História Grand Chase - A Jornada - Floresta Élfica - Ryan Woodguard

Ryan Woodguard

“Em tempo de paz convém ao homem serenidade e humildade

Mas quando estoura a guerra deve agir como um tigre!”

- William Shakespeare

Ryan era o ultimo de pé na Floresta Élfica.

Na verdade ele era o último de pé literalmente uma vez que Lian estava com um ataque forte de sua doença e de cama a semanas.

Havia sido aquele ataque que havia impedido os Woodguard de embarcar nos navios juntos com os outros Elfos que fugiam para as Ilhas Eryuell, Ryan não queria arriscar uma viagem tão longa no atual estado da irmã, poderia ser fatal e ele não suportaria outra perda.

Não depois Satyr.

Olhou ao redor para a floresta que havia crescido e jurado proteger com certo receio – imagine ele um Druida com receio da natureza! – os monstros estavam atacando mais frequentemente e chegando perto da casa que ele e a irmã viviam. Ryan não queria nem pensar no que aconteceria caso os monstros chegassem a Lian e ele não estivesse lá.

Estava sentado a margem de um lago pequeno na posição de meditação. O segredo é manter a calma e ouvir a natureza recitou mentalmente um dos conselhos mais sábios que já havia recebido de Satyr na vida.

Mas e quando a natureza não responde? Ryan não queria nem pensar no que teria ocorrido para Gaia deixar de responder as preces e a floresta deixado de falar. Forçou um pensamento calmo – sua infância com Liam e Satyr – e relaxou novamente antes de ficar muito alterado.

Precisava tentar localizar as criaturas amaldiçoadas e diminuir seus números o máximo que conseguisse enquanto Liam não melhorava. Quando a irmã conseguisse sair da cama Ryan a mandaria direto para Eryuell e teria mais liberdade para cuidar da floresta.

Ele tinha prometido a Satyr que cuidaria da floresta e seu juramento como Druida era cuidar da natureza. Sem a responsabilidade e a preocupação que Liam o trazia ele finalmente poderia assumir sua forma de Lobo em tempo integral e viver para lutar.

Poderia finalmente viver apenas por puro instinto selvagem.

Mas era uma faca de dois cumes. Ryan poderia ser uma maquina de lutar mortífera, mas viver com o instinto selvagem de um lobo por tempo demais era perigoso, Ryan poderia perder a própria consciência caso o fizesse.

Mas para proteger a natureza um Druida deve fazer o que for necessário, e Ryan Woodguard preferia morrer a deixar uma floresta ser dominada pelas trevas.

Amava aquela sensação.

Sentia-se parte de tudo ao seu redor. Podia ouvir cada passo dado naquela porta, podia ver mais claramente que qualquer animal. Suas patas batiam no solo levantando poeira por onde passavam e o vento balançava seus pelos.

Ryan amava aquela sensação de liberdade que sua transformação lhe dava.

Tomou impulso e subiu nos galhos de uma arvore alta, ficou em pé em duas patas e se concentrou tentando localizar seus próximos alvos. Ouviu passos na entrada da floresta e franziu o cenho confuso. Os monstros geralmente se arrastavam e não davam passos, abriu os olhos e tentou forçar a visão aguçada de lobo para ver do que se tratava mas não conseguiu, havia muitas arvores na frente.

Suspirando tomou outro impulso e pulou para a arvore vizinha decidido a ir checar pessoalmente o que entrava na Floresta Élfica e o que queria.

Chegou na margem da floresta – que ficava a beira da estrada que cortava toda Vermencia – e pousou no chão de terra batida esperando o que quer que fosse aparecer ali. Pelo som dos passos estavam perto e Ryan ponderou se seria melhor voltar a sua forma humana por precaução, antes que pudesse decidir sentiu um impacto nas costas e foi arremessado para frente com os ombros ardendo.

Não precisou virar para saber que uma Harpia havia dado um rasante bem onde estava minutos atrás. Ryan rosnou, um som gutural e selvagem e mostrou os dentes para a mulher pássaro se preparando para saltar e arrancar pena por pena daquela maldita galinha alada.

