Os dois ficaram um bom tempo apreciando a praia, perdendo a noção das horas conforme o pôr do sol se formava no céu. Quando finalmente se deram conta, pegaram suas coisas e voltaram para a moto. Saori assumiu o assento do motorista, enquanto seiya ficou acomodado atrás dela como passageiro. Com a moto ligada, saori começou a dirigir de volta para a grande mansão, desfrutando os dois de uma longa viagem e apreciando a bela paisagem do pôr do sol ao longo do caminho.
Ao chegarem em casa, os grandes portões se abriram com o controle remoto. Saori seguiu em direção à garagem e estacionou sua moto lá. Ela Desceu da moto e fui ajudar seiya, que estava segurando as coisas que utilizamos na praia. Após saori pega metade da coisas que seiya segurava e então ele conseguiu descer da moto, os dois entraram na mansão e se dirigiram para quartos separados para tomar um banho calmo e reconfortante. Ambos os dois estavam cobertos de areia e cheirando a água salgada.
Seiya, após terminar seu banho, seguiu para a cozinha e se deparou com sua amada, que já estava arrumando a mesa para o jantar. O doce aroma que emanava de Saori lembrava flores de cerejeira e isso invadiu as narinas sensíveis de Seiya, despertando uma sensação de tranquilidade e desejo. Ele se aproximou dela e a abraçou por trás, ficando bem perto de seu ouvido. Com um sorriso maroto nos lábios, ele inalou profundamente o perfume dela, sentindo um arrepio percorrer sua espinha.
Saori ficou surpresa com o toque repentino em seu corpo e sentiu um calor se espalhar por suas bochechas. Ela olhou para o lado, sobre seu ombro, e viu Seiya com a cabeça encostada em seu ombro, seus olhos se encontrando em um olhar cheio de cumplicidade.
Seiya: Desculpe por te surpreender assim, deixe-me te ajudar. - Ele fez uma carinha fofa, mas com um sorriso maroto nos lábios. Seiya adorava ver a reação de Saori ao seu toque, fazendo com que seu coração se enchesse de alegria.
Saori: Está tudo bem, Seiya. - Ela ainda corada, elevou uma de suas mãos e tocou o rosto dele, aproximando seus lábios, compartilhando um beijo calmo e suave.
Eles separam o beijo e sorrir um para o outro, seiya soltou a cintura de Saori. Caminhou até a geladeira e a abriu, retirando uma variedade de queijos - brie, cheddar e alguns outros que ela adorava. Peguei também um pacote de salame e um punhado de tomates cereja. Enquanto isso, Saori pegou uma tábua de madeira e começou a organizar os alimentos, criando uma apresentação atraente. Ela cortou os queijos em pedaços pequenos, arrumou o salame em uma pilha ordenada e espalhou os tomates cereja ao redor. Quando terminamos, colocamos a tábua no centro da mesa, e abri a garrafa de vinho suave. Sentamos, brindamos ao nosso dia na praia e começamos a desfrutar da nossa refeição leve e deliciosa.
Após o término da bela refeição, Seiya se levantou e recolheu a tábua de madeira onde estavam os aperitivos. Ele pegou a garrafa de vinho e as taças, notando que ainda havia líquido na garrafa. Com cuidado, ele a guardou no armário, tampando-a. Enquanto lavava a tábua, Saori permanecia sentada, observando cada movimento dele e apreciando seus braços fortes em ação.
Seiya: Se você continuar me olhando assim, vou parar o que estou fazendo, perderei o controle e te devorar inteira. - Ele olhava para as taças em suas mãos, com um sorriso malicioso nos lábios.
Saori: E se eu disser que estou pronta para ser devorada? - com um olhar desafiador e provocador, mesmo sabendo que não poderia entregar seu corpo a ele.
As palavras de Saori provocam uma chama ardente dentro de Seiya, fazendo-o travar enquanto lava a louça. Ele sente o desejo pulsando em suas veias, incapaz de resistir à tentação que ela representa.
Seiya: Não me provoca, você sabe perfeitamente que é uma tentação irresistível, Saori. Cada gesto seu, cada palavra sussurrada, me enlouquece. - com a voz rouca e cheia de desejo.
Saori: E você, meu lobisomem sedutor, sabe exatamente como me provocar. - com um sorriso provocador.
A tensão entre eles é palpável, o desejo queimando intensamente. Cada palavra, cada olhar, é uma dança perigosa entre a paixão e o autocontrole.
Seiya: Saori, eu preciso de você. Agora. - sussurra com a voz carregada de desejo, e o som de sua voz é o suficiente para Saori ouvir.
Ela se levanta e se aproxima dele, em passos lentos e quase inaudíveis. Suavemente, envolve a cintura de Seiya e aproxima sua boca do ouvido sensível do lobisomem, fazendo-o estremecer e ficar ainda mais corado com o movimento ousado.
Saori: Ainda não, esse corpo ainda não é seu. - Ela sussurra, dando uma leve mordida na orelha de Seiya, fazendo-o arrepiar-se por completo.
Seiya: Saori... desse jeito, é impossível resistir... - Ele geme suavemente, completamente tomado pelo desejo.
Saori: Termine o que está fazendo e suba. Amanhã é outro dia. - Ela solta a cintura de Seiya e, ao se afastar com ele ainda de costas, dá um leve tapa na bunda dele, causando um choque em seu corpo.
Seiya vira-se rapidamente e vê Saori subindo as escadas em direção ao quarto. Ele seca as mãos e, com uma delas, cobre os olhos, respirando fundo.
Seiya: Graças a Deus que não estou no período de acasalamento, porque eu não aguentaria. Sério, essa vampira parece uma serpente rara que adora sussurrar delícias para encantar e depois desfazer. - Ele sorri para si mesmo, ainda corado.
Ainda corado e com a mente tomada pela interação com Saori, Seiya começa a refletir sobre a personalidade única de sua amada. Ele percebe que Saori é como um enigma envolto em sedução, uma mistura perigosa de doçura e ousadia.
Não conseguindo deixar de sorrir ao lembrar-se das palavras provocativas e dos gestos ousados de Saori, ele a descreve mentalmente como uma vampira encantadora, capaz de sussurrar delícias para seduzir, mas também de desfazer tudo com uma simples mudança de atitude.
Seiya: Se continuar assim, vou precisar de terapia. - Ele ri consigo mesmo, admirado com a forma que Saori consegue jogar com sua mente, provocando uma tensão irresistível nele. O olhar penetrante e sorriso malicioso despertam um desejo avassalador em seu coração.
Seiya termina de organizar as coisas na cozinha e caminha até as escadas, seguindo em direção ao quarto onde está sua mulher. Ao se aproximar da porta e abri-la, ele se depara com Saori sentada próxima à penteadeira, delicadamente penteando seus longos cabelos. A visão é hipnotizante, e Seiya sente seu coração se encher de um misto de admiração e desejo.
Saori: Terminou?
Seiya: Sim, terminei. E também me acalmei. Sério, não faça isso comigo.
Saori: Bem, você começou, eu apenas entrei no embalo.
Seiya pega a escova que estava nas mãos de Saori e começa a pentear seus longos cabelos violeta. Cada movimento é cuidadoso e cheio de ternura, revelando o amor que ele sente por ela.
Seiya: Quando você vai deixar de ser apenas minha amante e se tornar minha mulher de verdade? - Enquanto penteia os cabelos de Saori.
Saori: Futuramente. - Ela mente mais uma vez sorrindo, era dificil cumpri o desejo dele e desfaça a sua dor, uma relação entre vampiro e Lobisomem não deveria existir, e ainda sua consciência pesada por passar tantos momentos bons aos lado de Seiya e simplesmente tera que depois apagar tudo, e seguir com sua missão e dever aquele era o segundo dia do combinado não tinha como esta bem .
Enquanto continua a pentear os cabelos de Saori, Seiya reflete sobre a complexidade de sua relação. Ele a vê como uma serpente encantadora, capaz de sussurrar delícias para seduzir, mas também de desfazer tudo com uma simples mudança de atitude. A incerteza e a melancolia se misturam em seu coração, mas ele está disposto a enfrentar qualquer obstáculo para ficar ao lado de Saori.
Após terminar de pentear os cabelos de Saori, Seiya coloca a escova de lado e a envolve em um abraço caloroso. Ele sente algo estranho em saori mas não sabe como descrever e também não queria pressioná-la.
Seiya: vamos dormir, deve estar muito cansada.
Saori: você também.
Seiya desfaz o abraça e estender sua mão saori que a pega, ele a guiou ate cama e a deito suavemente e logo depois ele deito ao seu lado, fazendo carinho em seus cabelos ate que ela adormecesse e logo em seguida ele .
Outro dia amanheceu, e os raios solares invadiram o majestoso quarto, iluminando cada canto e despertando o casal. Para Seiya, era mais um dia normal, mas para Saori, assim que acordou e se lembrou da data, já sentiu que sua felicidade estava se esvaindo. Seiya beijou carinhosamente a testa de sua mulher, que estava semi-acordada, e se levantou, indo em direção ao banheiro. Ao fechar a porta, ele ligou a torneira da banheira gigante, enchendo-a com água morna e adicionando algumas gotas de óleo de oliveira para criar uma atmosfera relaxante.
Enquanto a banheira enchia, Seiya começou a se despir, revelando um físico impressionante, de um lobisomem. Seus músculos definidos e sua pele bronzeada mostravam a dedicação e o esforço que ele colocava em sua rotina de treinamento. Seu cabelo castanho caía em mechas úmidas sobre sua testa, enquanto seus olhos castanhos penetrantes refletiam uma mistura de determinação e preocupação.
Ao entrar na água quente e perfumada, Seiya deixou-se envolver pela sensação reconfortante, permitindo que sua mente se esvaziasse de pensamentos e preocupações. No entanto, as lembranças da noite anterior ainda ecoavam em sua mente, apertando seu coração. A voz de sua amada, Saori, havia soado estranha e desprovida de emoção, como se algo a estivesse perturbando profundamente. Essa mudança repentina preocupava Seiya, que amava Saori mais do que tudo.
Enquanto Seiya mergulhava na banheira, buscando relaxar e esvaziar a mente, ele lutava para compreender o que poderia estar causando desconforto em Saori. A angústia o consumia, mas ele tentava manter a calma. Ao sair do banheiro, Seiya secava seu corpo com uma toalha e vestia um roupão. Ele caminhava até a porta, sentindo-se ansioso ao encontrar Saori na penteadeira, uma lágrima solitária escorrendo por seu rosto pálido.
Seiya, preocupado, olhava nos olhos de Saori, buscando entender o motivo de sua tristeza.
Seiya: Saori, por que você chora, meu amor? - Sua voz transbordava de apreensão e carinho.
Saori, ao se deparar com o olhar preocupado de Seiya, notou as lágrimas e rapidamente tentava esconder suas emoções. Ela secava suas lágrimas, substituindo sua expressão vazia por um sorriso gentil.
Saori: Não é nada, meu amor. Isso já aconteceu muitas vezes sem motivo aparente. - Sua voz soava calma, mas havia um leve tremor em suas palavras.
Seiya, mesmo desconfiando que havia algo mais, resolvia respeitar o espaço de Saori por enquanto.
Seiya: Tudo bem, se você diz. Mas saiba que estou aqui para você, sempre. - Sua voz transmitia amor e preocupação genuínos.
Saori se virava para Seiya, encarando-o intensamente, seus olhos castanhos refletindo uma mistura de tristeza e esperança. Ela se aproximava dele e o abraçava, buscando conforto em seus braços.
Saori: Não é nada, meu amor, juro. - Sua voz era suave, mas havia um tom de vulnerabilidade.
Seiya, mesmo ciente de que Saori não estava sendo completamente sincera, decidia respeitar seu desejo de não falar sobre o assunto.
Seiya: Está bem, vou preparar o café da manhã enquanto você toma seu banho. Estou aqui se precisar de mim. - Ele beijava carinhosamente a testa de Saori, demonstrando seu apoio.
Seiya saía do quarto, porém, antes de fechar a porta, lançava um último olhar preocupado para Saori, que parecia perdida em seus pensamentos. Descendo as grandes escadas e seguindo pelo salão, Seiya se sentia inquieto, ansioso para descobrir o que estava perturbando a mente de sua amada. Enquanto preparava o café da manhã, ele refletia sobre maneiras de ajudá-la a encontrar paz e felicidade novamente.
Ao chegar à cozinha, Seiya começou a arrumar a mesa, colocando pratos, talheres e copos com cuidado. Ele escolheu uma toalha de mesa de cor suave, criando um ambiente aconchegante para o café da manhã.
Em seguida, Seiya começou a preparar os ingredientes para um café da manhã leve e saudável. Ele pegou uma variedade de frutas frescas, como morangos suculentos e fatias de melancia refrescantes, para atender ao paladar de Saori. Para si mesmo, ele selecionou pedaços de carne, lembrando-se de sua natureza Lobisomem.
Seiya então começou a cozinhar uma refeição japonesa tradicional para o café da manhã. Ele pegou arroz branco e começou a cozinhá-lo em uma panela, enchendo a cozinha com um aroma reconfortante. Enquanto o arroz cozinhava, ele preparava uma tigela de sopa miso, cheia de legumes e tofu macio, garantindo uma refeição equilibrada para ambos.
Enquanto os pratos estavam sendo preparados, Seiya aproveitou para preparar uma xícara de chá verde quente, uma bebida que ele sabia que Saori apreciava. Ele escolheu uma xícara delicada e colocou a água para ferver, enchendo a cozinha com o aroma calmante do chá.
Com a mesa devidamente arrumada e os pratos prontos, Seiya sentou-se à mesa, aguardando a chegada de Saori. Ele esperava que a refeição cuidadosamente preparada trouxesse um pouco de conforto e alegria para ambos, mesmo diante das preocupações que os cercavam.
Enquanto saori, Ao perceber que Seiya havia saído do quarto, ela levantou-se da penteadeira e seguiu para o banheiro. Assim que fechou a porta, suas emoções transbordaram e ela desabou em lágrimas. Com todas as suas forças, ela tentou reunir-se e encontrar um pouco de consolo na banheira gigante. Ela acrescentou óleo de lavanda à água, buscando um momento de tranquilidade em meio à tristeza que a consumia.
No banho as suas curvas delicadas eram realçadas pela água, revelando a beleza de seu corpo. Seus longos cabelos violeta caíam em cascata por seus ombros, encharcados pela água do banho. Seus olhos azuis, tão brilhantes quanto o céu, pareciam um cristal, mas agora estavam embaçados pela tristeza que a assombrava. Sua pele branca, suave como a porcelana, contrastava com a água do banho, criando uma imagem de fragilidade em meio à tempestade emocional que ela enfrentava.
Enquanto as lágrimas se misturavam com a água do banho, Saori sabia que aquele momento era o último em que ela poderia estar ao lado de seu amado. A sensação de perda iminente a envolvia, tornando cada movimento e cada pensamento carregados de emoção.
Enquanto Saori se banhava, a tristeza que a consumia se intensificava. Ela sentia um grito preso em sua garganta, um grito de desespero e dor que ela não podia deixar sair. Ela sabia que Seiya estava no andar de baixo, preparando o café da manhã, e não queria preocupá-lo mais do que já estava.
Então, em meio ao silêncio do banheiro, Saori soltou um grito silencioso. Era um grito que só ela podia ouvir, um grito que ressoava em sua mente mas não escapava de seus lábios. Ela se contorcia na banheira, a água cobrindo seu corpo enquanto ela lutava para manter o controle de suas emoções.
O grito silencioso de Saori ecoava dentro dela, uma expressão muda de sua dor e desespero. Ela sentia como se cada parte dela estivesse gritando, mas o som estava preso dentro dela, incapaz de ser ouvido por qualquer outra pessoa.
Após liberar aquele grito silencioso, Saori se sentiu um pouco mais aliviada. Ela se ergueu lentamente na banheira, a água escorrendo por seu corpo enquanto ela se levantava. Ela pegou uma toalha macia e começou a se secar, cada movimento realizado com uma calma forçada. Uma vez seca, ela vestiu um roupão de seda azul celeste, uma peça que sempre a fazia se sentir confortável e segura.
