A chegada a escola Castelobruxo era completamente diferente de Hogwarts. Pelo que disseram em cada lugar da América Latina tinha uma passagem para o lugar aonde o transporte pegaria os alunos para levar à escola. Morgana foi levada até um lugar bem afastado junto com outros alunos que moravam no México por um ônibus que visivelmente tinha um feitiço de expansão de interior, pois tinha muitos alunos, muitos mesmo, e aqueles eram só os alunos do México. Ela se sentou ao lado de uma menina muito quieta que olhava a todo instante para fora.
- Olá, sou Morgana. – Disse com um sorriso.
- Errr... S-sou J-Julia. – Ela tinha cabelos castanhos e pele cor de oliva, era muito fofa e parecia sem jeito.
Ao chegarem no local, todos os alunos foram guiados para um túnel no meio do nada. Era um túnel comprido e iluminado lampiões por todas as partes, o que tornava o lugar quente, mas não permaneceram muito tempo lá, logo subiram por uma escada que parecia ter sido esculpida nas imensas pedras de Mármore, havia muitos alunos à beira do rio quando chegaram, o rio seguia por uma floresta densa e fechada, o clima era muito quente e úmido. Os mais velhos olhavam ansiosos para o rio, alguns os alunos do primeiro ano cochichavam.
- Meu irmão disse que somos levados pelo boitatá. – O menino negro baixinho ao seu lado dizia entusiasmado para uma menina de cabelos compridos, cacheados e rosa, ela tinha enormes olhos azuis, um nariz muito fino e um tanto pontudo.
- O que é boitatá? – Morg perguntou para o garoto.
- Oxente, nunca ouviu falar no boitatá? – Perguntou a menina negra de cabelos cacheados e crespos, se parecia um pouco com o garoto. – Não é daqui, não é mesmo?
- É, eu não sou. – disse para a garota.
- Meu nome é Açucena e esse é meu irmão Joaquim, somos gêmeos. – Disse a garota. – Boitatá é uma cobra muito, muito grande e solta fogo pelas ventas. - As expressões e os gestos dela eram tão exagerados que fez Morg dar risada. Porém todos os cochichos e conversas paralelas acabaram quando uma enorme cobra com o que parecia olhos por todo seu corpo, seus olhos eram da cor de fogo e os do rosto pareciam chamas vivas dentro, suas escamas eram verdes brilhantes, as imensas cobras puxavam imensas jangadas que pareciam feitas de bronze, era coberta por um tecido grosso suspenso por colunas finas e retorcidas de ouro, os acentos eram acolchoados, tinham milhares daquelas jangadas, sendo puxadas por milhares daquelas cobras. Então uma mulher semi nua com uma pele bronzeada cheia de desenhos feitos à tinta, seus olhos havia uma faixa também feita a tinta vermelha, seus cabelos negros eram muito lisos, tinha uma franja cobrindo a testa.
- Bem vindos a escola de magia de Castelobruxo. - ela disse em um voz doce e melodiosa. - Meu nome é Moema, sou uma das protetoras das matas junto com os da minha tribo, eu guio vocês até a floresta da escola, de lá serão levados por caipora, eles guardam os terrenos da escola. Entrem oito em cada jangada. - Os alunos fizeram o que foi mandado.
Morgana se sentou ao lado de uma menina Loira de olhos muito azuis.
Elas olharam para a floresta, era linda. Logo de longe avistaram uma construção de ouro, era um imenso castelo e se parecia com as pirâmides maias que Morgana viu em um livro de seu pai.
Eles desceram na margem do rio aonde havia algumas criaturas estranhas, suas peles eram vermelhas cheia de desenhos e assim como Moema ela tina os olhos pintados só que de preto, seus cabelos vermelhos eram bagunçados e rebeldes, suas orelhas eram pontudas e usava um arco e flecha.
- Deixo vocês aqui, o resto do caminho Caiporas acompanharam todos daqui em diante, não posso entrar nos terrenos da escola, só em casos de emergências. - Disse a Mulher. O alunos eram guiados pelas Caiporas, só que o que estava guiando os alunos do primeiro ano fez um caminho diferente dos outros, Morg ficou com muito medo de estarem perdidos, pois não via mais o castelo.
- Estamos perdidos. - Disse Joaquim bravo.
- Silêncio jovem mago! - Disse Caipora com uma voz muito aguda. - Conheço essas terras a milênios, protejo esse castelo a muito mais tempo do que todos os outro.
- Sério? - Pela primeira vez Julia falou algo sem gaguejar.
- Sim. - Disse Caipora.
- Como é possível? - Perguntou uma menina Loira de olhos verdes.
- Sou a primeira Caipora que nasceu, fui criada diretamente por tupã e enviada para proteger essa região. Então chegaram aqueles monstros.
- Que monstros? - Perguntou um garoto com grandes óculos quadrados de cabelos dourados.
- Bandeirantes. - Disse num tom de raiva e desdém. - Mataram meu povo, o povo de tupã. Os que sobraram cuidam desta parte da floresta e são protegidos por magia muito poderosa, pois os homens têm matado muito o povo de Tupã. Chegamos! - Disse Caipora, mas todos os alunos assim com Morgana estavam confusos. Eles estavam em um lugar aonde as arvores se fecharam ao seu redor formando um círculo aonde os alunos se encontravam no centro, todos estavam parados em frente a uma caverna, mas aonde era a entrada? Morgana estava ficando ansiosa, aquele lugar não se parecia nada com uma escola. Quando ia perguntar algo a Caipora, ela sumiu. Os alunos ficaram preocupados e assustados, aonde ela foi parar e então perceberam que estavam presos na floresta. Então todos ouviram o som de tambores e se viraram para a caverna.
