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História I will always love you - Capítulo 10


Escrita por: Su_Fics

Notas do Autor


Neste capítulo teremos um pouco de tudo. Pistas e flertes. É um capítulo cheio de ganchos!
Temos na capa Augusta, linda demais!

Capítulo 10 - Capítulo 10


Fanfic / Fanfiction I will always love you - Capítulo 10

@CentralHelenaSalle Amanhã sortearemos parte dos ingressos para o pocket show da Lena! Fiquem atentas, faremos o sorteio por aqui. Deixem suas DMs abertas. 

 @PortalHelenaSalles Nossa leva de ingressos será sorteada daqui 2 dias! Helena pediu para sortearmos alguém via instagram, pois nem todas as fãs tem twitter. Siga nossa página e comente no post que fizemos sobre! Boa sorte!

@AcervoHelenaSalles Helena pediu para passarmos os ingressos que nos foram gentilmente doados por ela, entre todos os fã clubes! Como ela tem muitos, faremos um sorteio amanhã! 

@helenamywife Tô com saudades dela, não vejo a hora de estar com meu ingresso pro show em mãos. 

@helena_saliss @helenamywife miga, vai concorrer a algum sorteio? 

@helenamywife @helena_sallis até vou, mas guardei dinheiro para comprar, esses sorteios, nesse fandom enorme, é pura sorte! e vc? vai conseguir vir pra assistir? 

@helena_sallis @helenamywife ainda não sei, depois que estiver com o ingresso, me viro. Miga, deixa eu te perguntar, oq vc acha dessas news sobre ela estar sendo stalkeada? 

@helenamywife @helena_sallis não confio em nenhuma dessas páginas, mas vc lembra daquela @ lá, que todo mundo denunciou, né? será que tem algo a ver? 

@helena_sallis @helenamywife então, só tem totoca nessa internet, espero que não tenha nada de verdadeiro, ainda mais agora! e aquela @ eu não lembro bem quando surgiu, foi tão rápido! 

@helenamywife @helena_sallis o fandom derrubou rápido a conta, com medo dela ver, mas vai que continuou pelo insta, sei lá. Surgiu logo após o babado com o Bruno. Deve ter sido alguma shipper dela com o Pedro ahahaha

@helenaepedroforever sempre sobra pra gente, impressionante! 

                                  …

Helena sentia-se paralisada. Estava tão nervosa, não sabia bem como agir. Dias foi em direção da pessoa sentada no sofá. 

-Está ferida? 

A pessoa negou com a cabeça. Parecia distante, fria. Dias inspecionou a sala rapidamente, nada parecia fora do lugar, porém ele precisaria olhar a casa toda e as câmeras de segurança. 

-Como entrou aqui sem ser vista por ninguém na portaria?

-Segredo nosso. - disse Helena, saindo de seu torpor. 

-Preciso saber, Helena. 

-Guta, aonde você estava? O que aconteceu?

Augusta respirou fundo. Ela ainda usava as mesmas roupas de quando encontrara Pedro. Fazia pouco tempo, mas para ela era como se tivesse passado dias. 

-Eu e o Pedro estamos vivendo um…um romance. 

-Eu sei. 

Helena sentou-se na mesa de centro, de frente para Augusta que ainda estava no sofá. Dias continuou em pé, atrás de Augusta. Ele queria inspecionar a casa, mas ao mesmo tempo não queria deixá-las sozinhas. 

-Eu o ajudei a encobrir um mal passo que ele deu em relação a você. 

-Ele me contou. 

-Eu falhei. Não deveria ter omitido o que ele fez. 

-Artigo 13, inciso 2?

-Alego que tentei agir para evitar o resultado. 

-Contratando um guarda-costas para me proteger?

-Foi mamãe quem o contratou. 

-A partir de quando você passou a sutilmente colocar essa ideia na cabeça dela?