Saori caminhou até a pia do banheiro e se olhou no espelho. O reflexo que a encarava de volta era quase irreconhecível. Seu rosto estava pálido e seus olhos azuis estavam embaçados pela tristeza. Ela se permitiu um momento para absorver a imagem, para realmente ver a dor que estava sentindo.
Mas sabendo que não podia deixar Seiya ver seu desespero, Saori forçou um sorriso. Ela pegou sua maquiagem e começou a aplicá-la com cuidado. Ela escolheu cores naturais, procurando manter seu visual leve e fresco. A maquiagem ajudava a esconder os sinais de sua angústia, permitindo que ela mantivesse a aparência de normalidade.
Depois de se maquiar, Saori ensaiou seu sorriso no espelho. Ela repetiu várias vezes, tentando fazer parecer o mais natural possível. Ela sabia que precisava ser convincente, para que Seiya não suspeitasse de nada quando ela descesse para o café da manhã.
Com o rosto maquiado e o sorriso ensaiado, Saori finalmente se sentiu pronta para enfrentar Seiya. Ela respirou fundo, reuniu toda a sua coragem e saiu do banheiro, pronta para enfrentar o dia mesmo que aquele dia seja o mais doloroso.
Após se preparar no banheiro, Saori saiu com determinação. Ela deixou para trás seu grande quarto luxuoso, com móveis elegantes e decoração requintada. O corredor da mansão, outrora pertencente ao seu pai, Drácula, era amplo e imponente. As paredes eram revestidas de madeira escura, contrastando com o piso de mármore branco. Lustres de cristal pendiam do teto alto, iluminando o caminho de Saori enquanto ela seguia em direção às escadas.
As escadas, majestosas e imponentes, levavam ao andar de baixo da mansão. Os degraus eram feitos de madeira maciça, polida e brilhante. O corrimão de ferro forjado era adornado com detalhes intrincados. Enquanto Saori descia os degraus, podia sentir a grandiosidade da mansão ao seu redor.
Ao chegar ao final das escadas, ela adentrava a sala de recepção. O espaço era espaçoso e elegantemente decorado, com móveis luxuosos e obras de arte penduradas nas paredes. Tapetes macios cobriam o chão, proporcionando uma sensação de conforto ao caminhar.
Saori continuava seu caminho em direção à cozinha, seguindo pelo corredor que levava até lá. O corredor era revestido de azulejos brancos, com pequenos detalhes em dourado. Quadros decorativos adornavam as paredes, trazendo um toque de arte ao ambiente. O som dos passos de Saori ecoava pelo corredor, criando uma sensação de serenidade e solidão.
Ao chegar à cozinha, ela encontrava um espaço amplo e bem iluminado. Os armários eram feitos de madeira escura e os eletrodomésticos eram modernos, combinando o estilo clássico com o contemporâneo. O aroma de café fresco e alimentos sendo preparados pairava no ar, criando uma atmosfera acolhedora.
Ao lado da cozinha, Saori se deparou com uma mesa farta, repleta de delícias preparadas com carinho por seu amado lobisomem. Havia uma variedade de pratos, desde frutas frescas até pedaços suculentos de carne. O aroma delicioso do café da manhã enchia o ar, despertando o apetite de Saori.
No entanto, mesmo diante da mesa tentadora, Saori se esforçava para não deixar transparecer suas emoções. Ela sabia que precisava atuar, esconder os instintos afiados que a consumiam por dentro. Com um sorriso cuidadosamente ensaiado, ela se aproximou da mesa, tentando transmitir uma sensação de tranquilidade.
Enquanto ela se servia, Seiya se aproximou dela, seus passos silenciosos ecoando pelo ambiente. Ele a abraçou suavemente, sentindo o calor reconfortante de seu corpo. Seiya inclinou-se e deu um leve beijo nos lábios de Saori, um gesto de afeto e apoio.
Seiya: Bom dia, meu amor. Espero que o café da manhã esteja do seu agrado. - Sua voz era suave e carinhosa.
Saori: Bom dia, Seiya. O café da manhã está maravilhoso, como sempre. - Ela tentava manter sua voz calma e alegre.
Enquanto desfrutavam da refeição, Saori se esforçava para relaxar, deixando de lado as preocupações que a assombravam. Ela apreciava cada mordida, saboreando os alimentos com gratidão.
Seiya: "eba!", exclamou, sorrindo animadamente.
Vendo o sorriso de Seiya, Saori sentiu uma pontinha de inveja. Seu coração puro e livre de preocupações era algo que ela admirava profundamente. Após terminarem o café da manhã, Saori se levantou e recolheu tudo que estava na mesa, levando para a pia e começando a lavar a louça.
Saori: "Seiya, vai subindo e se trocando. Daqui a pouco vou", disse , olhando para ele com ternura.
Seiya: "Ta certo", respondeu, concordando com um aceno de cabeça.
Ele saiu da cozinha, deixando Saori para trás. Sozinha, ela se sentiu imersa no som da água escorrendo enquanto lavava a louça. Enquanto isso, Seiya desceu para a sala de recepção, já vestindo uma calça preta de moletom e uma camisa branca.
Saori terminou de lavar a louça e foi até a sala, encontrando Seiya sentado no sofá, calçando os tênis.
Saori: "Vai sair?", perguntou, olhando para Seiya com curiosidade.
Seiya: "Sim, preciso me manter em forma senão vou atrofiar", respondeu ele, sorrindo.
Após calçar os tênis, Seiya se alongou e se aproximou de Saori, puxando-a pela cintura com suavidade. Ele a beijou nos lábios com ternura antes de se afastar.
Seiya: "Eu já volto. Enquanto isso, relaxe um pouco", disse, sorrindo e transmitindo confiança a Saori.
Saori: "Ta certo", respondeu, observando-o sair pela porta da mansão.
Enquanto Saori ficou na mansão, ela decidiu não seguir o conselho de Seiya de relaxar. Em vez disso, subiu para seu quarto pegou um short preto não muito curto e uma blusa de alça de cetim preto e se vestiu, depois desceu e começou a limpar a enorme mansão. A cada cômodo que ela percorria, a lembrança de Nana, sua amiga e empregada que costumava cuidar da limpeza, invadia sua mente. Saori se lembrava de como Nana sempre a repreendia por fazer tarefas físicas, lembrando-a de que seu corpo não era forte devido à sua teimosia em não beber sangue humano.
Enquanto Saori limpava, as lembranças das crianças que costumavam visitar seu quarto e pedir histórias ou canções para dormir se tornavam cada vez mais presentes. A saudade era iminente.
Depois de limpar todos os cômodos, Saori chegou à sala de instrumentos. Ao entrar, seus olhos se fixaram no piano branco. Ela limpou cada cantinho do ambiente antes de se sentar na poltrona larga. Saori colocou suas mãos pequenas sobre as teclas do piano e começou a tocar uma música calma.
Enquanto suas mãos deslizavam suavemente pelas teclas, Saori sentiu uma onda de melancolia tomar conta dela. A melodia delicada e serena do piano preenchia a sala, envolvendo-a em uma atmosfera de nostalgia.
(A música que ela tocava era "Memories" do anime One Piece) , uma melodia que trazia à tona lembranças do passado e emoções profundas.
Enquanto as notas ecoavam pelo ambiente, Saori fechou os olhos e se deixou levar pela música. Cada acorde transmitia sua saudade e suas esperanças para o futuro. Ela sentia-se conectada com cada nota, expressando suas emoções através da melodia do piano.
Assim que terminou de tocar, Saori se levantou e tocou uma última vez nas teclas antes de ir até os materiais de limpeza que havia deixado no quarto. Ela os pegou e os levou para a sala de limpeza, onde os guardou cuidadosamente. Em seguida, em vez de se deitar na cama, Saori foi para o banheiro, buscando um momento de tranquilidade.
Ao entrar no banheiro, Saori sentiu uma onda de fraqueza e tontura, fazendo com que ela se apoiasse na pia para se sustentar. Seu rosto pálido refletia o desconforto e a dor que a consumiam. Ela olhou para o espelho e viu seus olhos marejados de lágrimas, enquanto suava frio e a sua testa escorria pequenas partículas de suor.
Uma dor aguda e lancinante tomou conta de seu estômago, fazendo com que ela se curvasse de dor. Ela cambaleou até o vaso sanitário, ajoelhando-se com dificuldade. Seu corpo tremia incontrolavelmente, e ela segurou a borda do vaso sanitário com força, sentindo a náusea se intensificar.
Em um momento de angústia, Saori vomitou violentamente, expelindo sangue em meio aos soluços. Cada contração de seu estômago era uma tortura, e ela sentiu uma fraqueza avassaladora tomar conta de seu corpo. Lágrimas escorriam por seu rosto enquanto ela lutava para recuperar o fôlego.
Saori: Hoje... Foi demais... - sua voz saiu fraca e trêmula, carregada de sofrimento.
Com um esforço sobre-humano, Saori levantou-se lentamente da banheira, apoiando-se nas paredes do banheiro. Seu corpo estava exausto e trêmulo, e cada passo era uma batalha contra a dor. Ela olhou para a pia, vendo a palidez de sua pele e a fragilidade em seu olhar refletidos no espelho.
Seiya, alheio ao tormento que Saori enfrentava, continuava a demonstrar preocupação e a perguntar se ela estava bem. Mas Saori, incapaz de revelar a verdade, apenas lhe respondia com mentiras, escondendo o seu sofrimento por trás de um sorriso frágil.
Ela limpou o sangue que escorria de sua boca até seu pescoço, e entrou na banheira com água morna, tentando aliviar a sensação terrível que a aprisionava. A água envolvia seu corpo, proporcionando um breve alívio, mas a dor persistia, como uma sombra constante.
Saori fechou os olhos, deixando que as lágrimas se misturassem com a água, enquanto murmurava para si mesma:
Saori: Nossa... Hoje dói mais do que nunca... - sua voz saiu abafada, carregada de angústia.
Após Saori terminar seu banho, ela se levanta da banheira com dificuldade e consegue se secar antes de sair do banheiro. Ela caminha até sua cama e se joga sobre ela, colocando uma das mãos sobre o rosto, suspirando profundamente.
Saori: Não vou conseguir dormir, dói tanto...
Determinada a encontrar algum alívio, Saori se levanta da cama e vai até seu guarda-roupa. Lá, ela escolhe um vestido simples. Saindo de seu quarto, Saori atravessa o corredor da grande mansão, passando pelas imponentes escadas e pela sala de recepção. Ela sente a grandiosidade do lugar ao seu redor, mas sua mente está focada em encontrar um momento de paz na floresta.
Chegando à porta de saída, Saori adentra o mundo exterior e caminha em direção à floresta. O ar fresco toca seu rosto enquanto ela se aventura por entre as árvores. Seu vestido simples, é na cor bege, Saori parece uma figura etérea entre as árvores. O tecido suave acaricia sua pele, enquanto as rosas amarradas nos ombros e na cintura adicionam um toque de delicadeza e romantismo ao seu visual. O vestido, quase como um espartilho, realça a sua figura, mas também simboliza a sua força interior e determinação.
Ela observa as maravilhas da natureza ao seu redor: os raios de sol filtrando-se pelas copas das árvores, a brisa suave balançando as folhas, os pássaros cantando melodias harmoniosas. Cada passo a leva mais perto do lugar especial onde ela esteve com seu amado, a grande árvore.
Ao chegar ao local, Saori se senta embaixo da árvore, sentindo a textura da casca sob suas mãos. Ela olha para cima e vê os galhos estendidos como braços acolhedores, O balanço feito com um pneu pendurado oscila suavemente ao vento, trazendo memórias de momentos felizes compartilhados ali. É um momento de tranquilidade e introspecção. Nesse momento, a presença da Serpente Branca se manifesta ao redor de Saori. Sua figura majestosa e imponente se mescla com a natureza ao redor, suas escamas brilhando sob a luz filtrada pelas folhas das árvores. Os olhos penetrantes da serpente transmitem sabedoria e serenidade, enquanto seu corpo se move com uma graça sinuosa.
Serpente: Minha senhora, você se sente mal?
Saori: Não é nada demais, é apenas meu corpo pedindo socorro - ela ri, mas há um toque de ironia em sua voz.
A serpente se aproxima ainda mais, envolvendo Saori com seu corpo, como se estivesse a protegendo de qualquer mal que possa surgir. Sua presença é reconfortante e transmite uma sensação de segurança.
Serpente: Por favor, não brinque com isso. Imagine o que o Senhor Seiya diria.
Saori: Ele não precisa saber, não há necessidade de contar a ele. Logo estaremos separados.
A serpente balança a cabeça, expressando compreensão e preocupação. Seus olhos parecem transmitir uma sabedoria ancestral.
Serpente: Você realmente vai governar os vampiros?
Saori: É meu dever - ela sorri francamente, mas sem esperança. - Por favor, você poderia me levar até a lagoa?
Serpente: Claro, sem problemas.
A serpente assente, sua expressão serena e calma. Saori se levanta e sobe nas costas da serpente espiritual, sentindo a pele suave e escamosa sob suas mãos. A serpente começa a rastejar pela floresta, movendo-se com uma elegância natural. Enquanto avançam, Saori se maravilha com a exuberância da natureza ao seu redor. As árvores altas parecem tocar o céu, enquanto flores coloridas e pássaros cantantes embelezam o cenário.
Finalmente, eles chegam ao lago. A serpente para e abaixa seu corpo, permitindo que Saori desça suavemente para o chão. O ambiente ao redor é calmo e sereno, com a água do lago refletindo a luz do sol.
Saori: Muito obrigada - ela deposita um beijo na cabeça da cobra, expressando sua gratidão pela companhia e proteção.
Serpente: Estou à disposição. - se curvando elegantemente diante da sua mestra.
A serpente se despede com um movimento suave e desaparece junto com o vento, deixando Saori sozinha para aproveitar a tranquilidade do lugar.
Saori caminhou lentamente até o lago, sentindo a grama macia sob seus pés descalços. Ela se aproximou da margem e se sentou, permitindo que seus olhos se perdessem na serenidade das águas. Ao observar seu reflexo, viu sua imagem, seu rosto refletido com clareza. Ela estendeu as pontas dos dedos e tocou a superfície do lago, causando pequenas ondulações que distorceram momentaneamente seu reflexo. Em um instante, tudo voltou ao normal, mas algo parecia diferente. Seu reflexo agora mostrava olhos vermelhos e frios, e uma expressão dura e sem emoção.
Saori: logo serei assim - sua voz saiu trêmula, enquanto um amargor se instalava em sua garganta.
De repente, dos arbustos ao seu redor, emergiu um lobo majestoso, com pelos negros como a noite e olhos brancos brilhantes. Saori sentiu a presença do animal e se virou para encará-lo, percebendo sua postura defensiva.
Saori: Aproxime-se - ela disse, levantando uma das mãos em um gesto tranquilizador - Castiel.
O lobo, cauteloso, se aproximou lentamente de Saori, farejando o ar e examinando-a com seus olhos brancos luminosos. Uma chama de reconhecimento brilhou em seu olhar.
Castiel: Minha senhora?
Um sorriso gentil curvou os lábios de Saori enquanto ela estendia a mão para acariciar a cabeça do lobo.
Saori: Quanto tempo, não é mesmo?
Castiel: Meu mestre certamente ficaria feliz em vê-la, se não tivesse partido tão rapidamente.
Saori: Eu sei. Você sente falta do meu pai?
Castiel: Sinto. Ele foi meu primeiro mestre e o único que conseguiu me contratar como servo espiritual.
Saori: Fique comigo.
Castiel: Claro.
O lobo se aproximou ainda mais, deitando-se aos pés de Saori e colocando a cabeça em seu colo. Ela acariciou os pelos macios do animal, sentindo uma conexão profunda entre eles.
Saori: Castiel, estou imensamente feliz por tê-lo reencontrado. Nunca poderia imaginar que um dia nos encontraríamos novamente desde a morte de meu pai e o rompimento do contrato que os unia ao mundo espiritual. Mas por que você está aqui? - curiosidade se passa em seus olhos azuis .
Castiel: Estive aqui desde o dia em que você adotou aquelas crianças humanas.
Saori: O quê? - seus olhos se arregalaram de surpresa.
