História I Was Made For You - Calzona - Casou?

Rodriguez Muniz
Cheguei a Seattle com duas missões: trabalhar em um dos hospitais mais importantes e conquistar Callie Torres. Conhecia seu trabalho, ela era endeusada na nossa área, suas pesquisas eram incríveis e é impressionante o fato de não ter ganhado ainda o Haper Avery. Eu sabia que ela era latina assim como eu, informações que foram me dadas com muito cuidado, minha função era conquistar o coração da morena e foi o que fiz, só que não imaginei que ela era tão linda assim pessoalmente e tão maravilhosa.
Callie Torres é uma mulher muito boa e inteligente, nem tanto na verdade. Foi então que percebi que não seria difícil namorá-la e fazer o que fui destinado a fazer: tirá-la de Seattle e mantê-la longe da ex mulher. Comecei a namorar a morena e posso dizer que estava sendo muito prazeroso, ela era quente, deliciosa, gostosa pra caramba. Tê-la nua todas as noites me servindo como eu desejava era inesquecível, comecei a gostar dela de verdade. Mark que não gostava de mim, cara pé no saco!
A filha mimada também não vai com a minha cara, mas eu não ligo, quando me casar com aquela latina maravilhosa deixarei a filha com a tal mãe dela e levarei aquela bela mulher para o México. Callie Torres seria minha esposa e enfim minha vida mudaria. 
Cheguei na festa com a bela mulher ao meu lado e me senti poderoso, todos nos olhava e babavam pela bela mulher ao meu lado, sou bonito também, isso é um fato, e é muito bom ser o centro das atenções e a deusa da orto me favorecia isso. Sou o cara legal que todos adoram e namorado de uma das médicas mais bonitas do hospital e dona. Seu passado de lésbica, bissexual não me interessa em nada, ela só não tinha encontrado o pênis certo e agora que encontrou não me preocupo com as besteiras que rolam. Callie Torres come na minha mão! E eu a c*** na cama (rsrsrs)... Falam que bastam a tal ex esposa voltar da Austrália que ela sairá correndo atrás dela, mas não ligo. Confio em mim...
 Fui conversar com um residente que me contava algumas aventuras de minha atual namorada e era bastante útil quando eu precisava de favores. Fiquei conversando com Estevam quando ouvi um movimento na entrada. Meus olhos se depararam com um belo anjo dos olhos mais lindos que já vi e do corpo mais bem feito que já analisei, ela era loira e tinha um sorriso que fez meu coração parar. 
- Que linda! -Falei ao meu parceiro.
- Sua concorrente, Dr. Perfeição. -Falou o residente.
- O quê? -Indaguei sem entender.
A mulher era extremamente chamativa, todos pareciam gostar dela e a cobriam de mimos, ela tinha traços angelicais e sua boca era uma tentação. Ela toda era um puta tesão!
- Arizona Robbins, ex esposa da sua namorada. -Falou Estevam.
- O-o q-quê? -Perguntei abismado.
Claro, eu tinha que me sentir atraído pela fruta proibida de todo Éden. 
Meus olhos não conseguiram sair daquela mulher a noite inteira. Ela era a mulher mais linda que eu já vi na vida e se eu acreditasse em amor à primeira vista, diria que estava apaixonado por aquele anjo proibido. 
- Ela é uma aleijada! -Falou Estevam em um certo momento.
- A falta de uma perna não a deixa menos linda! -Falei sorrindo malicioso- Afinal, o que eu quero ainda estar ali....
Ele gargalhou.
- Você namora uma latina gostosa pra caramba e agora quer pegar a ex mulher dela super lésbica? Ou era... -contraiu o cenho confuso.
- Ela é linda e a farei minha também. -Ri sacana.

Narradora

- Esse é Thomas Flynn, meu marido! 
Quando Arizona respondeu isso ao Mark Sloan, as meninas olharam surpresas e o homem deu uma gargalhada.
- Você é lésbica, Arizona. A mais lésbica de todas se me lembro bem... -Mark falou limpando o canto dos olhos.
- Tio Thom, quero que você conheça minha amiga Zola, vem! -Sophia puxou o braço do homem e o arrastou pelo salão.
Arizona seguiu o homem e a filha com o olhar.
- Thomas e eu somos casados. -Arizona disse vagarosamente- Nos casamos na Austrália.
- E eu sou o Batman! -Sloan brincou.
- Amiga, que história é essa? -Teddy perguntou séria.
- Desde quando ele conhece Sophia? -Mark perguntou.
- Thom e Sophia se conhecem das ligações, eles sempre se falam. Thomas era médico do hospital que eu trabalhava, nos conhecemos lá, no início era um amigo, mas nos apaixonamos. - Depois explico direito, tenho uma festa para curtir! -Respondeu indiferente.
Arizona saiu pela festa. Parou em frente as bebidas e quando levantou o olhar deu de cara com uma latina.
- Arizona! -Callie balbuciou.
- Dra. Torres! -Arizona disse séria.
- Casou? -Callie apontou para a aliança. 
