Dias estava entretido com o filme que assistia com sua filha na sala da casa de Helena. De fato a mulher era uma excelente atriz, apesar dele ter achado o filme meio água com açucar. Tati suspirava a cada cena romântica que via, e levou um susto ao ouvir o grito de Helena e ver a velocidade com que seu pai correra até a biblioteca.
-Não sai daqui.
Foi a única coisa que ele disse antes de correr e chegar em tempo record até onde a mulher estava. Ele não pensou duas vezes, agarrou Pedro pelo colarinho e o encurralou na parede.
-Dias, pode soltá-lo.
-Me solta, seu troglodita!
-Dias…Alexandre, pode soltá-lo, por favor.
Dias soltou Pedro, que bufou e passou a massagear seu pescoço. O guarda-costas foi em direção à Helena, a olhou da cabeça aos pés, viu que ela parecia assustada, mas intacta.
-Por que gritou? O que aconteceu?
-Minha irmã, Dias! Guta corre perigo, você precisa me ajudar!
A mulher tremia e andava de um lado para o outro na biblioteca. Pedro estava pálido e também tremia um pouco.
-Como ele pode ajudar? É só um guarda-costas!
-Ele é um delegado, digo, ex delegado. Ele poderá nos ajudar!
-Helena, senta. Me conta, o que aconteceu?
-Pedro e Guta fizeram uma grande besteira, e ela sumiu!
-Vai contar pra ele?
-Eu confio nele, Pedro. E você não está em condições de se opor a nada!
Helena narrou o que sabia para Dias. Pedro ficou calado, parecia envergonhado pelo que tinha feito.
-Contrataram uma empresa para difamar a Helena? E você acredita que o stalker faz parte desse grupo? Qual seria a relação entre ele e esse grupo?
-Apenas eu que contratei esses influenciadores para espalhar alguns boatos contra a Helena. Fiz isso quando vazou a foto dela aos beijos com o tal Bruno, o colega dela de trabalho. Me senti desmoralizado!
-Você estava tendo um caso com a Guta!
-Ainda não estava, Helena! Você me traiu antes!
-E aí você foi lá e ficou com minha irmã! Faz-me o favor, Pedro!
-Você sabe que não foi assim que aconteceu, Helena!
-Por favor, deixem para lavar a roupa suja depois. Me fale mais sobre esse grupo que contratou. - disse Dias, usando um tom sério e não deixando espaço para discussão.
-Foi fácil de achar esse grupo, durante meus anos de casado com a Helena, fiz algumas amizades na imprensa. Uma dessas pessoas me passou o contato do tal “fofoqueiro” por assim dizer. Foi ele quem fez a primeira matéria depois da foto de Helena e Bruno ter vazado.
-Sempre aquele cretino! Até então, muita gente pensou que era apenas fotos em alguma gravação.
-Mas eu sabia que não era. Então fiquei furioso e paguei pelas reportagens. Ao todo, meu contato me passou 5 grandes nomes de páginas de fofoca.
-Certo. E onde Augusta entra nessa história?
-As notícias vazaram, mas teve algum escândalo que abafou o caso. Eu deixei pra lá, me aproximei de Augusta, ficamos juntos, achei que não era mais justo expor a Helena.
-Nossa, como você é magnânimo! -disse Helena, rindo e acendendo um cigarro, fato que não passou despercebido por Dias.
-E então, um dia depois de…um dia eu contei tudo pra Augusta. Não queria ter segredos, e estava um pouco arrependido. Ela ficou furiosa comigo, ameaçou terminar nosso romance. E foi então que começaram as ameaças.
-Que ameaças? - perguntou Dias.
-Cartas, emails, mensagens no meu celular, me chantageando. Dizendo que ia expor que fui eu quem comprou as matérias. Que iriam acabar com minha carreira de juíz.
-Você ainda tem essas mensagens?
-Tenho. Aqui as que recebi no meu celular e email. As cartas guardei em um cofre, na minha casa.