Porém quando a Harpia uivou de dor e despencou em queda livre batendo de cara no chão Ryan franziu a testa. Paradas do outro lado da clareira estavam três meninas, uma delas claramente uma Elfa segurando um arco e olhando fixamente para o alvo abatido. A Elfa disparou mais três flechas por garantia antes de correr na direção de Ryan com os olhos nublados de preocupação.

“Santa Gaia!” ela murmurou abismada passando a mão pelas escoriações que Ryan havia conseguido em lutas anteriores naquele dia.

“Lire o que diabos está fazendo? Ele pode te morder!” a ruiva falou olhando para os lados nervosas

“Besteira! Ele é um lobo Elesis! Eles são guardiões da floresta, não me machucaria!” a Elfa remexeu em sua bolsa

“Lire tem certeza disso ele parece meio...Selvagem?” a menina mais nova aparentemente se aproximou incerta ajoelhando ao lado da amiga e olhando com receio para Ryan.

“Bobagem Arme, olhe para ele, é tão fofo!” a Elfa acariciou as orelhas de Ryan falando de um modo engraçado e olhando para ele sorrindo.

“Eu não sou fofo” o Elfo respondeu, sua voz mais rouca e grave do que o normal.

“AI MEUS DEUSES!” a menina de cabelos roxos deu um berro e bateu com seu cetro na cabeça de Ryan.

Ele queria entender como uma criatura tão pequena tinha tanta força. Ryan perdeu a consciência por alguns minutos pelo que calculou e quando retornou a si sentiu algo o cutucar na barriga peluda.

“Arme você matou ele!” a voz da ruiva sussurrava

“Deuses eu sou um monstro, Gaia vai me amaldiçoar eu tenho certeza! Nunca mais vou poder entrar em uma floresta!” a menina que o havia acertado lamentava sussurrando.

“Arme calma...” a Elfa começou a dizer.

“GRANDE GAIA FOI UM REFLEXO EU JURO QUE NÃO FOI POR QUERER POR FAVOR, NÃO ME TRNSFORME EM UM COGUMELO!” a pequena garota desandou a chorar inconsolável.

“Arme pela armadura de Ernasis calma...”

“Eu vou morrer!” ela continuava

Ryan decidiu que aquilo era demais e começou a dar sinal de vida soltando um leve ronronar, começou a se sentar como um cachorro faria e levou a pata até a cabeça que ainda estava dolorida pelo golpe.

“EU VOU VIVER!” a roxinha bradou aos céus.

Ryan olhou para as três meninas e pousou seu olhar na Elfa que o encarava confusa e com certa cautela.

“Eu não sou fofo” ele reafirmou para manter sua honra intacta.

“Fofo? Claro que não! Você é uma criatura cruel e poderosa e....” a ruiva começou a tentar cobrir a gafe da amiga

“Grandiosa.” ofereceu a roxa

“Isso! Grandioso ou grandiosa....” ela coçou a cabeça sem jeito

Ryan achou graça e decidiu voltar a sua forma humana e poupar a ruiva de mais constrangimento.

Se concentrou na energia ao seu redor e puxou sua consciência para fora do lobo, pouco a pouco a dor da transformação havia parado de ser tão forte mais Ryan ainda sentia alguns repuxos toda vez que seus membros começavam a diminuir e uma maldita tontura ao retomar os sentidos humanos.

“Meu nome é Ryan, sou o Druida que cuida desta floresta, quem são vocês?” ele se levantou espreguiçando-se e testando o controle do próprio corpo.

“Um Druida? Achei que estivessem todos em Eryuell. Meu nome é Lire” a Elfa comentou parando em frente a ele.

Ela ofereceu a mão e Ryan apertou a mão da Elfa com os olhos estreitos já havia ouvido algo relacionado ao nome mas no momento nada lhe vinha a mente.

“Somos a Grand Chase...Estamos colocando os monstros para fora de Vermencia. Nossa Comandante nos mandou para cá depois de ouvir alguns relatos de ataques na estrada. Ah, meu nome é Elesis.” a ruiva chegou ao seu lado e apertou a mão com força.