Arizona levantou a mão e olhou besta para a aliança.
- Sim! -Um sorriso bobo surgiu em seus lábios fazendo a morena a sua frente estremecer.
- Ela veio? -Torres perguntou com raiva. Ainda não acreditava que Arizona teria se casado com um homem, isso nunca!
- Ele, na verdade! -Arizona disse e Thomas apareceu ao seu lado.
- Olá! -Ele cumprimentou e lançou um sorriso de lado. -Você deve ser Callie Torres? -Ele ergueu a mão para a morena.
- Sim. -Ela respondeu em um fio de voz olhando encabulada para o novo casal.
- Essa é minha ex esposa, Thom. Callie, esse é meu marido Thomas Flynn! -A loira respondeu fazendo a morena lhe fitar espantada.
- Um homem? -Callie começou a rir e depois parou ao ver os dois sérios- Desde quando gosta de homens, Arizona? Casou sem avisar a ninguém? Com um cara?
- Amor, você acha que eu devo satisfações a minha ex mulher? -Perguntou ironicamente ao Thom, que lhe lançou um sorriso e deu um peteleco em seu nariz, fazendo o sangue da latina ferver e uma vontade enorme de dar um soco nos dois lhe acometer.
- Dra. Robbins, quanto tempo! -Miranda apareceu sorrindo.
Arizona revirou os olhos e acenou. Bailey fechou a cara sem entender.
- Jura que estão felizes em me ver? Pensei que estavam ainda com raiva de mim por ter escolhido salvar vidas a ficar me rastejando como vocês queriam. -Ari disse friamente.
Miranda se surpreendeu e Callie também, não estavam esperando aquela reação amarga da loira, mas Arizona estava muito diferente.
- E-eu...
- Amor, vamos! É o seu discurso... Rodriguez apareceu interrompendo o momento que Bailey ia falar.
Arizona olhou com prepotência para Callie e Muniz, e arqueou uma sobrancelha. O casal de latino saiu e Ari segui-os com o olhar, depois voltou sua vista a morena baixinha furiosa a sua frente.
- Como é que você fala assim comigo, Arizona Robbins? -A mulher dá um pequeno tapa na loira.
- Ai, Bailey! -Massageou o local- Só estava falando a verdade. Mas deixa isso pra lá, esse é meu marido Thomas Flynn, ele era médico no hospital em que eu estava pesquisando. É cirurgião geral!
- Olá, Dr. Flynn. -A mulher olha sério para o galanteador que pega sua mão e dar um beijo e depois lhe olha com um sorriso Sloan, como Miranda se referia a alguém que sorrir como se fosse o primeiro e único biscoito do pacote.
- Você se casou com um Mark Sloan, Robbins? Pensava mais de você... 
- Dra. Bailey, lhe conhecer é uma honra, sua fama é muito boa de onde venho. Confesso que lhe conheço como a Nazista, mas não leve isso como uma ofensa, na verdade eu diria que é um elogio ao seu jeito de ensinar e ao seu brilhantismo. 
Bailey arqueou uma sobrancelha e olhou com desdém para o jovem médico, enquanto Ari ria ao seu lado.

Arizona Robbins

Acordei sobressaltada pelo barulho do alarme. Deus, já era dia? Hoje eu teria que ir ao hospital, voltaria a rotina... e isso era excelente! Ontem a festa foi muito boa, tirando a parte que o idiota do Sloan deu um soco em Thom por causa de um brigadeiro, na verdade foi porque Thomas estava chamando mais atenção do que ele, ou porque me casei com ele, ou porque ele é simplesmente um imbecil. Ah, casei! Essa história é ótima, mas detalharei depois. Tirei os braços do homem do meu corpo e fui ao banheiro fazer minha higiene. Me arrumei em dois tempos e fui acordar minha princesinha, deixei o Flynn dormindo, pois ele não teria que trabalhar mesmo, então... apesar dele ter que ir no SGMW hoje. 
Cheguei ao quarto da minha filha e depositei vários beijinhos em seu rosto, ela acordou aos poucos e depois foi ao banheiro. Arrumei nosso café da manhã e quando tudo ficou pronto, ela desceu com uma preguiça! Igual a mãe dela, falar em mãe dela, Callie está namorando um médico, muito bonito por sinal, mas extremamente arrogante, foi o pouco que consegui perceber, enfim... não tenho o direito de intervir, não quando estou casada com um semideus!
- Cadê o tio Thom? -Perguntou coçando os olhos ao sentar.
- Está dormindo. Aquele lá é como você, demora acordar! -Falei rindo.
- Eu gosto dele! -Confessou.
- Que bom. Eu também gosto muito dele!
- Mãe, é errado eu gostar dele, mas torcer para que vocês se separarem para você voltar com minha mama? -Perguntou com os olhos marejando.
- Ei, meu amor, não é errado sentir. Mas, Sof, sua mama está namorando e feliz e eu estou casada, as vezes as coisas acontecem como devem acontecer. O destino mexe seus pauzinhos e coloca cada coisa em seu devido lugar. Por que você não tenta aproveitar tudo o que está acontecendo na sua vida agora e ser feliz? -Falei com o meu melhor sorriso.
