Após o enterro de Dumbledore todos os alunos e professores de Hogwarts estavam reunidos no jardim.
Harry estava desolado, como todos, talvez mais.
Pois ele se culpava por ter visto a morte de Dumbledore, e não ter tido como impedir Snape.
E Gina o conhecia bem, o olhar de Harry não enganava ninguém, ele está pensando em se afastar de todos quem ele amava incluindo ela, para ir atrás de Voldemort e só depois que Voldemort estivesse morte, Harry teria paz.
Uma parte de Gina se orgulhava por Harry ser assim, mas a outra estava arrasada... não que ela não sabia, que um dia isso não iria acontecer. Porque ela sabia. Sempre soube. Mas preferia pensar ou melhor desejar que esse momento demorasse a chegar.
― Gina, escute.... ― Harry começou em voz baixa. ― Não podemos mais namorar. Temos que parar de nós ver. Não podemos ficar juntos.
Gina quase sorriu.
― É por um motivo nobre e idiota não é?
― Essas últimas semanas tem parecido, parecido com a vida de outra pessoa. ― explicou Harry. ― Mas não posso... não podemos. Tenho coisas que preciso fazer sozinho agora.
Gina não chorou ela apenas o olhou. Ela sabia que Harry esperava que ela não chorasse, que o entendesse e não pedisse que ele ficasse por ela, sabia que Harry esperava que ela fosse forte e ela séria... pelos menos iria fingir na frente dele.
― Voldemort usa as pessoas chegadas a seus inimigos. Já usou você uma vez, e foi só porque você é a irmã do meu melhor amigo. Pensa no enorme perigo que poderá correr se continuarmos namorando. Ele saberá, ele descobrirá. Ele tentará me atingir através de você.
― E se eu não me importar?
― Eu me importo. Como é que você acha que eu me sentiria se hoje fosse o seu enterro... é a culpa fosse minha...?
― Eu nunca desisti de você. Não de verdade sempre tive esperança... Hermione me disse para tocar minha vida, talvez sair com outra pessoa, me descontrair um pouco perto de você, porque eu nunca conseguia falar quando você estava na sala, lembra? E ela achou que talvez você prestasse um pouco de atenção em mim se eu fosse mais eu... mesma.
― Menina esperta, essa Hermione. ― comentou Harry tentando sorrir. ― Eu só queria ter convidado você para sair antes. Poderíamos ter tido séculos... meses... anos talvez...
― Mas você esteve ocupado salvando o mundo bruxo. ― replicou Gina, quase sorrindo. ― Bem... não posso dizer que estou surpresa. Eu sabia que isso aconteceria um dia. Eu sabia que você não seria feliz se não estivesse caçando Voldemort. Vai ver é por isso que gosto tanto de você.
― Gina você não sabe como é... difícil.
― Eu sei Harry. E entendo... Doi... mas eu entendo... Um não pode viver se o outro estiver vivo. ― Gina repetiu a profecia, e Harry assentiu saindo de perto dela com medo de que se ficasse mais um minuto, um segundo falharia na sua decisão de deixar Gina para ir atrás das Horcruxes sem nem sequer saber como encontra-las ou se voltaria vivo para os braços de sua amada.
Semanas se passaram desda última conversa entre Gina e Harry, quando ele terminou com ela para protegê lá, Harry sempre a evitava apesar de sempre ficar a olhando e desejando beija la, Gina também desejava beija lo, o abraçar talvez... mas resolveu manter se afastada, e de todo modo eles nunca ficavam um minuto sozinhos, a casa dos Weasley sempre foi cheia pois eram nove pessoas mas agora eram doze.
Harry morava com eles na Toca para protegê lo enquanto ele for menor de idade o rastreador estava ativo nele então por mais que ele quisesse não poderia ir embora antes de completar dezessete anos. Hermione também se mudou para a Toca no intuito de proteger os seus pais trouxas, ela os deixou e apagou a memória deles sobre sua existência e os tirou do país, eles não lembram de que tiveram uma filha e muito menos que a mesma era uma bruxa. Fleur Delacour também estava morando na Toca, ela era noiva de Gui e mesmo em meio a essa crise no mundo mágico eles resolveram que iria se casar em uma semana.
O casamento de Gui foi marcado para um dia depois do aniversário de Harry e ele se comprometeu que ficaria até o casamento mas que partiria após a festa com Rony e Hermione em seu encalço, Gina iria também se não fosse o empecilho de ser menor de idade e o rastreador estar ativo nela.
A semana passou voando e hoje seria o aniversário de Harry, a tarde a família Weasley fez uma pequena festa para comemorarem os seus dezessete anos.
― Não precisavam terem se incomodado ― disse Harry enquanto abraçava o Sr e a Sra Weasley.
― Ah, não foi nenhum incomodo querido. Afinal não é sempre que um rapaz faz dezessete anos não é mesmo? ― disse a Sra Weasley sorrindo. ― Este é o meu presente espero que goste. ― a Sra Weasley deu lhe um embrulho grande que todos os Weasley conheciam bem era um suéter azul celeste.