-A Guta tentou te ajudar a se livrar desses chantagistas, não é?
-Sim. Ela é prática. Eu fiquei pensando em mais esse escândalo envolvendo o meu nome. O problema é que tudo piorou. Eles têm fotos minhas com a Guta. Até aí, ela estava nervosa, mas disposta a assumir a responsabilidade. Porém começaram a surgir as ameaças à você.
-Acha que eles são o meu stalker?
-Eu não cedi a chantagem. Não paguei nada à eles, ou disse nada sobre você, porém…
-Porém já vazaram que a Helena está sendo perseguida. - respondeu Dias.
-Exato.
-Já vazaram que tenho um stalker? Como sabe disso, Dias?
-Tati. Ela me disse que leu em um instagram de fofoca que você tinha um guarda-costas pois estava correndo perigo. Ao que parece, uma amiga dela disse que era fake news.
-Meu Deus! Isso não pode vazar, as minhas fãs vão ficar preocupadas, e pode gerar um pânico geral e mídia.
-O que só iria me atrapalhar. - disse Dias.
-Eu não contei pra eles sobre o tal stalker. Augusta contou apenas para mim, tenho certeza. A Dra. Manuela não espalhou. Então pra eles saberem, é porque estão por trás.
-Supostamente.
-Dias, acho que é óbvio que não tem nenhum stalker, são apenas eles me assustando para tirar dinheiro do Pedro!
-Não é tão óbvio. Ainda temos que tomar cuidado, Helena. De qualquer forma, é uma boa pista.
-Eu não me importo com isso, eu só quero saber onde está minha irmã! Por favor, Dias, acha ela pra mim! Eu estou com medo!
Dias se aproximou de Helena, que tinha lágrimas escorrendo por seu rosto. Secou as lágrimas dela, depois segurou em suas mãos. A olhou fixamente e disse com voz firme.
-Prometo que trarei ela de volta. Fique calma. Eles provavelmente a estão chantageando. Se fosse um sequestro, já teriam entrado em contato e pedido resgate.
Ela assentiu. Se sentia mais calma tendo ele a seu lado.
-Existe a possibilidade dela ter sumido por vontade própria?
-Não. Ela fugiria do Pedro, mas não de mim. Ou da mamãe.
Foi então que o telefone de Helena tocou. Ela correu para atender, mostrou para Dias quem era.
-Atende. Mantenha a calma, melhor não fazermos alarde por enquanto.
Ela assentiu. Colocou o telefone no viva-voz. Respirou fundo e atendeu.
-Alô?
-Filhinha, como está?
-Estou bem, mamãe. Apenas um pouco cansada.
-Estou com uma sensação ruim, coração apertado.
Helena arregalou os olhos e segurou o choro. Dias se aproximou dela, não a tocou, mas a presença dele a acalmava.
-Eu estou bem, fiquei em casa o dia todo. A senhora tomou seus remédios?
-Estou bem de saúde, não é isso. Você falou com a Guta?
-Não…
-Ainda estão brigadas? Tentei falar com ela agora a noite, mas o telefone só cai na caixa postal. Ela me mandou uma mensagem hoje à tarde, dizendo que iria viajar.
Todos ficaram atentos.
-Viajar? Pra onde?
-Ela não disse pra onde, só que iria viajar e para eu não me preocupar. Mas estou preocupada, filha. Essa briga de vocês me parte o coração.
Dias escreveu em um papel que estava na mesa “pergunte se a mensagem foi escrita ou de voz” .
-A mensagem foi escrita ou de voz?
-De voz. Por quê quer saber?
-Ah…pela voz dá pra saber se ela estava triste ou algo assim…
Dias fez sinal positivo para Helena.
-Estava normal, séria como sempre. Guta sempre foi o oposto de você, nunca consegui decifrar bem o que ela sente, e ainda assim estranhei essa viagem dela, mas…
-O que, mamãe?
-Ai filha…eu tô achando que ela…
-Que ela o que?