Castiel: Antes de meu mestre partir, ele me pediu, em seu leito de morte, que eu ficasse com sua filha e a protegesse, caso algum perigo se aproximasse. Infelizmente, não pude evitar a atrocidade que ocorreu nesta floresta com as crianças. No reino espiritual, existe uma regra que proíbe a interferência, a menos que haja um mestre daquele mundo.
Saori: Eu entendo. Então você viu tudo?
Castiel: Sim. Eu desejei atacar aquela mulher lobisomem e salvar as crianças, mas as correntes da lei me proibiram de agir. Foi uma agonia impotente testemunhar o mal prevalecendo. - um pequeno rosnado e seu garras arranham o chão.
Saori: Castiel...por tudo nesse mundo eu quero muito tentar trazer Nana e as crianças de volta, mesmo que isso signifique perder minha humanidade e esquecer as pessoas que amo - ela olhou para as folhas das árvores ao seu redor, pensativa. A dor apertava seu coração, tornando cada palavra um peso em sua alma.
Castiel: Isso vai te destruir.
Saori: Eu sei - Saori mergulhou os pés na água do lago, sentindo a frescura envolvendo seus dedos - mas não consigo mais viver sem eles, não dá mais. - A tristeza se misturava com a determinação, criando um turbilhão de emoções dentro dela.
Castiel: E o homem lobisomem? - ele arqueou as sobrancelhas, curioso. Ele sentiu uma pontada de preocupação ao pensar no que poderia acontecer com o homem que Saori amava.
Saori: Ele... Tenho certeza de que ele encontrará alguém melhor... Alguém com quem possa ter uma verdadeira família, mantendo suas origens intactas - com a voz fraca e trêmula, ela abaixou o olhar para ver o lobo em seu colo. A dor se refletia em seus olhos, uma ferida que ainda ardia em seu peito.
Castiel: Não se arrependa, minha senhora.
Saori: Sim.
Saori respirou fundo, permitindo que a brisa suave acariciasse seu rosto, enquanto seus olhos se perdiam na paisagem exuberante à sua frente.
Saori: Este é realmente um lugar maravilhoso para relaxar, não é?
Castiel: Com certeza - ele respondeu, com os olhos fechados, apreciando a serenidade do momento.
Saori: Quero tentar registrar tudo isso como uma última memória, para que eu possa guardar para sempre nos mais profundos seres da minha alma.
Após falar, o lobo, com sua pelagem negra como a noite, se levanta rapidamente e assume uma postura defensiva. Seus olhos brancos como pérolas fixos no vazio, seu rosnado baixo ecoa pela floresta, uma clara demonstração de sua determinação em proteger a vampira, a filha de seu antigo mestre.
Saori: O que houve, Castiel?
Castiel: Há alguém nas sombras... - Sua voz reflete o desconforto e a tensão que sente, sabendo que algo não está certo.
De repente, o céu fica escuro e a Lua vermelha aparece. A floresta, que antes estava repleta de vida e sons de pássaros, torna-se silenciosa e vazia. O vento sopra com força, agitando os cabelos violeta da vampira, que caem em cascata sobre seus ombros pálidos. Seus olhos azuis profundos, brilhantes como safiras, expressam confusão diante da súbita mudança no ambiente, mas também revelam uma beleza enigmática e cativante.
Da sombra de uma árvore, surge uma silhueta e, assim que Saori consegue enxergar perfeitamente, vê que é Durval.
Castiel: Você...! - rosnando. A raiva e o ódio em sua voz são palpáveis, embora a razão por trás desses sentimentos não seja clara.
O lobo, com sua pelagem negra brilhante, permanece em posição de alerta, seu corpo tenso e musculoso revelando sua prontidão para proteger a vampira a qualquer custo. Seus olhos brancos, intensos e penetrantes, brilham com uma mistura de lealdade e fúria.
O lobo corre até o vampiro, pronto para atacar, mas Saori logo se levanta e se coloca entre o lobo e Durval. O lobo, com um movimento ágil, para abruptamente, suas garras afiadas cravando-se no solo, demonstrando sua obediência a Saori.
Castiel: Por que me impediu? - Ele questiona, sua voz carregada de frustração e confusão.
Saori: Ele é... O ancião, não pode matá-lo.
Castiel: Ele não é bo- antes de conseguir dizer algo, sua voz é roubada.
Durval olha intensamente para o lobo, utilizando seu poder para silenciá-lo. Sua expressão é calma, mas seus olhos traem um segredo não revelado, algo que ele está escondendo.
Saori: O que foi, Castiel?
Castiel: Nada, minha senhora. Eu me retiro - sua voz retorna, mas seu olhar ainda transmite ódio em relação a Durval, ele desaparece entre os arbustos.
Durval: O que deu nele? - Ele pergunta, sua voz suave e controlada, mas com um toque de curiosidade.
Saori: Eu não sei.
Saori se vira, ficando de frente para Durval, o encarando nos olhos com sua postura fria e imponente.
Saori: O que o traz aqui?
Durval: Só vim lembrá-la que tudo deve acabar hoje.
Saori sente uma tristeza profunda e um peso opressivo em seu coração. A cada palavra de Durval, a pressão sobre ela aumenta, como se ele estivesse tentando moldá-la à sua vontade, sem se importar com o sofrimento que isso causa.
Saori: Eu sei, não precisa lembrar. - Cerrou os punhos e engoliu em seco, tentando esconder sua ansiedade e a dor que a consome.
Durval se ajoelha diante de Saori, sua longa capa se arrasta pelo chão enquanto seu joelho toca o solo. Ele pega uma das mãos delicadas de Saori e a leva até seus lábios, beijando-a com reverência.
Durval: Como nossa futura rainha, é necessário que esqueça tudo e esteja conosco, ainda mais forte e temida. - Ele afasta seus lábios da mão dela, mas mantém a cabeça baixa e a testa encostada na mão de Saori.
Saori sente uma mistura de repulsa e fascínio diante desse gesto. A opressão de Durval é palpável, sua frieza estava forçando-a a viver uma realidade cruel ao assumir um papel como rainha. Durval não se importava com a dor que isso lhe causava, ele só queria alcançar seu objetivo.
Saori quase deixa sua postura de lado e já queria fugir dali, mas logo uma descarga elétrica percorre seu corpo, impedindo-a de sair do lugar. Ela se sente aprisionada, sem escapatória, e a dor de não poder fugir do destino que lhe aguarda é avassaladora.
Saori: Durval... eu... - ela abaixa a própria cabeça, contendo suas emoções, e depois puxa o ar para seus pulmões - Eu tenho uma pergunta a fazer.
Durval: Estou aqui para responder o que quiser - ele levanta sua cabeça e olha nos olhos profundos de Saori.
Saori: Existe a possibilidade de eu conseguir trazer os mortos à vida?
Durval: Mas é claro, a senhora foi agraciada por duas espécies fortes e poderosas. Seu poder não se limita apenas a controlar o tempo ao nosso redor, ele vai além disso.
Saori: Quando eu desligar minha humanidade, quero que você faça o colar com a pedra de sangue. Esse colar é o que vai fazer com que eu tenha um espaço de humanidade, pois pretendo trazer de volta as minhas crianças e a minha amiga Nana - A tristeza ainda estava em seu olhar, pois teria que tomar decisões cruéis consigo mesma e com aqueles que eram próximos. Ao mesmo tempo, havia uma determinação dentro de si para trazer de volta a sua família, mesmo que seu pai seja impossível de trazer.
Durval: Se fizer tal coisa, o inimigo pode se aproveitar dessa brecha para explorar.
Saori: Tenho consciência disso, mas eu tenho experiência o suficiente para saber como ficar um vampiro sem emoções. Se eu trouxer as minhas crianças de volta à vida e tratá-los como animais, acredite Durval, a minha alma não vai ter descanso.
Durval: Farei como desejar, minha rainha - suspira - agora de jeito nenhum descumpra a sua parte - olhando com seus olhos afiados para ela.
Durval se levanta e logo desaparece em um piscar de olhos. Mais uma vez, o vento forte vem e abala os longos cabelos da vampira, e o seu vestido simples esvoaça ao vento. A floresta ao redor ganha vida com suas árvores altas e sombrias, o cheiro do musgo e da terra molhada preenche o ar, e os ruídos misteriosos da natureza ecoam ao redor, criando uma atmosfera ainda mais enigmática, a lua vermelha e o céu negro finalmente desaparece.
O corpo de Saori começa a tremer e seus olhos ficam trêmulos, enquanto a sensação de aprisionamento se intensifica. Cada passo que ela dá parece ser acompanhado por milhares de espinhos que machucam seus pés descalços. A dor física se mistura com a dor emocional.
Saori caminha lentamente em direção à saída da floresta, deixando seus sapatos para trás. Cada passo é uma batalha interna, enquanto seus pensamentos se entrelaçam em uma grande guerra consigo mesma. A floresta ao seu redor se torna uma presença opressiva, com árvores altas e sombrias que parecem observá-la com olhos invisíveis. O cheiro do musgo e da terra molhada permeia o ar, intensificando a sensação de mistério e tensão.
Nesse momento, quando finalmente chega à mansão, o espírito da Serpente Branca surge diante de Saori. Seus olhos fixos e expressão inquieta revelam a preocupação que sente por sua mestra.
Serpente: Castiel veio a mim e disse que Durval apareceu na floresta.
Saori sente um aperto no peito ao ouvir o nome de Durval. Sua mente é invadida por lembranças dolorosas e conflitantes. Ela fecha os olhos por um instante, tentando conter as emoções que ameaçam transbordar.
Saori: Isso é verdade? - Sua voz é carregada de tristeza e cansaço, refletindo o peso que carrega em seus ombros.
A serpente balança a cabeça, seus olhos brilhando com uma mistura de compaixão e apreensão.
Serpente: Minha senhora, tente encontrar outro caminho. Não suportarei ver você se separar do lobisomem.
Saori engole em seco, sentindo um nó se formar em sua garganta. Ela olha para a serpente com olhos vazios, como se estivesse perdida em um mar de pensamentos conflitantes.
Saori: Eu sei... Mas é necessário. Não posso mais prendê-lo a mim, e não consigo mais suportar a ideia de mantê-lo afastado de sua matilha. Ele precisa estar com os seus, sentir-se parte de algo maior.
A serpente se aproxima de Saori, sua presença imponente e escamosa contrastando com a fragilidade da vampira.
Serpente: Ele não se importa com isso. Ele só quer estar ao seu lado.
Saori fecha os olhos com força, uma lágrima solitária escorrendo por sua face pálida.
Saori: Valletta, eu e ele temos um vínculo de mestre e servo, mas também temos um laço profundo e complexo. Tudo o que ele sente, eu sinto. E sei perfeitamente que ele sente falta da família que perdeu. Mesmo sentindo o rancor e o ódio pelos lycans que machucaram minhas crianças humanas, ele sente falta. Um laço criado desde o nascimento não se rompe facilmente, e eu só quero o melhor para ele. Não posso mais permitir que nosso relacionamento seja marcado pela guerra e pelo sofrimento.
A serpente balança a cabeça, seus olhos brilhando com uma tristeza profunda.
Serpente: Compreendo sua dor, minha senhora. Mas não posso deixar de me preocupar com vocês dois.
Saori se aproxima ainda mais da serpente, seus corpos quase se tocando. Ela envolve a serpente com seus braços, buscando conforto em sua presença.
Saori: Se for necessário começar uma guerra para finalmente conseguir minha vingança, então assim seja. Mas estou ciente de que isso vai me machucar, mesmo que eu não me lembre de mais nada. Ele também não se lembrará de nada. E tenho certeza de que eu e ele vamos nos enfrentar. Não consigo imaginar como será, só sei que meu coração aperta só de pensar nisso.
A serpente segura o corpo de sua mestra com sua cauda, oferecendo-lhe um apoio silencioso.
Valletta: Sinto muito por não poder aliviar sua carga, minha senhora. Mas saiba que estarei ao seu lado, protegendo-o e protegendo você de si mesma.
Saori coloca uma de suas mãos sobre a face da serpente, seus olhos lutando para não chorar.
Saori olhou para Valletta com uma expressão séria e determinada, seus olhos transbordando de preocupação.
Saori: Proteja-o de mim, Valletta. Você é o espírito dele, e confio em você para mantê-lo seguro. Se chegar a um ponto em que eu não puder mais controlar minha própria natureza, prometa que o protegerá.
A serpente fechou os olhos, uma lágrima escorrendo por suas escamas brilhantes. Valletta sentiu a dor e a incerteza se misturarem dentro de Saori, mas hesitou em atender ao pedido.
Valletta: Não me peça isso, minha senhora. Eu... não sei se posso fazer essa promessa.
Saori puxa o a face da serpente para mais perto de seu rosto e apertou a serpente com mais força, sua angústia refletida em seu aperto.
Saori: Proteja-o de mim, Valletta. Por favor, prometa.
As palavras ecoaram no ar, carregadas de tristeza e resignação. Saori sabia que teria que enfrentar um caminho difícil e doloroso, mas estava disposta a fazê-lo a todo custo.
Valletta tremia diante da determinação de Saori, mas finalmente cedeu.
Valletta: Eu... eu prometo, minha senhora. Farei tudo o que estiver ao meu alcance para mantê-lo seguro.
Saori sorriu fracamente, com gratidão nos olhos, ao ouvir a promessa de Valletta. Seu coração se encheu de alívio ao saber que seu amado estaria protegido, mesmo que fosse por intermédio do espírito da serpente. Porém, uma sensação de tristeza e incerteza ainda pairava em sua mente, pois ela sabia que o caminho que teria que trilhar seria difícil e doloroso.
Saori: Obrigada, Valletta. Muito obrigada.
A serpente se afastou de Saori e desapareceu, dissipando-se com a brisa. Saori observou sua partida, sentindo-se reconfortada pela presença e promessa de proteção do espírito.
Enquanto isso, Seiya, o belo lobisomem, corria pela praça da cidade. Seu corpo esculpido pelo treinamento exalava força e determinação. Os músculos se moviam graciosamente sob a luz do sol, destacando sua beleza selvagem. Seus olhos brilhavam com uma mistura de foco e intensidade, mostrando sua dedicação em aprimorar suas habilidades.
Seiya parou para descansar em um banco, sentindo o suor escorrer pelo rosto enquanto recuperava o fôlego. Foi nesse momento que a serpente branca, Valletta, apareceu de repente em seu pescoço. O susto fez com que Seiya se sobressaltasse, seus olhos se arregalaram de surpresa e seu coração disparou por um instante.
Seiya: Que susto, Valletta! - Ele levou a mão ao peito, tentando acalmar os batimentos acelerados. - Aconteceu algo com Saori?
Valletta: Está tudo bem com a senhora Saori. - Sua voz sussurrava suavemente, mas havia um leve tremor em suas palavras. Ela sabia que estava escondendo a verdade de Seiya.
Valletta permaneceu imóvel em seu pescoço, seus olhos brilhantes fixos nos de Seiya. Uma aura de mistério e sabedoria emanava dela, envolvendo o lobisomem em uma sensação de curiosidade e cautela.
Seiya: Que bom - ele termina de beber a água e suspira, olhando para o céu azul. - Já já volto para casa, vou treinar um pouco ali perto dos equipamentos.
Valletta assentiu com a cabeça, seus olhos brilhando com uma tristeza profunda. Ela sentia o peso de suas próprias mentiras, mas também sabia que estava agindo em prol da segurança de Seiya.
Valletta: Está certo, mas vou ficar aqui com o senhor.
Seiya: O que houve? - ele arqueia uma sobrancelha. - Você devia ficar de olho em Saori e protegê-la.
Valletta: Ela está sendo cuidada por Castiel, um antigo lobo e servo do mestre Drácula. Ele está protegendo-a, não se preocupe.
Seiya: Um lobo? Drácula tinha um lobo como contratante? - ele fica pasmo com a revelação.
Valletta: Tinha sim. Mas, como ele veio a falecer muito rápido, Castiel ficou sem seu mestre e o contrato foi rompido. Agora, ele anda por aí sem mestre e apenas fica de olho na senhorita Saori por ordem de seu antigo mestre.
Seiya: Até o fim, Drácula ainda protege Saori, mesmo após ter sido morto pela minha família. - Ele cai em pensamentos.