- Maria Penélope da Silva Pereira. - Era uma voz masculina suave que vinha de dentro da caverna. A menina loira que havia falado com caipora á poucos instantes foi em direção à caverna, ela estava bem receosa, mas entrou. Dois minutos depois outro nome foi chamado.
- Joaquim Cabral dos Reis. - O menino se adiantou para a caverna e olhou para trás.
- Se eu não sobreviver, foi um prazer conhecer vocês. - Ele então entro na caverna.
- Rodolfo Pena Linhares
- Cristina Oliveira Arcanjo
- Luisa Ribeiro Lagoas
- Luiz Felipe Gonçales dos Santos. - Um menino a sua frente foi até a caverna.
- Açucena Cabral dos Reis.. - A irmã de Joaquim parecia estar com muita vontade de chorar, mas seguiu até a caverna.
- Julia Garcia Angeles
- Orlando Rodrigues Silvera
- Raquel da Mata Valenza
- Maria Esperanza Stephani
- Mioko Zang Chan
- Morgana Prince Snape. - Morg se dirigiu até a caverna, ao entrar se viu no escuro, então uma tocha presa a parede se acendeu e ela se viu dentro de um circulo desenhado no chão, na sua frente apareceram pequenas esferas brilhantes que começaram a girar ao redor de sua cabeça, batidas de tambores eram escultadas, então elas pararam, as pequenas esferas se apagaram restando duas, depois uma se apagou e sobrou apenas uma, ela paralisou de frente para Morg e formou uma pequena imagem e a reconheceu, era uma Caipora. A pequena criatura foi até o brasão de sua capa aonde tinha o escudo da escola, e onde tinham as iniciais CB agora havia o desenho da Caipora. Uma enorme porta apareceu diante dos seus olhos, ela era feita de madeira e havia muitos desenhos, o maior deles era uma caipora que apontava sua flecha para o lado aonde havia uma placa dourada que dizia:
Bem Aventurados são os da tribo das Caiporas, podem parecer muito desagradáveis e traiçoeiras, mas são criaturas com muita coragem, honra e nobreza. As Caiporas protegem seu povo com bravura e lutam até a morte quando se for preciso para proteger aqueles que ganham sua lealdade e aqueles que são de sua família. Escondidas na mata, são encarregadas de proteger nossa Flora e Fauna, as tribos indígenas e nossos jovens magos. Você é da Tribo da Caipora, honra, astúcia, determinação, coragem e sangue frio são as suas maiores qualidades, por isso se alegre de aqui pertencer.
A imensa porta se abriu e do outro lado se encontrava uma mulher que parecia tão ou mais severa que Mcgonagall, sua pele era negra, os cabelos muito cacheados e volumosos e os olhos grandes na cor mel.
- Bem vinda á tribo dos Caiporas. - Ela guiou Morgana até onde se encontravam Joaquim, Maria Penélope e Mioko. Julia estava em outra mesa com Açucena, a menina de cabelos rosa... Qual era o nome dela mesmo? Raquel e o menino Orlando junto com Luiz Felipe. Já na outra estavam Já na outra estavam Maria Esperanza, que era ruiva e usava grandes óculos e Rodolfo e na Ultima estavam Cristina e Luisa.
- Aline Mota Tavares! TRIBO GUARÁ. - Raquel, Orlando e Julia olharam para porta. Ela tinha cabelos que pareciam feitos de ouro era guiada por um homem velho, com uma coroa de penas na cabeça.
- Jandira Tuman Sibaré! TRIBO DO BOTO - Cristina e Luisa sorriram, a menina de rosto redondo, pele bronzeada e cabelos muito lisos foi guiada até sua mesa por um rapaz que parecia muito simpático e amigável, era moreno de olhos castanhos muito claros e brilhantes.
A ultima tribo era a tribo Araguá. Que vem de Araguaia. Pelo que Joaquim lhe disse, foi uma tribo extinta, mas eram bons guerreiros.
Morgana percebeu que sua turma era a que tinha menos alunos, todas as outra haviam trinta e a dela tinha doze.
- Se levantem alunos do primeiro ano - Todos se levantaram. A mulher que falava era muito bonita, tinha cabelos negros trançados, pele clara e sorriso doce parecido com o rapaz que guiou todos os botos - Sejam bem vindos, Castelobruxo é uma das melhores instituições de ensino, espero que gostem, pois aqui será sua casa. Cada Tribo tem qualidades e defeitos, mas deverão aprender a lhe dar com isso e a conviverem em harmonia, venham, escolham um luga à mesa junto com os da sua tribo. - Eles foram, os Caiporas eram o grupo mais afastado dos outros, mas não pareciam se importar. também estavam em menos número do que os outros, mas Morgana se sentou sem comentar. A comida era maravilhosa, haviam coisas que ela nunca havia comido na vida, foi muito bom, conversou muito com Joaquim e no final foram para seus dormitórios.
Os da sua tribo foram guiado para cima, enquanto o resto desceu.
- Percebeu que nossa casa é a mais reclusa? - Perguntou Morg para Joaquim que abaixou a cabeça e ficou em silêncio. Uma porta de madeira e bambu se abriu quando o Líder bateu em um ritmo nela. Havia uma grande sala com vários pufs e poltronas, tinha uma cor verde e dourada, era linda demais. O rapaz indicou os dormitórios e ela ficou encantada com ele. Morgana dividiria o quarto com Maria Penélope e Mioko. As três camas eram de casal, as paredes do quarto eram em um verde claro, transmitia muita paz, Morgana não sabia se era impressão dela, mas parecia que dava para ouvir um rio sob uma leve brisa. Os lençóis e cobertas eram brancos e dourados. Elas foram se deitar sem prestar tanta atenção aos detalhes, pois estavam cançadas e assim que Morg colocou a cabeça no travesseiro ela dormiu.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.