergunta com cuidado. Seu capitão sempre era uma caixinha de surpresas.

— Depende do que exatamente você está perguntando. — Roger aperta os punhos. — Com Shanks? Por ele ter seus próprios princípios? A resposta é não.

— Mas então po...

— Com esses desgraçados? Por ousarem fazer o que estão fazendo? Talvez. — Roger responde ainda mal-humorado.

— Roger...

— Eu só não entendo, Ray. Eu sei que Shanks pode acabar com isso na hora que quiser, mas ele está escolhendo apanhar por algum motivo que não consigo entender. — Roger continua irritado.

— Eu sei, isso é frustrante. — Rayleigh afirma com um suspiro. — Ele sempre vai ser o nosso garoto, mas querendo ou não, ele cresceu e toma as próprias decisões agora.

— É, eu não sei se gosto disso também. — Roger resmunga mais para si. Era muito mais fácil lidar com Shanks agora, que o seguia sem pensar duas vezes.

— Você deveria bater neles, Ruivotaro! Pessoas fortes não apanham sem um motivo, de-gozaru. — Oden reclama com o garoto.

— Eu não sei porquê estou apenas apanhando sem retrucar de volta. — Shanks se encolhe. — Eu não queria que vocês vissem isso.

— Pois eu acho muito necessário assistir isso. — Buggy sorri.

Luffy se treme de raiva ainda sentado no banco, e a tripulação continua séria, olhando.

— O clima ficou tão pesado. — Robin se encolhe. Era como se ninguém soubesse o que fazer, o ruivo era aprendiz de um dos maiores piratas que esse mundo já teve, ninguém queria falar algo desnecessário.

— Nosso super capitão não parece ter gostado muito, mana. — Franky concorda com a companheira. — Ou  apenas ficou com medo pelo o que aconteceu.

— Luffy não parece ser do tipo que sente medo. — Robin olha fixamente para a tela. O futuro capitão dos chapéus de palha parecia ter algo muito sério para falar. — Mesmo aí, enquanto criança.

— Está tudo bem? Não está machucado, capitão? — Makino pergunta ao se agachar na altura do ruivo, tentando limpa-lo com um pano.

— Estou bem, sim. Não se preocupe. — Shanks banaliza com a cabeça ainda baixa.

— Capitão? — Garp repete surpreso. Nem havia pensado na possibilidade do garoto querê-la em sua tripulação, era uma ideia absurda.

— Acho que é o jeito que ela o chama, justamente por ser um capitão. Não porque é o dela. — Sengoku descarta fácil.

— É a única forma possível! — Garp garante com raiva. — O garoto seria muito idiota se fizesse o contrário, ainda sabendo que é a minha menininha.

— Isso não muda o fato de que eles são bem próximos. — Sengoku acusa rispidamente. — Ela não deveria o tratar assim, é um pirata.

— Não me lembra disso.

— Capitão. — Buggy afina a voz, tentando imitar o jeito que a mulher havia dito, piscando os olhos de forma exagerada.

— Ruivotaro arrumou uma namorada. — Oden provoca, puxando a bochecha do garoto. — Eu consigo sentir o clima de vocês daqui, de-gozaru.

— Vocês dois não enchem! — Shanks manda meio corado e meio zangado. — Ela só ficou preocupada pela briga no bar dela.

— É fofo o jeito que você defende ela. — Gaban entra na brincadeira. Deixar Shanks bravo era tão fácil. — Quem sabe assim ela realmente te dê alguma moral.

— Fiquem quietos! — O ruivo manda envergonhado. Ela estava sentada bem ali, era óbvio que estava ouvindo o que eles estavam fazendo questão de berrar aos quatro ventos.

— Deixem Shanks em paz agora, sim? — Rayleigh manda após ver que o desconforto do garoto foi além. — Vocês podem continuar essa conversa depois.

A tela dá um zoom no rosto sério do ruivo, sem mostrar os olhos. E então, ele sorri. A tripulação toda começa a dar risada e a fazer o mesmo barulho de antes.

— Ele realmente apanhou porque quis. — Roger suspira enquanto massageava suas têmporas. — Esse garoto ainda vai me matar do coração.

— Quem sabe Shanks seja masoquista. — Rayleigh oferece a opção. Ninguém nunca conhecia cem por cento alguém.

— Eu não vou descansar até saber o porquê disso tudo. — Roger afirma ainda muito sério. — Preciso de uma explicação para esse comportamento.

— Por que estamos rindo? — Yasopp se indigna com o que vê. — Somos estúpidos ou algo do tipo? Não acredito nisso.

— Algo que a gente não sabe está acontecendo, calma! — Benn pede novamente. — Se estressar com isso não vai mudar nada.

— Reclamar é de graça. — O atirador resmunga, tremendo a perna com força. — Se é de graça eu vou fazer até não poder mais.

— Como queira. — Lucky Roo acha graça do companheiro. — Mas também não acho que seja o melhor a se fazer agora.

— E só piora. — Shanks choraminga, sua frustração voltando com força. — Por que estou rindo disso? Eu não deveria estar agindo assim.

— Sabe, ao meu ver... — Makino se vira para o ruivo, timidamente. — Quem consegue sorrir em uma situação igual a essa é muito mais corajoso que alguém normal.

— Você acha isso mesmo ou está apenas tentando me consolar? — Shanks pergunta, deixando escapar um pequeno sorriso.

— Acho que vou deixar isso em aberto. — Makino dá de ombros, retribuindo o sorriso. — Obrigada por não brigar em meu bar, ele é importante para mim.

— Mesmo não entendendo minhas ações, tenho certeza que fiz o que achei certo. — Shanks descarta o agradecimento.

— Certo... — Makino se vira para a tela novamente. Garp não gostaria de vê-la conversando com um pirata.

— E depois não quer ser zoado. — Buggy estreita os olhos para o companheiro. — Disfarce melhor da próxima vez.

— Cala a boca!

— Acabaram com você, chefe. — Yasopp quase não consegue dizer por conta da crise de risos.

— Te fizeram de idiota! — Lucky diz rindo igualmente.

Volta para Shanks rindo tanto quanto seus companheiros e Makino tentando o limpar.

— Certo, estou começando a entender o que o Benn quer dizer. — Yasopp diz confuso. — Agir assim não faz sentido.

— Finalmente! Estamos tranquilos demais para a situação. — Benn revira os olhos. Aquilo não era algo comum. — Demorou para perceber.

— Eu estava irritado... ainda estou, na verdade. — O atirador explica seu lado. — Somos uma tripulação diferente pelo o que parece.

— Coloca diferente nisso! — Lucky concorda rapidamente. — Ninguém aqui gostou muito do que acabamos de ver.

— O nosso futuro capitão parece frustrado. Fica olhando toda hora para cá. — Benn repara. — Além de ficar observando o próprio capitão.

— Acho que não é um bom momento para ele, não deve estar entendendo nada. Nem a gente está entendendo. — Lucky diz solidário.

— Eu só quero que esse vídeo acabe. — Yasopp olha para o teto, tentando se distrair para qualquer outra coisa.

— Odeio isso. — Crocodile franze a testa. Os olhos de falcão estava certo. De novo! — Como você consegue ser assim, hein?

— Gosto de prestar atenção aos mínimos detalhes, fazem toda a diferença. — Mihawk responde sem se dar o trabalho de olhar para o homem.

— Você é a pessoa mais tediante que conheço. — Doflamingo afirma sem pensar duas vezes. — Perde toda a graça fazer do jeito que você faz.

— Que eu saiba, não estou tentando ser engraçado.

— Por que estão rindo? — Luffy se revolta e todos param de rir. — Isso foi de dar vergonha. Por que não lutaram? Mesmo que sejam muitos e pareçam fortes, quem faz isso não é homem, nem pirata.

— Pelo menos o pequeno Luffy concorda comigo. — Roger sorri para a tela. Talvez seu humor voltasse a ficar bom novamente.

— Não sei se é bom ter uma mentalidade igual ao de uma criança. — Rayleigh brinca com seu capitão, tentando o relaxar.

— Há, há! Muito engraçado, Ray. — Roger diz ironicamente, revirando os olhos pelo comentário ridículo.

— Desculpe, Roger-senchō! Eu não devia estar agindo assim. — Shanks se manifesta quando não aguenta mais esperar.

— Shanks, você não precisa pedir desculpas por nada. — Roger foca sua atenção no garoto. — Você já é adulto e toma a próprias decisões.

— Então por que parece que você está chateado comigo? — O ruivo pergunta desesperado. Ele não estava entendendo mais nada.

— Acho que é porque percebi que você não é uma pequena cópia de mim. — Roger confessa. — Mas isso não é ruim! Gosto de saber que você age como quer.

— Sempre bom saber que apanhou porque quis, não porquê é fraco. — Rayleigh tenta mostrar a parte boa da situação.

— Não está ajudando, Ray. — Roger garante com um sorriso mais aberto. — Não do jeito que você acha que está.

— Então estamos bem? Você não vai me expulsar da tripulação, vai? — Shanks questiona curioso. Nem havia passado essa possibilidade pela cabeça, mas quando perguntou ficou preocupado.

— De onde você tirou isso? — Roger franze a testa, sem entender. — Que ideia mais absurda! Nunca mais fale algo do tipo.

— Até entendo como se sente, mas só jogaram bebida em mim. Não precisa ficar bravo. — Shanks explica.

— Não quero saber. — Luffy cruza os braços de um jeito birrento e vira de costas.

—  jogaram bebida. — Rei Doldo repete franzindo a testa, confuso. — Isso é uma coisa séria, uma humilhação.

— Ele parece não ligar muito para isso. — Rei Cobra dá de ombros. — Não me parece do tipo orgulhoso, decidiu que não valia a pena.

— Mas todos os piratas são orgulhosos. — Rei Doldo não entende o que o outro quis dizer. — Tipo, eles precisam ser orgulhosos.

— Pode até ser, mas ele não está demonstrando ser assim, não com apenas isso pelo menos. — Rei Cobra palpita.

A tela volta para Shanks colocando seu chapéu de volta na cabeça e trocando olhares com Makino. Até ele ouvir um barulho e se virar para Luffy.

— Agora eu entendi porque Garp ficou tão incomodado com Shanks. — Roger sorri. — É uma mulher bonita, atraente, tem bom gosto.

— De fato é! — Rayleigh acompanha o sorriso. — Isso dará problemas, de todas as mulheres, logo essa que ele quer mexer.

— Vocês sabem que eu consigo ouvir tudo o que vocês falam, certo? — Garp revira os olhos. — Mantenha esse delinquente longe de Makino!

— Eu entendi da primeira vez que você falou, ela é como uma filha e blá, blá, blá! — Roger se diverte. — Não acha que eles podem ou não decidirem o que querem?

— Acha que eu nasci ontem, Roger? Eu sei muito bem o que piratas da laia de vocês fazem. — O marinheiro se estressa. — enganam mulheres ingênuas a cada porto que passam.

— Nós sabemos aproveitar a vida. — Roger corrige o homem. — E eu não engano ninguém, todo mundo é adulto e sabe o que faz.

— Claro, vocês são homens decentes. — Garp revira os olhos novamente. — Eu aposto que esse pirralho já tem várias crias largadas pelo mundo. É só olhar pra ele.

— É realmente isso que você acha que fazemos? — Roger faz uma careta. — Somos piratas, não temos tempo para criarmos ninguém, pertencemos ao mar.

— Diga isso para o seu filho do futuro. — Barba branca provoca. — Ele é muito parecido com você, tem que admitir isso.