A menina riu e senti como se tivesse ganhado o dia.
- Se a vida lhe dar limões, faça um mousse! -Ela disse alegre- Eu estou feliz se vocês tiverem felizes. Mas não gosto do Rodriguez, mas do tio Thom eu gosto. Ele é engraçado! -Disse com um lindo sorriso.
Meu coração aqueceu. Quando contei a minha filha que havia casado e com um homem, pensei que ela me odiaria, nunca mais fosse falar comigo, mas a reação dela me surpreendeu bastante.
- Thom é uma criança no corpo de adulto! -Falei lembrando das palhaçadas que ele fez para Sophia antes dela dormir- Mas por que você não gosta do namorado de sua mãe? -Perguntei curiosa. Eu também não tinha gostado dele, mas sou a ex mulher dela, errada para opinar.
- Não sei. Só não gosto. -Disse comendo sua torrada- Papai também não gosta. Você ainda está com raiva dele?
- Mark é um caso complicado, filha. Falarei com ele e vamos nos resolver, não se preocupe com isso! -Disse. Não quero pôr minha filha no meio da minha rixa com o panaca- Vamos? -Chamei e saímos saltitantes.
Deixei minha menina na escola e fui para o hospital. Quando entrei no hospital me surpreendi com aplausos por onde eu passava dos funcionários, cumprimentei a todos cuidadosamente e muito feliz com tudo. Minha pesquisa havia ganhado grandes proporções, eu tinha ganhado o prêmio mais importante da Austrália dado a um médico e estava concorrendo a um Haper Avery. Estou tão feliz que palavra nenhuma é capaz de me definir. Fui direto a sala da Bailey, me apresentei oficialmente ao hospital e depois fui ao meu departamento. Quando cheguei, fui recebida por mais aplausos e pelo abraço caloroso do Karev.
- Me disseram que casou, mas não acreditei. -Falou me encaminhando a sala dos médicos para me passar as últimas novidades e pegar meu jaleco.
- As fofocas não mudaram por aqui! Casei, sim. Com um homem. -Falei antes que me perguntasse.
- Mas por que isso, Robbins? Você é gay! -Perguntou.
- Paixão, conhece? 
- Você apaixonada por um homem? Desconheço. -Falou abrindo a porta da sala para eu entrar. Não tinha ninguém lá, mas era questão de minutos para aquilo lotar.
- Aconteceu.
- Isso tudo por que Callie está namorando um cara? -Perguntou desconfiado.
- Meu mundo não gira ao redor de Callie. Thom e eu éramos amigos, ele estava comigo em momentos bons e ruins e se apaixonou por mim no dia que me viu, ele é agradável, saíamos quase todas as noites, comecei a me envolver e nos apaixonamos. Ele me pediu em casamento, aceitei e estamos casados. Ele é médico, carinhoso, fiel e tudo de bom. Satisfeito ou quer mais alguma coisa? -Perguntei sentando no sofá.
- Você nunca se envolveria com um homem, há algo de errado nessa história, além do mais Thom não é nome de homem e se você fosse se apaixonar por um homem com certeza seria por mim, afinal você sabe que sou um bom partido e vivíamos muito tempo juntos e você nunca me olhou, então não seria o “Thom”...
Revirei os olhos para as enxurradas de elogios que Alex fazia a si mesmo.
- Eu nunca pensei que me apaixonaria por um homem, mas eu me apaixonei.... -Falei com um sorriso bobo no rosto.
Alex olhou para mim desconfiado, mas ao ver meu sorriso revirou os olhos.
- Você está feliz? -Perguntou sentando ao meu lado.
- Estou. -Falei e apertei sua mão que repousava em minha perna.
- Esqueceu a Callie?
Antes que eu respondesse, April e Teddy entraram sorrindo de alguma coisa na sala.
- Ah, Graças a Deus você estar aí! -April exclamou e veio ao meu encontro.
- Temos muitas coisas a serem esclarecidas, Arizona! -Teddy foi dizendo- Karev, sai! -Ela ordenou e o homem revirou os olhos e saiu.
- Robbins, tenho algo para você. Quando terminar de fofocar, me avisa! -Ele disse e saiu.
- Tenho alguns minutos, depois tenho que ler todos os prontuários dos pacientes. -Falei e sentamos juntas no sofá.
- Como foi que você deixou de ser lésbica do nada? -Kepner foi perguntando.
- Porque as duas não vão hoje lá em casa e colocamos o papo em dia? -Perguntei entediada. Estou a menos de 24 horas com meus amigos e já cansei de falar essa história. Olha que já contei a elas na noite passada e a todos, na verdade.
- Combinado! É bom que conhecemos melhor o Thomas... -Altman disse- Que história, Ari!
