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História Guardião de Valhalla - - Frio como Pedra -


Escrita por: EllenLokison

Notas do Autor


Jinsuis, já faz muito tempo que não apareço ;-;

Capítulo 2 - - Frio como Pedra -


Fanfic / Fanfiction Guardião de Valhalla - - Frio como Pedra -

Eu nunca fui e nunca serei um exemplo a se seguir!

Prenso meu travesseiro contra o meu rosto, logo esse sendo puxado com rapidez e força por um Banguela irritado. Não é hora pra morrer. Aconteceu de novo, e mais uma tentativa falha.

Eu ando me sentindo extremamente pressionado por meu povo e, não diretamente, por Astrid. É como se o meu dever fosse firmar um contrato de paz entre a minha razão e a sanidade - a sanidade evaporou e a minha razão queima outros, com as minhas crises de raiva.

Astrid não tem necessariamente culpa, mas eu me sentindo triste, como nunca antes, estou deixando de dar o valor que ela merece... E aos poucos perco o meu.

Há momentos em que penso: Eu devo deixar o meu amor fluir até sentir o calor no meu peito novamente? Devo bater de frente com Astrid e dizer: “Vamos terminar ou pelo menos dar um tempo?”, sendo que eu sempre a quis do meu lado e, por mais estranho que isso possa soar, eu sempre arquitetei isso.

O amor... Esse sentimentozinho foi o que me motivou chegar até aqui; a se tornar o Viking rebelde que não quis matar um dragão. Ah... Eu posso agradecer ele por isso, mas agora ele está querendo destruir a minha vida .

- A doença do século vem assolar nosso herói... A possível depressão acaba com o Soluço para sempre! Espera... Foi o Breu que escreveu isso?! - Ouço uma voz e antes de conseguir falar algo, sinto o que acho ser uma bola de neve atingir minha cabeça - Olha pra mim, Solução! E foge disso que não te pertence! - Um garoto desce por uma das pilastras de madeira que seguram o teto do meu quarto.

Em ato de defesa, protejo o Banguela me colocando a sua frente e ele arma suas defesas, preparando uma rajada de plasma.

- Eu venho em paz! NOEL EXISTE E ME MANDOU AQUI! NÃO ME MATA QUE... Agora eu posso morrer – Ele sussurra algo que não consigo ouvir direito - ISSO NÃO É NADA LEGAL! OLHA QUE VOCÊ NÃO VAI GANHAR O PRESENTE QUE LUTEI PRA TRAZER! - Seguro o focinho do Banguela, para que ele desista da rajada.

O capuz que esconde o estranho vai ao chão e revela o cabelo prateado, a pele pálida e os olhos azuis. Ele está se apoiando em um cajado.

- Quem... É... Você...? - Coloco a minha perna de metal e me sinto mais disposto a batalhar; se precisar - Essa é minha casa e você não é bem vindo - Tento falar de modo mais ameaçador.

- Eu vim em busca de SOLUÇO HADDOCK III! - Ele fala desnecessariamente alto, fazendo o Banguela tremer por causa da audição aguçada.

- Sou eu... - Falo desanimado - Eu não procuro mais problemas, então me deixe ter uma noite de sono. Certo?

- Chorando internamente? Isso não faz parte de uma criança saudável - É estranho ele me chamar de criança.

- Como você sabe dos meus tormentos?! - Estou começando a temer esse cara... Só um pouquinho.

- Estou aqui justamente para isso. Vim para te tirar desse abismo imenso formado por seus problemas. Cheguei atrasado, mas acredito que  vai ficar tudo bem. Há grande chance de conseguir arrumar esse detalhe. A questão é que eu deveria ter aparecido no seu primeiro lamento sincero: A falta de sua mãe.

- Cale-se e não fale mais asneiras - Parece que um novo pesadelo que surgiu na minha mente! E dessa vez, não se chama "melequento".

- Desculpe a falta de apresentações - Ele me presta uma reverência - Sou Jack Frost, um dos cinco guardiões. Temos o Norte ou "Noel", para os mais íntimos; a minha amiga fada dos dentes; o coelhão; e o Sandman - Ele me mostra um desenho mal feito dos tais "guardiões".