— Muito parecido! Sem contar que isso seria um motivo para Shanks ser próximo dele. — Rayleigh concorda com o futuro yonkou.

— Esse garoto não é filho do Roger. — Garp nega rapidamente, com um sentimento ruim se apossando dele.

— Viu? Por isso nós nos damos tão bem, Garp! — O futuro rei dos piratas afirma. — Concordamos até nisso.

— Você está pedindo por um surra aqui dentro dessa sala. — Garp cospe as palavras com raiva, fechando os punhos.

— Descontando na comida? — Shanks brinca.

— Não enche! — Luffy continua a comer.

— O que está comendo? — O ruivo se assusta.

Luffy engole e olha com medo para Shanks.

— É o que estava no baú? Comeu o que estava no baú? — Shanks pergunta sério enquanto se aproximava.

— É. — Luffy concorda.

— Por que alguém guardaria comida dentro de um baú? Tem outros lugares para manter a comida longe de crianças-yoi. — Marco fica sem entender.

— Eu acho que não é uma simples comida que tem dentro do baú, Marco. — Vista opina para o irmão. — Mas isso não explica o porquê levaram para o bar.

— Uma Akuma no mi. — Marco percebe surpreso. — O que uma fruta do diabo estaria fazendo no East Blue? A maioria fica na Grand Line.

— E por que logo o garoto do Roger estaria atrás dessa fruta? Eles são conhecidos por serem uma tripulação sem usuários. — Izo comenta.

— Devem ter achado por acaso. — Vista dá de ombros. — E eles tem um usuário a bordo, o outro aprendiz, do cabelo azul.

— Ah, as vezes eu me esqueço disso. — Izo se escolhe. — Acho que saímos muito do assunto principal: O garoto comeu a fruta.

— Acho que não tenho muito a falar sobre isso. — Marco sorri. — Pelo menos agora sei como o garoto virou de borracha.

— Tudo porque comeu algo que estava largado em cima do balcão. Quanta irresponsabilidade com a fruta. — Vista dá risada.

— Essa fruta é ridícula. Quem quer perder a chance de nadar para ser de borracha? O garoto deve se arrepender muito disso. — Izo opina.

— Não sei, ele sabe usar a fruta muito bem-yoi. — Marco diz empolgado. — Ele é fortão, lembram do vídeo certo? A recompensa dele é: uau.

— Acho difícil esquecer algo grande desse jeito.

— Cuspa! Cuspa agora mesmo! Bote tudo para fora! — O ruivo pega o garoto de ponta cabeça e começa a balançar.

— O que você está fazendo, Shanks? — Luffy pergunta ainda assustado. Até que seu corpo estica, bate a cabeça no chão e depois de um tempo, volta igual uma mola. — O que foi isso?

— Você tem satisfação em fazer pessoas comerem frutos do diabo? — Buggy pergunta raivoso. — Qual o seu problema?

— Eu não fiz ele comer nada! Comeu porque quis. — Shanks se defende. — Estava dentro de um baú. Quem come comida dentro de um baú? É sujo.

— Uma criança que não sabe o que diabos é uma akuma no mi. — Buggy defende Luffy. — Você é inacreditável!

— Quando você vai superar o incidente com a Bara Bara no mi? — O ruivo pergunta cansado. — Eu já pedi desculpas por aquilo.

— Desculpas não vão fazer eu nadar novamente. — Buggy choraminga. — No mínimo, você precisa nadar para pegar todos os tesouros do fundo do mar para mim.

— Eu não vou pegar porcaria nenhuma para você, se vira. — Shanks cruza os braços com raiva. — Eu vou pegar para mim.

— Você nem ouse tentar chegar perto dos meus tesouros, idiota. — O palhaço xinga. — Você é a pessoa menos pomposa que conheço.

— Céus, olha como ele está segurando a criança. — Toki faz uma careta enquanto aperta Hiyori mais forte. — Ele acabou de comer, vai colocar tudo para fora.

— Acho que essa é a intenção dele. — Rouge se diverte. — Embora acredito que colocar para fora não irá funcionar, ele já comeu, já foi.

— Exatamente, não precisa forçar. — Toki concorda fácil. — Mas eu entendo, ficaria desesperada se algum filho meu comesse uma fruta por acidente.

— Ainda mais se fosse a gomu gomu.

— Você comeu a Gomu Gomu no Mi! — Shanks explica ao mesmo tempo que levanta Luffy para ficar na sua altura. — É um fruto do diabo e seu corpo se tornará de borracha. E agora, nunca mais poderá nadar!

A tela mostra a entrada do estabelecimento, "Paty's Bar" escrito em cima da porta.  

— É mentira! — Luffy grita

— Seu idiota! — Shanks grita de volta.

— Eu reformei a parte de fora do bar. — Makino diz animada. — Acho que combinou com ele. O que você acha?

— Eu acho que está muito bom, você está fazendo um bom trabalho, Makino. — Garp concorda fácil com a garota.

— Esse é o seu famoso bar? Eu já fui lá uma vez. — Dragon conta após ouvir a conversa. — Acredito que foi sua mãe que me atendeu.

— Sério? Ela era a dona, meu pai trabalhava em outra coisa. — Makino sorri com a lembrança. — Ela era a melhor no que fazia, não era?

— Sim, ela sabia manter o negócio. — Dragon afirma, tentando animar a garota. — Tenho certeza que você vai ser tão boa quanto ela.

— Obrigada. Eu vou tentar. — Makino sorri satisfeita pela resposta que recebeu.

— Uma vez Shanks, sempre Shanks. — Gaban percebe. — Até adulto continua com esse jeito de idiota despreocupado.

— Eu não sou um idiota despreocupado. — O ruivo retruca. — Você é outro que adora pegar no meu pé, Gaban-san.

— Acho muito satisfatório. — Scopper afirma rapidamente. — Você parece um pai dando bronca em seu filho.

— Luffy deve ser importante para mim. — Shanks dá de ombros. — Eu realmente gosto dele, não quero que nada lhe aconteça.

— Você se apega rápido demais às pessoas. — Crocus balança a cabeça negativamente. — Então, o vídeo acabou?

— Não sei, a tela ficou escura mas não está subindo para seu lugar. — Gaban constata o que vê. — Acho que ainda tem mais alguma coisa.

O bar todo bagunçado com vários objetos quebrados.

Makino correndo com a respiração alta.

— Isso já é em outro dia? — Smoker pergunta confuso. — Ou acabou tendo uma briga no bar? Será que aqueles homens voltaram?

— Difícil dizer o que aconteceu. — Aokiji reponde o jovem. — Mas acredito que o bando do ruivo já tenha ido embora, não parece que eles iriam brigar nessa ilha.

— Meu bar... — Makino suspira em desaprovação. No fundo sabia que ele iria ser quebrado por encrenqueiros uma hora ou outra.

— Estão atrás de você? Por que você está tão desesperada? — Garp pergunta preocupado. — Eu não estou gostando disso.

— Ela não parece estar sendo perseguida por alguém. — Dragon avisa seu pai. — Talvez esteja apressada para algo.

— Sim, para chamar ajuda, obviamente. Alguma coisa grave aconteceu em seu bar. — Garp não muda de ideia.

— Não vamos descobrir até assistir.

Luffy sendo jogado contra a parede.

— Eu estava bebendo na maior paz. — O homem diz se aproximando. — O que quer, moleque?

— Droga! Desculpe-se por ter feito o Shanks de idiota. — Luffy diz enquanto limpa o nariz de sangue.

— O garoto foi arrumar briga com os bandidos no lugar do Shanks. — Roger recua. Ele nunca fugia de uma briga e aprovava essa ideia, mas era uma criança sem defesa ali. — Que coragem.

— Se eu tivesse feito alguma coisa naquele dia, não traria tantos problemas para eles. — O ruivo lamenta triste.

— Não tinha como você saber que os bandidos voltariam para arrumar confusão com eles. — Rayleigh tenta o motivar.

— Até o Âncora está falando que agi como um idiota, uma criança sabe e eu não. — Shanks insiste no assunto, chateado.

— Ei, o que você falou é muito válido. Brigar só porque eles jogaram bebida em você não é motivo, você não queria causar no bar. — Gaban apoia o imediato.

— O garoto parece ter levado uma surra. — Crocus lembra os companheiros. — Está saindo sangue, o que não deveria já que ele é de borracha.

— Isso explica o bar todo quebrado, a confusão começou lá. — Roger comenta simples. — Me pergunto se mexeram com a garota do Garp também.

— Ela podia estar fugindo.

Makino correndo desesperada.

— A sala está mostrando duas coisas acontecendo ao mesmo tempo. — Vista percebe, orgulhoso. — Só precisamos entender o que se passa com a dona do bar.

— Sabemos que todos os bandidos estão envolta do mugiwara. — Marco afirma. — Ela deve estar procurando por ajuda mesmo-yoi.

— Ou no pior dos casos, procurando o garoto por ela mesmo. — Izo faz uma careta com a possibilidade. — Eu espero que ela não faça isso, ainda mais sozinha.

— Ela não parece ser do tipo que sabe lutar. — Vista concorda rápido, descartando a ideia. — Prefiro a versão do Marco.

— Mas não é só porque preferimos uma coisa que ela realmente vai acontecer. Ela tem cara de ser bem corajosa. — Marco suspira derrotado.

— Esse vídeo está me trazendo muitas emoções. Não sei se vou aguentar até o final dele. — Izo confessa tremendo a perna esquerda.

— É estranho. — Vista percebe com uma careta em seu rosto. — O chapéu de palha nem nasceu e nós já sentimos empatia.

— É o que acontece quando conhecemos alguém a fundo-yoi.

— Fiz algo para te deixar nervoso assim? — O bandido pisa no rosto do garoto.

— Fez. Peça desculpas. — Luffy grita sem se abalar.

— Que horror, ele está torturando o Luffy-san. — Rouge fica aflita. — Não sei se consigo ver isso com uma criança.

— Vamos levar em consideração que provavelmente ele não esteja sentindo dor. — Shakky tenta a acalmar. — Ele parece bem firme, é de borracha.

— Avisa isso para o corpo dele, está todo machucado, com sangue saindo das feridas. — Toki diz angustiada, aquilo era pura maldade.

— Pode até ser, mas o garoto realmente não parece se importar com isso. Seu rosto nem treme. — Shakky aponta para a transmissão.

— Se eu tivesse que adivinhar, diria que o garoto foi atrás dos bandidos. — Rouge suspira. — É a cara dele, um garoto-problema.

— O que só me deixa mais curiosa. — Toki franze a testa, confusa. — Luffy-san não tem pais, não? Ele vive no bar com a garota?

— Pelo jeito, ela é a responsável por ele. — Shakky analisa com cuidado. — Deve trabalhar de babá ou algo do tipo.

— Se ela fosse a babá, nunca deixaria a criança entrar no bar. — Rouge afirma. — Mas se bem que, estava de dia, certo? Só havia a tripulação do Shanks-san lá.

— Mas os bandidos entraram no estabelecimento, então estava aberto. — Sora descarta, abanando a mão. — Talvez ela seja a mãe, muitas pessoas engravidam cedo.

— Estou quase acreditando nessa possibilidade mesmo. — Toki suspira com um sorrisinho. — Sem dizer que ela não seria tão jovem assim.

— Acho que ela está na casa dos vinte e poucos. — Sora concorda rápido. — Precisamos saber a idade dele para afirmar se ela é a mãe ou não.

— Senhor prefeito! — Makino abre a porta e chama por ele. Os dois começam a correr.

— O prefeito é um bom homem, ele vai saber o que fazer. — Garp aprova mais aliviado. — Espero que chame alguém eficaz para pará-los.