Começamos a rir. Depois de me sair das duas fofoqueiras fui até o meu departamento, no caminho me deparei com o “casal perfeito” e Alex que tinha uma caixa na mão e sorria olhando pra mim. Eu já estava com meu jaleco e um vestidinho básico, nada básico porque eu estava gostosa pra caramba nele, preto e um salto vermelho. Sim, eu estou causando! E nada disso é para reconquistar Callie, que fique bem claro.
- Bom dia, Dra. Torres e Dr. Muniz! -Disse e dei meu lindo sorriso de covinhas a eles.
- Bom dia! -Os dois responderam em uníssono.
- Tenho algo pra você, Robbins! -Karev disse e me entregou a caixa.
Abri a caixa e me deparei com um belo par de tênis com rodinha. Ele era rosa e tinha as inicias do meu nome em gliter. Meus olhos marejaram na hora e um sorriso brotou instantaneamente em meu rosto. Ouvi o barulho de um bipe e apenas senti quando o namorado da latina saiu correndo.
- É lindo, Karev! -Disse tirando o belo par de tênis da caixa.
Callie sorriu ao me ver dar pulinhos de alegria com o objeto.
- Vamos, coloca! Temos um paciente especial e nada melhor do que você espalhar sua alegria como você sabe. -Alex disse se agachando e me ajudando a tirar os saltos.
Vi quando o olhar da latina parou nas minhas pernas, ela sempre gostou das minhas pernas, mesmo que uma seja uma prótese agora, ela continuava babando pela outra. Sei bem que agora não adianta mais ela babar por mim, mas é bom saber que ela não estar totalmente imune aos meus encantos.
Coloquei os tênis e me senti super confortável com aquela peça, me senti eu novamente, me senti a Arizona boba e infantil que espalhava alegria por onde passava desfilando em um patins nos corredores daquele hospital.
- Não sei se consigo! -Falei temerosa a Karev.
- Eu te ajudo! -Ouvi a voz rouca, que eu tinha até esquecido de estar ali, da latina.
Fitei seus olhos castanhos e estavam marejados. Entendi que aquele momento não era importante somente pra mim, mas para ela também. Depois do meu acidente, Callie esteve comigo em cada desafio, em cada lágrima, em cada gemido de dor. Foi ela que me colocou em um tênis de rodinha pela primeira vez depois do acidente e era justo que fosse com ela meus primeiros passos pelos corredores daquele hospital, do nosso hospital, a ser dado também com ela. Apenas assenti e segurei suas mãos. Callie deu um sorriso e me ajudou a ganhar impulso e saí pelos corredores do hospital como a muito tempo não fazia: cabelos ao vento e um sorriso que cabia o mundo em meu rosto. 
- Quero tentar sozinha. -Falei a morena.
- Tem certeza? -Perguntou preocupada.
- Tenho. Me ajuda a ganhar impulso?
Ela não se fez de rogada e me ajudou. Ela deu uma corridinha comigo e depois soltou minha mão. Saí pelos corredores do hospital como nos velhos tempos e alguns funcionários que viram começaram a me jogar beijos e a ficarem felizes por mim. Quando parei me senti nas nuvens, algumas lágrimas desceram por minha face e prometi que daria um jeito de reaprender a andar de patins novamente.
Karev e Callie vieram sorrindo até mim.
- Você foi incrível, Arizona! -Alex falou sorrindo.
- Parabéns, amor! -Callie disse empolgada.
Os dois começaram a tagarelar sobre como fui bem e fiquei desconcertada com a última palavra usada pela latina, mas acho que ela não percebeu o que tinha dito, então resolvi deixar pra lá e não era algo que eu devesse me importar também. Depois disso, fomos ao encontro do paciente, que coincidentemente era também paciente da ortopedia. Eu fui só para um parecer para o Karev, já que não estava oficialmente no caso, e para ver como estava indo tudo.

Mark Sloan

- Auuuuaaaaaaaaaa  auaaaaauuuuuuuaaaaaaaaa
O Enzo não para de chorar. Com toda a certeza Sophia não era assim. Ela era quietinha, comportada e muito educada, só chorava quando estava com fome ou com a fralda suja, mas o meu pequeno Sloan chora por tudo. Ele já tem 5 meses e é o amor de toda a família. Talvez o motivo dele chorar tanto seja culpa de Callie, sim, dela. Torres acostumou a colocar o garoto para dormir cantando e balançando ele pela casa, tento fazer o mesmo, mas ele não para de chorar. Lex está cansada de mais por ficar o dia inteiro com ele, então pedi para ela descansar enquanto tento colocá-lo para dormir. Semana que vem ela retorna ao hospital, o que não será nada fácil, pois já sofre ao imaginar se afastar do filho. Mas já que ela não ficou feliz com uma única especialização e irá continuar sendo interna da psiquiatria vai ter ainda mais trabalho, que ficarei feliz em ajudá-la a realizar mais esse sonho!
- Auauauauauauaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Ele já não chorava, gritava. 
- Dorme, filhão, por favor! Tenha pena do papai, amanhã preciso ir para o hospital!