Seiya se levanta e dá um último gole na água.
Seiya: Ninguém irá vê-la, não é valleta?
Valletta: Aos olhos humanos, não. Mas, se o senhor conceder permissão, poderão me ver.
Seiya: Eu confio em você, Valletta. - Ele sorriu gentilmente, acariciando a cabeça da serpente com carinho. - Então, vamos lá.
Valletta se recolheu no pescoço de Seiya, suas escamas brilhantes reluzindo sob a luz do sol. Uma sensação de segurança e lealdade envolveu o lobisomem, enquanto ele voltava sua atenção para o treinamento que o aguardava.
Saori finalmente adentrou a imponente mansão, seus passos lentos ecoando pelo corredor vazio. Cada passo que ela dava parecia ecoar como um eco sombrio, uma trilha sonora para a pressão que pesava em sua mente e em sua alma. A escuridão ao seu redor parecia engolir qualquer vestígio de luz, envolvendo-a em um abraço frio e opressor.
Ao chegar à majestosa escada, Saori sentiu as pernas tremerem levemente, uma mistura de medo e excitação pulsando em suas veias. Enquanto subia os degraus, a sensação de que estava adentrando um mundo sombrio e desconhecido só se intensificava. Cada passo era uma jornada rumo ao desconhecido, uma dança perigosa com o destino.
Finalmente, ela alcançou o andar superior e caminhou pelo corredor escuro, onde sombras dançavam nas paredes. A cada passo, a pressão em sua mente se aprofundava, como se a mansão estivesse sussurrando segredos sombrios diretamente em seus ouvidos. Mas, mesmo abalada, Saori se manteve firme, determinada a enfrentar o que quer que estivesse à sua espera.
Ao chegar à porta de seu quarto, suas mãos tremiam levemente ao segurar a maçaneta. Ela hesitou por um momento, sentindo o peso do destino em seus ombros. Mas, reunindo coragem, girou a maçaneta e adentrou em seu quarto, onde a escuridão parecia se fundir com a luz, criando uma atmosfera misteriosa e sedutora.
No banheiro, Saori se deparou com o reflexo de uma vampira deslumbrante. Seus olhos cansados refletiam a tormenta que assolava sua mente, enquanto suas mãos trêmulas deslizavam sobre a pele pálida. Cada gesto era carregado de intensidade, uma busca por alívio e renovação em meio ao caos que a cercava.
Enquanto a água quente envolvia seu corpo, Saori se permitiu sentir. Cada gota que escorria por sua pele era um lembrete de sua humanidade, uma oportunidade para deixar para trás as preocupações e se conectar com sua essência. Mesmo abalada, ela encontrava forças para enfrentar o que estava por vir.
Após emergir do banho, Saori sentiu a água escorrendo pelos seus longos cabelos enquanto caminhava em direção à cama. Seus olhos foram atraídos por uma caixa de tamanho médio, brilhante e vermelha, que repousava sobre o colchão. Com curiosidade, ela se aproximou e notou um bilhete adornado com detalhes em dourado e preto, com uma rosa do inferno, como é conhecida no Japão.
Com delicadeza, Saori estendeu a mão para pegar o bilhete e abriu-o cuidadosamente. Suas íris se iluminaram ao ler a mensagem:
"Este vestido pertencia à sua mãe. Como sua única herdeira, estou lhe entregando a última recordação dela para que você o use em sua cerimônia. Faça bom proveito, minha querida rainha.
Durval."
Um sorriso solitário e nostálgico surgiu nos lábios rosados de Saori. Ela afastou o olhar do bilhete e voltou sua atenção para a caixa que repousava sobre a cama. Colocou o bilhete ao lado e, com mãos trêmulas de emoção, abriu a caixa.
O que encontrou dentro a deixou sem fôlego. Era um vestido grego, de um branco imaculado, com detalhes dourados que envolviam sua cintura, realçando suas curvas de forma sensual. O tecido macio e delicado parecia abraçar seu corpo híbrido, metade vampiro, metade deusa, de maneira perfeita. Uma pequena fenda na saia revelava sutilmente uma parte de sua perna, adicionando um toque de mistério e sedução à peça.
Saori: posso dizer mais ou menos o porquê meu pai se apaixonou tanto pela minha mãe, Posso até imaginar ela usando ele e ter conseguido encantar meu pai. - olhando para o belo vestido .
Saori segurou o vestido com reverência, sentindo uma conexão profunda com sua mãe através daquela peça de roupa. Ela o vestiu com cuidado, sentindo cada movimento do tecido em sua pele, cada detalhe do vestido se encaixando perfeitamente em seu corpo. Ao se ver no espelho, seus olhos brilharam com admiração e gratidão. Sentindo-se poderosa, Ela fez aparecer em seus pés um par de saltos baixos com cordas que subiam até seus joelhos, adicionando um toque de mistério e sensualidade à sua aparência. Cada movimento, cada gesto, emanava uma aura de superioridade e magnetismo.
Saori: "Esse antigo vestido é maravilhoso", disse, admirando-se no espelho.
Ela se afastou da reflexão e caminhou até sua penteadeira, onde se sentou em uma pequena poltrona de frente para o espelho. Com destreza, ela começou a pentear seus longos cabelos molhados, sentindo a suavidade dos fios deslizarem entre seus dedos. Ao terminar, ela fez uma trança lateral, que caía graciosamente sobre seu ombro, realçando sua beleza sobrenatural. Saori então fechou a caixa de joias com cuidado e lançou um último olhar para si mesma no espelho da penteadeira. Respirou fundo, tentando conter as emoções que transbordavam dentro dela. Com determinação, ela se levantou e começou a caminhar pelo corredor solitário e desprovido de vida. Ao chegar às escadas, desceu-as com passos firmes, atravessando a sala até chegar à imponente porta da mansão que dava acesso ao mundo exterior. Com as mãos trêmulas, empurrou a porta e adentrou o mundo lá fora.
Saori: "Está na hora", sussurrou, seu olhar melancólico fixo no céu azul.
Com sua velocidade sobrenatural, ela se dirigiu à universidade, onde conheceu seu amado lycan. Ao chegar, encontrou os portões fechados, mas isso não a impediu. Com um impulso poderoso, ela saltou para o outro lado do portão e caminhou lentamente até sua antiga sala de aula. Ao adentrar, seus olhos percorreram cada cadeira vazia e a mesa onde Seiya costumava monitorar a classe. Observou os alunos ocupados com suas tarefas, sem prestar atenção à aula.
Saori: "Aqui há tantas lembranças... Isso será muito difícil", murmurou, sentindo um aperto no coração.
Ela se aproximou da janela da sala e a abriu, sentando-se na beira e olhando para o pátio onde os alunos costumavam fazer seus lanches. O vento acariciava seu rosto enquanto ela refletia sobre os momentos compartilhados ali mesmo que tenham sido turbulentos.
Saori estava pronta para enfrentar o desafio que a aguardava na universidade, mas sabia que não seria fácil lidar com as memórias e emoções que surgiriam. Ela estava determinada a seguir em frente, mesmo que isso significasse reviver momentos dolorosos.
Enquanto isso, Seiya já havia retornado à mansão com a serpente enrolada em seu pescoço. Ele estava ofegante e cansado da corrida e do treinamento, mas ao mesmo tempo sentia-se revigorado. Abriu o portão de ferro e seguiu pelo longo caminho até chegar à mansão, ficando finalmente de frente para a grande porta. No entanto, uma sensação estranha tomou conta dele - estava silencioso demais.
"Que estranho, não sinto o cheiro da Saori", murmurou Seiya, franzindo a testa.
A serpente também compartilhou a mesma sensação. "Eu não sinto a presença dela", sibilou a serpente em seu pescoço.
Seiya adentrou a mansão correndo até o quarto e percebeu que estava vazio, sem nenhum sinal de sua amada. Rapidamente, ele colocou a serpente no colchão da cama e tomou um banho rápido. Ao sair do banheiro, vestiu uma calça preta e uma camisa vermelha de gola alta, combinadas com um sobretudo marrom. Sua aparência era atlética e poderosa, refletindo sua natureza corajosa e destemida. A preocupação o consumia, pois não conseguia encontrar sua amada em nenhum dos cômodos da mansão.
A serpente desapareceu do quarto e Seiya saiu correndo da mansão, com o coração acelerado e a preocupação consumindo seus pensamentos. Ele desceu as grandes escadas da mansão e, ao chegar ao exterior, começou a procurar por Saori em todos os lugares, na praia, na praça, no restaurante, no shopping, mas parecia que ela havia desaparecido. A angústia em seu rosto era evidente enquanto ele pensava em onde mais poderia procurar, Parou no meio do caminho e começou a raciocinar, até que veio à sua mente a universidade, o único lugar onde ainda não havia procurado.
Decidido, Seiya seguiu para a universidade, onde eles haviam se conhecido. Com passos rápidos e determinados, Seiya percorreu as ruas movimentadas em direção à universidade. O caminho até lá era cercado por árvores altas e calçadas movimentadas, mas ele mal percebia o ambiente ao seu redor. Seu único objetivo era encontrar Saori e garantir que ela estivesse segura.
Ao chegar à universidade, Seiya entrou pelo portão principal e caminhou pelos corredores familiares. O som dos seus passos ecoava pelo corredor vazio, criando uma atmosfera de suspense. Ele podia sentir a preocupação aumentando a cada passo, enquanto pensava em como encontrar Saori.
Seiya seguiu em direção à antiga sala onde costumava dar aulas. Ele abriu a porta com cuidado e adentrou o ambiente silencioso. A luz do sol filtrava pelas janelas, iluminando suavemente a sala. Ele olhou ao redor, buscando qualquer sinal de Saori.
Foi então que seus olhos se fixaram na figura delicada de Saori, sentada na janela, Seiya sentiu um misto de alívio e preocupação ao vê-la ali.
Seiya se aproximou lentamente de Saori, com o coração acelerado e a preocupação consumindo seus pensamentos. Ele notou que ela estava olhando para o céu com um olhar vago, perdida em seus pensamentos. Seu coração se apertou ao vê-la assim.
Saori: se lembra de como nos conhecemos ? - quebrando o silêncio, com a voz suave, Seus olhos transmitiam uma mistura de tristeza e confusão.
Parando no meio do caminho, Seiya olhou para ela e depois para o céu visível pela janela. Com as mãos nos bolsos do sobretudo.
Seiya: Sim, eu me lembro, Este lugar foi testemunha de tantos conflitos, mas também foi onde pude conhecer você e me apaixonar."
O vento soprou com intensidade, envolvendo Saori e fazendo seu vestido grego esvoaçar na janela. Os longos cabelos violetas, que antes estavam trançados, se soltaram e começaram a dançar no ar, criando um cenário quase mágico. Seiya ficou hipnotizado pela beleza e elegância de Saori, incapaz de desviar os olhos dela.
Seus cabelos flutuavam ao vento, como seda violeta emoldurando seu rosto angelical. Cada movimento era graciosamente capturado pela brisa, dando a ela uma aparência etérea. Seiya sentiu uma mistura de admiração e fascínio, como se estivesse testemunhando a própria essência da beleza.
O vento se acalmou gradualmente, como se quisesse acompanhar a serenidade que se instalava naquele momento. O vestido branco de Saori deslizou suavemente pela janela, tocando o chão com leveza. Seus cabelos violetas caíram delicadamente sobre seus ombros, emoldurando seu rosto.
Seiya observou atentamente os olhos de Saori, captando a determinação e a tristeza que se mesclavam em seu olhar profundo. Ele sentiu um aperto no coração ao perceber que havia algo mais afligindo sua amada, algo que ela estava lutando para enfrentar sozinha.
Nesse momento, Saori desviou o olhar para Seiya, e ele sentiu uma estranha sensação percorrer sua espinha. Nos olhos dela, ele viu um vazio profundo, uma solidão que parecia eterna, e um desespero que cortava sua alma. Era como se o peso de séculos de tristeza estivesse concentrado ali, naquele momento.
De repente, o céu escureceu, como se o próprio universo estivesse absorvendo a angústia que Saori carregava. As nuvens negras se aglomeraram, encobrindo a luz do sol e mergulhando o mundo em uma escuridão sobrenatural. E então, como se em resposta ao sofrimento de Saori, a lua prateada emergiu, lançando uma luz misteriosa sobre eles.
Seiya: Por que escureceu? O que está acontecendo? - perplexo, olhou para o lado de fora e questionando.
Quando ele voltou seu olhar para Saori, tudo o que ele conseguiu enxergar foi a beleza radiante dela, iluminada pela luz prateada da lua. Seus cabelos soltos voavam em meio ao sopro do vento, como se dançassem em perfeita harmonia com a noite. Mesmo vestida com uma roupa estranha, ela era deslumbrante, envolta em um ar de mistério e sedução que hipnotizava Seiya.
Seiya sentiu seu coração acelerar, capturado pela beleza sobrenatural daquela mulher. Cada traço do rosto dela, cada movimento gracioso, parecia emanar uma aura magnética que o envolvia por completo. Ele se viu incapaz de desviar os olhos dela, como se estivesse preso em um feitiço encantador que a tornava ainda mais irresistível.
Nesse momento, ele percebeu que algo além do seu entendimento estava acontecendo. Uma força misteriosa e poderosa parecia conectá-los, transcendendo o tempo e o espaço. Em meio a essa atmosfera sobrenatural, Seiya teve a certeza de que sua vida nunca mais seria a mesma.
Seiya: Você está linda. - sussurrou, sua voz embargada pelo encantamento que Saori exercia sobre ele.
Saori: Obrigada. - seu sorriso era um misto de gratidão e mistério, enquanto sua voz ecoava suavemente no ambiente.
Mas por trás da admiração de Seiya, um desejo profundo começou a tomar conta de sua mente. Ele ansiava por uma conexão mais íntima com Saori, mesmo que isso fosse contra seus princípios e desejos.
Seiya: Saori, você me disse que nunca bebeu sangue humano, não é? - fitou os olhos profundos de Saori, buscando respostas.
Saori: Por que trouxe isso à tona? - desviou o olhar para o exterior, onde a escuridão parecia envolvê-los.
Seiya: Beba do meu sangue. - suas palavras foram carregadas de determinação e uma mistura de desejo e sacrifício.
Saori: Não! - ela exclamou, sua voz carregada de surpresa e desconforto, as palavras saindo em um tom cortante. Seus olhos se fixaram nos de Seiya, revelando uma mistura de incredulidade e raiva. As sobrancelhas franzidas e os lábios apertados mostravam a intensidade de sua recusa. Ela já havia deixado claro inúmeras vezes que não bebia sangue humano, e agora menos do que nunca aceitaria beber o sangue de um lobisomem, sua expressão deixando claro que essa ideia era simplesmente inaceitável para ela.
Seiya: Por favor... - ele sussurrou, desesperado, sua voz trêmula carregando um misto de anseio e vulnerabilidade. Seus olhos suplicantes buscavam desesperadamente uma conexão com ela, as pupilas dilatadas refletindo a intensidade de seus sentimentos. Cada palavra era pronunciada com um fio de esperança, como se sua vida dependesse da resposta dela. Cada passo que dava em direção a ela era firme, determinado a romper as barreiras que os separavam e a alcançar seu coração.
Saori: Já disse que não! - ela rosnou, sua voz carregada de frustração e raiva contida. Os olhos azuis brilhavam intensamente, faíscas de fogo dançando em seu olhar, revelando a força e a intensidade de sua resistência. Cada palavra era pronunciada com uma determinação inabalável, como se estivesse defendendo não apenas sua própria integridade, mas também seus princípios mais profundos. Ela estava disposta a lutar com todas as forças para proteger sua própria essência.
O olhar intenso e desafiador entre eles mostrava a batalha interna que cada um enfrentava. Era como se suas almas estivessem se confrontando, uma dança perigosa de emoções e desejos conflitantes.
Seiya: Por favor... Eu desejo isso. Eu quero ser seu por completo, quero ser o seu primeiro em tudo - ele murmurou, sua voz carregada de uma mistura de desespero e paixão. Cada palavra era pronunciada com uma intensidade avassaladora, como se estivesse expondo sua alma nua diante dela. Seus olhos brilhavam com uma chama intensa, refletindo a profundidade de seu desejo e a determinação de conquistar seu coração.
