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História God of War - Colocando tudo em ordem...


Escrita por: hokage-das-sombras

Capítulo 31 - Colocando tudo em ordem...


Fanfic / Fanfiction God of War - Colocando tudo em ordem...

— Thrud?! Minha filha, o que aconteceu? Sentimos tremores, nossa casa quase desabou! - disse Sif. Thrud acabara de chegar em casa, após muito tempo sem ver sua mãe. Sif corre para acolhê-la, com um cobertor e água. Thrud estava toda machucada, mas olhando para ela, percebe-se que sua maior ferida era mental. Thrud se senta, na cadeira da cozinha. A casa era bem humilde, semelhante a casa de Kratos, também em um bosque desconhecido em Midgard. — O que houve com os outros? - Sif pergunta, preocupada.

— Thrud?! O que aconteceu? - Lorride questiona.

— Foi tudo... Culpa... Minha... - disse Thrud, lentamente. Ela coloca as mãos no rosto e chora. Sif coloca uma cadeira ao seu lado, se senta e a abraça, numa tentativa de consolar sua filha. Sif e Lorride se encaram, como quem estranhava aquele comportamento. Thrud não costumava demonstrar tal fraqueza, independente do que aconteça.

— Filha... Você está esgotada, sei que lutou. Tome um banho quente e vá descansar. Amanhã nós conversamos. - disse Sif, abraçada com Thrud. — Lorride, por favor ponha a água no fogo. - ordena Sif. Lorride aquece a água para que Thrud vá tomar banho.



Em Vanaheim chovia muito. Freya caminha abraçada com Atreus, chorando. Enquanto Kratos carregava o corpo de Freyr, para o quintal de sua casa. Mimir estava próximo ao Mjolnir tentando entender o que tinha acontecido, de fato. Ele vê seus amigos chegando, com o corpo de Freyr nos braços de Kratos. Gerda estava na casa de Freyr, esperando ela sai e se depara com o corpo de seu marido, já sem vida.

— Não!!! Freyr!!! - gritou, Gerda, desesperada. Os elfos - luminosos e escuros - pousam em volta deles e ficam em silêncio, ao ver o corpo de Freyr. Atreus carregava um pequeno saco, com as cinzas de Angrboda e sua filha que ele recolhera no campo de batalha.

— A história se repetiu... - disse em voz baixa — As esposas de meu pai se tornaram cinzas. E, agora, a minha esposa também. E meu filho... - Atreus abaixa a cabeça e derrama lágrimas, ao chorar... Kratos coloca o corpo de Freyr no chão e coloca a mão no ombro de Atreus. 

Brok e Sindri aparecem, próximo a eles. Sindri caminha até Atreus e o olha nos olhos.

— Atreus... Eu sinto muito. - disse Sindri. Brok fica cabisbaixo, ao ver Atreus naquela situação. E Sindri, mais ainda, por entender um pouco da dor que é perder um ente querido. Atreus perde mais dois, agora: sua esposa e filho, que estava prestes a nascer. Além de perder sua mãe, ainda quando criança. Mas Kratos continuava ali, ao seu lado. Pronto pro que der e vier...

— Obrigado, amigos. - Atreus olha para Kratos e seca as lágrimas. — Onde iremos sepultar Freyr, pai?

— Acredito que em Alfheim, já que Vanaheim está... Destruído. - disse Kratos. Eles olham para trás e vê Gerda desesperada, sobre o corpo de seu marido. Chorando como uma criança.

— Preciso ir até Jotunheim. Depois, vamos até Alfheim. - disse Atreus. Kratos apenas acena com a cabeça, positivamente. — Fiquem aqui, cuidem delas. - disse Atreus. Sindri e Brok também acenam e Atreus vai para o reino dos gigantes.


Atreus, ao chegar no pico mais alto dos 9 Reinos, sente o vento do cume passando pelo seu corpo. Ele se sente... Leve, naquele lugar. Atreus caminha até o local onde jogou as cinzas de sua mãe. Ele olha a cima e fecha os olhos, por um momento. Ele se lembre do que Moisés disse, sobre conversar com Deus num lugar calmo e tranquilo, sozinho...