— Por que eu sinto que essa parte foi cortada? Como se tivesse uma conversa entre os dois. — Sengoku desconfia.

— É bem provável que tenha mesmo, mas não foi mostrada porque não deve ser importante. — Garp descarta fácil.

— Não sei se gosto da ideia de não receber a informação inteira. — Sengoku opina para o companheiro.

— Makino deve ter contado o que aconteceu, não precisamos ver coisas repetidas. — Garp descarta novamente.

— Se você diz...

— O que esse homem pode fazer? — Shanks chia desesperado. — Ele é velho! Eu deveria estar na vila para resolver isso.

— Não precisaria se tivesse resolvido o problema antes. — Buggy dá de ombros, sem se importar com o assunto.

— Muito reconfortante, uau! — Shanks revira os olhos para o palhaço. — Eu nem sei porque ainda te escuto.

— Sem drama, Shanks! — O palhaço apoia a cabeça em seu braço, entediado. — O garoto vai ficar bem, você viu ele adulto, não viu? Relaxa.

— Isso não me interessa. — O ruivo bate o pé. — Esse homem está batendo nele e as pessoas da vila não estão fazendo nada para ajudar.

— Esse cara deve ser o mais forte da ilha, por que as pessoas mexeriam com ele por esse garoto? Não faz sentido. — Buggy avisa.

— Exatamente por isso que eu deveria estar aí é não deixar nada acontecer com o Âncora! — Shanks rebate. — Você só reforçou meu ponto.

— Você é impossível.

A tela muda novamente, como se fosse uma lembrança dentro de outra lembrança.

— Viu só a cara daqueles piratas? — O chefe deles diz.

— Foi encharcado de saquê e nem para reclamar! — Outro homem dá risada. — Que ridículos.

— Piratas são todos fracotes. No fim, é tudo fachada. — O bandido diz.

— Esse cara realmente está pedindo uma surra! — Edward Newgate concorda com Roger. Aquele bandido estava passando dos limites.

— Obrigado por concordar! — Roger dá ênfase na frase. — Esse cara é ridículo, fico chocado que ele esteja chegando tão longe.

— Ele deve ser o maioral nessa ilha. — Barba Branca afirma com uma careta. — Como você deixa homens assim andando por aí?

— Você é um desses homens andando por aí. — Garp acusa, mal-humorado. — Infelizmente sou só um e não aprendi à estar em todos os lugares.

— Não compare a gente com esses bandidos. Não é a mesma coisa! — Roger defende. — Temos princípios, não somos qualquer coisa.

— É tudo a mesmo coisa para nós. — Sengoku se intromete. — São foras da lei, procurados. Alguns só são mais metidos que outros.

— Vocês realmente sabem como ofender alguém. — Roger garante irritado. — Eu aqui, exaltando vocês como marinheiros, e é com esse tipo de gente que sou comparado?

— Sem drama, Roger! — Garp revira os olhos novamente pela atitude do pirata. — Sempre foi assim, não tem porquê mudar agora.

— Você tem uma relação muito estranha com o Garp. — Barba Branca opina. — Porque gosta tanto dele?

— Ele sabe me divertir.

— Parem! Não fale assim do bando do Shanks! Eles não são fracotes. — Luffy grita com raiva.

— Pare com isso, Luffy. — Makino segura o garoto.

— Não falem mal do Shanks, seus bandidos idiotas! — Luffy grita mais alto.

— O pequeno Luffy está nos defendendo. — Yasopp sorri com o que vê. — Nem gosto dessas coisas, mas achei legal da parte dele.

— Ele parece ser uma pessoa muito leal. — Lucky acompanha o sorriso. — Confesso que quero conhecer o garoto.

— Ele também é bem apegado ao nosso capitão em miniatura. — Benn aprova. — Tem que ter mais informações! Nós continuamos seguindo ele, mesmo depois de tudo aquilo.

— Acha que vai falar em algum momento? — Yasopp pergunta entediado. Esse vídeo estava começando a dar dor de cabeça.

— Acho que vamos voltar em algum momento. — Benn afirma convicto. — Ele ainda não entregou o chapéu.

— Pensei que ele tinha dito que não entregaria o chapéu para o Luffy-san. — Lucky não entende onde o homem queria chegar.

— Só porque ele disse que não iria, não quer dizer que ele realmente não vai. — Benn dá de ombros. — É só o que eu acho.

— Ele entrou nessa confusão para me defender. — Shanks sorri orgulhoso. — Defender minha futura tripulação.

— Você está bravo ou orgulhoso com o que aconteceu? Se decide de uma vez. — Buggy olha para o amigo.

— Eu estou os dois. Orgulhoso do Luffy e bravo com aquele bandido. — Shanks explica rápido. — Vou me lembrar desse cara e fazer tudo diferente dessa vez.

— Aham, isso eu vou querer ver.

A tela volta para Makino e o prefeito chegando no lugar.

— Você não sabe se expressar, moleque. Até hoje... — O homem continua pressionando seu pé contra o rosto do garoto. — ...Ninguém que me irritou saiu vivo para contar história.

— Eu vou super acabar com esse homem! — Cutty Flam se levanta, indo em direção à tela, com os punhos fechados. — Quem ele pensa que é?

— Você fica aqui, idiota! — Iceburg puxa o quase irmão pelo braço. — Não percebe que ele não está aqui? Se irritar não adianta nada.

— Mas ele está pisando em meu capitão. — Franky se explica. — Não posso deixar ele fazer o que bem entende.

— Seu futuro capitão. — Iceburg o lembra. — Isso se você realmente quiser seguir ele. Estamos aqui pra mudar as coisas.

— É óbvio que vou segui-lo. — Cutty flam se senta mais calmo. — Vou construir seu navio, e dar a volta ao mundo ao seu lado. Vou realizar o meu sonho.

— Só toma cuidado com isso.

— Nosso capitão sofreu tanto quando criança. — Robin se encolhe. — E mesmo assim, parece tratar a gente tão bem, não se deixou afetar.

— É engraçado, não é, mana? Só temos algumas informações e mesmo assim já parece que somos um bando a muito tempo.— Franky comenta.

— Ele é cativante de um jeito único. — Robin concorda com a cabeça. — Gosto de saber que é corajoso desde agora, quero dizer, desde pequeno.

— Yohohoho. — Brook dá sua risada, olhando para seus companheiros. — Fico imaginando o que fizemos para chamar a atenção dele.

— Sim, de tantas pessoas no mundo, por que nós? — Robin questiona. — Ele parece tão excêntrico nessas músicas e mesmo assim...

— Espere, por favor! — O prefeito pede assim que o bandido pega a bainha da espada. — Solte o menino, eu imploro. Não sei o que o Luffy fez, também não quero comprar briga com vocês. Mas estamos dispostos a pagar o que quiserem. Eu imploro. — Curva a cabeça no chão.

— Prefeito. — Luffy diz.

— Pagar? Por esse garoto? — Sengoku estranha a oferta. — Ele é alguém importante ao ponto do prefeito se preocupar em pagar pela a vida dele?

— Isso é bem estranho, não é do feitio dele fazer algo assim. — Garp franze a testa. — Talvez o garoto seja um parente dele.

— Ou é um parente dele ou de alguém muito importante. — Sengoku afirma. — Talvez alguém da cidade alta.

— Um nobre? Nunca. Olha como ele se veste, sem dizer, o que ele estaria fazendo na vila? — Garp nega com a cabeça.

— Um garoto rebelde cansado da vida que leva, não é tão difícil de acontecer. — Sengoku rebate rápido. — E isso explicaria porquê não tem nenhum pai por perto.

— Mas ele não se comporta e nem fala como um nobre. — Garp continua negando. — Ah, isso não faz o menor sentido.

— Se não é filho de um nobre... — Sengoku pensa contrariado. — Quem mais seria tão importante ao ponto disso? Você conhece as pessoas da sua ilha, não?

— Não consigo pensar em ninguém.

— Realmente, gente velha sabe mesmo das coisas. Mas não adianta, ele não tem mais jeito. Ele me deixou com muita raiva. — O bandido pega a espada.

— A culpa é toda sua! Seu macaco! — Luffy retruca.

— Eu teria aceitado o dinheiro. — Hancock confessa entediada. — Toda essa briga é tão chata. Temos mesmo que assistir a esses homens feios?

— Esse homem feio está quase matando o garoto do chapéu, o garoto que se mostrou muito importante para o futuro, então sim, temos que assistir! — Gloriosa explica.

— Pelo menos o garoto é interessante, gosto de gente corajosa e ele não está abaixando a cabeça. — Boa tenta ver pelo lado positivo. — Mas ainda assim...

— Está entediada. — Gloriosa deduz facilmente. — Só espere um pouco, algo me diz que irá acontecer uma coisa bem interessante.

— Eu espero que aconteça mesmo. — Hancock avisa, cruzando os braços. — Não gosto de perder tempo com coisas sem importância.

— Já falei para não ser amargurada desde agora, você é jovem ainda.

— Esse moleque não tem salvação. Pense no que fez no inferno. — O homem coloca a espada em cima da cabeça do garoto.

— Luffy. — Makino chama desesperada.

— Por favor, dê uma chance a ele. — O prefeito pede novamente.

— O garoto vai morrer. — Roger diz óbvio. — Como ele está vivo se morreu? Sério mesmo que a mulher foi atrás do prefeito para ajudar?

— Certo, esse homem não fez nada de útil pra ajudar mesmo, mas o garoto não vai morrer. — Rayleigh tenta explicar.

— Teríamos visto o que aconteceria se você não tivesse feito o vídeo pausar. — Barba Branca diz irritado.

— A culpa não é minha se o den den mushi pausa toda vez que alguém fala algo. — Roger se explica. — Como eu vou saber disso?

— Era só você ter observado que isso sempre acontece quando falamos. — Edward retruca. — Não acredito que você atrapalhou bem numa hora dessas.

— Calma, Branco-chan! Tenho certeza que Roger só estava agoniado com a demora. — Oden defende seu capitão do momento.

— Eu estou em agonia, precisava falar algo. — Roger concorda com o Samurai. — Mas vou tentar me segurar mais agora.

— Como se você conseguisse. — Crocus alfineta seu capitão, brincando. — Vai ser o primeiro a falar algo assim que o vídeo voltar a rodar.

— Isso se ele deixar o vídeo voltar a passar. — Gaban concorda com o médico. — Ele é imperativo demais para ficar quieto por tanto tempo.

— Mas é isso que vocês pensam de mim? Vocês são péssimos tripulantes, saibam disso. — Roger se ofende.

Rayleigh solta uma risada e desvia o olhar quando percebe seu capitão procurando por ajuda, não era ele que iria mentir a seu favor.

— Deixem o vídeo voltar a passar de uma vez. — Garp briga com os piratas. — Vamos descobrir como o garoto sobreviveu a espada do bandido.

— Agora entendi por que o bar está vazio. — Shanks diz atrás dos dois. — São os bandidos daquela vez.

— Capitão. — Makino olha para trás.

— Shanks voltou para a vila e vai acabar com os bandidos. — Roger comemora, surpreso. — Espera ai, "daquela vez"? Se passou quanto tempo?

— Hã, não tem como saber quanto tempo passou. — Rayleigh diz confuso. — Mas deve ter sido semanas, de uma ilha para outra leva tempo, e parece que ele acabou de chegar na vila.

— Tanto faz, isso não importa agora. — Roger abre seu sorriso o máximo que consegue. — O que importa é que Shanks vai finalmente dar uma surra neles.