-Que ela deve estar viajando com o Pedro!
Pedro segurou o ímpeto de gritar. Helena segurou o riso, nada passava por sua mãe.
-E porque acha isso?
-Vai dizer que você não sabe que aqueles dois estão de caso?
-Eu sei, só não sabia que a senhora sabia também!
-Não sou uma idiota, Helena. Sua irmã morre de amores por aquele patife! Não sei o que vocês duas veem nele. E o pior é que acho que ele realmente gosta dela.
-Eu também acho.
-Bom, se você falar com ela, por favor, façam as pazes.
-Sim, senhora. Prometo que darei um abraço bem forte nela.
-Se comporte, filhinha. Te amo muito.
-Te amo mais.
Helena desligou a ligação. Sentiu-se um pouco mais tranquila, falar com a mãe era sempre bom. E Guta havia mandado uma mensagem durante a tarde, então estava bem. Certo? Dias estava acionando seus contatos pelo celular quando ouviram alguém bater na porta.
-Pode entrar. - disse Helena.
-Com licença…está tudo bem? É que estão demorando e minha mãe perguntou que horas vamos embora…
Tati estava na porta, bem tímida, segurando seu celular.
-Já estava me esquecendo! Pedro, vou acionar uma viatura para acompanhá-lo no caminho até sua casa. Helena, vamos levar Tati até a casa dela.
-Viatura? É mesmo necessário?
-Dadas as circunstâncias, sim. Por favor, não discuta comigo. Helena, te espero no carro, por favor, seja breve.
Dias saiu da biblioteca, fez sinal para Tati segui-lo. Helena e Pedro ficaram.
-Esse seu guarda-costas é bem grosseiro.
-Ele é competente, Pedro. Confio nele 100%.
-Acha que ele conseguirá encontrar a Augusta?
-Tenho certeza que sim. Agora vamos, não podemos mais perder tempo.
Saíram. Dias, Helena e Tati saíram com o carro. Pedro foi com o seu, uma viatura em seu encalço. A ida até a casa de Vera foi feita em silêncio, a menina logo dormiu no banco traseiro.
-Ela dormiu, coitadinha.
-Está exausta. Foi um dia cheio. E já é quase meia-noite.
Chegaram até o prédio onde Tati morava com a mãe. Dias pegou a menina nos braços, o porteiro liberou. Helena ia ficar no carro, mas apenas um olhar do guarda-costas a fez mudar de ideia. Subiram até o 10° andar, Vera os esperava no hall.
-Oi Alexandre.
-Oi. Vou colocá-la na cama.
-Certo, você sabe o caminho.
Dias entrou com a menina. Helena ficou sem saber como agir, preferiu ficar no hall de entrada, só então Vera percebeu quem ela era.
-Meu Deus! Helena Salles aqui na minha casa. Entre.
Elas entraram e ficaram na sala. Alguns segundos de silêncio constrangedor.
-Minha filha é muito sua fã.
-Sim, ela é uma gracinha. Peço desculpas por hoje, marquei com as fãs e ela foi sem autorização.
-Não foi culpa sua. Coisa de criança, quase adolescente. Vou colocá-la de castigo, mas suspeito que não fará efeito, no final das contas ela passou o dia na sua casa.
-É…
-Não pensei que viria junto, não precisava.
-Dias não quer me perder de vista.
Antes de Vera responder, Dias entrou na sala. Ficou sem graça por algum motivo que nem ele sabia explicar.
-Bom, ela acordou quando a coloquei na cama.
-Provavelmente ela acordou assim que chegaram e fingiu dormir para você carregá-la, como fazia na infância. Ela amava.
-Acho que sim, mas hoje em dia ela finge melhor. Levantou dizendo algo sobre skincare ou algo assim.
Vera e Helena riram da cara de dúvida de Dias.
-Ela está nessa fase bem vaidosa. Me fez gastar uma fortuna em produtos para o rosto e cabelo.
-Temos que ir, Vera. Depois conversamos, está bem?
