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História HISTÓRIAS DE TERROR - La Llorona (A Chorona) Lenda do México


Escrita por: Gabi_3004

Capítulo 34 - La Llorona (A Chorona) Lenda do México


Fanfic / Fanfiction HISTÓRIAS DE TERROR - La Llorona (A Chorona) Lenda do México

– Ouvi-la é consequência de maus augúrios.

– Dizem que ela lança seu grito mais doloroso ao chegar à Plaza Mayor e lá se ajoelha... E, de volta ao local onde ficavam os velhos índios Teocali, ela beija o chão e grita em agonia, enchendo tudo de aflição.

– Dizem que ela amou intensamente...

– Que foi abandonada…

– Que cometeu um crime horrível...

– Que fez correr sangue de seus próprios...

– De todos os modos, terá sofrido muito, pobre mulher... Por que ainda não pode descansar?

Carmen Toscano em “La Llorona” (1959)

 

Na Cidade de México, escutava-se continuamente o lamento “Ai de meus filhos! O que será de meus filhos!”. As portas das casas se fechavam imediatamente assim que a Catedral tocava o sino e, então, ninguém mais queria ver o que estava se passando lá fora... Diz-se que nem mesmo os soldados valentes e conquistadores saíam às ruas quando chegava a hora terrível, e as pessoas desmaiavam ao ouvir o gemido terrível, longo, penoso, que penetrava os ossos. Todas as noites o canto cobria as ruas da cidade e as pessoas diziam “a chorona!”, quase murmurando, trêmulas de medo, tentando completar um gesto de persignação.

Alguns, talvez encorajados pelo álcool, saíam das tabernas à sua procura, encontrando a morte. Outros enlouqueciam ou se confinavam, tamanhos eram o susto e o choque da experiência espectral. A chorona era uma mulher vestida toda de branco, flutuando no ar, com um rosto coberto por um véu suave, que apenas disfarçava a caveira por trás dele. Todas as noites, ela cruzava a cidade lentamente, pelas ruas ou pelas praças, levantando os braços e gemendo de angústia.

Alguns diziam que a mulher tinha morrido longe de seu marido; outros afirmavam que ela nunca tinha se casado, surpreendida pela morte antes de entregar sua mão. Também se acreditava que ela era uma viúva que se lamentava por seus filhos órfãos e desgraçados, ou talvez assassinados. Inclusive, algumas versões mencionavam seu nome, Dona Maria, uma mulher apaixonada pelo conquistador Hernán Cortés. Ela vinha dos céus para se lamentar, arrependida por ter ficado do lado dos colonizadores espanhóis, responsáveis pelas piores brutalidades contra o povo mexicano.

A lenda da chorona é tão antiga quanto o México pré-hispânico e tem sua provável origem na deusa Cihuacóatl. Alguns mexicanos antigos tiveram uma premonição antes da chegada dos espanhóis, nas quais viam uma mulher saindo do lago, angustiada e clamando “Ai filhos meus, chegou a hora da sua destruição!”.

Os gritos da chorona pelas ruas da Cidade do México continuaram soando até os primeiros anos do século XVII. Um belo dia, tão misteriosamente quanto começaram, eles cessaram para sempre. Desde então, os habitantes da cidade dormem tranquilos.



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