Cheguei da festa do hospital faz mais ou menos uma hora e tentava colocá-lo para dormir. Peguei um brinquedo que Sophia gosta e finalmente ele se calou. Sentei na poltrona da sala, pois eu tinha saído do quarto para a Pequena Grey descansar, e balancei Enzo, ele dormiu e agradeci aos céus por esse feito. Agora irei descansar porque amanhã tenho muitas coisas a resolver, principalmente o que diz respeito a um casamento de uma certa médica loira. Dormi assim que me joguei na cama de tão cansado.
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- Você cozinhou a Lily, minha Lily! Eu nunca vou perdoar você, nunca... -Arizona estava com o rosto banhado em lágrimas de raiva enquanto gritava comigo.
Sim, eu cozinhei e comi a Lily. Fiquei com raiva por Ari ter feito minha menina sofrer ao adiar a volta e peguei sua galinha e cozinhei, mas precisava ficar histérica desse jeito? As pessoas estão passando pelo corredor e olhando para mim como se eu fosse um tipo de monstro que come galinhas indefesas. Esse tipo de bicho é para comer e mais cedo ou mais tarde isso teria que acontecer.
- Essa galinha não iria viver para sempre, Robbins! -Falei firme- Eu tive que comê-la para ajudar o meio ambiente e a April... imagine uma galinha morta sendo decomposta pelos microrganismos, eu só facilitei o trabalho do universo.
- Você é um imbecil! Seu idiota... -ela dizia limpando as lágrimas. Depois começou a me bater.
- Eu. –tapa- Te. –tapa- Odeio –tapa- ela me batia sem parar.
Depois de 30 minutos sendo espancado por aquela sargento, ela parou.
- Arizona! -Chamei. Era hora de conversar sério- Me perdoa por tudo o que disse a você naquele dia que me contou sobre a proposta da Austrália. -Falei me aproximando dela e olhando em seus olhos.
- Você me magoou tanto, Mark, tanto! -Ela fechou os olhos e percebi o quanto eu realmente a tinha feito mal- não queria que você me entendesse, não queria que me apoiasse, esperava até uma repreensão, mas você simplesmente me ofendeu da pior forma possível. -Disse e abriu os olhos. Arizona me lançou um olhar tão desconcertante que estremeci.
- Eu nunca me perdoei por ter traído a Calliope, sei que fui um monstro, uma idiota, uma covarde, a pior pessoa do mundo. Traí a mulher que estava passando comigo um dos piores momentos da minha vida, traí a mulher que não me deu nada além de amor, carinho e cuidado. Traí a mulher que salvou a minha vida e me deu uma vida! Você acha que eu não me martirizo todos os dias por ter estragado tudo com a Callie, Mark? -Seus olhos estavam lacrimejados- Eu me odeio por isso...
- Ari...
- Não quero suas meias palavras fúteis. Não quero ouvir de você que sou desprezível, porque eu tinha por você um amor de irmão, Mark. Um amor que foi construído, que – ela olhou para cima para evitar que as lágrimas escorressem- eu achava que existia uma cumplicidade entre nós, achava que você se importava comigo, mas você me machucou... -sua voz embargou e ela olhou para o lado com as lágrimas escorrendo por sua bochecha.
Me aproximei dela e segurei seus ombros.
- Eu fui um idiota com você, Arizona, um imbecil e eu não devia ter comido sua galinha. – Falei e ela deu um pequeno sorriso- você é humana e estava passando por um momento de confusão e traumas, você escolheu o pior caminho para se restabelecer, mas isso lhe ajudou a superar muitas coisas, lhe ajudou a crescer. Arizona você é uma mulher incrível e você não tem ideia de como eu te admiro, e até senti um pouco de inveja da Dra. Gostosona –falei e contraí o cenho- até nisso combinamos –ri e ela também- não se culpe mais, se perdoe, você não é menos por ter feito algo errado, todo mundo já fez. Eu que fiz merda lhe dizendo aquelas coisas, mas entenda que Callie é minha melhor amiga, o que não me torna isento, porque você também é minha amiga, minha irmãzinha e minha função é proteger as duas de tudo, de todos, até mesmo de vocês mesmas. Eu machuquei você e não consigo dormir direito com essa culpa me corroendo, pela ideia de ter feito você chorar... eu te amo, Robbins, e sei que me ama. Prometo que não farei de novo! E farei de tudo para reconquistar sua confiança...
A puxei para meus braços.
- Eu não te perdoo por ter comido a minha galinha, Sloan! -Falou colocando a cabeça em meu peito e fungando.
- E não te perdoo por ter passado um ano sem falar comigo. Sua voz é irritante, mas eu gosto de ouvi-la, loira! -Falei rindo e acariciando seus cabelos.
- Não te perdoo por não ter ido a minha festa de despedida.
- Não te perdoo por ter ganhado um dos prêmios mais requisitados na Austrália e não ter me convidado para beber o vinho caro de lá. 
- Não te perdoo por não ter colocado o nome do meio do meu afilhado do jeito que pedi. -Falou olhando em meus olhos e percebi que não havia mais rancor neles e fiquei feliz.