“Entendo, ouvi dos integrantes da Guarda Real sobre vocês, não imaginei que fossem acabar aqui...Porém, Bem vindas a Floresta Élfica...Ou que restou dela.” Ryan sorriu amigável para as três.

“Então...Gaia não vai me punir não é? Ou os espíritos da floresta? Ou uma horda de Druidas assassinos vai me caçar?” a roxinha perguntou se aproximando dele incerta.

Ryan riu alto jogando a cabeça para trás.

“Não vai acontecer nada.”

“Ufa! Meu nome é Arme, desculpe ter te acertado, foi realmente um reflexo.” ela sorriu sem jeito

“Nenhum dano feito Arme, está quase na hora do almoço, é melhor irmos para minha casa e conversarmos um pouco...É perigoso aqui fora.” Ryan olhou para o céu de meio azul pacifico acima das arvores.

“Ele tem razão...Existem muitas trevas nesta floresta.” Lire olhou para as arvores.

“Depois deste dialogo alegre e iluminado como poderíamos recusar o convite?” Elesis girou os olhos e começou a andar.

Ryan deu uma leve risada nasal e liderou o caminho.

A casa que ele e Liam viviam desde crianças ficava na aldeia dos Elfos que moravam na floresta. No topo da arvore mais alta do local a casa que uma vez pertencerá ao líder da aldeia Satyr agora era habitada apenas pelo Druida e sua irmã doente.

A casa era circular tinha dois andares, Ryan abriu a porta e encontrou Lian sentado na poltrona da sala lendo um livro velho de ervas e tomando um chá fumegante em sua xicara. Sua irmã era uma jovem bonita que teria virado a cabeça de todos os Elfos daquela aldeia caso pudesse viver normalmente sem sua doença.

Liam tinha cabelos laranjas como o do irmão, em um tom mais claro e menos chamativo, os olhos eram verdes mais escuros que o de Ryan. Ela usava uma longa saia esverdeada e uma blusa de mangas leve em um tom verde claro. Cobrindo seu colo estava uma manta e em seus ombros um xale. Naquele momento seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo baixo e sua franja caia em seus olhos.

“Irmã estou de volta, temos visitas.”

Ryan entrou pela sala e deu espaço para as três meninas passarem em seguida. Liam apoiou o livro em seu colo e pousou a xicara na mesinha que ficava ao lado. Ela sorriu para as três meninas com gentileza e naquele sorriso Ryan ganhou seu dia.

“Bem vindas, chegaram bem a hora, o almoço está saindo.” Lian acenou para os sofás da sala em um convite mudo.

“Obrigada vocês são muito gentis.” Lire sorriu sentando-se no sofá.

“Não é sempre que temos visitas por aqui desde que os ataques começaram... Mas me digam, o que trazem três lindas moças para essa floresta perigosa?” Lian estava totalmente focada nas três meninas.

“Somos a Grand Chase...” Elesis começou

“Esperem! O grupo de elite? Então você é...? Valha-me minha santa Juriore você é Lire de Eryuell?” Lian interrompeu apontando para Lire e levando a  outra mão a boca.

“Sou?” Lire pareceu confusa como todos na sala.

“Meus Deuses menina! Você está louca? Ladmir está morrendo de preocupação! Onde já se viu sair escondida e nem se despedir do irmão!” Lian passou a mão nos cabelos nervosa.

“Perdão...Você conhece meu irmão?” Lire franziu a testa

Foi então que – como aquela Harpia mas cedo – o conhecimento súbito caiu sobre a cabeça de Ryan e ele engoliu em seco um palavrão.

“Claro que eu conheço, eu sou Lian Woodguard. Amiga e prometida de Ladmir.” Lian olhou impaciente para as três.

“Espere, vocês são os Woodguard?” Lire piscou incrédula e olhou para Ryan com a cara de desespero.

Ryan estava em um estado de mais choque ainda para ter uma reação decente, ficou ali olhando a Elfa com cara de idiota e sendo encarado de volta pela mesma.

“O que está havendo?” Arme perguntou confusa.

“Ela é a noiva do meu irmão! Vocês deveriam estar em Eryuell!” Lire enfatizou a palavra vocês.