— Deus... Criador de tudo. Eu errei por muitas vezes, mas minha esposa e filho não tinham culpa pelos meus erros - disse Atreus, se olhos fechados. Seus olhos se enchem de lágrimas, ao dizer isso. — Eles pagarem por isso é injusto. - Atreus começa chorar. Ele se ajoelha e chora muito, a ponto de soluçar — Por que, Deus? Eu deveria ter ido em seu lugar. Eu queria ter tido a chance de pelo menos pegá-lo no colo. - Atreus começa a falar alto agora, como um desabafo — Nós imaginávamos. Se seria menino ou menina. Até escolhemos um nome, caso fosse menina. Se chamaria "Hella". A gente sorria enquanto imaginava sua aparência, se fosse parecer comigo ou com ela... Ou até mesmo meu pai. - ao lembrar dos bons momentos, ele esboça um sorriso em meio ao choro. — A gente discutia até mesmo qual profissão ele seguiria quando adulto. Queríamos quase todas as profissões, exceto guerreiro. - Atreus sorri. Porém, após alguns segundos, sua expressão se fecha e ele fica sério. Atreus abre os olhos e olha para a sacolinha onde estão as cinzas. — Mas não deu tempo de ver o que aconteceria... Agora, eles foram reduzidos a... Cinzas. - Atreus se levanta e caminha para o precipício. — Será que... Eu deveria me jogar e acabar com tudo de uma vez? - Atreus questiona. Ele abre a sacolinha e deixa as cinzas irem, com o vento. Assim como fez com as cinzas de sua mãe. Atreus, ao colocar o pé para fora do precipício, pronto para se jogar, lembra de seu pai. Ele imagina a dor que Kratos sentiria, caso Atreus morresse. Atreus cai para trás, sentado no chão. Ele põe a cabeça entre as pernas e chora muito, novamente.

— Filho - uma voz grave ecoa por Jotunheim. Era forte como um trovão, até tremia as paredes das montanhas. Atreus se espanta, mas não era a voz de seu pai. — Seu filho e esposa estão comigo, no Paraíso. E logo se encontrarão - disse, aquela voz potente. Atreus se arrepia por inteiro. Ele olha para seu braço e se assusta. Ele sente uma presença absurda, algo que nunca sentiu antes na vida. E aquela presença, o confortou. — Leve a minha palavra pelo mundo e salve as almas perdidas. - disse a voz, novamente.

— "Filho"... - Atreus repete, incrédulo com o que acaba de acontecer — Esse é Yahweh... O Deus de Moisés. Agora eu entendo... - disse Atreus. Ele sabe que aquilo é verdadeiro. Por mais que ele sente saudade de sua esposa e filho, ele entende melhor o que houve e se sente confortável em saber que o Espírito deles estão em paz. Atreus se levanta com um pequeno sorriso e olha para o céu, novamente. — Obrigado... Pai. - disse, para Deus.

Atreus desce as escadas de Jotunheim feliz pelo acontecido. Quando ele se lembra de uma pessoa: Thrud. Ele imagina o quão frustrada ela estava. Além de se sentir culpada, pelas mortes que aconteceram...


Enquanto isso, Kratos e Freya conversavam sobre os acontecimentos recentes na casa de Freyr. Gerda cuidava do corpo do seu marido: o limpa e o veste para o funeral.

— Desta vez, Lúcifer conseguiu levar meu irmão, Angrboda e Aquiles. - disse Freya, sentada na cama em seu quarto ao lado de Kratos.

— Freya... Hoje, eu vejo de outra forma. - disse Kratos — Aquiles não veio para matar somente Angrboda. Mas sim para me matar e matar Atreus, em busca de sua vingança. - explicou. Freya fica pensativa, agora. — Freyr deu sua vida para me salvar... Nunca esquecerei esse gesto. Mas infelizmente Aquiles sofreu as consequências de sua escolha por vingança. - conclui Kratos.

— Sim, Freyr te salvou... E não sei o que seria de nós sem você para enfrentar Vé, que ainda estava vivo. Mas foi tudo arquitetado por Lúcifer - Freya insiste em colocar toda a culpa em Lúcifer.

— Freya. Quando fazemos algo, foi por nossas próprias escolhas. - Kratos explicou, novamente. — Atreus escolheu se vingar pela minha morte, por mais que Lúcifer estivesse influenciando-o e se aproveitando de sua fraqueza. Atreus ainda escolheu. - disse Kratos. — Nós somos cobrados no futuro, pelas nossas escolhas. - explica.

— Tudo bem Kratos, eu sei disso mas...

— Freya, Aquiles assassinou uma mulher grávida em prol de sua vingança. - disse Kratos, interrompendo-a — Aquilo não foi simplesmente influência de Lúcifer, foi uma atrocidade! Os deuses e as pessoas ESCOLHEM ajudar o lado de Lúcifer. - explicou. Freya fica pensativa e realmente aquele argumento faz muito sentido.