- Não coloquei. Que nome é Jostin? -Perguntei fazendo cara de nojo- Acho que Enzo Thimoty fica melhor. -Falei orgulhoso e os olhos azuis brilharam de emoção e lágrimas chegaram até eles. Arizona abriu a boca surpresa. Essa era minha cartada final para ela me perdoar.
- Eu n-não creio! -Falou com a voz embargada.
- Eu acho que escolhi bem, não? -Dei um sorriso de lado. Ela não disse nada só abriu um lindo sorriso e deu um tapa em meu braço.
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Depois de conversar por muito tempo com Arizona sobre esse casamento inesperado dela e brigarmos por causa disso, saí para comer alguma coisa e me preparar para cirurgia. Callie estava em cirurgia, falei com Lexie e ela me disse que estava tudo bem, Meredith estava lá com seus filhos lhe ajudando, mas se ela levou a creche junto, não sei como poderia estar ajudando. Passei por um corredor e vi Avery, o cumprimentei e segui para minha cirurgia, depois de passar duas horas consegui finalizar com sucesso. Estava indo para a cafeteria quando vi o Dr. Muniz olhando vidrado para alguma coisa, me aproximei devagar e segui seu olhar. Ele estava observando Arizona, na verdade estava quase despindo-a com os olhos. Não gostei nada da maneira que ele olhava a Robbins, enquanto ela estava treinando com seus tênis de rodinha.
- Perdeu alguma coisa ali, doutor? -Perguntei cruzando os braços e lhe olhando sério.
- Dr. Sloan? –Se assustou- E-eu? Na-nada! -Ficou desconcertado.
- Você não tira os olhos da Dra. Robbins. -Afirmei com a voz grave.
Ele estremeceu.
- Ela é lin-linda. -Falou- Estava só observando, porque é ex de Ca-Callie. Só esta-tava conhecendo a concorrente. Com licença! -Disse e passou por mim quase voando. Fechei a cara e me encostei no balcão.
- Que cara é essa, Mark? -Derek perguntou se aproximando de mim.
- Rodriguez Muniz estava despindo Arizona com os olhos. -Falei irritado.
- Você não gosta dele, isso é fato. Mas achar que o cara estava cercando Arizona, ex esposa da atual namorada dele, já é um pouco demais, não acha? Tudo isso é ciúmes... -me lançou um sorrisinho.
- É sério, Derek! Sou o Mark Sloan, conheço quando um cara olha diferente para uma mulher. Quantas mulheres eu num já despi com os olhos e com as mãos... – dei um sorrisinho. Ele estava olhando estranho pra ela.
- Você não muda, Mark. Além disso, já olhou estranho pra ela e já olhou para os peitos dela também! -Disse e gargalhou em seguida, mas ficou quieto ao perceber que eu estava falando sério- Você está falando sério mesmo?
- Ele estava olhando! -Fiz uma careta.
- Esquece isso, não é nada demais. Ele poderia só estar impressionado. Ela é uma médica famosa agora e é a ex esposa que a namorada dele ainda ama. -Falou e bateu em meu ombro e saiu.
Derek pode ter razão. Callie ainda amava a Robbins, isso era inegável. Eu também estaria inseguro se estivesse no lugar de Muniz. Mas que o olhar dele me soou estranho, isso soou. Olhei a loira que treinava e dei um sorriso, afinal parecia que o hospital estava voltando a seus tempos antigos... isso era bom!
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- Essa comida me dar tristeza, ela continua horrível! -Arizona falava mexendo na comida do prato a sua frente.
Cristina, April e Teddy estavam sentadas conosco. 
- Eu nem sei que droga é essa no meu prato! -Yang reclamou- Precisamos fazer uma nova reunião do conselho e debater sobre isso que estamos ingerindo. Não é saudável!
- Isso é verdade. Vocês precisam colocar comida decente para nós. Como vamos salvar vidas mal alimentados? -Kepner dizia.
- Diga isso ao seu maridinho e sua adorável sogrinha também! -Altman disse rindo.
- E como está a Dra. Avery? Que mulher! -Falei rindo.
- Só você gosta dela. -April fechou a cara.
Uma latina apareceu com uma bandeja em mãos e ficou nos encarando. Olhou para Arizona e vi seu receio em sentar conosco. Arizona levantou o olhar e sorriu. A morena relaxou e sentou.
- Hoje tive uma cirurgia super demorada, estou muito cansada. -Desabafou.
- Você tem que fazer supermercado hoje, não esquece. -Cristina dizia dando uma garfada.
- Nós iremos. Vou te ensinar a fazer compras, já que a madame acha que eu sou sua escrava e preciso te alimentar! Callie disse iônica e a fuzilou.
- Oi! -Um australiano irritante apareceu do nada.
- Oi! -As meninas disseram em uníssono e eu fechei a cara. 
Callie ficou olhando de canto de olho e Yang abriu um sorriso debochado, enquanto as meninas se olhavam com sorrisinhos.
- Oi! -Ari afastou um pouco a cadeira e puxou uma ao seu lado para ele sentar. O que foi bem constrangedor, já que Callie estava sentada a sua frente.