-Está bem. Precisamos conversar mesmo, Alexandre.
-Eu sei.
Os três foram até o elevador. Se despediram. Vera sorriu.
-Esses dois…não sei não.
No carro, voltando para casa, Helena pegou seu celular. Tentou ligar para Augusta, enviou mais mensagens, nenhuma resposta.
-Eu vou encontrá-la, Helena.
-Eu sei que vai.
Dias dirigia e ao mesmo tempo falava com Nelson por um rádio especial que apenas os dois tinham, para evitar grampos.
-Deixamos o juíz na casa dele, uma patrulha na porta. Fomos até o apartamento da doutora Salles, não encontramos nada de anormal. Nenhum sinal de arrombamento. O porteiro disse que ela saiu ontem a noite. Pedimos autorização para ver as câmeras.
-Certo, Nelson. Entro em contato com você se descobrir algo a mais. QSL.
-Farei o mesmo. TKS.
A mulher apertava as mãos, estralava sem parar os dedos. Levava as unhas até a boca, desistia de roê-las. Batia os pés no chão do carro. Dias via pelo retrovisor uma moto há pelo menos 1 km seguindo-os. Fez uma curva abrupta à direita, sem dar seta, assustou Helena e o motoqueiro que estava imediatamente atrás deles.
-Dias! Tome cuidado! Já basta tudo que aconteceu hoje, um acidente é a última coisa que preciso.
Ele não respondeu, aumentou a velocidade e olhava fixamente para frente e vez ou outra para o retrovisor. Helena estranhou e olhou rapidamente para trás.
-Não olhe para trás!
-Estamos sendo seguidos?
-Sim.
-Que merda!
O semáforo fechou, a rua estava deserta, já era tarde. Dias ia passar no sinal vermelho, porém um ônibus o impediu. Foi então que o motoqueiro parou do lado do carro, tirou uma câmera fotográfica do bolso e começou a fotografar.
-Filho da puta!
Dias acelerou o carro, deu ré e o atingiu, fazendo a moto e ele cair. Helena deu grito.
-Dias! Pelo amor de Deus!
-Fica aqui!
Ele saiu do carro, arma em riste. O outro homem, caído no chão, levantou as mãos e gritava algo, mas o capacete atrapalhava. Dias se aproximou dele, e lhe arrancou o capacete com tanta força que o homem achou estar perdendo a cabeça, literalmente.
-Calma, calma! Eu só queria uma foto dela com o novo affair!
-Tá maluco, porra?! Que merda de affair, seu bosta!
-Uma foto de Helena Salles com um novo namorado vale uma boa grana! É só isso!
-Eu sou o guarda-costas dela. Me dá essa câmera aqui! Anda!
Dias falava friamente. Helena abriu o vidro do carro e via toda cena. Estava assustada, porém ao ouvir tudo, ficou mais calma. Menos mal ser um paparazzi e não um stalker ou sequestrador. Dias quebrou a câmera em uma pisada só.
-Minha câmera!
-Agradeça por eu ter quebrado a sua câmera e não a sua cara. Levanta.
O paparazzi levantou-se. Helena fechou o vidro do carro. Dias revistou-o, não encontrou nenhuma arma. Memorizou o nome e número do documento dele. Achou melhor liberá-lo logo e levar Helena para casa.
-Você trabalha pra quem?
-Sou freela.
-Que merda é freela?
-Freelance. Autônomo. Eu vendo fotos de celebridades para portais de notícias, sites de fofoca, essas coisas. Recebi uma mensagem dizendo que Helena Salles tinha um novo affair e quem conseguisse uma foto dela com ele, ganharia 20 mil.
Alexandre chegou bem perto do homem, o intimidou. Olhou fundo nos olhos dele, engrossou mais a voz.
-Pra quem você ia vender essas fotos? Quero nomes.
-Esse trampo foi encomendado pela Agência Caramirim.
-Quem é seu contato lá?