Augusta olhou para Helena, esboçou algo similar a um sorriso. A mais jovem cruzou as pernas e manteve o olhar fixo na irmã. Elas se conheciam como ninguém. Dias estava fascinado pela conexão clara que via nas irmãs. 

-Ela lê tudo que sai sobre você. 

Helena sabia disso, sua mãe era sua maior fã, tinha inclusive uma conta no Twitter, anônima, na maioria das vezes se divertia com a imaginação fértil das fãs, mas vez ou outra pedia a opinião de Augusta sobre o que era falado sobre Helena nas redes. 

-Ela viu que suas fãs derrubaram uma conta no Twitter. A pessoa parecia obcecada por você. Então eu disse que nada te aconteceria, porque você tinha seguranças. 

-E ela não achou que era suficiente. 

-Obviamente não. 

-Por algum acaso esse stalker é alguém plantado por essas páginas de fofoca? - perguntou Dias, assustando Augusta, que não se lembrava da presença dele. 

-Se foi, nada teve a ver com os posts encomendados por Pedro. 

-Aonde você estava? - perguntou Helena, mais uma vez. 

-Enquanto estava a caminho daqui, recebi uma ligação me dizendo para seguir até o endereço que havia me sido enviado via whatsapp. Ao abrir o aplicativo, além da localização, tinha uma foto sua de hoje, com algumas fãs na portaria. 

Helena enrubesceu e olhou de soslaio para Dias, que endureceu sua feição. 

-Você ainda tem essa mensagem?

Augusta entregou o celular desbloqueado para Dias, que o vistoriou rapidamente.

-Eles…eles fizeram alguma coisa com você? - perguntou a atriz.

A feição de Augusta mudou por 1 segundo, porém tanto Dias quanto Helena perceberam. 

-Guta? 

-Eles queriam dinheiro, obviamente. Pedro não cedeu às chantagens e eu não estava disposta a ceder também. 

-Te mantiveram em cárcere privado? - perguntou Dias. 

-Não exatamente, apesar de eu me sentir presa ali, poderia sair quando quisesse, como o fiz. 

-Você ficou tentando argumentar com eles, não ficou?

-Você me conhece, Helena. 

-Conseguiu alguma informação relevante? - perguntou Dias. 

-Nada que já não soubesse. São um grupo que lucra em cima de fofocas e fazem chantagens com artistas, políticos e personalidades da mídia em geral. Me mostraram um pouco do trabalho de destruição de imagem que fazem, inclusive com juízes. Estou sem dormir e enojada com tudo que vi. 

-Te mostraram provas do crime que cometem, mesmo você sendo uma juíza. 

-Ali eu não era uma juíza, delegado Dias. 

-Ela era apenas minha irmã, preocupada com minha segurança. 

Guta começou a perder a postura que adotara até agora. Lágrimas desciam pelo rosto dela, Helena também começava a chorar. Dias, notando que logo as irmãs deixariam a emoção do reencontro tomar conta delas, resolveu ser rápido em suas indagações.

-Últimas perguntas, meritíssima. A senhora acredita que esse grupo é composto apenas pelos donos de páginas de fofoca?

-Os donos de páginas de fofocas são clientes deles. Eles fazem apenas o trabalho sujo, por assim dizer. 

-A senhora por acaso ouviu o nome Úrsula?

-Não. Mas em dado momento disseram “ela vai ficar puta se não conseguirmos nada”. 

-Viu os rostos deles? 

-Não, usavam máscaras. 

-Como entrou aqui?

-Essa parte eu te explico depois, Dias. Agora deixa eu abraçar a minha tata. - respondeu Helena, caindo nos braços da irmã e a abraçando forte. Ambas choravam de alívio. Ainda teriam muita coisa para resolver, porém estavam juntas e isso era o que importava. 