- Sei que você odeia comida de hospital, acho que a daqui também não é muito boa. -O fininho disse- Por isso, trouxe seu almoço! -Ele entregou uma sacola a Robbins que abriu um sorriso.
- Obrigada! Adoro sua comi... ah meu Deus! Você fez minha comida favorita... eu te amo! -Disse empolgada e tirou tudo da sacola.
Vi Callie olhar com raiva para o idiota do marido de Arizona e baixar a cara e comer em silêncio. As outras meninas se serviram também da comida do inútil e eu fiquei lhe fuzilando com o olhar até ele se tocar e sair.
- Irei falar com a Dra. Bailey, Eucalyptus. Você vai aparecer lá mais tarde? -Perguntou colocando alguns fios do cabelo de Arizona atrás de sua orelha. E que droga de Eucalyptus é esse? Desde quando Arizona gosta de apelidinhos?
- Irei sim. Só terminarei de provar essas delícias que me trouxe e irei lá. Ah, olha o que ganhei! -Ela mostrou os tênis ao homem com o maior sorriso do mundo.
- Você está linda! Estou louco para ver você patinando... -disse e depositou um beijo em sua testa.
Callie parecia se afundar ainda mais na cadeira e comer ainda mais rápido a cada atitude do homem. Dei graças a Deus ele ter saído, pois se tivesse ficado mais tempo Callie teria atravessado o chão ou se engasgado.
- Para quem não gostava de homem, arrumou um deus grego, hein Arizona! -Cristina disse com seu sorriso debochado. Ela e seus comentários que ninguém faz questão de saber. Bufo! - Não lhe culpo por ter se casado com ele. Se me aparece um homão desse, caso na hora...
April e Teddy riram. E eu e Callie nos entreolhamos, vislumbrei em seus olhos uma dor profunda, vi seu coração sendo quebrado em mil pedacinhos. O pior é que Torres colaborou para tudo o que estava acontecendo na vida dela.
- Como foi o casamento? -Yang perguntava não se tocando do mal que fazia a uma latina.
- Foi normal. Nos casamos no civil.
- Por que essa pressa, minha filha? Não esperou nem as amigas para casar... -April dizia irônica.
- Queríamos algo só nosso, íntimo e belo. E foi assim... mas não se preocupem, terá um casamento aqui também!
Ao dizer isso, vi Callie engasgar e beber rapidamente seu suco.
- Tudo bem, Callie? -Cristina perguntou. Juro que queria enfiar aquele garfo que estava em sua mão na sua garganta.
- Estou. Só... engasguei. -Responde desconcertada.
- Sua vaca desgraçada! -Uma Carina apareceu furiosa batendo na nossa mesa nos assustando.
- Calma aí, minha filha! Sou cardiologista, mas quase morro do coração. -Teddy disse com a mão no peito.
Delucca pareceu não ouvir. Suas mãos estavam sob a mesa e ela fuzilava Arizona com o olhar.
- Quero falar com você agora! 
- Calma, Carina, que bicho te mordeu? Estou almoçando. -A loira respondeu.
- Seu almoço acabou, então! Na minha sala, agora. -E saiu tão rápido quanto entrou.
Arizona levantou e foi atrás dela.
- Acho que Carina preferia ser ela a esposa de Arizona, não o deus grego! -Cristina disse gargalhando.
Callie levantou da mesa de cara feia e saiu.
- Você, hein! Fala sério... -April disse.
- Que foi? -Ela perguntou abrindo os braços.

Callie Torres

Quando vi Arizona entrar por aquela porta meu coração quase para, meu mundo entrou em colapso e minhas certezas se esvaíram. Eu nem sabia que sentia sua falta, não sabia que sua presença me afetaria tanto e nem sabia que havia esquecido seu cheiro. Ela cortou os cabelos, ela emagreceu e engordou nos lugares certos, que a deixaram ainda mais linda. Seus olhos estavam de um azul acinzentado, lindos! E ela estava mais firme, mais dona de si e superconfiante... estava mais prepotente, também, afinal ganhou um prêmio muito requisitado na Austrália... o que não pude deixar de perceber foi que seu super magic smile estava diferente, não era mais o meu sorriso supermágico, tirando o momento que ela recebeu os tênis de presente do Karev e andou um pouco que ela abriu o sorriso pelo qual me apaixonei, o sorriso que eu não via a muito tempo..., e mais importante ainda, eu não conseguia mais prever suas ações, não conseguia decifrar seus olhares e não via mais minha Arizona ali. Ela parecia escondida ou que foi desvendada uma nova mulher... uma mulher que sentia atração por homens! Chocada é pouco para me definir.