— Acho que... Você tem razão. Não é uma guerra somente contra esse Lúcifer. É uma guerra entre o bem e o mal. É algo além de Lúcifer. As pessoas tem ganâncias e desejos. Se não fosse Lúcifer, eles teriam outra oportunidade de mostrar a verdadeira face... - Freya refletiu.

— Sim...



— Thrud, me conta o que aconteceu! - disse Sif. Thrud está quieta, sem contar o que havia acontecido. Além de envergonhada e frustrada, está se sentindo culpada e responsável pelas tragédias que acontecera.

— Foi o seguinte... - Thrud resolve contar, após alguns minutos que sua mãe perguntou. — Viajando pelo mundo, encontramos os irmãos de Odin. Eles vieram até Vanaheim, por minha culpa e Aquiles se aliou a eles, para se vingar de Atreus. Com isso, Aquiles assassinou Angrboda e Freyr morreu ao tentar proteger Kratos. - disse, rapidamente. Sif coloca a mão na boca, espantada. —... Tudo isso porque sou uma burra, irresponsável, linguaruda e imbecil - disse Thrud. Logo em seguida, alguém bate na porta de sua casa. Lorride vai até a porta e se depara com Atreus.

— A-Atreus... Quer entrar? - Atreus passa por Lorride e entra na casa.

— Olá Lorride, Sif. - disse Atreus. Ele entra, puxa uma cadeira e se senta à mesa. Ele está com um ar de tranquilidade. 

— Atreus... Quer tomar alguma coisa? Está com fome? - Sif perguntou.

— Não... Eu vim ver como ela estava. - disse Atreus, ao olhar para Thrud. Ela está envergonhada e sequer olha para Atreus. — Estava em Jotunheim, fui levar as cinzas de Angrboda, assim como fiz com as cinzas da minha mãe... - explicou.

— Meus sentimentos, Atreus... Espero que Angrboda descanse em paz. - disse Sif. Ela se levanta e oferece um abraço. Atreus se levanta e a abraça. 

— Meus sentimentos... - disse Lorride. Ela também o abraça. 

Thrud olha para o chão. Atreus caminha até ela e abre os braços para ela, ao oferecer um abraço.

— Thrud, se você se sente culpada por qualquer coisa, eu te perdoo. - disse Atreus, de braços abertos. Os olhos de Thrud se enchem de lágrimas. Ela se levanta e o abraça. Os dois se abraçam, forte. Thrud chora muito, como uma criança agora. Sif e Lorride choram de felicidade, ao ver aquela cena.

— Atreus... Foi tudo culpa minha, você me alertou. - disse, aos soluços. Thrud chorava como criança. Ela apertava Atreus e chorava muito. — Freyr, Angrboda, seu filho... Seu filho! - disse, inconformada. Atreus deixa as lágrimas caírem também, essa ferida nunca se fechará em sua vida... Atreus tenta afastar Thrud, devagar. Ele segura o rosto de Thrud com uma mão e com a outra ele limpa seu rosto. Atreus também está com o rosto molhado pelas lágrimas.

— Thrud, não teve um culpado. - disse Atreus — Numa batalha, estamos sujeitos a matar e morrer. O culpado disso tudo se chama Lúcifer. - explicou. Thrud ainda não aceita o argumento de Atreus e olha para o lado. Atreus puxa Thrud pelo queixo, com o indicador. — Olha pra mim. Não foi culpa sua. Lúcifer orquestrou tudo. Ele tentaria matar meu pai de uma forma ou de outra. Lembra do que Moisés nos disse, no Monte Sinai?

— Lembro. - responde Thrud, com a voz embargada. Seu nariz estava entupido.

— Conversei com Yahweh. Fico até arrepiado, por tocar no assunto - Atreus mostra o braço e realmente seus pelos estavam arrepiados. — Minha esposa e filho estão em paz, com Deus. Ele me garantiu. - disse, ao sorrir. Atreus pega um pergaminho e deixa sobre a mesa de Sif. — Traduzi a Torat e escrevi em runas, para que as pessoas daqui consigam ter conhecimento sobre Yahweh. Leiam, quando puderem. - disse Atreus. Thrud está pensativa, ela vê Esperança no olhar de Atreus. Como se ele tivesse encontrado um verdadeiro propósito para seguir. Atreus se sentiu acolhido por Deus, nesse momento tão difícil onde ele quase tirou a própria vida. — Bom, nós vamos preparar um funeral para Freyr. Ele morreu para salvar a vida do meu pai, uma morte digna... Será em Alfheim, no Templo da Luz. - disse Atreus. — Vamos, todos juntos.

— Atreus - Thrud segura sua mão. Atreus a olha nos olhos e ela está sorrindo. — Obrigada. Por tudo. - disse, Thrud. Atreus sorri de volta. Ele sai, da casa de Sif, para que elas se arrumem à vontade para o funeral de Freyr. 