Dias aproveitou para inspecionar a casa, não tinha nada de anormal. Viu as câmeras que haviam nos cômodos comuns da casa. Duas horas antes, Augusta surgiu na biblioteca, veio pela porta que dava para o jardim. Antes de continuar a vistoria, o homem mandou uma mensagem para Pedro, avisando-o que Augusta estava segura, logo recebeu um agradecimento do outro. 

-Idiota. Esse é o juíz mais imbecil que já conheci. 

Foi até o jardim. Viu a casa da piscina, uma das luzes estava acesa. Entrou, não havia passado muito tempo ali. Era uma casinha pequena, em comparação com a mansão. Olhou para a pequena cozinha que tinha ali, nada de anormal. Tinha um quarto que dava para os fundos da propriedade. A porta do guarda-roupas estava aberta. 

-Não é possível. 

Dias não sabia se ria ou chorava. Abriu a porta, tinha um corredor no fundo. Passou por ele, deu de cara com uma saída para um sutil declive que dava para um parque que ficava nos fundos do condomínio. 

-Aqui não tem câmeras, falha gravíssima da segurança do condomínio. Eu sei que você está atrás de mim, Helena.

-Até que você é competente mesmo. Estava começando a achar que não é uma boa escolha de guarda-costas. Essa falha foi causada por mim, eu mesma desinstalei a câmera que ficava aqui nos fundos. Dei sorte de ser a penúltima casa do condomínio e ficar exatamente neste trecho do parque.

-Você desinstalou a câmera?

-Fiz uma novela que tinha tecnologia como tema. 

-Por que não me contou sobre essa passagem secreta?

-Todos são suspeitos, lembra? Inclusive você. Precisava me precaver, caso tivesse que fugir. 

Dias sorriu, aquela mulher era impossível. 

-Quantas pessoas sabem sobre essa passagem secreta?

-Quatro, contando você. 

-Sua mãe e Augusta, naturalmente. Quem foi o responsável pela obra?

-Sr. Adelmo, mestre de obras que fez a reforma da casa para mim, um velho amigo de vovô. Ele construiu essa passagem sozinho, sem ajudantes. 

-Ele é de confiança?

-Era. Faleceu há 2 anos. 

Dias assentiu e observou o breu do parque ao fundo. Era melhor que ninguém soubesse sobre aquela passagem que de fato poderia ser útil algum dia. O homem pensava nisso quando foi surpreendido por um forte abraço em suas costas. 

-Helena? 

Ele virou-se. Ela tremia e o apertou com mais força. Então ele a acomodou em seus braços. 

-Estou com medo de fazerem mal à ela. 

-Ela está bem, não cedeu às chantagens, conseguiu manter a postura de juíza. Provavelmente a liberaram por isso. 

-Você…ela também precisa de segurança!

-Já recrutei 2 homens de confiança para fazerem a escolta dela. E de sua mãe. Até pegarmos esse grupo.

Ela se soltou do abraço. O olhou intensamente. Ambos sentiam que seus corações iriam explodir. Ele passou as mãos no rosto dela, que fechou os olhos. Se aproximaram novamente, devagar. Se abraçaram, agora menos intensamente, sentido os corpos se atraírem devagar. Ela cheirou o pescoço dele. Ele cheirou os cabelos dela. 

-Obrigada. 

Ele nada disse. Ela moveu rapidamente sua cabeça e encostou seus lábios nos dele, sutilmente. Foi rápido, mas ele sentiu seu corpo todo arrepiar e ela ficou um pouco zonza. Ele tocou os próprios lábios com os dedos tremelicando levemente. Ela sorriu de canto de boca. 

-Boa noite, Alexandre. 

-Boa…boa noite, Helena. 

Naquela noite, Dias dormiu bem, apesar de poucas horas. Helena dormiu agarrada à irmã. 

                                …

Augusta foi trabalhar normalmente naquele dia. Tinha uma escolta discreta, recrutada pessoalmente por Dias. Helena estava sentada na sala de TV, emburrada. 

-Nelson irá interrogar a tal Úrsula. 