Depois de tudo que vivi na Austrália, decidi esquecer Arizona de uma vez por todas e tirá-la da minha vida, nem que fosse na marra, e eu estava conseguindo. Mas bastou aquela idiota vir que tudo o que construí foi por água abaixo. Não estou dizendo isso porque ela se tornou inacessível pra mim, mas porque eu senti isso quando ela voltou. Não irei correr atrás dela, realmente estou feliz com Rodriguez. Ele gosta de mim, é gentil, fofo, educado, prestativo, nossa relação é calma e ele me faz sorrir sempre que tem oportunidade, além de tudo isso, ainda era lindo e tinha a mesma profissão que eu. Com Arizona nem sempre era assim, tínhamos muitos problemas, mas Rodriguez ainda não causa os arrepios, os mini infartos ao lhe ver muito menos minha boca inexplicavelmente seca quando ele aparece como Arizona provoca (va) em mim. Ela ainda mexe muito comigo, não posso negar, mas se um dia consegui me apaixonar por ela e ser feliz com a Penny, conseguirei me apaixonar por Muniz e ser feliz com ele. 
O Fynn, Fininho para Mark, era bastante simpático e Arizona parecia amá-lo de verdade... ta bom, conheço Arizona, ela ama ele, isso é notório e nem precisa ser a pessoa que mais lhe conhece no mundo pra perceber isso. Ela parece feliz ao seu lado, fico feliz por ela estar bem, mas não significa que não doa vê-lo tocando minha ex mulher, lhe elogiando, cuidando dela, pois um dia eu estava em seu lugar. Arizona se tornou pra mim aquelas paixões platônicas do colegial. Você se apaixona pelo garoto ou garota do último ano, ela ou ele é linda (o) e você fica babando, mas não pode se aproximar e nem tocar, porque você é o esquisitão. Arizona voltou mais simpática, mais feliz e mais distante de mim. Olho pra ela e vejo uma nova mulher, uma mulher que nunca mais terei a oportunidade de tocar e isso me machuca, me dói e não deveria. Preciso deixa-la ir, sair de mim, do meu coração.
Me olho no espelho do banheiro e nem havia percebido que estava chorando. Agora estou soluçando alto olhando na cara da mulher que estragou tudo, na verdade não fiz isso sozinha. Fui até a Austrália que nem uma trouxa me desculpar e me rastejar e fazer tudo para ter Arizona novamente e a vejo com a Delucca, mas isso não me impediu de desistir dela, de nós. E o que aconteceu? Percebi que ela preferia estar com outra pessoa a estar comigo. Trocar meu nome pelo da Carina me magoou tanto que eu nem sabia que era possível meu coração já aos pedaços ser quebrado ainda mais. Lavei o rosto e deixei que todas as merdas que passavam na minha cabeça fossem juntas. Quero agora só focar no futuro e tentar ser feliz da melhor forma possível! Minha vida está uma droga, não deixarei mais nada me abalar tanto como aconteceu no último ano... já chega de sofrer tanto, preciso ser feliz pelo menos uma vez!
Saí do banheiro e dei uma volta pelo hospital, não tinha muitos pacientes precisando de uma ortopedista naquele momento. Estava passando por um corredor e vi quem eu menos queria. Carina estava andando emburrada ao lado de Arizona. Pensei que comigo fora do caminho, Arizona e Carina iriam ficar juntas e conhecendo o tal Thomas preferia Carina cuidando da minha princesa... Callie, pare de pensar essas coisas!
- Você vai estragar tudo, tudo, Arizona! -Delucca dizia com raiva.
- Não se meta na minha vida. -Arizona rosnou pra ela.
As duas me viram e se calaram.
- Callie, quer ir ao Joe’s comigo mais tarde? -Carina perguntava com o cenho franzido.
Fiquei com receio de responder, mas engoli em seco e falei:
- Sim, claro. Nos encontramos na recepção as oito?
- Ok!
Idiota! Eu ainda sentia raiva de Carina por ter levado Arizona pra cama, por ter ficado sabe-se lá quanto tempo com a minha ex e por ter deixado ela casar com outra pessoa. Quero matar essa traidora, mas conversaremos no Joe’s e falarei tudo o que está entalado na minha garganta.
- Tenho uma paciente precisando de uma deusa da orto, pode vir comigo? -DeLucca perguntou pegando seu tablet e ligando.
- Claro. -Falei com um sorriso amarelo.
Arizona estava estranhamente quieta e olhava para trás de mim. Não queria manter contato visual, mas quando ouviu o convite de Carina fitou a mulher. Íamos saindo quando Ari segurou o braço da italiana. Parei um pouco a frente e olhei de canto de olho.
- Não esqueça do sigilo médico-paciente, Dra. DeLucca! -Sussurrou lançando um olhar pra mim e disfarcei olhando para as unhas para ela não perceber que eu ouvi.
- Não se preocupe, Dra. Robbins, aliás, a partir de hoje é só o que seremos, médica e paciente... nem colegas de hospital. - Disse e se soltou do aperto da loira e saiu pisando duro.
- Vamos, Callie?
- Claro. -Falei e seguimos até a paciente.
O que será que estava acontecendo com as duas? Por que Arizona era paciente de Carina? As duas haviam brigado porque Carina estava com raiva do casamento do Thomas e ela queria casar com ela, como Cristina apontou? 

"Para o amor as horas são como meses, e os dias como anos, a cada pequena é uma eternidade."
John Dryden