— Não sabemos disso, ele pode simplesmente resolver pacificamente. — Gaban responde o capitão, recebendo um olhar cortante do homem.

— Agora estamos mais perto de descobrir se o Ruivotaro é mesmo tão forte como achamos que ele seja. — Oden muda o assunto para o anterior.

— Eu disse que ele seria o primeiro a falar algo quando o vídeo voltasse. — Crocus percebe com um sorriso no rosto. — Impressionante.

— Como se alguém tivesse ido contra a ideia, conhecemos bem o capitão inquieto que temos. — Gaban concorda fácil.

— Capitão! — O palhaço imita a garota novamente, apenas pra provocar o companheiro, mas sem muito sucesso, já que o ruivo estava extasiado demais.

— Eu vou salvar o Âncora! — Shanks dá um pulo, ficando em pé, empolgado. — Eu voltei para a vila e dessa vez eu vou reagir a provocação deles!

— Eu não teria tanta certeza, você não fez nada da outra vez. — Buggy se arruma no puff, estava quase caindo para o lado.

— É óbvio que eu vou fazer algo. — O ruivo se ofende. — Ele está pisando no rosto do âncora, sem dizer que bateu nele. Eu não deixaria isso passar batido.

— Se você diz... — Buggy dá de ombros e puxa o braço do companheiro. — Agora senta logo aí para a gente ver o que você vai fazer.

— Quantas vezes seu pirralho vai visitar Dawn? Já falei para deixar ele longe da minha ilha. — Garp reage logo em seguida, irritado.

— É graças ao meu pirralho que a sua garota, o prefeito e o chapéu de palha estão bem. — Roger diz orgulhoso. — Ele ainda está fazendo seu trabalho acabando com os bandidos.

— É melhor você tomar cuidado com as palavras a partir de agora. — Garp estreita seus olhos na direção do homem.

— Oh, desculpe. Eu ofendi você? — Roger diz amargamente, se lembrando que a pouco tempo o marinheiro o ofendeu.

— Você não vai descansar até eu falar que piratas e bandidos não tem nada em comum, certo? — Garp revira os olhos, entendendo o que o quase rei dos piratas estava fazendo.

— Eu não tenho nada a ver com esses caras, Garp. — Roger explica rapidamente. — Como você pode dizer que somos iguais?

— Simplesmente, porque vocês são. Se não quer ser comparado, desista de ser um pirata e se entregue para a marinha. — Garp sorri de lado. — Você já vai morrer mesmo.

— Eu realmente não gosto que eles saibam da minha morte. — Roger resmunga enquanto volta a se arrumar em seu puff, não dando uma resposta para o homem.

— Finalmente alguém veio para ajudar. — Makino sorri feliz. Ela estava angustiada vendo todas as maldades que estavam fazendo com o garoto.

— Não pareça tão feliz, ou o velho pode falar por horas no seu ouvido. — Dragon avisa, puxando papo com a garota.

— Garp-san apenas se preocupa muito comigo, mas vou levar seu conselho adiante. — Makino sorri para o Monkey. — Em todo o caso, é só eu falar que estou feliz pelo garoto.

— É uma boa desculpa. — Dragon afirma. — Você realmente parece apegada ao Luffy, tanto no futuro quanto agora.

— Ele não me parece uma pessoa ruim. — Makino dá de ombros. — No fundo, eu sei que é um bom garoto, e por isso gosto no futuro.

— O que vocês tanto falam baixo aí? — Garp pergunta desconfiado. Seu filho não gostava de manter contato com as pessoas da vila.

— Nada demais, estamos apenas fazendo o tempo passar mais rápido. — Dragon dá de ombros, voltando a ficar sério.

— Sei...

— Eu disse que iríamos voltar. — Benn sorri de lado, contido. — Agora as coisas devem fazer mais sentido do que antes.

— Estamos com armas agora. — Yasopp se anima. — Finalmente vão revelar o motivo de nossas ações anteriores, vamos fazer algo.

— Dessa vez estamos prontos para o combate. — Lucky presta mais atenção. — Não vamos deixar eles tocarem em nosso capitão novamente.

— Você leva a segurança dele muito a sério. — Benn percebe e começa a observar o homem. — Por que? Tem algum motivo?

— Ele é o meu capitão nesse futuro. — Lucky dá de ombros. — Se eu aceitei isso, é porque o respeito muito, e isso já é motivo o suficiente para mim.

— Você fala dele, mas foi o primeiro a falar que nosso capitão tinha um motivo para agir do jeito que estava agindo. — Yasopp rebate curioso.

— Eu só analisei a situação e falei o que achava, nada demais. — Benn tenta se enganar. — Ainda não tenho uma opinião formada sobre ele.

— Bem, nós também não.

— Ainda estão aqui na cidade, piratas? Estavam fazendo faxina, é? — O bandido zomba.

— Luffy, seu soco não era forte que nem uma pistola? — Shanks ignora o ladrão enquanto andava em suas direções.

— Fique quieto! — Luffy manda.

— Então, eles não foram embora da vila? — Roger faz o vídeo pausar novamente. — Porque parece que faz muitos dias.

— A garota do Garp até trocou de roupa. — Rayleigh analisa. — Acho que é outro dia, sim. Mas não dá para ter certeza.

— Ruivotaro está ignorando o bandido de novo, de-gozaru. — Oden inclina a cabeça, confuso. — Ele fez o mesmo no bar.

— Isso é... verdade. Tirando a parte que ele ofereceu a garrafa lacrada, ele não se dirigiu mais ao bandido em momento algum. — Gaban confirma.

— Eu não sei o que isso quer dizer, mas estou achando bem legal saber que Shanks não se incomoda com esse cara. — Roger dá de ombros.

— Shanks não está caindo nas provocações do bandido. — Rayleigh explica. — Está o tratando como se não existisse, como se não fosse nem um incômodo.

— Será que foi por isso que ele nem se dignou a lutar da primeira vez? — Roger pergunta mais animado. —  Por não ser um incômodo...

— Vai saber...

— Podemos falar agora sobre como Âncora não deixou de me dar uma resposta malcriada, mesmo machucado desse jeito? — Shanks pergunta animado, tentando mudar o tópico da conversa.

— Quando é que você vai parar de falar desse garoto, hein? Já estou me enjoando. — Buggy finge que vai vomitar.

— Deixa de ser chato! Devemos exaltar a coragem do Âncora, ele está indo muito bem, você tem que concordar com isso. — Shanks avisa, ainda de bom humor.

— Kami, dai-me paciência para aturar essa nova fase do Shanks, ou eu juro que não respondo por mim. — Buggy suspira alto. — Você não está sendo nada pomposo!

— Já disse que não ligo para isso. — O ruivo descarta, balançando a mão. — Na verdade, eu nem sei o que isso significa.

— E ainda por cima é burro. — Buggy fecha os olhos, tentando se acalmar. — Sério, de todas as crianças no mundo, por que logo ele foi entrar na tripulação?

— Eu não sabia que você era uma pessoa devota a um ser celestial. — Shanks estranha. — Eu nem sabia que você rezava.

— Pois é, eu também não sabia, mas você me faz tomar medidas mais drásticas. — Buggy resmunga, ainda irritado pela conversa.

— Não sei o que vieram fazer, mas fujam antes que se machuquem. — O homem avisa zombando. — Se derem mais um passo, arranco sua cabeça, seu fracote.

— Ele mandou não dar mais um passo. — Um subordinado coloca uma arma na cabeça do ruivo. — Ou perderá a cabeça.

— Agora sim, nós podemos descobrir que tipo de pirata o Ruivo será. — Mihawk olha atentamente para a tela.

—Agora não tem como ele não reagir, está com uma arma na cabeça. — Doflamingo revira os olhos. Isso era o óbvio. — Ninguém gosta de ser ameaçado assim.

— Sem dizer que se ele não fizer nada, será morto. — Crocodile acrescenta entediado. — A verdade é que estamos analisando ele desde o começo.

— De fato, estamos. — Mihawk concorda com a cabeça. — Mas eu não quero saber se ele vai reagir ou não, isso é óbvio que vai. Quero saber o tipo de pirata que ele é, como vai lidar com isso.

— Se ele será um problema para nós ou não. — Doflamingo se arruma melhor. — Qual a probabilidade dele ser tão grande quando Roger?

— Vocês nem acreditavam nisso minutos antes. — Crocodile revira os olhos. — Deveríamos ter apostado, eu ganharia essa fácil.

— Mas não apostamos. — Mihawk corta a diversão do usuário da Suna Suna no Mi. — E eu já estava vendo potencial antes.

— Claro, os olhos de falcão sempre está certo em tudo. — Doflamingo diz ironicamente. — Nunca deixa passar nada.

— Exatamente, algum problema com isso? — Mihawk desvia os olhos para o loiro, o desafiando. — Se sim, podemos resolver isso.

— Então você também sabe se estressar? A esse ponto eu pensei que fosse impossível. — Doflamingo sorri grandemente. Movendo suas mãos, pronto para atacar.

— Aqui não pode brigas! — Rosinante quase grita para todos ouvirem. Ele não precisava de uma luta dos dois bem ali na sua frente.

— Hm. — Mihawk volta a olhar para a frente, para a tela, passando a ignorar o loiro e todos a sua volta. Ele não precisava desse escândalo.

— Colocou uma arma na cabeça do Shanks. — Roger diz indignado. Ninguém ameaçava sua tripulação desse jeito e saía vivo para contar a história.

— Se preocupe menos com ele. — Crocus avisa calmamente. — Já é um homem, capitão de seu próprio navio.

— Ainda estou tentando me acostumar com essa realidade. — Roger suspira. Ele teria que ficar apenas assistindo e deixar o ruivo resolver.

— Ruivotaro virou refém deles agora? — Oden pergunta preocupado. — Ele deveria estar tão tranquilo quanto parece que ele está, de-gozaru?

— É meio difícil dizer se ele é refém ou não. — Rayleigh alisa sua barba. — Foi muito pouco tempo de tela para analisar a situação.

— Aposte sua vida. — Shanks manda sério, sua franja e chapéu tapando seus olhos.

— Hã? — O subordinado não entende.

— Já que sacou a pistola, aposte sua vida. — Shanks diz de novo, igualmente sério.

— Puta merda! — Izo se arrepia todo e começa a esfregar os braços. — É normal ficar todo arrepiado escutando apenas uma frase? Porque eu estou.

— Isso foi muito... incrível? Devo admitir! — Vista se empolga junto com o irmão, porém mais contido. — Ele realmente é o discípulo do Roger.

— Acho que agora faz mais sentido tudo o que aconteceu-yoi. — Marco pensa alto. — Mas ainda não tenho muita certeza.

— Do que você está falando? Fale de uma vez ou simplesmente deixe o assunto cair. — Vista resmunga, mal-humorado, odiava não saber das coisas.

— Vou deixar o assunto cair até ter certeza-yoi.

— Escutou isso? "Discípulo do Roger"? Eu que ensinei ele a ser incrível assim! — Roger diz orgulhoso da situação.

— Você ensinou ele? Eu ensinei ele! — Rayleigh discute com o capitão. — Eu que cuido deles desde sempre. Você, no máximo, fala algumas frases de efeito.

— O que? Eu sou o capitão e eles são os meus aprendizes, meus garotos de cabine! — Roger se ofende. — Sou ocupado demais e deixo a tarefa para você, mas é apenas isso.

— Não deixa de ser eu o responsável pela criação deles! — Rayleigh retruca. — Você não está sabendo reconhecer todo o meu esforço...