-Que bom. 

- Existe uma grande possibilidade do stalker ser apenas parte desse circo armado para te desmoralizar e assustar. 

-Entendo.

-Sua irmã está segura, Helena. Estou cuidando pessoalmente disso. 

A mulher o olhou, ele via a chateação nos olhos dela. 

-Não estou preocupada com isso.

-Certo. 

Ela suspirou, precisava desabafar com alguém, sentia falta de ter uma amiga, era tão solitária.

-Tenho medo de nossa amizade mudar. Sempre fomos confidentes, melhores amigas, sem segredos. Eu conto tudo pra ela desde que aprendi a falar. E agora…ela me escondeu coisas importantes.

-Ela só tentou te proteger. 

-Eu sei, mas…fica uma sensação estranha. E esse namoro dela com o Pedro, vai mudar nossa relação. 

-Provavelmente mude. 

-Nossa, muito obrigada pela ajuda! 

-Estou sendo sincero, Helena. E o fato de mudar não significa que terá menos amor e cumplicidade, só a dinâmica que será outra. 

-Não gosto de mudanças. 

-Nem eu. Mas a vida é assim, às vezes é uma merda. 

Helena sorriu. Dias estava mais relaxado e falante, ainda que em pé parecendo um cão de guarda. 

-Estou parecendo um cão de guarda?

-O que?

-Você pensou alto. 

Ela riu. Ele gostava de vê-la rindo, acalmava algo em seu coração.

-Senta. Está me dando agonia vê-lo em pé. 

Dias sentou-se na outra ponta do sofá, Helena revirou os olhos.

-Não precisa ficar tão longe de mim, eu não mordo.

-Não?

-Não sem motivo.

-Quais motivos você tem pra morder?

-Quando está bem colocado, tem intensidade, força, e ritmo. 

-Não entendi…

Helena o olhou intensamente e deu um sorriso de lado. Dias aos poucos entendeu do que ela falava e mudou sua feição para algo que misturava timidez com curiosidade. 

-Vai comer?

-O quê?

-Vai almoçar, Dias? Estou morrendo de fome! Cida preparou comida pra semana toda, é só aquecer. 

-Ah sim…então vou comer, digo, vou almoçar. 

Helena levantou, Dias espelhou o movimento dela. Ela se aproximou dele, andava feito uma felina em direção a ele, elegante, segura de si. 

-Gosto de você, agente Dias. 

-A recíproca é verdadeira, artista Salles. 

Ela arqueou as sobrancelhas. Se aproximou mais dele, ele sentia a respiração dela próxima. Os lábios tocaram, apenas essa parte de seus corpos se encostava uma na outra. O beijo era bem casto, só os lábios se tocando, a boca abrindo devagar, as línguas mal se encostavam. Ficaram assim, apenas sentido a textura um do lábio do outro e as respirações aceleradas. Dias se afastou primeiro.

-Está com medo, Dias?

-Não. Mas quando eu começo a comer, não paro. Não gosto só de petiscar. Vamos almoçar.

Helena gargalhou, ajeitou o cabelo de um jeito que Dias achou sensual. Ela amava esses jogos enquanto flertava. Sabia onde iria acabar e sabia que não conseguiriam ficar apenas nos beijos. Uma vez que começassem, não iriam parar. 

-E o que te impede de começar sua refeição?

-Sua pressão. Está baixa. 

-Está?

Dias segurava o pulso dela, que estava tão absorta em estar tão próxima a ele que nem notou. De fato ela estava um pouco zonza, não comia nada desde o almoço no dia anterior. 

-Vamos almoçar, senhora. 

-Sim senhor. 

Ambos seguiram em direção à cozinha. O dia estava apenas começando. 




Notas Finais


Eita que agora vai começar o banquete desses dois ahaha o caso parece quase resolvido...mas as aparências enganam! Porém no próximo capítulo a pressão vai subir! De todo mundo!


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