Saori levou uma mão à testa, os pensamentos inundando sua mente de uma só vez. As lembranças dolorosas de seu passado ressurgiram, as cicatrizes emocionais ainda frescas. Ela havia sido abusada por Julian durante séculos, uma experiência que a deixou marcada para sempre. Mas ela havia encontrado forças para se recuperar, para se purificar e reconstruir sua própria essência. No entanto, as lembranças de sua infância também voltaram à tona, os anciões tentando forçá-la a beber sangue de crianças órfãs e matá-las. A dor e a angústia que ela havia enfrentado naquela época ainda ecoavam em seu coração, tornando a ideia de beber sangue ainda mais repugnante para ela. Sua expressão mostrava uma mistura de dor, medo e determinação, como se estivesse lutando contra seus próprios demônios internos.
Saori: Seiya... Isso que você deseja... Logo você vai se arrepender - ela murmurou, sua voz carregada de uma tristeza profunda e um toque de advertência. Cada palavra era pronunciada com um peso emocional, como se estivesse prevendo o futuro e tentando protegê-lo de uma possível dor. Seus olhos refletiam a tristeza e a preocupação, como se estivesse tentando protegê-lo de um destino cruel.
Seiya: Eu não vou me arrepender - ele afirmou, sua voz firme e decidida. Seus olhos brilhavam com uma determinação inabalável, como se estivesse disposto a enfrentar qualquer obstáculo para estar ao lado dela. Cada palavra era pronunciada com convicção, como se estivesse disposto a enfrentar as consequências de suas escolhas.
Saori: Minha resposta é não - ela declarou, sua voz firme e resoluta. Seus olhos transmitiam uma mistura de tristeza e alívio, como se estivesse tomando uma decisão difícil, mas necessária para proteger a si mesma e a ele. Cada palavra era pronunciada com uma força interior, como se estivesse reafirmando sua própria identidade e defendendo seus próprios limites.
Seiya respirou fundo, olhando serenamente para Saori. Ele viu o desespero dela e a luta interna que enfrentava contra a ideia de beber sangue. Com passos determinados, ele se aproximou ainda mais, ficando de frente para ela, enquanto ela permanecia sentada na janela. Saori olhava intensamente nos olhos daquele lobisomem à sua frente, reconhecendo a determinação e a força de vontade dele.
Saori: Seiya...
Seiya: Eu te amo.
Saori mordeu o próprio lábio ao ouvir essas palavras que tanto amava ouvir da boca daquele homem. Seu coração se apertou diante da sinceridade e do amor que ele expressava.
Saori: Que golpe baixo - ela murmurou, abaixando o olhar, tentando conter as emoções que o amor por ele despertava.
O beijo cessa e eles se separam, olhando um para o outro com uma mistura de desejo e vulnerabilidade.
Saori: Ainda não vai desistir?
Seiya: Já sabe a minha resposta - ele respondeu com determinação, seu olhar fixo nos olhos dela.
Ele se afastou um pouco, dando espaço a Saori. Ela desceu da janela, dando passos hesitantes em direção a ele. Lentamente, ela tirou seu sobretudo marrom, revelando seu corpo esguio e elegante. Seus olhos se encontraram novamente, cheios de uma intensa conexão.
Com cada passo hesitante que ela dava em direção a ele, a tensão entre eles se intensificava. Cada detalhe do rosto de Saori era iluminado pela luz suave da lua, destacando sua pele pálida e seus lábios entreabertos, convidativos.
Seiya permanecia imóvel, seus músculos tensos e sua expressão carregada de anseio e entrega. Seus olhos brilhavam com uma intensidade selvagem, revelando a fera interior que habitava seu ser.
Quando Saori finalmente chegou perto o suficiente, ela deslizou suavemente as mãos pelo peito de Seiya, sentindo a força e a pulsação de seu coração acelerado. Cada toque era como uma chama que se acendia, fazendo com que ambos sentissem um arrepio percorrer suas espinhas.
Saori se aproximou do pescoço de Seiya, afastando a gola da camisa dele. O cheiro do sangue de Seiya, misturado com o suor do nervosismo, era irresistível para ela. Ela inclinou-se lentamente, seus lábios roçando suavemente a pele do pescoço dele, provocando arrepios intensos em ambos. Seus lábios exploraram a área, saboreando o gosto do sangue de Seiya.
As presas de Saori se mostraram e penetraram a pele de Seiya, desencadeando uma onda de prazer e êxtase que percorreu seus corpos. O gosto do sangue invadiu a boca de Saori, uma mistura de doçura e vitalidade que os envolveu em uma sensação indescritível. Nesse momento, os olhos de Saori deixaram de ser azuis e assumiram um tom vermelho vivo, refletindo sua natureza vampírica.
Seiya sentiu uma mistura de dor e prazer ao sentir as presas de sua amada em seu pescoço. Seu rosto estava corado e seus olhos brilhavam com uma mistura de emoções intensas.
Seiya: ah...- geme fracamente .
Ao escuta o gemido saori se arrepia e logo se afastar do pescoço de Seiya, Saori colocou as pontas dos dedos pálidos em seu lábio, onde o sangue escorria.
Saori: Seu sangue... É delicioso.- corada
Ela sorriu para Seiya, notando o quanto ele estava envergonhado. Ele se afastou um pouco, criando um pouco de espaço entre eles.
Seiya: Essas suas presas têm algum tipo de veneno? Eles... penetraram a minha pele, e eu senti um prazer intenso.- com a mão onde estava a mordida.
Saori: Existem presas de vampiros que podem transmitir dor para aqueles que foram mordidos, mas também há casos em que algumas presas podem transmitir prazer.
Saori se aproximou de Seiya, diminuindo a distância entre eles, e suavemente tocou seus lábios em um beijo cheio de emoção. Seiya correspondeu com fervor, compartilhando um momento intenso de conexão. No entanto, logo se separaram, deixando um sentimento de amor e tristeza no coração de Saori.
Saori sentiu seu coração se apertar enquanto olhava para Seiya, seus olhos cheios de memórias e promessas não ditas. Ela sabia que aquele era o momento de tomar uma decisão difícil, uma escolha que poderia partir seu coração e o de Seiya.
Saori: Seiya, este lugar guarda tantas memórias para nós - sussurrou, sua voz trêmula. - Eu queria que essas memórias ficassem eternamente aqui, mas...
Antes que pudesse terminar sua frase, Saori mordeu o próprio lábio com força, sentindo uma mistura de dor e amargura. Seus olhos se encheram de lágrimas contidas, enquanto lutava para expressar seus verdadeiros sentimentos.
Seiya, confuso e preocupado, estendeu a mão em direção ao rosto de Saori, tentando entender o que estava acontecendo. Ele podia ver a angústia em seus lábios trêmulos e em seus olhos marejados.
Seiya: Saori, o que está acontecendo? - perguntou ele, sua voz repleta de preocupação.
Um relâmpago iluminou o céu, iluminando o local e criando uma atmosfera ainda mais intensa. O coração de Seiya batia acelerado, enquanto ele tentava desesperadamente compreender as palavras e os olhos vazios de Saori.
Saori: "Eu... não posso ser egoísta com você" - murmurou, seus lábios trêmulos revelando a dor que ela carregava. - "Eu não mereço você..."
As palavras de Saori atingiram Seiya como uma flecha no coração. Ele estava confuso e assustado, incapaz de entender o que estava acontecendo com a mulher que amava. Seus olhos se encontraram, e ele viu uma lágrima solitária rolar pelo rosto pálido de Saori.
Seiya estendeu a mão, tocando o rosto de Saori, desesperado para encontrar uma resposta. Seus olhos castanhos encontraram os olhos vermelhos dela, que brilhavam intensamente como rubis.
Seiya: Me diga, Saori, o que está acontecendo? - implorou ele, sua voz trêmula. - Eu não aguento mais ver você assim, tão triste e perdida...
Saori olhou fixamente nos olhos de Seiya, suas lágrimas refletindo a imensa tristeza e angústia que consumiam seu coração. Ela sabia que não havia outra escolha, que precisava abrir mão do seu amor por ele.
Saori: É uma decisão difícil - sussurrou, sua voz trêmula e embargada pela dor. - Eu desejo ardentemente que você não precise esquecer nada... Mas você precisa esquecer.
As palavras de Saori se espalharam pelo ar, como um eco que ressoava no peito de ambos. Seiya sentiu um vazio profundo se instalar em seu ser, enquanto uma lágrima solitária escorria silenciosamente por sua face. Ele não conseguia compreender completamente o que estava acontecendo, mas sabia que estava prestes a perder algo de valor inestimável.
Em um último gesto de despedida, Saori ergueu sua mão pálida e delicada, tocando suavemente o rosto de Seiya. Um feixe de luz vermelha atravessou os olhos castanhos de Seiya, apagando todas as memórias que compartilharam juntos.
O mundo ao redor de Seiya desmoronou em um turbilhão de esquecimento, deixando-o imerso em um mar de vazio e desorientação. As lembranças do amor que um dia nutriram se dissiparam como pó no vento, deixando apenas um vácuo doloroso em seu coração.
Ele permaneceu paralisado diante dela, enquanto Saori, agora com controle sobre a mente do lycan, ergueu suas mãos em direção à cabeça de Seiya. Palavras de quebra do contrato de mestre e servo escaparam de seus lábios trêmulos.
Saori: Você deseja romper o pacto comigo... - sua voz ecoou com uma mistura de tristeza e resignação.
Seiya: Eu desejo romper o contrato com você... - hipnotizado, seus olhos castanhos assumiram uma tonalidade amarelada e avermelhada.
Saori: Que assim seja... - ela caiu de joelhos, segurando as mãos de Seiya, enquanto lágrimas escorriam livremente por seu rosto.
Nesse momento, a serpente branca emergiu na sala, testemunhando sua senhora chorando diante do corpo imóvel do lycan.
Valleta: Então, minha senhora, você o fez.
Saori ouviu a voz da serpente e ergueu a cabeça, virando-se para encarar a serpente atrás de si. Seus olhos marejados revelavam a dor profunda que ela sentia.
Saori: Eu fiz... - sua voz trêmula carregava uma mistura de tristeza e determinação.
Valleta: Então ele não será mais meu mestre? - a tristeza invade seus olhos afiados.
Saori: O pacto agora está em mim, ele chegou ao fim, mas a ligação entre você e ele permanece. Não me resta mais nada, então confio em você para cuidar dele.
A serpente branca, majestosa e imponente, rastejou até o corpo paralisado de Seiya. Seus olhos brilhantes e penetrantes transmitiam uma mistura de tristeza e compromisso.
Valleta: Eu cuidarei dele, minha senhora. Farei o possível para protegê-lo e guiá-lo.
Enquanto Valleta beijava a testa de Seiya, uma onda de ternura e preocupação envolveu seu olhar.
Valleta: Vai ficar tudo bem, meu senhor. Eu estou aqui por você.
A serpente, então, deslizou para dentro do corpo de Seiya, tornando-se oficialmente o espírito contratante dele. Seus pensamentos eram um misto de responsabilidade e determinação em cumprir seu novo papel.
Os olhos de Seiya voltaram à sua cor original, o castanho, mas logo se fecharam. Saori, ao notar isso, levantou-se rapidamente, segurando o corpo desfalecido de Seiya em seus braços.
Saori, com seus poderes de deusa e vampira, concentrou sua energia dourada em suas mãos. Uma aura brilhante envolveu suas mãos enquanto ela moldava o metal do colar de bronze. Com cada toque, o colar ganhava forma, revelando um design intricado e delicado.
Enquanto Saori finalizava o colar, seu coração estava cheio de amor e tristeza. Cada movimento era guiado pela força de seus sentimentos, misturando-se com seus poderes divinos e sombrios.
Quando o colar estava completo, ela segurou-o em suas mãos, sentindo o peso simbólico do amor que ele representava. Com cuidado e reverência, Saori colocou o colar no pescoço de Seiya, sentindo a conexão entre eles se fortalecer mesmo diante da amnésia iminente.
Saori: Me perdoe... - ela sussurrou com a voz embargada de tristeza - mas realmente não podemos ficar juntos.
Enquanto o colar repousava no pescoço de Seiya, Saori sentiu um misto de tristeza e esperança. Ela sabia que, mesmo que ele não pudesse se lembrar dela, o colar seria um lembrete constante do amor que eles compartilharam.
Saori: Este colar será o guardião de nossas memórias, mesmo que você nunca mais possa vê-las - sussurrou ela com uma voz embargada de emoção.
Ao terminar de colocar o colar, Saori olhou para Seiya, sentindo uma mistura avassaladora de amor e dor em seu coração.
Claro! Vou prolongar o texto e adicionar mais detalhes, principalmente em relação ao portal, descrevendo melhor os pensamentos e emoções de cada personagem, bem como os gestos e o ambiente do acampamento dos lobisomens. Aqui está a versão revisada:
Saori: Adeus, meu amor... Que você encontre a felicidade, mesmo que eu não esteja mais aqui para compartilhá-la com você.
Saori pegou Seiya nos braços e, com seus poderes, abriu um portal na sala, revelando o acampamento dos lobisomens. O portal era uma abertura brilhante e etérea, cercada por uma aura mística. A entrada do portal estava cercada por árvores altas e frondosas, que pareciam dançar com o vento noturno. A estrada que levava ao acampamento era ladeada por flores silvestres e iluminada por tochas antigas, criando uma atmosfera acolhedora e misteriosa.
Com um movimento gracioso, Saori fez com que o sobretudo marrom de Seiya levitasse e cobrisse seu corpo desacordado, protegendo-o do frio da noite. Ela acariciou suavemente o rosto adormecido de Seiya, sentindo a suavidade de sua pele e a serenidade que emanava dele.
Saori: Logo estará em casa, Seiya.
Respirando fundo, ela deixou o vento que saía do portal carregar as lágrimas de seu rosto. Cada lágrima carregava uma mistura de tristeza, amor e esperança. Ela sabia que estava fazendo o que era necessário, mas isso não diminuía a dor em seu coração.
Com determinação, deu um passo e adentrou o portal, desaparecendo da sala da universidade. O portal se fechou atrás dela, deixando apenas o som suave do vento noturno e o brilho das estrelas no céu.
Logo, Saori emergiu no território lycan. O acampamento se estendia à sua frente, revelando uma paisagem majestosa e imponente. As cabanas de madeira se espalhavam em meio à vegetação densa, criando um ambiente rústico e acolhedor. O cheiro da natureza e o som dos animais noturnos preenchiam o ar, criando uma sensação de harmonia e tranquilidade.
Ao longe, podia-se ver um portão de ferro, guardado pelos lobisomens. Era uma estrutura imponente, com detalhes intricados que refletiam a força e a tradição do clã. Os guardas, Shiryu e Shun, estavam em alerta, suas orelhas e caudas erguidas, prontos para proteger seu território.
Ao se aproximar, Saori notou a expressão de surpresa nos rostos dos lobisomens ao vê-la. Ela sabia que sua presença ali era inesperada, mas estava determinada a enfrentar qualquer reação que viesse.
Shun: O que aconteceu com ele? - perguntou Shun, olhando para o rosto sereno de Seiya em seus braços, enquanto tentava compreender a situação.
Saori: Está tudo bem, ele apenas está desacordado e... - ela hesitou por um momento, reunindo suas forças para falar - apaguei todas as suas memórias relacionadas a mim. Agora, finalmente, ele pode retornar para casa.
A expressão de Shiryu e Shun se transformou em uma mistura de choque, compaixão e preocupação. Eles não podiam imaginar a dor que Saori estava sentindo, mas estavam ali para apoiá-la.
Shiryu: Por que? - perguntou Shiryu, tentando entender os motivos por trás dessa decisão.
Saori: Apenas... era o que estava escrito nas estrelas. - ela olhou para o céu noturno, onde as estrelas brilhavam intensamente, como se estivessem testemunhando aquela despedida dolorosa. Suas emoções estavam à flor da pele, e ela sentia o peso de cada estrela em seu coração.
Os dois lobisomens não se importaram com o que acontecia ao seu redor, mas estavam preocupados com a expressão abatida de Saori.