— Os dois me ensinam muito. — Shanks se intromete quando não aguenta mais ouvir a discursão dos dois.

— E isso importa? O Ruivotaro vai acabar com esses bandidos de uma forma épica. Apenas apreciem o momento, de-gozaru. — Oden diz abraçando os dois companheiros e os balançando, animado.

— Vocês colocam expectativas demais nos outros e podem se decepcionar novamente. Cuidado para não quebrarem a cara. — Barba Branca avisa enquanto revira os olhos para a pequena bagunça.

— Não seja assim, Branco-chan! — Oden senta perto do homem. — Não vai me dizer que ainda está chateado porque eu estou indo com o Roger, certo? Isso faz meses.

— Isso aí é mal-humor porque meu discípulo vai se tornar um pequeno eu enquanto ele não tem ninguém assim na tripulação dele. — Roger diz alto para provocar o pirata.

— E desde quando eu preciso de pirralhos na minha tripulação, Roger? — Newgate estreita os olhos na direção do futuro rei dos piratas. — Não poderia me importar menos com seu garoto.

— Isso é o que você diz...

— Do que está falando? — O subordinado pergunta novamente.

— Quis dizer que isso aí não é brinquedo. — O ruivo levanta a cabeça e aponta para a arma.

— Claro que não é brinquedo! — Yasopp concorda facilmente com seu futuro capitão. — Eu já entendi tudo. Como não percebi antes?

— Entendeu o que? Eu ainda estou perdido. — Lucky diz de mal-humor. — Eu só sei que tomaria muito cuidado a partir de agora, nosso capitão em miniatura não parece estar brincando.

— Agora ele não está! — Yasopp fica tranquilo. — Mas posso dizer que antes ele meio que estava. Fico feliz em saber que tenho um capitão que respeita isso acima de tudo.

— De novo, estou perdido aqui! Tem como explicar ou vou ter que implorar? — Lucky resmunga, irritado com o loiro.

— Armas não são brinquedos, Roo. — Yasopp diz como se essa frase explicasse tudo. — Eu facilmente respeitaria alguém que pensa assim.

— O que ele quer dizer é que antes não havia motivos para brigar com os bandidos, eles eram apenas civis idiotas se achando os maiorais. — Benn explica.

— Mas agora que esse homem pegou uma arma, mudou tudo. — Yasopp se orgulha. — Se você está disposta a tirar uma vida, tem que estar disposto a perder a própria, também.

— Acho uma troca justa. — Benn sorri minimamente. — Acho que estou começando a aceitar nosso futuro capitão.

— Isso significa que não somos covardes ao ficar olhando nosso capitão naquele estado. — Lucky percebe o fato. — Era de propósito.

— Sim, era!

— Blá, blá, blá. — Franky mostra a língua para a tela mostrando todo seu desdém. — Não era para ser focado no meu capitão?

— Isso faz parte do desenvolvimento. — Iceburg revira os olhos, entediado. — Foi assim que seu capitão, como gosta de chamar, quis virar um pirata.

— Ele não tinha ninguém mais super para se inspirar, não? Que tédio assistir isso. — Franky reclama mais calmo.

— Ele é um pirata da tripulação do Roger, o futuro rei dos piratas. O que é super para você? — Iceburg pergunta para o mais novo.

— Ele é um garoto de cabine, devo lembrar. — Franky dá de ombros para o assunto. — E isso até eu poderia ser, mano.

— Ah, claro. — Iceburg revira os olhos novamente. Era só o que faltava, Cutty Flam ficar exibindo o convite que recebeu para participar do bando.

— Tenho certeza que isso seria uma história que seu futuro capitão gostaria de saber, já que ele é apegado ao Ruivo. — Tom diz casualmente.

— Certo, ele acabou de se tornar cinco por cento mais super. — Franky confessa. — Mas duvido passar disso.

Lucky atira na cabeça do subordinado enquanto come um pedaço de carne. O corpo cai mole no chão. Makino e o prefeito se assustam, tal como os bandidos.

— Quanta barbaridade! — Hancock reclama desviando o olhar, percebendo que Robin e Makino haviam fechado os olhos.

— O tiro ecoou a sala inteira. — Robin reclama baixo, tirando suas mãos do ouvido e abrindo os olhos. — Quanto sangue...

— Robin, não olhe agora. — Professor Clover chama a atenção da garota. — Não precisa ver uma coisa tão bruta como essa, olhe para mim.

— T-Tá b-bom. — Robin concorda, tentando não pensar muito no que havia presenciado. Era isso que piratas faziam? Ela seria uma assassina?

— Isso foi culpa minha. — Makino se abraça, olhando para seus pés no chão. — Se eu tivesse escutado o senhor, nada disso estaria acontecendo.

— Ei, nada disso é culpa sua. — Garp abraça a garota tentando passar conforto. — Se tiver que culpar alguém, culpe o pirralho Ruivo.

— Garp-san! Ele está nos protegendo.

— Certo! Me culpe no lugar. — Garp faz a garota olhar para ele. — Eu deveria ser o responsável pela vila e prender os bandidos.

— Ele tem razão. — Dragon concorda facilmente. — Isso deveria ser o trabalho da marinha, mas nós sabemos que não é o que eles fazem.

— Não começa! — Garp o repreende, olhando feio. — Você sabe que isso não é verdade, não conseguimos estar em todos os lugares.

— Isso é o que você diz.

— Ele matou uma pessoa. — Buggy diz meio chocado com a informação. Rayleigh quase nunca deixava eles verem as lutas mortais.  — Isso foi tão... frio.

— Sou um adulto aí, já era de se esperar. — Shanks tenta parecer entediado, como se aquilo não o afetasse.

— Ele o matou sem você precisar mandar. — Buggy sai do transe. — Eles não parecem te obedecer tanto assim.

— Tenho certeza que era o que eu queria. — Shanks cruza os braços, muito decidido. — Eles devem saber o que fazer, igual o Rayleigh e o Scopper sempre sabem.

— Do jeito que eles te desafiaram aqui nessa sala eu não duvido de nada. — Buggy implica, mal humorado por não conseguir o que queria.

— Fique quieto!

— Agora já era. Que jogo sujo, covardes. — Um outro subordinado fala.

— Jogo sujo? Não sejam ingênuos. — Yasopp diz.

— Pensa que somos o que? Santos? — Benn complementa.

— E no fim, piratas são piratas, saqueadores... assassinos. — Akainu diz apertando os punhos, tentando se acalmar.

— É, mas nós sempre soubemos disso, não sei porquê a surpresa. — Kizaru dá de ombros, ignorando a irritação do colega.

— Essa sala, ou melhor, esses piratas falam como se fossem bonzinhos. — Sakazuki explica. — O ruivo desse vídeo é o que mais me irrita, agindo como bom moço para os civis da vila.

— Eles parecem ter um apreço muito grande mesmo por ele. — Borsalino concorda fácil. — Tenho certeza que no final de tudo eles ainda vão ser visto como heróis.

//

— Por um momento eu estava achando que eram mesmo! — Roger suspira aliviado. — Ainda bem que eu estava errado.

— Como consegue ficar tão animado apenas vendo um vídeo? — Scopper pergunta interessado. — Não é como se fôssemos para a guerra agora.

— Mas poderíamos! — Roger não perde o bom-humor. — Edward! Nós poderíamos adiar nossa próxima luta para quando sairmos daqui, o que acha?

— Nossa última luta está muito recente, iríamos repetir ela e não seria uma "aventura" — Barba Branca tenta parecer decepcionado com o que constatou. — Por que não tenta uma batalha com o Garp?

— Pare de empurrar ele para mim! — O marinheiro repreende. — E nós não vamos lutar, eu vou prendê-lo e evitar que ele procrie essa criança com potencial de ser outro ele.

— Primeiro, — Roger faz um com o dedo. — esse filho não pode ser meu. Segundo, qual o problema de vocês? Todos deveriam querer lutar contra mim, eu sou o Rei.

— Claro que é. — Edward revira os olhos.

//

— Isso não faz o menor sentido para mim. — Kuzan se arruma para enxergar melhor. — Não deveria ser assim.

— Você está percebendo também, não está? — Saul se manifesta pela primeira vez durante o vídeo. — Isso vai muito além do que nos treinam.

— Do que você está falando? — Aokiji não entende. Saul era um grande amigo, lutaram juntos várias vezes lado a lado, mas as vezes o gigante falava coisas sem sentido.

— As coisas nunca são claras. — O vice-almirante suspira. — Mas isso é algo que você tem que perceber sozinho.

Kuzan apenas volta a prestar atenção na tela, até que escuta baixinho, em seu ouvido: "não existe justiça absoluta". O marinheiro apenas arregala os olhos, se algum superior ouvisse Saul falando algo assim daria um problemão.

— É uma coisa a se pensar, não é? — O gigante sorri de lado, como se tivesse falado um segredo entre amigos e não algo tão grave.

— Justiça absoluta... — Smoker, que estava sentado próximo dos dois, ouve a conversa e fica tenso, o que os dois queriam dizer com isso?

— Vocês estão diante de piratas. — Shanks diz sério.

— Cale-se! Não temos assuntos a tratar com vocês. — Um outro subordinado responde.

— Escutem, bandidos. — Shanks chama a atenção. — Podem jogar comida e bebida na minha cara, podem até cuspir em mim. Levo na boa, sorrindo. Só que, não importa o motivo, quem ferir um amigo meu não terá perdão!

— Shanks! — Luffy arregala o olho.

— Então é isso. — Rayleigh sorri olhando para a expressão boba que o garoto fez. — Shanks é importante porque influenciou o modo de agir do garoto.

— É por isso que a tripulação é tão leal um aos outros. — Roger acompanha o pensamento de seu imediato. — O garoto leva essas palavras com ele como se tivessem sido gravadas a ferro.

— Posso finalmente dizer que eu sou para ele o que você é para mim? — Shanks pergunta animado. Ele era importante para o garoto, não precisava mais ver ele dando seu chapéu para saber que o fez.

— Levando em conta que você induziu o chapéu de palha a ser exatamente como você... sim, você pode, de-gozaru! — Oden brinca com o ruivo.

— Shanks, acho que devo reconhecer que você virou um grande capitão. — Roger abaixa o chapéu na cabeça do ruivo. — Tenho certeza que fará grandes coisas e será reconhecido.

— Você acha isso mesmo? — Shanks pergunta para seu capitão. — Vou ser tão grande quanto nós somos?

— É o que eu espero! Mas se não for, não tem problema algum. — Roger sorri mais contido. — O importante é você seguir seus princípios.

— Pensei que o senhor não gostasse deles. — Shanks abaixa a cabeça, nervoso com a resposta. Seu capitão não havia falado nada sobre ainda.

— É... eu posso lidar com isso, mas não ouse deixar alguém cuspir em você, isso é além. — Roger usa as palavras usadas do garoto. — Mas se você aceita o resto, não sou eu que irá interferir.

— Sem cuspes então! — O Ruivo levanta a mão como se estivesse fazendo uma promessa.

//

— Agora eu sei o porquê o sigo. — Lucky relaxa no puff. — Eu aprecio muito a lealdade das pessoas, e nosso capitão é uma pessoa que valoriza isso.

— Eu também estou valorizando muito essa atitude dele. — Yasopp fica contente. — Eu vou estar em um bando com um capitão que sabe das coisas, isso é empolgante.

— É, é legalzinho a forma de pensar dele. — Benn dá de ombros, não se importando muito com a conversa paralela.

— Eu vou adorar ver você pedindo desculpas para uma criança. — Lucky se vira para seus futuros companheiros.