O homem hesitou falar, mas logo se decidiu ao ver Dias mexer sutilmente em sua arma.
-Úrsula. Só sei o primeiro nome dela.
-Vaza daqui.
Rapidamente o homem levantou sua moto do chão e antes mesmo de Dias entrar no carro, ele deu a partida e foi embora. Helena saiu, foi em direção à Dias e o abraçou forte. O homem ficou desconcertado, mas a abraçou também.
-Você está bem?
-Eu que te pergunto, Dias. Está bem?
-Estou. Vamos voltar pro carro. Já passou.
Ela assentiu, ele se desvencilhou do abraço, passou a mão delicadamente pelo rosto dela, abriu a porta pra ela entrar, logo já estava dirigindo novamente. Ela parecia menos agitada.
- Os paparazzis costumam te seguir assim?
-Desse jeito só aconteceu uma vez, enquanto eu estava com o Bruno. Geralmente eles tiram fotos minhas na praia ou no shopping.
-Certo.
-Como posso ajudar?
-Ajudar?
-Quero ajudar a encontrar a Guta.
Dias percebera que Helena tinha outra postura, não parecia mais tão frágil. Falava com seriedade e segurança. Não tremia mais.
-Sua irmã tem um iphone, certo?
-Sim.
-Vamos rastrear. Tentaremos primeiro pelo icloud. Aqui, use o meu, vou te explicar como faz.
Helena ouviu as instruções. Dias excedia o limite de velocidade e quebrava várias leis de trânsito para chegar mais rápido até a mansão da atriz.
-Dá pra rastrear mesmo se estiver desligado?
-Com esse programa sim. Já apareceu algo?
-Está procurando.
-Conhece uma mulher chamada Úrsula? Ela trabalha em uma agência chamada…
-Caramirim. Já tive o desprazer de conhecê-la. Ela é a dona da agência. Por que quer saber?
-A dona? Estranho…
-Por quê?
-Foi ela quem contratou o tal paparazzi que estava nos seguindo.
-Faz sentido, a agência dela é dona de vários portais de notícias, inclusive os mais podres e sensacionalistas.
-Mas não faz sentido ela ser o contato dentro da agência. A não ser…
-Que seja algo grande.
-Exato. Helena, você está saindo com alguém?
-Quer me chamar pra sair?
-Helena, estou falando sério.
-No momento o único homem que estou vendo constantemente é você.
-Ótimo.
-É mesmo, delegado?
-No momento é melhor que…que fique mais reclusa. Saia apenas para seus ensaios. Libere o Jonas por algumas semanas, eu dirijo, pelo menos até esse caso se resolver.
-Artigo 159 do Código Penal.
-Não estou te sequestrando, Helena.
-Lei 8137/90.
Dias riu. Helena virou para ele com as sobrancelhas arqueadas.
-Não estou cometendo crime de monopólio.
-Está me monopolizando.
Helena tinha um sorriso no rosto. Dias estava visivelmente mais relaxado. Assim que passaram pela portaria do condomínio, o telefone dele apitou.
-Alexandre…
Ele estacionou na entrada da mansão dela, ambos olharam a localização.
-Como assim? Ela está…
-Aqui.
Helena saiu tão rápido do carro que Dias teve que agir rápido. Ele a alcançou antes dela abrir a porta principal. A luz da casa estava apagada. O porteiro não avisou sobre a presença de ninguém. Dias segurava Helena pela cintura.
-Calma. Fica atrás de mim.
-A Guta…ela…
Helena ficou atrás de Dias, que tirou a arma do coldre. Ela se apoiava nele, sentia as pernas tremerem. Ele abriu a porta. Acendeu a luz da grande sala. Viram a figura sentada no sofá, de costas para eles.
-Guta?
Enquanto isso, a última letra recortada de uma revista em que Helena estava na capa, era colada em um papel vermelho.
ELES NÃO VÃO ME AFASTAR DE VOCÊ
VOCÊ É MINHA, SEMPRE SERÁ MINHA
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