Shiryu: Vai ficar tudo bem com você? - perguntou Shiryu, com compaixão em seus olhos.
Saori: Isso não importa. - sua voz estava carregada de tristeza e determinação. Ela sabia que tinha que seguir em frente, mesmo que isso significasse abrir mão de seu próprio bem-estar.
Saori colocou Seiya nos braços de Shun, cuidadosamente, como se ele fosse a coisa mais preciosa do mundo. Ela deu um beijo suave na testa dele, transmitindo todo o amor e a esperança que sentia.
Saori: Quero falar com o líder de vocês.
Os dois lycans ficaram espantados com o pedido feito pela vampira. Sabiam que seu líder tinha uma aversão profunda aos vampiros, mas também reconheciam a exceção que ele fazia para Saori.
Shiryu: Saori, nosso líder detesta vampiros - disse Shiryu, preocupado com a reação que ela poderia enfrentar.
Saori: Tudo bem, eu também detesto os lycans, com exceção dele - ela olhou para Seiya, que estava desacordado nos braços de Shun, e um sorriso triste se formou em seus lábios. - Preciso conversar com o líder.
Shun: Eu não sei como ele irá reagir - disse Shun, preocupado com a possível rejeição que Saori poderia enfrentar.
Shiryu: Pois bem, eu o chamarei. - Shiryu se afastou rapidamente, indo em busca do líder dos lobisomens.
Saori permaneceu ali, com o coração apertado, esperando pelo encontro que poderia mudar tudo. Ela sabia que enfrentaria desafios e julgamentos, mas estava disposta a lutar por aquilo em que acreditava.
Shiryu por consideração ao seu amigo desacordado, decidiu ir atrás do líder dos lobisomens. Ele atravessou os imponentes portões de ferro do acampamento, sentindo a energia pulsante que emanava deles. Os portões se abriram majestosamente, revelando uma visão impressionante do interior do acampamento.
Shiryu caminhou pelas ruas do acampamento, observando as cabanas de madeira que se espalhavam ao seu redor que estavam cobertas pelas arvores . O ambiente era tranquilo e sereno, com o som suave da natureza ao fundo.
Os lobisomens o cumprimentava por onde passava, Finalmente, shiryu chegou à cabana do líder dos lycans. Era uma construção imponente, maior e mais decorada do que as outras cabanas do acampamento. Ele respirou fundo e chamou pelo líder, esperando ser ouvido.
Shiryu: "Grande líder dos lycans, permita-me entrar e falar com você" - disse com respeito e reverência.
Após alguns instantes de silêncio, a porta da cabana se abriu lentamente, revelando um lobisomem imponente e poderoso. Seus cabelos castanhos médios caíam em cascata sobre seus ombros, destacando-se pela sua textura densa e levemente ondulada. Cada fio parecia brilhar sob a luz fraca que adentrava a cabana. Seus olhos castanhos eram profundos e expressivos, refletindo sabedoria e autoridade. Eles pareciam conter uma centelha de conhecimento ancestral, capaz de enxergar além do óbvio.
O líder dos lobisomens possuía uma aparência majestosa e imponente. Seu porte era alto e musculoso, evidenciando sua força e resistência. Cada músculo em seu corpo era definido e poderoso, indicando anos de treinamento e vida em meio à natureza selvagem. Ele exalava uma aura de liderança e poder, que era perceptível a todos ao seu redor.
Vestindo uma calça rasgada no joelho, a vestimenta do líder dos lobisomens era uma mistura de rusticidade e estilo. Correntes desciam em sua cintura, adicionando um toque de rebeldia e individualidade à sua aparência. Seu peitoral estava exposto, revelando uma pele bronzeada e adornado por correntes de ouro. Cada elo da corrente parecia representar uma conquista ou uma história de batalhas travadas. Em seu braço esquerdo, uma tatuagem de uma meia lua vermelha estava gravada com maestria e no outro braço, uma meia lua prateada complementava a tatuagem.
Cada movimento do líder era fluido e preciso, demonstrando um equilíbrio perfeito entre força e graça. Seus passos eram firmes e confiantes, como se estivesse em sintonia com o ritmo da natureza ao seu redor. Cada gesto era calculado e cheio de propósito, transmitindo uma presença magnética e imponente.
Enquanto observava Shiryu, o líder dos lobisomens avaliava sua presença e intenções. Seus olhos penetrantes examinavam cada detalhe do guarda, buscando sinais de sinceridade e lealdade. Ele era conhecido por sua habilidade de ler as pessoas, decifrando suas verdadeiras intenções com apenas um olhar.
O líder, com um sorriso leve nos lábios, que contrastava com sua voz grave e profunda, perguntou: "O que houve, meu camarada?"
Shiryu se curvou respeitosamente, mostrando sua humildade diante do líder.
Shiryu: "Grande líder, peço sua permissão para falar sobre uma visitante que está do lado de fora do acampamento. Ela deseja conversar com você"- respondeu com sinceridade. - "E ela é a última vampira."
O líder franziu a testa, surpreso com a informação. Ele não estava acostumado a receber visitantes, especialmente vampiros. No entanto, algo na maneira como Shiryu se apresentava despertou sua curiosidade.
Lider: "Uma visitante? Uma vampira, você diz?" - perguntou , observando atentamente as reações de Shiryu.
Shiryu: "Sim, ela atende pelo nome de Saori. Ela veio até aqui com um propósito específico. Apesar de nós sermos inimigos há milênios, ela deseja falar com você", explicou, mantendo-se firme em sua postura.
O líder dos lobisomens ponderou por um momento, avaliando as palavras de Shiryu. Ele sabia que a presença de uma vampira no acampamento poderia gerar desconfiança e conflitos, mas também reconhecia a coragem de Saori ao se apresentar diante dele.
Lider: "Não acredito que ainda exista um vampiro nessa terra, mas, meu camarada, vou acreditar em suas palavras. Traga-a até aqui. Quero ouvir o que essa vampira tem a dizer"- disse, dando permissão para Shiryu trazer Saori para dentro do acampamento.
Shiryu sentiu um misto de alívio e esperança ao receber a permissão. Ele sabia que Saori estava enfrentando um grande desafio ao se apresentar diante do líder.
Com uma expressão séria em seu rosto, Shiryu se despediu do líder e partiu em direção à entrada do acampamento. Ele estava determinado a trazer Saori para dentro do acampamento e, assim, dar início a um encontro que poderia mudar o destino de ambos os clãs.
"Shiryu caminhou determinado em direção à saída do acampamento, onde Saori o aguardava. Quando os portões se abriram, ele atravessou para o lado de fora do Acampamento. Lá estava ela, parada com seu vestido branco grego, os longos cabelos sendo levados pelo vento. Sua expressão era de alguém que foi derrotada, mas seus olhos transmitiam uma determinação feroz, pronta para atacar qualquer um.
Ao se aproximar, Shiryu notou que Saori estava serena, mesmo com seu rosto cansado. Seus olhos refletiam uma mistura de tristeza e resolução. Ele se aproximou dela com cuidado, sentindo a tensão no ar.
Shiryu: "Saori, o líder permitiu a sua entrada", disse, sua voz carregada de alívio e preocupação.
Shun, ao ouvir a notícia, mostrou sua surpresa através de sua expressão. "Estou surpreso que nosso senhor tenha permitido a entrada de um vampiro", comentou, seus olhos verdes brilhando intensamente.
Saori olhou para Shiryu e assentiu. "Me guie, Shiryu", respondeu, sua voz suave, mas com um tom de determinação.
Shiryu concordou prontamente: "É claro, precisamos escondê-la, principalmente o seu cheiro. Shun, chame June, por favor" - pediu, sabendo que a habilidade de Shun como lycan seria valiosa nessa situação.
Shun assentiu com determinação, soltando um uivo alto que ecoou pelo acampamento. Na distância, na cabana de armas, June estava imersa em seu trabalho, polindo suas armas contra vampiros. Seus cabelos dourados caíam em cascata até sua cintura, brilhando sob a luz da lua. Seus olhos violeta, com um toque de azul, irradiavam uma determinação inabalável. Vestindo uma calça azul marinho com detalhes dourados em forma de lobo, e um top branco cintilante de prata que realçava sua figura esbelta, June era uma visão impressionante.
Enquanto ela se concentrava em seu trabalho minucioso, o uivo de Shun rompeu o silêncio da noite, capturando sua atenção imediatamente. Suas orelhas de lobisomem se inclinaram, captando cada som, enquanto ela se perguntava o que poderia ter despertado a necessidade de uivo tão intenso.
June: "Shun", reconheceu o uivo, entendendo imediatamente o que seu amado lhe pedia.
O uivo ecoou novamente, e June percebeu que algo sério estava acontecendo. Sem hesitar, ela foi até um armário velho e pegou uma capa preta impregnada com o cheiro de lycan. Colocando-a dentro de uma bolsa de couro, June saiu da cabana e atravessou o acampamento em direção à saída.
Enquanto caminhava, June sentia uma mistura de ansiedade e curiosidade. Ela não sabia o motivo exato pelo qual Shun havia pedido aquilo, mas confiava em seu amado e estava disposta a ajudar. Cada passo a aproximava mais da surpresa que a aguardava.
Assim que atravessou os portões de ferro do acampamento e foi para o lado de fora, June parou por um momento, observando a cena diante dela. A luz do sol se infiltrava pelas árvores, iluminando o rosto pálido de Saori e o cabelo verde esmeralda de Shun. Ele estava segurando o corpo desacordado do antigo líder, seus músculos tensos e seu olhar fixo no horizonte. Saori estava parada ao lado dele, seu rosto impassível e seus olhos vermelhos brilhando com uma mistura de tristeza e determinação.
June sentiu um nó no estômago. Ela conhecia Saori desde a universidade, mas nunca tinha visto a vampira de maneira tão vulnerável. Ela se perguntou o que teria acontecido para deixar Saori nesse estado.
Com cautela, June se aproximou, segurando a bolsa de couro contra o corpo. Ela olhou para Saori e depois para Shun, buscando respostas em seus olhos. A tensão no ar era palpável, como uma corda esticada prestes a romper.
June: "Shun, o que aconteceu? Por que ele está assim?", perguntou, sua voz carregada de preocupação. Ela estava pronta para agir, para usar suas habilidades de lycan para proteger aqueles que amava. Mas primeiro, ela precisava entender a situação.
A cena era tensa e cheia de incertezas, mas June estava determinada a fazer o que fosse necessário para ajudar. Ela olhou para Saori, esperando por uma resposta, enquanto segurava a bolsa de couro com a capa de lycan, pronta para agir."
Shun : "Trouxe o que eu pedi, june?"- olhou para June, seus olhos refletindo um misto de alívio e preocupação.
June: "Trouxe sim, mas antes de entregar para Shiryu, preciso saber por que Seiya está desacordado em seus braços. E por que essa vampira está aqui na frente do portão do nosso acampamento." - assentiu, mas sua expressão permaneceu séria.
Saori: "Vim entregar ele para vocês. Isso que você trouxe foi a pedido de Shiryu para que eu possa entrar no acampamento de vocês e me encontrar com o líder ."- se adiantou, cruzando os braços sobre o peito.
June: "Como é que é? Vocês se endoidaram? O líder permitiu isso?" - franziu a testa, claramente surpresa.
Shiryu, que até então permanecia calado, interveio.
Shiryu: "Nossa líder permitiu a entrada dela. Ele está meio que curioso para saber o que ela tem a falar."
June: "Ah, nasci para ver uma cena dessas... Tá certo, pegue as coisas e vista nela. Acompanhe-a até o líder. E quanto a você, Shun, venha comigo escondido. Precisamos levar Seiya de volta para o seu quarto ." - balançou a cabeça, incrédula.
Shun : "Ok." - assentiu.
Shiryu agradeceu a June, pegando a bolsa de couro e retirando a capa preta.
Shiryu: "Me permite?" - Ele se aproximou de Saori, olhando profundamente em seus olhos vermelhos
Saori: "Faça o que quiser, só evite ter contato com a minha pele. Ainda não estou acostumada com vocês." - dando de ombros, indiferente.
June franziu a testa e puxou a manga do seu namorado, levando-o para a parte de trás do acampamento onde a maior parte dos lobisomens não ficava. Dali, eles poderiam ir escondidos até o quarto de Seiya.
Com cuidado e sigilo, Shun carregava Seiya em seus braços e enquanto june o guiava pelo caminho circulando pelo acampamento dos lobisomens. Eles se moviam nas sombras, evitando os olhares curiosos e desconfiados dos outros lobisomens. Cada passo era calculado, cada movimento era silencioso, pois sabiam que a menor falha poderia comprometer sua missão.
O coração de June batia acelerado em seu peito, enquanto ela liderava o caminho, guiando Shun através de atalhos secretos e trilhas escondidas. Eles contornaram o acampamento, evitando as áreas mais movimentadas e percorrendo os cantos mais sombrios e menos frequentados. A cada esquina, eles mantinham a respiração contida, atentos a qualquer som ou sinal de alerta.
A tensão no ar era palpável, mas Shun e June estavam determinados a levar Seiya de volta ao seu antigo quarto sem serem detectados. Eles sabiam que a deserção de Seiya havia causado agitação entre os lobisomens, e qualquer descuido poderia resultar em confronto.
Finalmente, eles chegaram à parte de trás do acampamento, onde a maioria dos lobisomens não costumava circular. Ali, encontrava-se o antigo quarto de Seiya, filho do líder do acampamento. O quarto era um refúgio pessoal para Seiya, um espaço que refletia sua personalidade e posição dentro da comunidade.
Ao entrarem no quarto, Shun e June sentiram a atmosfera familiar e acolhedora. As paredes eram pintadas em tons de azul escuro, representando a ligação dos lobisomens com a lua. Uma cama de madeira maciça ocupava o centro do quarto, coberta por lençóis suaves e confortáveis. Nas prateleiras, livros e troféus demonstravam os interesses e conquistas de Seiya.
Uma janela permitia a entrada de uma suave luz lunar, iluminando o ambiente com um brilho sereno. Ao lado da janela, uma pequena escrivaninha estava repleta de papéis e canetas, testemunhando as reflexões e anotações de Seiya. Um espelho de corpo inteiro refletia a imagem de Shun, June e Seiya, como um lembrete constante da união e da força daqueles que ali residiam.
Assim que eles acomodaram Seiya com cuidado na cama, uma sensação de alívio temporário inundou Shun e June. Eles sabiam que ainda havia um longo caminho a percorrer para proteger Seiya e lidar com as consequências de sua deserção. No entanto, por aquele breve momento, eles estavam seguros em seu antigo refúgio.
Shun olhou para Seiya, seus olhos refletindo preocupação e esperança.
Shun: "Eu só espero que fique tudo bem."
June, sentada na beira da cama, segurando a mão de Seiya, concordou.
June: "Eu não sei o que está acontecendo, mas peço a Deus que nada venha como uma bomba sobre nós."
Shun: "Concordo, agora vamos chamar Hyuga e Ikki para vir cuidar de Seiya. E precisamos falar para as meninas sobre o que está acontecendo, para evitar futuros contratempos."- Shun assentiu, afastando-se da cama.
June: "Tá certo." - levantou-se, apertando a mão de Shun.
Com isso, Shun e June saíram do quarto, deixando Seiya desacordado na cama. Cada um seguiu seu próprio caminho, prontos para realizar suas tarefas e enfrentar os desafios que estavam por vir.
Enquanto isso, voltando para o portão principal Shiryu, com mãos trêmulas, colocava a capa sobre os ombros de Saori, cuidadosamente evitando qualquer contato com a pele pálida da vampira. Ele não estava nem um pouco confortável em ficar perto de uma vampira, mesmo que ela não tivesse mostrado nenhuma intenção de atacá-lo.
Saori respirou fundo, preparando-se mentalmente para o que estava prestes a enfrentar. Ela estava a ponto de entrar no território inimigo, uma decisão que poderia mudar o curso de seu destino e o de seu clã.
Shiryu: Está nervosa?" - em tom sarcástico, quebrou o silêncio. "
Saori virou-se para encará-lo, seus olhos vermelhos brilhando com determinação.
Saori: "Nervosa não. Determinada para o que vou fazer. E o que eu vou fazer vai determinar o futuro dos dois clãs: quem perece e quem vive."