“Eu tive um ataque de tosses muito forte há algumas semanas estou me recuperando, escrevi para Ladmir mandar um barco para mim semana que vem. Ryan não vai comigo.” Lian se acalmou e voltou a ter seu sorriso gentil e olhar alegre.

Como ela sabe?

“Puxa que mundo pequeno!” Arme comentou rindo da reação exagerada pelo encontro sem saber do que realmente se tratava.

“E porque não vai?” Elesis interrompeu

“Sou o guardião desta floresta, jurei que a manteria segura e farei isso.” Ryan deu de ombros sentando no chão em frente a Lian.

“Entendo...Você comentou algo sobre a Guarda Real?” Arme perguntou curiosa.

“Ah sim. Depois que os Elfos daqui se retiraram para Eryuell só restamos eu e Lian. A rainha Anyu vem mandando Guardas Reais e Cavaleiros Vermelhos patrulharem as regiões próximas a cidade. Eles saíram hoje de manhã, o Comandante deles estava com pressa, algo relacionado a um Castelo se não me engano.” Ryan relatou lembrando do grupo agradável de guerreiros que ficaram ali por três dias.

“Ronan esteve aqui?” Arme sorriu animada ao mencionar o nome.

“Sim, caso corram devem alcançar eles antes que cruzem o Vale do Juramento.” Lian respondeu calma.

“Sim, seria bom companhia pra cruzar aquele lugar.” Elesis divagou para longe.

“Mas antes vamos comer alguma coisa. Texugo traga a refeição por gentileza.” a voz de Lian subiu um pouco, não sendo propriamente um grito.

O animal surgiu da cozinha equilibrando duas bandejas de refeições. Um com três pratos que entregou para as visitas e a outra com os dois de Ryan e Lian, Arme estava olhando boba para o Texugo e Elesis meio desconfiada. Mas Ryan não perderia a piada.

“Ele é fofo, eu não” ele alfinetou a Elfa loira.

Lire corou até a raiz loira de seus cabelos causando as duas amigas arrebentarem em uma alta gargalhada e Ryan as acompanhar. Depois que se acalmaram Elesis começou a narrar as aventuras que haviam vivido até agora.

Ryan estava vidrado na narrativa e ao mesmo tempo preocupado, sabia que as trevas estavam atacando mas ouvir de quem presenciou era diferente.

Ryan queria ajudar naquela causa.

Foi no final da tarde que ocorreu.

Estavam todos sentados no chão da sala – Arme com Texugo em seu colo e Elesis ainda com um olhar estranho para o animal – quando um enorme tremor sacudiu toda região.

Ryan pegou seu machado – colocado estrategicamente ao lado da porta – correu para fora sendo acompanhado pela Grand Chase. Ali parado no topo da arvore ele olhou para aquilo que uma vez havia sido a aldeia de Elfos de Vermencia.

As casas estavam destruídas e monstros reviravam seus destroços em busca de despojos de guerra, no centro da aldeia havia uma grande cratera e no meio dela um Troll marrom segurando um porrete sorria zombeteiramente para Ryan e as meninas.

Foi automático ele se virou para dentro e olhou para os olhos medrosos de Lian e as lagrimas acumuladas no canto dos olhos da irmã, olhou para Texugo que assentiu e correu para frente da moça brandindo sua folha em posição defensiva.

Ryan largou o machado e pulou da arvore caindo em queda livre direto para o chão, se concentrou e quando tocou em solo o Lobo já estava no comando.

Ele correu e atacou o Troll.

Não foi algo bonito

A Grand Chase derrotava os subordinados enquanto Ryan atacava o chefe em sua forma lupina, porém já estavam naquilo a quase vinte minutos e quando o ultimo OAK sucumbiu o Troll gritou e arremessou Ryan longe – que exausto como estava – acabou por voltar para forma humana e cair em cima de uma casa em ruinas.

Quando ele se ergueu Elesis e Arme estavam ao seu lado. A ruiva segurava a espada com uma mão e secava a o suor da testa com a outra, estava ofegante mas não tinha cara de quem iria diminuir o ritmo. Arme estava mais pálida que o comum, provavelmente pelo uso seguido de magia de ataque e pelo fato de ter acordado recentemente de um desmaio.