Minutos se passaram enquanto Harry abria todos os presentes e agradecia a todos a última a entregar o presente foi Gina.
― Espero que goste. ― disse Gina com um sorriso de lado.
― Obrigado Gina... não precisava ter se incomodado. ― disse Harry enquanto abria o pequeno embrulho e sorriu ao ver um relógio de ouro com o seu nome gravado atrás dele, antes que Harry falasse algo para Gina ele viu ela saindo pela porta do jardim, ele ia atrás dela mas foi parado por Jorge e Frede que queria falar sobre o que achava sobre o casamento de Gui.
Gina estava sentada na varanda quando Harry chegou e sem dizer nada sentou a seu lado, passou se minutos antes que Harry tomasse coragem para falar com Gina.
― Eu... também tenho um presente para você. Eu sei que você fará dezesseis daqui a dois meses e como eu não estarei aqui eu... espero que goste. ― disse Harry e deu uma pequena caixinha para Gina, com um lindo medalhão de ouro e safira.
― Obrigada Harry... eu adorei mas não deveria ter se incomodado.
Gina trocaria mil vezes o medalhão que recebeu pelo um beijo de seu amado mas se contentou em abraça lo e depois saiu de perto dele com medo de que ele percebesse o quanto estava custando para ela não chorar e implorar para ele largar tudo é ficar com ela nem que passassem o resto da vida escondidos para não serem capturados e mortos por Você-Sabe-Quem.
A noite todos foram dormir, todos menos Gina e Harry, a cada minuto que se passava se aproximava mais a hora da partida e ambos não conseguiam dormir de tanta ansiedade.
Gina chorou como todas as noites em que ninguém a via chorar e depois desistiu de ficar no quarto rodando na cama esperando o sono chegar pois ela sabia que o sono não chegaria.
Os medos rondavam seus pensamentos, e se eles não voltarem? E se Harry morrer? Ou Rony ou Hermione. Como vou viver se Harry morrer? Como irei suportar se Rony morrer. Por Merlin os proteja.
Gina sai do quarto e sorrateiramente foi para o jardim dos fundos e ficou um tempo lá observando a noite que estava escura porém não estava fria ela sentou no chão e tentou tirar os pensamentos ruins da cabeça. E apertou forte o medalhão que ganhou de Harry como se fosse o próprio Harry e ela de alguma forma queria protege lo.
― Não conseguiu dormir? ― perguntou Harry a assustando.
― Você me assustou. ― replicou Gina quase gritando.
― Desculpe. ― disse Harry e se sentou ao seu lado. ― O que faz aqui Gina? ― perguntou Harry após alguns minutos de silêncio.
― Se algo acontecer com você eu... eu... ― as palavras ficaram presas na garganta de Gina e ela xingou se mentalmente por não ter se mantido calada. Harry a puxou para deitar sua cabeça no peito dele.
― Não pense nisso. Tudo vai ficar bem eu prometo. ― garantiu Harry mas ele mesmo não acreditava nisso.
― Eu tentei ser forte... eu juro que tentei mas eu não consigo.
― Você é a garota mais forte que eu já conheci Gina. A mais compreensível, a mais linda... te deixar será a coisa mais difícil que eu irei fazer... mas eu não iria conseguir viver se algo acontecesse a você, por isso eu preciso encontrar uma forma de mata- lo, para proteger você é todos a quem eu amo. Sua família se tornou minha família... vocês me receberam com tanto amor e carinho e só o que eu posso fazer para retribuir... é fazer o que eu nasci para fazer, que é acabar de vez com a existência de Voldemort.
Após ouvir Harry, Gina não pode mais se controlar e o beijou, Harry correspondeu o beijo com a mesma intensidade e paixão que Gina demonstrava, a cada minuto o beijo ficava mais profundo, mais íntimo.
Ambos queriam mais do que só um beijo mas Harry queria negar, porque não achava correto e a respeitava de mais.
― Eu não posso. ― sussurrou Harry.
― Pode sim.
― Gina...
― Não sabemos o que pode acontecer amanhã Harry, ou daqui a um ano. Eu amo você. Eu quero você.
― Eu também amo você. ― Harry afirmou e voltou a beija lá com voracidade e a deitou no gramado e a cobriu com seu próprio corpo.
Ambos tiveram a melhor noite da suas vidas e estavam completamente felizes.
Logo o dia amanheceu e ambos fingiram que não tinha acontecido nada entre eles, acharam que era o melhor a se fazer.
Durante a festa do casamento de Gui os Comerciais da Morte os atacaram para capturar Harry e ele aparatou com Rony e Hermione.
E a única coisa que Gina sabia era que jamais poderia amar outra pessoa que não fosse Harry, e se ele morresse ela morreria junto e o único consolo que lhe restaria, iriam ser os momentos bonitos que compartilharam juntos.
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