— E quem disse que ele está me impressionando? — Beckman cruza os braços. — Por mais legal que pareça, isso pode ser palavras vazias.

— Você realmente acha que são vazias? — Yasopp pergunta incrédulo. — Porque nos parecemos bem leal a ele no vídeo.

— Podem até não ser vazias, mas eu ainda não vi ele em ação. — Benn avisa sério. — Não vou seguir alguém fraco.

— Nenhum de nós vai! — Roo esclarece.

— Então não tire conclusões antes do vídeo acabar. Já mudamos de opinião várias vezes só nesses dez minutos. — Benn explica.

— Não terá perdão? Quanta bobagem. — O bandido debocha. — Acabem com esses desgraçados!

Todos os subordinados do bandido chefe correm na direção de Shanks.

— Deixem comigo. Só um basta. — Benn diz pegando sua arma da cintura.

— FINALMENTE ALGUMA AÇÃO! — Roger comemora sozinho. — O que? O que houve? Cadê a porrada?

— Acho que não vai mostrar a luta deles. — Rayleigh segura a risada, observando a tela mostrar o céu e o barulho dos socos saindo pelo alto-falante.

— Isso está consumindo toda a minha energia. — Roger diz cansado.

— Não seja arrogante, bandido. — Beckman fala após derrotar todos sem esforço. — Se quiser ter chance contra nós, é bom vir com uma frota inteira da marinha.

— Que forte. — Luffy diz impressionado, nem ligando para o pé do homem ainda em seu rosto.

— Uma frota inteira da marinha. — Yasopp repete como se fosse a mais bela melodia que ele tivesse escutado.

— Está ai sua prova que ele é forte. — Lucky Roo se delícia pelo fato. — E o melhor é que é você do futuro garantindo isso.

— Há, há, hilário! — Benn diz ironicamente após ver o homem rindo. — Continuo com a mesma opinião de antes.

//

— Uma frota inteira da marinha. — Shanks diz arrogantemente. — Aposto que a marinha não precisa de uma frota inteira para te capturar.

— Não só precisarão de uma frota como eles devem me temer. — Buggy garante. — Se Roger-senchō foi o rei dos piratas, eu serei o rei do mundo.

— Apenas nos seus sonhos, Buggy. Apenas nos seus sonhos!

//

— Uma frota por esse pirralho? — Sengoku estranha a situação. — Eu não estou gostando disso, algo não está certo.

— Estamos deixando algo importante passar, não estamos? — Garp suspira alto, nada naquela sala fazia sentido.

— Com certeza estamos. — O Buda concorda com a cabeça. — Preciso de algo que fale do ruivo, preciso de informações sobre ele.

— Os únicos que sabem sobre é a tripulação e eu duvido que eles vão querer te dizer qualquer coisa que seja. — Garp dá de ombros.

— É, mas temos essa sala ao nosso favor.

//

— Não é possível! — Rouge diz brava. — Enquanto eles conversam sobre baboseiras, o homem ainda está com o pé no rosto do garoto.

— Acho que eles não estão se importando muito com isso. — Shakky dá de ombros. — Pelo menos ele é de borracha.

— Isso não deveria ser motivo para eles esquecerem dele. — Sora diz com empatia. — Pobrezinho, alguém deveria cuidar dele logo.

— Esperem aí! Foi o moleque que nos provocou. — O bandido recua assustado.

— Mas sua cabeça não vale milhões? — Shanks debocha com um sorriso.

— Caralho! — Izo se impressiona fácil. — Esse garoto está com tudo, ele sabe fazer alguém o temer rapidinho.

— Acho que é o olhar dele-yoi. — Marco analisa a imagem congelada. — Essa cicatriz faz ele ficar com o olhar selvagem.

— Juntar isso com o olhar sério que ele faz, me arrepia todo. — Vista treme como se demonstrasse o que falava.

— Sempre achei que os dois garotos não iriam longe, mas esse vídeo está me fazendo pensar até onde eles foram-yoi. — Marco divide seus pensamentos.

— Aliás, somos rivais, não seria bom se eles se tornassem ameaças. — Izo diz o óbvio. — Mas isso é daqui muitos anos.

— Não sabemos o tempo exato dessa época, pode estar bem próximo na verdade. — Vista avisa o quase irmão.

— Ou pode estar bem longe. — Izo dá de ombros. — Eu já posso estar morto antes dele virar um perigo para o mundo.

— Não sei, ele me parece jovem nesse vídeo-yoi. — Marco opina. — Sem dizer que o mugiwara ainda é criança.

— É, pode ser...

— Droga! — O bandido pega uma bomba de fumaça e joga no chão, desesperado.

— Bomba de fumaça? — Shanks estranha. — Luffy? Droga! Me distrai e levaram o Luffy. O que eu faço, pessoal?

— Sem desespero, capitão. Seu tonto! — Lucky pede calmamente. — Se procurarmos juntos, logo o achamos.

— Esse cara não existe mesmo. — Benn diz olhando para a interação do grupo.

— Ouviu isso? Seu tonto! — Buggy sorri vitorioso para o companheiro. — Parece que você vive fazendo coisas estúpidas, isso não é pomposo.

— Dá um tempo! Ele levou o âncora, estou desesperado. — Shanks se explica aflito. — Espero que não aconteça nada com ele ou não vou me perdoar.

— É sério que você só consegue pensar nisso? — Buggy revira os olhos. — É claro que não aconteceu nada, esse vídeo é um tédio!

— Bomba de fumaça? — Hancock diz com desdém, observando o desenrolar da cena. — Isso é tão ultrapassado.

— Eu nunca tinha visto uma bomba de fumaça ser usada antes. — Robin confessa. — Achei útil para se esconder.

— Pessoas fortes não se escondem, elas lutam de frente, com honra. — Hancock empina o nariz. — Esse homem merece todo o meu desprezo.

— Bem, é o que dizem, uma vez Shanks, sempre Shanks. — Rayleigh suspira, vendo o jeito desajeitado do ruivo.

— Certas coisas não mudam.

A tela muda para o bandido segurando o garoto em cima do mar, estavam em um barco.

— Consegui fugir deles. — O homem ri. — Quem imaginaria que um bandido fugiria para o mar?

— Não dou cinco minutos para o Ruivo encontrar vocês. — Doflamingo boceja alto. Ele estava esperando algo surpreendente, não esses problemas que não eram importantes.

— Eu acho que depois disso o vídeo acaba. — Rosinante opina para o irmão. — Então o auge está para acontecer, acredito que seja o embate dos dois.

— Realmente! O Ruivo vai acertar as contas com o bandido, isso pode ser interessante. — O futuro Shichibukai concorda. — Ainda bem que você está aqui.

— Sentiu minha falta? — Rosinante pergunta brincando e resolve ser verdadeiro. — Eu também senti a sua.

— Sabe... — Doflamingo tenta mudar de assunto. — Você ainda não me disse o que fez nesse período que estivemos separados.

— Eu... e-eu... — Corazon congela. Ele não poderia contar que estava tentando entrar na marinha, seu irmãos não poderia cogitar essa opção.

— Vocês dois vão continuar falando baboseiras por quanto tempo? Quero continuar vendo o vídeo. — Mihawk diz seriamente.

— Depois conversamos sobre isso. — Rosinante garante, agradecendo internamente por ter mais tempo para pensar em algo.

— Droga! Me solte, seu macaco! — Luffy tenta se soltar. — Tomara que morra!

— Idiota. Quem vai morrer aqui é você. — O bandido fala. — Ninguém mandou comprar briga comigo

— Droga! É um lixo de gente e eu não consegui dar nenhum soco. — Luffy diz enquanto era jogado no mar.

— Uma pena, mas logo estará morto. — O bandido ri enquanto olha o garoto se afogar.

— ÂNCORA! — Shanks levanta em um pulo, desesperado com o que via. — Onde eu estou? Por que estou demorando tanto?

— Você vai chegar logo, ele está vivo, lembra? — Crocus tenta ver o lado positivo da situação. — Certeza que foi apenas um susto.

— Mas ele comeu uma Akuma no mi, vai se afogar mais rápido do que se não tivesse. — Shanks continua agoniado.

— Fico enjoada só em ver como as pessoas conseguem ser tão ruins com uma criança. — Rouge coloca a mão na barriga.

— Um ser tão inocente passando por isso. — Toki aperta um pouco mais Hiyori ao seu colo. — Espero nunca ver nada assim com os meus filhos.

— Prefere que seja por trás? — Shakky pergunta com uma pitada de humor. — É aquilo, né? O que os olhos não veem, o coração não sente.

— Por que você sempre tem que falar esses absurdos, hein? Eu prefiro que meus filhos nunca passem por algo assim até saberem se defender do mundo. — Toki se explica.

— Bom, o mundo não age como a gente quer.

— Super capitão! — Franky começa a roer as unhas em um péssimo hábito. — Ele está se afogando, tipo muito, mano.

— Ele vai ficar bem. — Robin começa a repetir a frase enquanto fecha os olhos e tenta não se levar. — Ele vai ficar bem!

— Nosso capitão é muito forte, lembram? Não é o mar que vai o matar. — Brook cantarola enquanto avisa seus futuros companheiros. — Isso é fácil de se garantir.

— Seres humanos não foram feitos para o mar. — Jinbe comenta sem se importar com o resto, aliás, seu capitão estaria muito bem no futuro.

— Mas o que é isso? — O homem se assusta ao ver um rei dos mares atrás de si.

O rei dos mares come o homem e avista Luffy se debatendo na água.

— Socorro. — Luffy tenta dizer mesmo bebendo água.

— Um rei dos mares no East Blue? — O professor Clover questiona sem entender. — O que ele está fazendo tão longe do Calm Belt?

— É com isso que o senhor está preocupado? Esse monstro comeu o homem. — Roji revira os olhos, era sempre assim.

— Ele iria morrer de qualquer jeito. — Zeff responde sem se importar. — Agora sobre o rei dos mares, isso é uma boa pergunta.

— Não sei porquê ele apareceu lá. — Garp diz alto para todos ouvirem. — Mas só aconteceu, desde então ele espanta todos que ousam chegar perto da minha ilha.

— Isso parece muito conveniente para você que é protetor com a ilha. — Sengoku percebe. — Tem certeza que não sabe como esse monstro foi parar lá?

— Eu não tenho nada a ver com isso, se é isso que está questionando para mim. — Garp cruza os braços e olha para o Ruivo pirralho. — E ele não é tão útil em deixar inconveniências para fora.

— Espero que não tenha sido o rei dos mares que tenha feito a cicatriz no peito desse menino. — Dragon diz preocupado.

— Você se preocupando por alguém que não seja você? Que milagre! — Garp debocha. — Não precisa ficar assim, aquela cicatriz parecia recente, muito diferente da cicatriz do rosto dele por exemplo.

— Eu gosto do garoto. — Dragon revela para seu pai, meio relutante. — Tem algo nele que me chama a atenção.

— Sei, sei... — Garp suspira concordando. — Há algo nele que me chama a atenção também. Sem dizer do sentimento estranho que sinto quando o vejo nessa situação, mas deve ser apenas uma impressão.

— Sim, deve ser isso...

O rei dos mares tenta engolir Luffy, mas Shanks aparece e tira o garoto do caminho bem na hora.

— Shanks. — Luffy chama baixinho com uma cara chorosa enquanto o olha.

— Os heróis sempre aparecem no último segundo! — Shanks repete a frase que escutou uma vez. — Eu consegui chegar a tempo!

— Eba, nossa, que legal, hein! — Buggy finge comemorar. — Podemos trocar de vídeo agora? Esse só foi pomposo o começo.