“Novo plano, eu distraio, Arme paralisa e você e Lire atacam com tudo.” Elesis propôs tomando um longo folego.

“Plano melhor ainda, Ryan e você distraem, Arme paralisa e eu ataco.” Lire apareceu ao lado deles, pulando de uma arvore com o arco engatilhado.

“Lire...” Elesis começou

“Confie em mim Elesis. Só dessa vez esqueça essa sua mania de achar que só você é forte o suficiente para matar um monstro! Confie em mim, eu não estaria na Grand Chase se não desse conta.” Lire não deu a chance de Elesis responder e pulou novamente para a arvore.

Elesis ficou parada olhando estática para onde a amiga estivera antes, até que pareceu voltar a si e sacudiu a cabeça voltando-se para onde o Troll estava distraído com as flechas de Lire.

“Vamos Ryan.”

Ryan se lembra de ter se transformado novamente e o resto era um borrão completo para o Druida. Ele se lembra de combater ao lado de Elesis completamente alucinado, lembra-se de ter levado sérios danos e ter causado também. Ele lembra de Arme gritar para saírem da frente e paralisar o adversário.

Mas ele sempre iria lembrar-se do quão magnifica Lire pareceu quando saltou da arvore e atirou do ar gritando “Flecha Meteoro” e explodiu o Troll em um estrondo gigantesco.

E foi ali que ele decidiu o que faria finalmente.

Lian estava aplicando uma pomada no braço de Elesis quando Ryan lhe deu a noticia de que iria partir e se juntar a Grand Chase.

Como sempre ocorria quando estava fazendo um tratamento a irmã não desviou os olhos do ferimento profundo de Elesis e apenas assentiu com a cabeça como se já esperasse por isso.

Ryan continuou a observar a irmã trabalhar nos ferimentos de todas as meninas, ele sempre gostava de ver Lian fazer o que amava, ela era uma Xamã e tanto, não voltada para lutas mas sim para as curativas. Lian sabia curar tudo usando ervas, mas sua saúde debilitada era incurável o que chegava a ser irônico.

“Você tem certeza que irá partir Ryan?” ela perguntou sem desviar os olhos do ferimento de Arme que cobria todo ombro da menina.

“Eu tenho irmã” ele afirmou

“Escreverei para Ladmir então, estarei indo para Eryuell em poucos dias...E sim, eu vou arriscar já estou melhor.” Ela garantiu antecipando a pergunta do irmão

“Pode dizer ao meu irmão que sinto muito senhorita?” Lire pediu sem olhar para ninguém.

“Será um prazer. Cuidem do meu irmão...Ele tem esse ar de durão mas...Por favor cuidem dele sim?” Lian continuou focada no ferimento de Arme

“Faremos o possível.” Elesis garantiu, não era uma promessa.

Mas Ryan percebeu que o possível era tudo que poderiam fazer durante aquela jornada e não culpou Elesis por aquilo.

“Que assim seja então, descansem aqui hoje e partam amanhã.” Lian terminou o curativo e presenteou Ryan com um sorriso.

O sorriso que o fez jurar que voltaria inteiro para ela.

Na manhã seguinte eles haviam partido, Lian estava na porta de casa observando os quatro seguirem seu caminho enquanto o sol nascia, Texugo havia sido encaminhado para Serdin e de lá iria para o QG onde viveria. Ryan caminhava mais atrás do grupo junto com Lire.

“Você sabe...Podemos apenas esquecer a...Situação no momento e focar no que é importante?” ele propôs, para ser franco Ryan passará a noite revirando-se na cama pensando no assunto.

“Vai ser importante em algum momento...Mas por hora é a melhor opção.” Lire concordou e apertou o passo alcançando as outras duas.

Ryan olhou por cima do ombro e avistou Lian na porta e as ruinas do lugar onde tinha crescido sorriu e acenou para irmã antes de correr para sua aventura.

Era melhor solução já que no momento a prioridade era deter a rainha das trevas e não  o fato de Lire de Eryuell e Ryan Woodguard estarem prometidos um ao outro.