Shiryu ficou surpreso com a resposta de Saori. Um frio percorreu sua espinha. O rosto abatido da vampira havia sido substituído por uma expressão fria e calculista. Ela não parecia estar ali para iniciar um tratado de paz ou criar uma aliança.
Ele caminhou até o portão de ferro, abrindo-o com um rangido. Saori seguiu logo atrás, seu passo firme e decidido. Juntos, eles adentraram o território desconhecido, prontos para enfrentar o que viesse pela frente.
Shiryu e Saori caminharam lado a lado pelo território dos lobisomens, seguindo o estreito caminho que levava à cabana do líder. A floresta ao redor estava envolta em um silêncio tenso, interrompido apenas pelo som dos galhos quebrando sob seus pés.
O ar estava carregado de uma energia densa, como se os próprios espíritos da floresta estivessem observando sua passagem. Shiryu se mantia serio guiando saori, enquanto ela mantinha sua postura altiva e determinada.
A medida que avançavam, a vegetação ficava mais densa, criando uma espécie de túnel verde ao seu redor. Os raios lunares mal conseguiam penetrar as copas das árvores, lançando sombras sinistras no caminho à frente.
Shiryu olhou para Saori ao seu lado, notando a expressão séria em seu rosto. Ele admirava sua coragem e determinação, mesmo que a presença dela ainda o deixasse desconfortável. Ele sabia que precisava superar seus preconceitos para enfrentar os desafios que estavam por vir.
Após uma longa caminhada, finalmente avistaram a cabana do líder dos lobisomens à distância. Era uma construção rústica, feita de troncos de árvores e coberta por um telhado de palha. A fumaça saía da chaminé, indicando que o líder estava lá dentro.
A cabana era um lugar austero, com paredes de madeira rústica e chão de terra batida. O ar estava carregado de tensão e cheirava a musgo e madeira molhada. No centro, uma mesa robusta estava coberta de papéis e livros antigos, e armas de todos os tipos estavam penduradas nas paredes. Mas o que mais chamou a atenção de Saori foi um desenho em um pano pendurado na parede.
O líder dos lobisomens, um homem grande e imponente, estava sentado em uma cadeira de madeira, observando Saori com um olhar penetrante. Ele percebeu o interesse dela no desenho e perguntou, com um ar de curiosidade:
Lider: "Lhe agrada arte?"
Shiryu, ao lado de Saori, sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Ele não gostava da forma como o líder estava olhando para Saori, mas sabia que tinha que confiar nela. Ele deu um passo para trás, pronto para agir se necessário, mas respeitou o pedido do líder:
Lider: "Retire-se. Deixe-me a sós com ela."
Shiryu concordou com um simples "Sim" e se afastou, deixando Saori e o líder sozinhos na cabana.
A tensão entre Saori e o líder era quase palpável. Saori, apesar de sua aparência delicada, irradiava uma presença poderosa, como se estivesse envolta em uma aura de mistério e determinação. Seu olhar desafiador confrontava o líder, surpreendendo-o e ao mesmo tempo despertando sua curiosidade, como se estivesse diante de um enigma a ser desvendado.
Líder: "Retire o capuz," - ordenou com firmeza, sua voz carregada de autoridade e um leve tom de desafio.
Saori: "É realmente necessário?" - desafiou, mantendo seu olhar fixo no líder, transmitindo uma mistura de confiança e provocação.
Um sorriso de canto surgiu nos lábios do líder, claramente impressionado com a audácia dela. Ele não estava acostumado a encontrar alguém tão destemido.
Líder: "Corajosa. Ninguém ousa falar assim comigo, menina." - sua voz carregada de admiração e um toque de surpresa.
Saori: "Você está certo, aqui neste território. Mas saiba que eu não sou uma de suas subordinadas, e além disso, sou mais velha, meu caro." - respondeu sem se abalar, sua voz transbordando autoconfiança e uma pitada de superioridade.
Quando Saori removeu o capuz, revelando seus longos cabelos roxos que caíam em cascata e olhos vermelhos brilhantes, o líder pareceu momentaneamente atordoado. Rapidamente, ele se recuperou e retomou a conversa, mas seu olhar denotava uma mistura de fascínio e perplexidade diante da beleza e singularidade de Saori.
Líder: "Retomando a pergunta anterior, a arte lhe agrada?" - sua voz carregada de curiosidade e um toque de desconfiança.
Saori: "Claro, meu pai me ensinou a apreciá-la," - respondeu, mantendo seu olhar fixo no líder, transmitindo uma conexão profunda com o passado e uma certa melancolia em suas palavras.
Líder: "Vampiros não possuem a capacidade de reprodução," - respondeu, parecendo cético, mas ao mesmo tempo intrigado.
Saori: "Meu pai é diferente,"- retrucou com firmeza e confiança em sua voz, revelando uma pitada de orgulho e mistério em relação à figura paterna.
O líder pareceu surpreso e até mesmo chocado com a resposta de Saori, seus olhos arregalados refletindo incredulidade diante da possibilidade de algo que desafia as convenções.
Líder: "Isso deve ser uma brincadeira... Nem mesmo o próprio Drácula..." - parou de falar, seus olhos se arregalaram em choque ao analisar melhor o rosto de Saori. Seus olhos, antes vermelhos, agora estavam azuis. Ele virou a atenção para o retrato na parede, murmurando para si mesmo, "Isso é impossível."
Saori: "Como vocês têm o retrato do meu pai?" - perguntou, sua voz cheia de surpresa e um toque de raiva, revelando uma mistura de incredulidade e indignação.
Líder: "O primeiro líder dos Lycans foi quem o desenhou. Ele serve para nos lembrar do rosto do homem que massacrou nosso clã" - explicou, sua voz tensa, revelando uma profunda mágoa e ressentimento em relação ao passado.
Saori: "Meu clã foi massacrado. O seu está intacto" - retrucou, suas palavras provocando o primeiro arrepio no líder dos lobisomens, revelando uma pontada de tristeza e uma pitada de raiva contida.
O líder se levantou de sua cadeira com uma expressão de desdém, caminhando lentamente em direção a Saori. Ele era alto e imponente, e Saori ergueu o queixo, mantendo seu olhar desafiador, transmitindo uma determinação inabalável.
Líder: "Eu, se fosse você, fecharia essa boca. Este é o meu território, e não o seu" - disse com autoridade, seu tom carregado de desprezo, revelando uma mistura de superioridade e arrogância.
Mas Saori não se intimidou. Ela permaneceu firme, erguendo seu olhar para encará-lo, transmitindo uma coragem indomável e uma força interior que não pode ser subjugada.
Saori: "Estou viva há milênios, e já passei por cima de vários cadáveres de lycans como você. Não pense que só porque sou a única aqui, não posso eliminar todos vocês. E acredite, a tentação é grande." - sua voz carregada de desafio e uma pitada de ameaça, revelando uma fúria latente e uma determinação implacável.
A atmosfera na cabana ficou ainda mais tensa. O líder dos lobisomens encarava Saori com uma mistura de surpresa e desafio, percebendo a determinação e a força que emanavam dela. Ele sabia que estava diante de uma adversária formidável, uma força da natureza que não poderia ser subestimada.
Os olhares se encontraram, faíscas de rivalidade e desconfiança preenchendo o espaço entre eles. Enquanto isso, Shiryu, do lado de fora da cabana, com sua audição sensível, captava cada palavra dita lá dentro, aumentando sua preocupação diante do perigo iminente. O ambiente ao redor estava impregnado de tensão, como se o ar estivesse eletrificado, prontamente para explodir a qualquer momento.
"Líder: Aioros", pronunciou o líder dos lobisomens, revelando seu verdadeiro nome, revelando uma pontada de orgulho e uma pitada de respeito.
Saori: "O quê?"- sussurrou, surpresa e sem reação diante da revelação, tentando processar a informação.
As lembranças do diário de seu pai vieram à tona, descrevendo a aparência e o nome do primeiro líder dos lobisomens.
Saori: "Aioros... Esse é o nome do primeiro líder dos lycans" - sussurrou, mas não podia revelar a verdadeira natureza de sua relação com o primeiro líder dos lobisomens.
Aioros: "Como você sabe disso?"- perguntou, intrigado com a reação de Saori.
Saori hesitou por um momento, sabendo que não podia revelar a verdade sobre seu pai.
Saori: "Meu pai o conheceu..."- ela se interrompeu, incapaz de continuar a frase. Revelar que seu pai era amigo e irmão de um lycan era algo que não podia ser dito naquele momento.
Aioros olhou fixamente para Saori, captando a hesitação em suas palavras.
Aioros: "Então ele deve ter sido o responsável pela morte do lycan puro."
Saori: "Cuidado ao falar dele, lycan." - mostrando suas presas, desafiando Aioros.
Aioros mudou de assunto, sorrindo ao perceber que havia atingido um ponto fraco em Saori. Ele se virou e caminhou em direção à sua mesa, pegando um cigarro e acendendo-o. O fogo dançou na ponta do cigarro enquanto ele o levava à boca, criando um brilho sinistro na escuridão da cabana. Seu sorriso malicioso revelava a satisfação de ter encontrado uma vantagem sobre Saori.
Aioros: "O que deseja falar comigo, Sa-o-ri?" - disse, sua voz carregada de desconfiança, enquanto soltava uma nuvem de fumaça. Seus olhos estreitados indicavam que ele estava pronto para qualquer coisa.
Saori reuniu coragem para continuar, sentindo o peso da responsabilidade em suas palavras.
Saori: "Seu filho..." - sua voz tremia um pouco, mas se conteu.
Aioros parou de fumar ao ouvir o nome de seu filho escapar dos lábios da vampira. Seu semblante endureceu, uma mistura de surpresa e raiva cruzando seu rosto, transformando sua expressão em uma máscara de intensidade. Seus olhos se estreitaram e as linhas de sua testa se tornaram mais profundas, mostrando a tormenta emocional que tomava conta dele.
Aioros: "Como você sabe do meu filho?" - perguntou, sua voz se tornando séria e carregada de uma mistura de curiosidade e preocupação. Ele apertou os punhos, mostrando sua inquietação diante da revelação inesperada.
Saori: "Eu sei, porque estive com ele todo esse tempo, convivendo sob o mesmo teto" - respondeu, sua voz firme e determinada.
Os olhos de Aioros deixaram de ser castanhos e se tornaram amarelos, um tom quase de ouro queimado, enquanto ele jogava o cigarro no chão e pisava nele. Em seguida, com um impulso de suas fortes pernas, voou em direção ao pescoço de Saori. No entanto, ele interrompeu o ataque, suas garras parando a apenas 1 cm de distância do pescoço da vampira, exalando uma ameaça iminente. Seu rosto estava contorcido em uma expressão de fúria e dor, lutando contra o impulso de atacar.
Aioros: "Foi você... foi você que forçou meu filho a desertar, maldita!" - exclamou, sua voz cheia de raiva e dor, revelando uma mistura de fúria e tristeza queimando em seu interior. Suas palavras foram lançadas com violência, mostrando a intensidade de suas emoções.
Um sorriso falso brotou no rosto de Saori, uma expressão que escondia sua verdadeira tristeza. Ela sabia que precisava manter a calma e esconder a verdade.
Saori: "Ele veio por vontade própria, e eu o aceitei como meu cachorrinho de estimação" - mentiu ela, suas palavras carregadas de falsidade e uma pitada de desdém, revelando uma máscara de frieza e manipulação. Por dentro, seu coração doía com a mentira, mas ela sabia que era necessário para proteger seu segredo proibido.
Aioros ficou ainda mais furioso com a resposta de Saori, sua raiva transbordando em seu olhar selvagem. Seus olhos brilhavam com uma intensidade perigosa.
Aioros: "Onde está meu filho rebelde?" - perguntou, com os olhos transbordando de raiva e uma pitada de desespero, revelando uma angústia profunda diante da possibilidade de perder seu filho. Sua voz tremia ligeiramente, revelando a vulnerabilidade oculta por trás de sua fachada de líder implacável.
Saori: "Ele está aqui neste acampamento, sem suas memórias" - respondeu com calma, sua voz transmitindo uma mistura de tranquilidade e crueldade, revelando uma manipulação calculada. Ela manteve seu olhar fixo em Aioros, mostrando sua determinação em enfrentar as consequências de suas ações.
Aioros: "Como? Como você o trouxe de volta sem suas memórias?" - ficou perplexo, sua expressão revelando uma mistura de incredulidade e confusão diante do inexplicável. Ele tentou processar a informação, lutando para compreender a situação.
Saori: "Eu apaguei suas memórias. Ele não se lembrará de mim, mas se lembrará de vocês" - disse, sua voz carregada de uma calma assustadora, revelando uma crueldade oculta por trás de sua aparente serenidade. Ela manteve sua postura imponente, mostrando sua capacidade de controle e manipulação.
Aioros: "Por que fez isso?" - soltando o pescoço de Saori, intrigado e incrédulo com a declaração dela, sua voz revelando uma mistura de confusão e tristeza diante da traição de sua própria filha. Ele recuou alguns passos, tentando assimilar a revelação e lidar com a dor da traição.
Saori: "Isso não importa. Só o trouxe de volta para casa e anunciar uma guerra" - sorriu friamente, seus olhos revelando uma mistura de determinação e tristeza, ocultando a verdadeira dor que ela sentia. Seu sorriso era um véu para suas verdadeiras emoções, mostrando sua determinação em seguir em frente, independentemente do custo.
Aioros: "Você está declarando guerra contra nós, os lobisomens? Você é a única vampira nesta terra" - disse, chocado com as palavras de Saori, sua voz revelando uma mistura de incredulidade e indignação diante da audácia dela. Seus olhos se estreitaram, mostrando sua determinação em proteger sua espécie.
Saori: "Ops, esqueci de mencionar. Eu sou Saori, princesa e futura rainha dos vampiros, e estou declarando guerra contra os lobisomens. Meu povo está ansioso por sangue" - riu sarcasticamente, sua voz carregada de um desdém frio, revelando uma ameaça velada e uma sede de vingança. Ela ergueu o queixo com orgulho, mostrando sua posição de poder.
Aioros: "Que história é essa?" - disse confuso, sua expressão revelando uma mistura de perplexidade e descrença diante das palavras de Saori. Ele tentou processar a informação, lutando para compreender as motivações da vampira.
Saori: "Meu reinado está construído com novos vampiros, e quero vingança por tudo que fizeram" - seus olhos deixaram de serem azuis e voltaram a ser vermelhos, um brilho sinistro refletindo sua sede de sangue e sua determinação implacável. Ela exibiu um sorriso cruel, revelando sua fome insaciável por poder e vingança.
Aioros: "Pois aceito com muito prazer, vocês vampiros merecem ser apagados da história e você principalmente, a única descendente do Drácula" - sua voz carregada de raiva e desafio, revelando uma fúria incontrolável e uma determinação implacável. Ele cerrou os punhos, mostrando sua vontade de lutar até o fim.
Saori: "Os vampiros e os lobisomens estão destinados a lutar até a morte. Esta guerra é inevitável, só vim lhe alertar, pois não se sabe quando iremos atacá-los" - disse, sua voz carregada de uma ameaça silenciosa e uma pitada de satisfação, revelando uma determinação feroz e uma sede de vingança insaciável. Ela se afastou lentamente, mantendo seu olhar fixo em Aioros, mostrando sua confiança em sua vitória iminente.
Aioros: "Não me ameace!" - sua veia quase saltando da testa e seu punho cerrado com força, fazendo sangrar por conta das suas unhas cravadas na pele, sua expressão revelando uma mistura de raiva descontrolada e um desejo de punição. Ele rosnou, mostrando sua fúria incontrolável.
Saori, mesmo estando diante dele, não se importou e virou de costas, caminhando até a saída em passos lentos. Seu vestido branco, feito de um tecido suave e delicado, envolvia seu corpo como uma aura de elegância e mistério. Seus cabelos negros como a noite caíam em ondas perfeitas sobre seus ombros, realçando sua beleza etérea. Seus olhos, de um azul profundo e hipnotizante, transmitiam uma mistura de determinação, raiva e tristeza. A expressão em seu rosto revelava um misto de amargura e ressentimento, como se carregasse o peso de um passado doloroso.