— Não seja chato! Precisamos saber mais do âncora, qualquer informação é importante. — Shanks diz com orgulho.

— Corrigindo, qualquer informação é importante para você, eu não poderia ligar menos para tudo isso. — Buggy garante.

— Shanks tem razão, Buggy. — Rayleigh repreende os garotos. — Qualquer informação é importante, preste atenção, sim?

— Sim... — O palhaço responde de mal-humor.

— Não sei se gostei de ver nosso super capitão chorar, aquele bandido deveria pagar por fazer algo assim! — Franky cruza os braços, contrariado.

— Ele já morreu, Cutty Flam. — Iceburg revira os olhos com a lerdice do mais novo. — O rei dos mares comeu ele instantes atrás.

— Eu sei disso tudo. — Franky discute com o quase irmão. — Só estou falando que a morte foi pouco por tudo o que ele fez, deveria ter sido mais dolorosa.

— Certo, agora eu sei porquê você virou um pirata. — Iceburg olha estranho para o garoto. — Você é meio sociopata.

— Só falei o que todos pensaram, mano. — Franky dá de ombros, sem se importar com a acusação.

O rei do mar resurge na direção dos dois.

— Se esse monstro comer o Shanks, eu começo a prestar atenção no vídeo sem reclamar. — Buggy avisa para quem quisesse ouvir - e para quem não queria também -.

— Ele não vai me comer! — Shanks se irrita. — Eu posso lidar com um bicho desse tamanho. Além de que ele é bem menor do que os que ficam na Grand Line.

— Mesmo assim é um rei dos mares, não deve ser subestimado. — Buggy continua implicando. — Você deveria saber disso.

— Como se eu não soubes...

— Meninos! O que eu já falei? — Rayleigh se estressa com a pequena discussão.

— Suma daqui. — Shanks diz sério, com um olhar penetrante e o rei dos mares vai embora assustado.

— Haki do Rei. — Roger abre o maior sorriso que conseguia dar. — Ele possui Haoshoko Haki, ele é um conquistador.

— Nunca duvidei que quando chegasse a hora ele teria. — Rayleigh fica feliz enquanto os outros tripulantes o parabenizam. — É bom saber que se tornou um homem poderoso.

— Acho que devo te parabenizar, Ruivotaro. — Oden dá um peteleco no chapéu e bagunça o cabelo do garoto. — Não é todo dia que vemos uma pessoa com Haki para assustar um rei dos mares.

— Eu nem acredito que consigo fazer isso, e-eu... — Shanks começa afobado, atropelando as palavras. — Viu só? Eu consigo lidar com um rei dos mares!

— Tá, tanto faz. — Buggy apenas se vira e vai se sentar do outro lado da tripulação, não querendo conversar sobre.

— O que houve com ele? — Shanks franze a testa, esquecendo seu momento de fama para se preocupar com o jeito estranho que seu amigo estava agindo.

— Com certeza um problema! — Doflamingo diz após processar o que havia visto. Haki do rei não era para pessoas fracas.

— Uma pedra no caminho, isso sim. — Crocodile revira os olhos. — Precisamos saber agora se nossos caminhos se cruzam ou não.

— Isso me pareceu surpreendente de um jeito melhor do que eu esperava. — Mihawk mostra interesse.

— Isso é sério? Você ficou doido? — Crocodile pergunta incrédulo. Do que ele estaria falando agora?

— É muito melhor quando o caminho tem desafios, que graça teria se eu tivesse tudo de mão beijada? — Mihawk dá de ombros.

— Eu consigo ver porquê nosso capitão admira tanto ele. — Robin sorri. — Ele é bem maneiro mesmo, forte, como um pirata deve ser.

— É... — Hancock concorda, analisado o homem congelado na tela. — É bonito mesmo, dá para o gasto!

— Obrigado! — Shanks sorri para as duas garotas, em forma de agradecimento. — Fico feliz que vocês duas achem isso.

— Eu não estava falando de você. — Boa empina o nariz novamente, como se não quisesse dar o braço a torcer. — Não o você de agora!

— Mesmo assim sou eu. — O Ruivo não se abala.

— Então? — Yasopp pergunta como quem não quer nada e Lucky observa. — O que achou dessa, como você disse antes? Ação?

— Certo... — Benn diz contrariado, mas logo suspira sabendo que foi derrotado pelos fatos. — Isso me impressionou, muito!

— Eu sabia que você iria se render pelo nosso capitão uma hora ou outra. — Lucky diz arrogantemente. — Era questão de tempo.

— Não vejo a hora de te ver pedindo desculpas para ele. — Yasopp sorri. — Nosso capitão é o maior mesmo.

— O vídeo ainda não acabou! — Benn avisa os companheiros. — Irei pedir no momento certo, só esperem para ver.

— Ah! Eu com certeza irei esperar para ver isso.

— Obrigado, Luffy. — Shanks diz gentilmente, quando fica só os dois no mar. — A Makino me contou tudo. Lutou por nós, não foi? Ei, não chore! Você não é homem?

— Isso parece tão íntimo. — Rouge comenta desviando o olhar. — Me sinto invadindo a privacidade deles.

— É uma memória delicada só deles dois, é estranho mesmo pensar que estamos vendo. — Sora concorda fácil com a mulher.

— Como se homens não pudessem chorar, ainda mais crianças. — Shakky revira os olhos para aquilo, era baboseira demais para ela escutar.

— É como somos ensinados desde sempre. — Toki dá de ombros. Essa era a cultura dela, não tinha porquê implicar com algo assim.

— Se você acha...

— A Makino contou tudo... — Garp suspira alto. Ele já deveria ter acostumado que os dois eram próximos no futuro, mas não conseguia aceitar esse fato.

— Somos amigos aí, lembra? — Makino tenta dizer com cuidado. Não queria irritar o homem que considerava um pai.

— Sim, sim, sim. Eu lembro bem desse fato. — Garp tenta não ser grosseiro com a garota. — Me prometa que irá tentar mudar isso, para o seu próprio bem.

— Tudo bem, eu prometo que vou tentar ficar longe dos piratas. — Makino levanta a mão em forma de juramento.

— Bom o bastante para acalmar o coração desse velho aqui. — Garp brinca com a garota.

— Mas é que... Shanks... — Luffy chora enquanto se agarra com força na roupa do ruivo. — O seu braço!

— O braço do Shanks. — Rayleigh fica preocupado na mesma hora. — Está saindo muito sangue! Me diz que ele tem um médico abordo.

— Isso não faz sentido algum. — Roger franze o cenho. — Ele tem Haki para espantar o rei dos mares facilmente, por que perder o braço no processo?

— Deve ter sido na hora que ele o tirou do caminho, não deve ter dado tempo de sair do meio. — Rayleigh diz observando o garoto, como se tivesse tendo certeza que estava tudo bem.

— Se ele quisesse, teria usado o Haki bem antes de chegar no garoto, a distância. — Roger diz ainda contrariado. — Ele quis perder o braço, isso explica o porquê está tão tranquilo com a situação.

— Mas por qual motivo ele iria querer perder o braço? — Rayleigh gruda os olhos em cada movimento que o Ruivo faz.

— Essa é a questão, o vídeo está mostrando mais do que pode explicar. — Roger cruza os braços. — E eu odeio isso. Primeiro ele tenta induzir o garoto e agora perde o braço?

— Por qual motivo ele estaria na ilha de nascença do Garp? — Rayleigh pergunta de volta. — Ele deveria saber, todos da nossa tripulação deveriam saber.

— A fruta, por que ele deixaria no bar para qualquer um ver sendo que ele poderia deixar no navio? — Roger suspira. — E se tiver algo a ver com o One Piece?

— Você acha que ele quer usar o garoto para conseguir esse tesouro que você acha que é o mesmo que nós estamos procurando? — O imediato segue o raciocínio do seu capitão.

— Não acho que seja isso, ele parece gostar muito do garoto para usá-lo. — Roger descarta. — Tem a possibilidade de tudo ser uma coincidência, mas...

— Temos que saber mais informações para poder opinar melhor. — Rayleigh concorda com a cabeça. — Ou podemos apenas declarar que ele é masoquista?

— Vamos ficar com a primeira opção...

//

— Meu braço... — Shanks coloca a mão no seu braço perdido no futuro. — Como que eu vou fazer sem o meu braço? Eu vou ficar fraco?

— Também quero saber sobre isso. — Yasopp responde preocupado. Ele tinha acabado de virar pirata, não podia simplesmente parar de ser.

— Acho que irá continuar igual estava sendo antes, você é destro ou canhoto? — Benn pergunta olhando no olha do seu futuro capitão.

— Eu sou destro. — Shanks responde rápido, esperando alguma resposta positiva que o homem pudesse dar.

— Então não faz muita diferença, não é? Já que você perdeu o esquerdo... — Beckman descarta, dando de ombros para a situação.

— Isso me tranquiliza mais. — Roo solta o ar que nem percebeu que estava segurando. — Vamos continuar uma tripulação.

//

— Isso é deveras decepcionante, muito mesmo. — Mihawk suspira alto. — Ele acabou de perder todo o interesse que eu tinha.

— Por que? Você tem fetiche em pessoas com dois braços? — Crocodile pergunta ironicamente, não dando muita atenção ao espadachim.

— Achei que ele seria um desafio, que poderia me dar lutas interessantes, mas ele perdeu o braço. — Mihawk explica com um olhar de censura para a insinuação. — Eu não luto com pessoas assim.

— Resumindo, é um fetiche. — Crocodile responde brevemente. — Um muito estranho pelo visto, mas levando em conta que você já é um homem feito e ele uma criança...

— Eu não estou interessado nele desse jeito! — Mihawk corta o usuário da Suna Suna no Mi. — Nunca ouvi tantas baboseiras de uma vez só.

— Não é nada, foi só um braço. Que bom que está bem. — Shanks o conforta e Luffy chora mais alto.

— Isso foi super lindo! — Franky começa a chorar junto com seu capitão. — Comecei a gostar mais do pirralho ruivo.

— Ele é mais velho que você, pare de chamá-lo de pirralho. — Iceburg repreende. — E aproveita e para de chorar também! Ninguém merece.

— Mas eu não posso ver ninguém chorar que eu choro também. — Franky explica tentando assoar o nariz na sua blusa florida.

— Quanta higiene, hein! — Iceburg ralha o mais novo de novo. — Pare de ser tão porco e vê se vai em um banheiro limpar isso aí.

— E desde quando aqui tem banheiros?

//

— E foi assim que Shanks induziu o garoto novamente. — Rayleigh percebe. — Por isso o garoto faz guerras por seus companheiros.

— Aprendeu que perder braços é um pequeno preço a se pagar por vidas inteiras. — Roger concorda com a cabeça. — Shanks estava disposta a fazer o garoto querer ir ao mar.

— Bom, não sabemos disso. — Rayleigh dá de ombros. — Ele nem quer levar o garoto com ele, deixou isso bem claro no começo do vídeo.

— Não querer levá-lo com ele é diferente de fazer ele querer ir ao mar. — Roger massageia suas têmporas com as mãos. — Isso é demais para mim.

Aparece a tripulação e algumas pessoas da ilha carregando o barco pirata de Shanks. Makino, Luffy e o prefeito observam a movimentação no caís.

— As pessoas da sua ilha parecem ter um apreço muito grande por eles. — Sengoku repreende com o olhar.

— Não olhe para mim assim, sabe que não posso controlar as pessoas. — Garp se defende rapidamente.

— Até o prefeito... acho que outra pessoa deveria ocupar um cargo tão alto como esse, alguém mais consciente. — Sengoku resmunga.