Eles chegam no Templo da Luz, em Alfheim. Atreus, Sif, Thrud e Lorride se unem a Kratos, Freya, Brok e Sindri. Com eles, também estavam as Valquírias. Todos com suas vestes pretas, para o velório de Freyr. Gerda estava à frente, próxima ao caixão, que estava ao lado da luz de Alfheim.

— Meu marido. Companheiro. Está fazendo uma falta enorme. Sua morte levou uma grande parte de mim, junto. Eu adorava seu jeito de ver o mundo. Seu talento com a música e a poesia... Você era alguém especial. Muito mais que um "deus vanir" ou algo do tipo... Você foi o meu grande amor, meu parceiro durante séculos. E não podia ser diferente: morreu para salvar outra vida. Uma morte digna do grande homem que você foi. Descanse em paz, meu amor. - disse Gerda, aos prantos. Todos aplaudem seu discurso.

Gerda olha e vê dois anjos se aproximando, dos seus amigos. Kratos, Atreus, o general líder dos elfos escuros e o líder dos elfos luminosos levam o caixão para a Luz de Alfheim - um último desejo de Freyr, ser "enterrado" na Luz de Alfheim.

Os anjos se aproximam deles. — Primeiramente, meus pêsames pela perda. - disse, Gabriel. Eram Gabriel e Miguel.

— Meus pêsames - disse Miguel.

— Bom vocês tem algo a falar, alguma mensagem de Deus...? - Atreus pergunta. Sindri fica com os olhos arregalados, espantado com a presença dos anjos. Ele não acreditava naquelas histórias, até vê-los pessoalmente.

— Sim, temos. - disse Miguel. — O Senhor quer que vocês façam um grande favor. Na verdade, é algo que precisava ser feito. A união dos reinos, fisicamente falando e terão que enviar as almas para o verdadeiro mundo dos mortos. - explicou.

— Com Freyr morto, talvez a gente não consiga unir forças suficientes para fazer esse tipo de magia... - disse Freya, preocupada.

— Bom, eu e Gerda podemos te ajudar - disse Atreus.

— E, estes seres, farão parte do exército dos anjos. - disse Gabriel, com relação aos Elfos.

— Vocês querem acabar com os nove reinos e as criaturas daqui? - Mimir questiona.

— Mimir. - disse Atreus, repreendendo-o — Eles querem consertar os erros que a humanidade seguiu, causados pelo Lúcifer - disse Atreus.

— Mas se unificar os submundos e entregar as almas, acho que... Iremos morrer - disse Mimir, para Brok.

— O quê?! Não, não podem fazer isso. - disse Sindri, desesperado.

— Sindri. Você não tinha comentado que esse Deus é realmente o nosso criador? - Brok questiona. — Então devemos seguir o que Ele quer. Eu já passei da hora de morrer. Literalmente. Eu não devia nem estar aqui, agora. - concluiu.

— Yahweh levará todos com ele - disse Gabriel.

— Não, Atreus por favor não deixem levar o Brok. - disse Sindri, desesperadamente.

— Sindri, não seja egoísta. - disse Mimir — Atreus perdeu quase todos seus entes queridos. Aceite a morte de Brok e o deixe seguir seu caminho.

— Tem razão... - disse Sindri. — Eu preciso... Aceitar.

— Irmão, vai ser melhor. Acredite. - disse Brok. Pela primeira vez na vida, ele falou sério.

— É só que... Você é a minha família. - disse Sindri.

— Nós somos sua família. - disse Atreus. Sindri olha em volta e se vê acolhido, por essa família formada por um grego, um jotun, aesires e vanires. Uma grande mistura. 

— O Senhor só tem esse favor para pedir a vocês. Ao usar seus poderes, leia isto em voz alta. - disse Gabriel. Ele entrega um pergaminho para Freya. — O Senhor te dará um filho com Kratos - disse, ao sussurrar para Freya. Ela se anima com a notícia.

— As Valquírias também irão conosco. Serão nossos irmãos, também. Deus irá transformá-las em anjos, como nós. - disse Miguel. Eles abrem suas asas, os dois e saltam. Desaparecem dali.


— Bom, amigos... Foi um prazer fazer parte dessa aventura - disse Mimir. — Sentirei saudades, de onde eu estiver.

— Você se tornou um grande amigo, Mimir - disse Kratos.

— E um grande professor! - disse Atreus.

— Fica tranquilo, velho esquisitão, eu vou estar lá com você. - disse Brok, em tom de brincadeira. 



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