Enquanto Saori se afastava, Aioros a observava com admiração e angústia. Seu corpo musculoso e imponente contrastava com a tristeza em seu olhar. Seus cabelos castanhos, levemente despenteados, conferiam-lhe um ar selvagem e nobre. Seus olhos, intensos e penetrantes, revelavam a turbulência de suas emoções. Aioros lutava para conter a raiva e a frustração que queimavam dentro de si, enquanto tentava compreender a dor e a determinação que impulsionavam Saori.
Saori: "Você está enganado, é você que não deve me ameaçar" - disse, sua voz carregada de um misto de superioridade e amargura. Cada palavra era pronunciada com uma intensidade que ecoava pelo ambiente, revelando sua determinação em enfrentar qualquer desafio que surgisse em seu caminho.
Assim que Saori colocou os pés para fora da cabana, uma tensão palpável pairava no ar. Saori encontrou ao seu lado Shiryu que estava de guarda a espera da saida dela, ele tava com sua postura imponente enquanto meditava com seus olhos fechados
No rosto de saori só havia traços de exaustão e determinação. Seus olhos azuis, brilhando com uma mistura de tristeza e resolução, ela só tinha a si mesma para continua forte para o que teria que enfrenta.
Saori: " terminamos nossa conversa." - sua voz carregava um tom cansado, mas também uma determinação inabalável. Ela olhou para Shiryu, e viu ele abrindo aos poucos seus olhos.
Shiryu: "Você realmente fará isso?" - perguntou, seus olhos verdes refletindo preocupação e insegurança. Ele estava ciente dos desafios que aguardavam.
Saori: "É uma decisão necessária, somos inimigos a séculos precisamos definir finalmente quem vive e quem perece. Nos os vampiros nunca vamos perdoa os lycans e vocês nunca vão deixar a gente viver. Percebo a fúria e a sede de vingança que você esconde por trás de sua serenidade. Não vou baixar a guarda."
Shiryu: "E o Seiya..." - a imagem de seu amigo, o lycan que foi a muito tempo seu lider do grupo, invadiu a sua mente.
Saori: "O que tem ele?" - desviou o olhar, uma mistura de desconforto e amargura preenchendo seus olhos azuis. As lembranças dolorosas de seu relacionamento com Seiya ainda a assombravam.
Shiryu: "Você realmente vai lutar contra ele? Mesmo que seu coração ainda o ame?" - procurou nos olhos de Saori qualquer sinal de dúvida ou hesitação.
Saori encarou Shiryu, seus olhos azuis brilhando com uma mistura de tristeza e determinação. Ela sabia que suas palavras teriam um impacto profundo.
Saori: "Você realmente precisa perguntar isso? Apesar de tudo o que aconteceu, vocês, lycans, estavam extremamente descontentes com a decisão de Seiya de se unir a mim. Todos nós temos um destino a cumprir, e o meu é seguir em frente, mesmo que isso signifique deixar para trás um amor que já não tem mais futuro. Tenho certeza de que ele encontrará uma companheira melhor. Não se preocupe, ele está totalmente entregue a vocês. Afinal, ele não se lembra mais de mim."
Shiryu: "Saori..." - sussurrou seu nome, mesmo detestando a presença dela, sentiu uma pontada de tristeza ao ouvi-la falar assim.
Saori: "Por favor, me guie para fora desse acampamento imundo. Não quero iniciar um derramamento de sangue agora, Shiryu. Estou cansada demais."
Shiryu suspirou, compreendendo as emoções tumultuadas de Saori. Ele sabia que aquele não era o momento para confrontos, muito menos para com a sua inimiga que declarou guerra.
Shiryu: "Muito bem, vou liderar o caminho."
Enquanto desciam as escadas da cabana, o ambiente ao redor era tenso e sombrio. A madeira rangia sob seus pés, ecoando a tensão que permeava o ar. O vento sussurrava entre as árvores altas e densas, criando uma atmosfera de mistério e expectativa.
A estrada à frente estava mergulhada em uma escuridão opressiva, com sombras dançando ao luar filtrado pelas densas folhagens. Cada passo dado por Saori e Shiryu ecoava no silêncio noturno, criando uma sensação de solidão e inquietude. O ar estava carregado de uma tensão palpável, como se o próprio ambiente estivesse ciente do peso das emoções que se desenrolavam.
Ao chegarem ao grande portão de ferro que guardava a saída do acampamento, sua imponência se destacava contra o céu estrelado. O metal frio e robusto parecia desafiar qualquer intruso, ecoando a atmosfera tensa que permeava a cena. Saori, parada atrás de Shiryu, sentia seu coração acelerar descontroladamente, enquanto lutava para manter a calma e deixar sua razão assumir o controle. Cada batida do coração era uma lembrança dolorosa do que estava prestes a acontecer.
Quando Saori olhou para a estrada à frente, seu coração afundou ao ver os sete lobos bloqueando o caminho. Eles estavam posicionados como sentinelas, olhos brilhantes fixos em Saori, transmitindo uma ameaça silenciosa. A atmosfera ao redor se tornou ainda mais sombria e opressiva, como se o próprio destino estivesse conspirando contra ela.
Shiryu: "Por que estão aqui?" - com as sobrancelhas franzidas em confusão e preocupação, questionando a presença dos lobos.
O silêncio pesado foi quebrado apenas pelo vento sussurrando entre as árvores, aumentando a sensação de suspense e incerteza.
Os lobos, um a um, começaram a se transformar, suas formas lupinas se distorcendo e se contorcendo em uma metamorfose sinistra. O processo era agonizante de se testemunhar, com os corpos se retorcendo e se esticando, enquanto os uivos de dor se misturavam ao ar noturno. A transformação era acompanhada por um brilho sobrenatural, uma aura mística que envolvia cada um deles, fazendo com que parecessem seres de outro mundo.
Lá estavam Shun, Hyuga, Ikki, Shunrei, Eiri, Esmeralda e June, encarando Saori com olhares sérios.
Eiri: "Nos contaram o que houve, mas precisávamos ver com nossos próprios olhos se era verdade." - com um olhar de preocupação evidente.
Esmeralda: "Somos inimigos, Saori, mas precisamos saber de você uma coisa. Você realmente pretende deixá-lo para trás?" - com uma expressão mais firme.
Saori: "Como?"- surpresa com a pergunta, Seu rosto mostrava claramente a surpresa e a confusão.
Hyuga: "Eu sei que é repentino ouvir isso de nós, mesmo não nos importando com você, Seiya é e sempre será nosso líder, mesmo após Shina assumir o posto. Ele é muito importante para nós, não queremos que nada de mal aconteça com ele." - com um olhar triste.
Saori: "Eu não acredito, é sério?"- exclamou, com os punhos fechados e o rosto vermelho de raiva, Sua voz estava cheia de incredulidade e raiva.
As palavras dos lobos, carregadas de preocupação e desespero, ecoavam no ar, penetrando na alma de Saori. O peso das palavras caía sobre ela como uma avalanche, fazendo-a tremer com a intensidade do impacto emocional. Cada frase pronunciada era como uma faca afiada, cortando profundamente sua alma já dilacerada.
Shun tentou intervir, mas June se colocou em seu caminho. Era necessário um esclarecimento, mesmo que fosse doloroso.
Shiryu: "Gente, vamos..."- tentando acalmar a situação.
Shunrei: "Shiryu, por favor." - com uma expressão séria, interrompeu.
A vampira olhou para eles com os olhos cintilando em vermelho púrpura. Todas as emoções que tentou esconder estavam refletindo em seu poder, a terra começou a tremer sob os pés de Saori. O solo rachou, liberando pequenas labaredas de fogo que dançavam ao redor dela. O vento soprava ferozmente, criando uma tempestade de folhas e galhos que giravam ao seu redor. Era como se os elementos da natureza estivessem respondendo à sua raiva e poder interior, todos ficaram assustados com a magnitude de seu poder.
A expressão de Saori se tornou ainda mais intensa, com os olhos brilhando com um fogo interior. Sua voz ecoou com uma força sobrenatural, reverberando pelo ar e enviando arrepios pela espinha de todos os presentes.
Saori: "Poupem-me da ladainha. Tenho acumulado tanto ódio ao longo dos anos, não venham me provocar ainda mais raiva. Como ousam se reunir para me interrogar?" - sua voz transbordava de raiva, seu rosto estava contorcido em pura fúria, e suas palavras cortavam como uma lâmina afiada.
Ikki: Por favor, nos diga por que devolveu o Seiya...- ele foi interrompido ao ver as lágrimas escorrendo pelo rosto de Saori.
Enquanto isso, o coração de Saori estava em tumulto. A raiva e a tristeza se misturavam dentro dela, criando uma tempestade emocional que ameaçava consumi-la. As lágrimas escorriam por seu rosto, brilhando como pérolas no luar, enquanto ela lutava para conter as emoções avassaladoras que a dominavam.
Ninguém ali presente esperava presenciar a vampira, que sempre se mostrava forte e impenetrável, chorando pela primeira vez. Seus olhos vermelhos, normalmente brilhantes e intensos, estavam agora embaçados e cheios de dor. As lágrimas deixavam rastros brilhantes em suas pálidas bochechas, testemunhas silenciosas de sua angústia.
Shun: Saori, me desculpe...
Saori: Eu amo o Seiya - sussurrou com voz trêmula, suas palavras carregadas de uma mistura de amor e desespero, logo seu poder cessar e tudo voltar a sua normalidade.
O ambiente ao redor estava impregnado de uma atmosfera sombria e pesada, como se o próprio mundo estivesse chorando junto com Saori. O vento uivava melancolicamente, as árvores sussurravam em agonia, como se compartilhassem a dor daquela situação.
As palavras dela ecoaram no silêncio, deixando todos atônitos. O ar ao redor parecia pesado, impregnado com a intensidade das emoções presentes naquela sala.
Shiryu: Não precisa continuar...
Saori: Eu o devolvi porque não podemos ficar juntos. A partir deste momento, uma guerra foi declarada entre nós, vampiros, e vocês, lobisomens...- seus olhos perdidos refletiam confusão e seu coração batia acelerado - Esqueçam que um dia fui parceira do líder de vocês, pois vampiros e lobisomens não podem se unir.
De repente, um portal surge diante deles, emanando uma aura sombria e misteriosa. As bordas do portal tremulam como chamas negras, enquanto uma brisa gélida envolve o ambiente. Saori, com uma expressão de desespero e determinação, fita o portal, seus olhos brilhando com uma mistura de tristeza e resolução. Seus lábios trêmulos revelam a batalha interna que ela enfrenta.
Sem hesitar, ela dá um passo à frente e adentra o portal, desaparecendo diante dos olhos atônitos de todos. O portal se fecha atrás dela, deixando para trás apenas um silêncio pesado e um vazio no coração de cada um. O ambiente parece mais sombrio e opressivo, como se a partida de Saori tivesse levado consigo uma parte da luz que antes preenchia o local.
Hyuga: Ela está destruída.
Shiryu: Faço minhas as palavras dele, ela é diferente dos demais vampiros.
Ikki: Ela é a filha do Drácula, sua existência é um pecado da pior desgraça.
De repente, Shina aparece correndo na direção deles, seu rosto expressando uma mistura de urgência e preocupação. Era evidente em seu olhar que ela havia descoberto que Seiya havia sido trazido de volta para a Martilha.
Shina: Seiya, é verdade...
Eiri: Sim, Shina, ele está de volta - ela cruza os braços e revira os olhos, sua expressão denotando um misto de descrença e resignação.
Ikki: Saori apareceu aqui e deixou Seiya conosco, dizendo que ele não se lembrará dela.
Shina: Como assim?
Shiryu: E ainda declarou guerra contra nosso líder.
Shina: Que atrevimento dessa maldita...
Shunrei: Bem, o que importa é que Seiya está de volta, e estamos muito bem armados contra os vampiros.
A conversa se prolongava, enquanto Eiri se aproximava de seu namorado, Hyuga, e apoiava-se em seu ombro, ficando pensativa. Seus olhos fixavam-se no vazio, como se estivesse perdida em seus próprios pensamentos.
Hyuga: Algum problema? - ele sussurra, preocupado com a expressão pensativa de Eiri.
Eiri: Sua humanidade... - sua voz é sussurrada, carregada de inquietação e incerteza.
Todos olham para Eiri, curiosos com suas palavras. Ela parece hesitar por um momento antes de continuar.
Esmeralda: O que foi, Eiri?
Eiri: Eu espero não estar pensando demais, mas acredito que ela vai romper seu vínculo com sua humanidade.
Shunrei: Se ela fizer isso... O que será de nós agora? Ela simplesmente será pior do que seu pai foi.
Shina: As coisas vão ficar feias a partir de agora, vamos entrar e nos preparar. Não sabemos quando essa guerra virá.
Todos acenam com a cabeça, concordando com as palavras de Shina, e entram para dentro do acampamento, exceto Shun e June, que permanecem do lado de fora. O olhar de Shun é repleto de tristeza e preocupação, enquanto June busca confortá-lo com um abraço caloroso.
June: (sussurra) O que foi, meu amor? - sua voz transmite compaixão e carinho.
Shun: Essa vampira... - sua voz é carregada de tristeza e pesar, seus olhos refletindo a dor de suas lembranças.
Shun: Ela estava desesperada, abalada... Sozinha.
June: Shun.
June se aproxima de seu amado e o abraça calorosamente, buscando transmitir seu apoio e compreensão.
June: Entendo o que está pensando, meu querido, mas não há mais nada a fazer agora. Tudo o que nos resta é apenas orar para que nenhuma tragédia aconteça.
Shun: Eu sei.
Logo depois, os dois entram de mãos dadas para dentro do acampamento, mas Shun ainda tinha Saori em sua mente. A expressão conflitante que ela tinha abalou seu coração, deixando-o inquieto e cheio de perguntas.
Saori chegou em sua residência e o portal atrás de si se fechou abruptamente. Ela seguiu seu caminho para o subterrâneo da mansão, passando por um corredor escuro e sinistro. Cada passo ecoava no silêncio, criando uma atmosfera de suspense e tensão. Finalmente, ela chegou à sala onde estavam os ataúdes, onde repousavam os corpos pálidos de seus filhos e de sua amiga Nana.
Das sombras, surgem os vampiros, emergindo como espectros sinistros. Eles se posicionam em silêncio atrás de Saori, aguardando suas ordens. A luz fraca ilumina seus olhos sedentos de sangue, criando um contraste sombrio com suas peles pálidas.
Saori, com uma expressão sombria e determinada, olha para o rosto inerte de seus filhos. Seu olhar reflete uma mistura de tristeza, raiva e resolução. Ela respira profundamente, preparando-se para tomar uma decisão que mudará para sempre seu destino e o destino de todos ao seu redor.
Saori: "Levem-nos para o meu reino"- , ordena , sua voz ecoando no espaço vazio da sala. O ar fica carregado com a energia sombria e a promessa de uma jornada desconhecida.
Os vampiros, obedientes às palavras de sua líder, levantam os ataúdes com cuidado. O ambiente se enche de um silêncio solene enquanto eles caminham em direção ao portal. O portal, emanando uma aura misteriosa e inquietante, abre-se diante deles, revelando um mundo sombrio e desconhecido.
Um a um, os vampiros atravessam o portal, desaparecendo em meio à escuridão. Os ataúdes, carregados com os corpos dos entes queridos de Saori, são levados consigo, como um fardo pesado e doloroso.
Em seguida, Durval emerge do portal, sua figura imponente e enigmática. Ele se aproxima de Saori, ficando perigosamente próximo de seu pescoço. Sussurrando em seu ouvido, sua voz é carregada de um misto de sedução e ameaça.
Durval: "Está pronta, minha senhora?"- , pergunta, sua voz ecoando no silêncio.
Saori respira fundo, seus olhos vazios refletindo a dureza de suas escolhas. Ela sabe que está prestes a embarcar em uma jornada sem volta, onde seu destino será selado para sempre.
Saori: "Sim" - responde, sua voz firme e decidida. Ela entrega sua mão a Durval, confiando seu destino nas mãos do vampiro. Juntos, eles adentram o portal, mergulhando em um novo capítulo sombrio e desconhecido
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