— Ele é uma pessoa muito consciente, sim? — Garp se vê na obrigação de defender o amigo. — Apenas caiu no falso encanto do Ruivo.

— Se você diz...

— Já vão embora? — Luffy pergunta mais feliz.

— Vamos. — Shanks responde descendo as escadas, de costas para o garoto. — Ficamos mais de um ano, já. É hora de partir. Sentirá saudades?

— Sim, sentirei. — Luffy é sincero. — Mas não pedirei mais para me levar. Me decidi que eu mesmo me tornarei um pirata.

— O que foi que eu falei? — Roger revira os olhos. Shanks queria algo com essa visita à ilha, ele só precisava saber o que era.

— Será que nós, antes de desfazer nosso bando, iríamos descobrir algo importante é por isso Shanks está agindo assim? — Rayleigh pergunta.

— Acredito que se esse for o caso, essa sala mostrará mais coisas importantes e que tenham a ver com o comportamento dele. — Scopper, que estava ouvindo a conversa, opina.

— Isso apenas me faz ter mais vontade de dar a volta ao mundo. — Crocus compartilha. — Descobrir os segredos do mundo e o que o governo mundial esconde.

— Vamos fazer isso, nem que seja a última coisa que eu faça!

//

— Tão novo e já está decidindo o que quer para o futuro... — Robin aperta sua mão em nervosismo. Tudo o que ela queria era ser uma arqueóloga, mas virou uma pirata, ela não era determinada igual seu capitão era? Por isso não conseguiu o que queria?

— Desde novo ele planeja ser pirata e, mesmo assim, entre tantas pessoas, ele nos escolheu. — Brook sorri, estava ansioso para sair daquele navio quebrado.

— Ele parece ser uma pessoa muito boa, confesso. — Jinbe sorri minimamente. O garoto sabia ser carismático e prender o foco das pessoas em sua volta.

— Mas ainda está com um pé atrás, não é? — Otohime entende o sentimento do colega. — Nunca sabemos como uma pessoa é realmente até conviver com ela diariamente.

— Só tenho receio de me decepcionar, me machucar, igual sempre acontece. — Jinbe desabafa. — Mas sei que é besteira. Acho que posso confiar na sala.

— Não é errado se prevenir. — Fisher alerta. — vai no seu tempo, você ainda tem anos até ele nascer e crescer pra decidir algo, não precisa ser agora.

//

— Ele ficou um ano na ilha Dawn e você nem ficou sabendo. — Dragon estranha. — Velho, você está morto?

— Para eu morrer terá que acontecer algo muito grave. — Garp descarta a ideia. — No máximo estou muito ocupado, longe do East Blue.

— Ah, claro. Você nunca tem tempo para nada mesmo. — Dragon diz amargamente. Foi horrível crescer em um lugar onde seu pai passava mais tempo trabalhando a quilômetros de distância do que eu casa, principalmente depois da morte de sua mãe.

— Não seja rabugento, era o nosso sustento. — Garp argumenta com o filho. — Você nunca consegue entender as coisas mais simples que eu falo, por que dificulta tanto?

— Não vou discutir isso com você, velho.

— Não te levaria mesmo. — Shanks mostra a língua provocando. — Duvido que será um pirata.

— Serei sim. — Luffy grita caindo na provocação. — Um dia terei um bando tão forte quanto esse, encontrarei o maior dos tesouros e com certeza serei o rei dos piratas!

— "Um bando tão forte quanto esse" Yohohoho. — Brook fica feliz com o que escutou. — Ele nos superestima demais.

— Eu gosto disso. — Robin confessa baixinho. — É tão bom ter alguém que acredite na gente, acho que isso é o que mais me chama a atenção.

— Nosso super capitão é incrível, por isso que ele se tornará o maior pirata que esse mundo já viu, se tornando o rei. — Franky bate no peito orgulhoso.

— Eu não vou conseguir realizar o meu sonho... mas fico feliz em saber que vou fazer de tudo para realizar o dele. — Robin sorri com a boca fechada.

— Seu sonho não era ser uma arqueóloga? Pensei que você fosse uma, mana. — Franky não entende a garota.

— Eu queria ser arqueóloga para trabalhar com a minha mãe. — A Nico explica. — Mas não é isso que vai acontecer.

— Piratas viajam muito, talvez você tenha se tornado uma para procurar por ela. — Franky dá de ombros, esse assunto parecia delicado demais para ele conversar sobre.

— É isso! Talvez você tenha razão. — Robin sorri mais alegre, nem tudo estava perdido ainda. — Muito obrigada!

— Esse garoto falou que somos fortes! — Yasopp se gaba. — E parece que ele gosta da gente, somos próximos do garoto do futuro!

— Isso é bom, não? Essa sala está fazendo muito suspense com esse bando. — Lucky Roo questiona os motivos.

— Para mim é ótimo! Tudo o que eu queria era ser um grande pirata, e agora parece que eu consegui isso. — Yasopp coloca as mãos atrás da cabeça, de um jeito relaxado.

— Você se contenta com tão pouca informação. — Benn suspira. — Parece que vocês vão me dar um baita trabalho.

— Na música falou que ele queria o One Piece e agora ele disse que quer o maior dos tesouros. — Roger constata facilmente. — One piece é o nome do tesouro que estamos atrás, agora é certeza.

— Isso já ajuda, agora sabemos o nome do que procurar. — Scopper tenta ver pelo lado positivo novamente.

— Depois eu vou checar se algum poneglyph fala sobre esse tal de One Piece, de-gozaru. — Oden garante para a tripulação.

— Faça isso! Quero saber todas as informações que temos até agora. Ver se não deixamos passar nada de importante. — Roger concorda.

— Hã? Quer nos superar? Então... — Shanks pega seu chapéu de palha e coloca na cabeça do garoto. — Deixarei meu chapéu com você. É meu precioso chapéu. Cuide bem dele. — Luffy chora baixinho.

"Boa viagem" e "se cuidem" são ouvidos pelos civis da vila ao mesmo tempo que o grande barco começa a se afastar do porto. A tripulação animada, acenando com a mão.

— Eu sabia que era meu chapéu! — Shanks comemora baixinho, não querendo trazer de novo toda a discursão sobre o objeto.

— Garp... — Sengoku suspira derrotado, do que adiantava repreender seu amigo cabeça oca? No fim ele tinha razão, ele não podia estar em todos os lugares, nenhum marinheiro conseguiria tal feito.

— Parece que eu vou ter que ter uma palavrinha com esses pilantras! Você se dedica a vida inteira pelo bem-estar da vila e é assim que eles retribuem? Virando amigos de pirralhos ruivos? — Garp resmunga alto.

— Você parece ter uma tripulação bem grande, Shanks. — Crocus percebe surpreso. — Você tem o respeito de várias homens.

— Será que eu tenho uma frota ao meu comando? — O Ruivo pergunta animado. — É... eu devo ter sim. Irei fazer o mundo me temer igual temem o Roger-senchō!

— Eles estão indo depois de um ano na ilha... — Makino se escolhe. — Eu não sou boa com despedidas e parecíamos ser amigos.

— Tenho certeza que você vai ficar bem. — Dragon tenta reconfortar a garota. — Sem dizer que ele pode voltar depois de um tempo, piratas vem e vão!

— Não estou preocupadas comigo, na verdade. — Makino dá de ombros, ela estava sendo sincera. — Estou preocupada com Luffy, ele parece ter se apegado muito a ele.

— Eles vão se reencontrar um dia no mar, se essa for a vontade deles dois, claro. — Dragon tentar novembro ser positivo sobre a situação.

— É, mas pode ser no campo de batalha, aliás, piratas não são assim? Cada tripulação por si? — Makino se encolhe mais. — Eu não iria querer ver isso.

"Venha me devolvê-lo algum dia! Quando for um grande pirata. Me prometa, Luffy!" A voz de shanks continua enquanto mostra o garoto segurando o chapéu contra o peito.

— E ai está ele induzindo o garoto pela terceira vez à ir ao mar. — Roger percebe contrariado. — Qual o sentido de fazer uma promessa assim?

— Talvez Shanks tenha percebido que esse garoto tem potencial para ser maior que você e por isso está insistindo tanto. — Rayleigh dá de ombros. — Como pode não ser nada.

— Mais de um bilhão e quinhentos milhões de Bellies. — Sengoku fala simplesmente, sem tentar esconder de quem escutava a conversa.

— O que que tem esse dinheiro? — Garp franze a testa. Era um valor muito alto para ele pensar em qualquer coisa.

— A recompensa do ruivo é maior que um bilhão e meio. — Sengoku diz exasperado pela notícia. — Ele será um problemão para a gente.

— Minha recompensa será maior que tudo isso? — Shanks arregala os olhos, surpreso com a informação.

— Mas como você sabe disso? — Roger questiona, o que ele tinha deixado passar? Será que Sengoku sabia mais coisas do que foi mostrado na sala?

— Ele mandou o garoto devolver o chapéu quando chegar no mesmo nível que ele. — Sengoku explica entediado. — No vídeo anterior vimos que o chapéu de palha possui uma recompensa de um bilhão e meio.

— Ele ainda não devolveu o chapéu. — Rayleigh segue o raciocínio do marinheiro. — Isso se ele for mesmo cumprir a promessa.

— As músicas sempre falam de uma promessa. — Edward percebe também. — Seu pirralho se tornou um grande pirata, Roger.

— Ele tem uma recompensa maior que a minha... — Marco fica indignado. Ele era o imediato do Barba Branca, o homem mais forte do mundo. — Tanto por ele-yoi?

— Mais de um bilhão e meio? — Doflamingo engole seco. O quão forte o pirralho poderia ser? Ele nem era usuária de uma Akuma no mi.

— É uma recompensa e tanto. — Mihawk estreita seus olhos amarelos na direção do garoto. Talvez ele devesse dar uma chance para o desafio entre eles.

— É óbvio que ele se tornou um grande pirata! — Roger estufa o peito com orgulho. — É o meu aprendiz, aliás!

— Parece que vai começar uma música agora. — Garp troca de assunto antes que Roger ficasse insuportável. — A tela está subindo.

— Parece uma música animada dessa vez. — Vista analisa o som que saia do alto-falante. — Me pergunto de quem será?

— Só escutando para saber.


Notas Finais


O que acharam? Partes preferidas? Algo que não gostaram? Me contem tudinho!!! Seus comentários são importantes para eu saber como está indo a fic e para me motivar a escrever.

Eu vi que muitos de vocês (Wattpad e Spirit) pediram pelo amv "ele é o nosso capitão". Vamos fazer um combinado? Quando essa fic chegar a 500 votos e favoritos (cada um em sua plataforma) eu começo a escrever esse capítulo especial para vocês. Se vocês quiserem, se não a gente só finge que isso nunca aconteceu.

Sobre as atualizações... Me perdoem por ser tão lento mas a verdade é que eu não tenho mais tanto tempo livre como antes. Nas férias eu tento postar mais de um, mas por enquanto será assim...

Sobre os casais... eu não pretendo fazer nenhum casal que não seja oficial (com exceção do Shanks e a Makino), quero seguir o mais cannon possível, respeitando os sentimentos dos próprios personagens... mas nada me impede de citar um ou outro, aqui e ali. Quais vocês gostam? O que gostariam de ver?

Lembrem que vocês são livres para me recomendarem raps, amvs, cenas e qualquer outra coisa que acharem legais e condizentes com a história, juro que levo muito a opinião de vocês e tento encaixar o que vocês querem nos arcos.

Boa leitura S2!


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