- Mas o que isso tem a ver comigo?!

- É o meu dever. Durante esse inverno serei seu guardião e assegurarei sua vida! - Ele balança os braços agitadamente - Em um momento difícil como esse, e, em um mundo distante do meu, deixei de lado essa coisa de eu ser "inexistente” para ser seu psicólogo. E que trabalho ruim pra mim não é? - Jack ri debochadamente - Não entendo nadinha disso. Mas pra ser um fofo e não te magoar, eu faço isso por você, SOLUÇO HA-

- Tá! Entendi! - Falo isso só para ele se calar - Irá me deixar dormir e digerir isso, por favor? – Já nem me preocupo mais com ele. Se fosse para ele me matar, eu já estaria nos portões de Valhalla agora.

- E eu ficar aqui entediado? MAS POR NADA MESMO! Conta mais sobre você! Norte não me deu pistas pra deixar isso mais interessante...

- Banguela, dá um jeito nele... – Sussurro. Ele rosna para Jack antes de empurra-lo escada abaixo. Apresso-me para fechar a porta.

Ouço-o gritar várias vezes de dor e repenso a minha ação ao lembrar que eu estou em Berk e que mamãe também está aqui.

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Pouco tempo depois ouço minha mãe conversando com Jack. Ela insiste em acusa-lo de furtar as frutas de casa. Eu posso ter pegado elas, mas... Não tive coragem de falar, porque, diferente de meu falecido pai... Ela se importa muito comigo e deve ter ideia de como me sinto. O problema é que nem ela está conseguindo me ajudar

Resolvo descer para arrumar a situação antes que a casa pegue fogo.

- Deixe-o, mãe! Ele não é ladrão! Eu que peguei as frutas - Banguela me empurra com a cabeça para que eu tenha coragem de defender um cara que eu nunca vi na vida antes - É um amigo.

- Filho, você não pode ir trazendo gente nova para casa sem me avisar - Ela toca meu rosto de uma forma carinhosa - Mesmo ele não parecendo ser um mau rapaz... - Jack dá um sorrisinho pra mim e para minha mãe.

- Obrigado dona Valka, eu sou novo por aqui.

- Percebo. Nunca conheci um menino tão bonito... Sem ressentimentos, filho - Ela percebe minha cara fechada depois do elogio ao Jack.

- Sou Jack Frost, um guardião - Ele a cumprimenta com um beijo nas mãos dela e nos sentamos todos juntos na sala.

- Guardião... Como eu sou com os dragões? - Ela faz carinho em um Banguela mimado, que olha pra mim com aqueles olhinhos de gato, me fazendo sorrir.

- Acho que é mais que isso. Não cuido somente de uma ou duas crianças sem fé. E sim faço com que todas elas tenham algo a acreditar - Ele olha para mim - Durante muito tempo ele sofreu ao saber que a mãe não voltaria para ele e que o pai não poderia fazer nada para ajudar. A fé dele foi desaparecendo até ele começar a perder o amor. No meu mundo, isso parece com os "sintomas" da doença do século, chamada de depressão, que cria uma espécie de abismo ou buraco no emocional de uma pessoa.

- Soluço... A Astrid sente sua falta; eu já não lhe vejo mais com tanta frequência, e até o povo percebe. Filho, você não consegue me contar se tem algo errado? - Minha mãe fala com ternura, olhando diretamente para meus olhos. Não consigo manter contato visual por muito tempo.

- Infelizmente, com um mal como esse, a vítima fica fragilizada. Tenha paciência e muito cuidado com ele - Jack coloca uma de suas mãos nos ombros de minha mãe, que treme de arrepio - Oh... Esfriou aqui né? - Ele encontra uma aparente desculpa esfarrapada para melhorar o clima pesado formado.

- Frio como pedra! - Mamãe olha para Jack, que abre um sorrisinho sem graça - Você tem algo a ver com isso, Jack Frost?

- É efeito colateral da doença.
 


Notas Finais


Pelo menos ainda tenho alguns caps prontos, mas quero escrever mais antes de postar, sorry :n


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