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História I'm not a Malfoy, I'm a Black - You are Ours


Escrita por: EmmaBenett

Notas do Autor


Esse capítulo está um pouco grande, mas é fundamental para o desenrolar da história, a cada capítulo são dois anos que se passa, mas neste são três.
Obs: leiam as notas finais

Capítulo 2 - You are Ours


Fanfic / Fanfiction I'm not a Malfoy, I'm a Black - You are Ours

Meu segundo ano foi diferente, eu fiz amigos. Os Weasleys. Eles me fizeram companhia nos meus momentos de solidão, eu era uma deles agora. Uma travessa. Disse para eles não me escreverem, expliquei que isso não seria bom para nenhum dos lados. A família dele e os Malfoy não se dão bem, mesmo dentro do quarto consigo ouvir os gritos de Lúcio quando está com raiva, as vezes os Weasleys são mencionados em meio a outros nomes inapropriados.

Mas eles não me escutaram, são dois cabeças dura. Então os instrui a mandar cartas apenas a noite, de madrugada. E eles mandaram... Por Merlin, como mandaram. Tive que mandar pararem e reduzi as cartas para duas no mês.

Mais 3 meses sobrevivendo a base de livros, minha imaginação e esperança. Quando o sol está nascendo, Nyx, a elfa que cuida de mim, vem deixar o café da manhã. Passos o resto dos lendo, parando para almoçar e tomar o chá da tarde. Leio o Profeta Diário, segurando uma xícara na mão e deixo o olhar vagar.

Lá fora as árvores estão chacoalhando com o vento, o clima deve estar fresco. A grama com seu cheiro singular. Suspiro, e levanto para abrir a janela. E quando estou voltando, o bater de asas e o barulho fazem meu coração parar. Uma coruja. A coruja deles.

Ah, não! Não a essa hora.

Ela pousa e me encara com os olhos em expectativa, giro rapidamente a carta em sua perna, a dispensando. Mas ela parece não querer ir.

– O que foi? – Sussurro baixinho, eu estava mesmo falando com uma coruja.

Ela vira a cabeça para a mesa redonda, com comida. Claro, como não pensei. Pego uma uva e lhe dou em seu bico, e assim ela vai embora. Começo a abrir o papel, quando alguém bate na porta. Sento na cadeira e volto a posição de antes, levanto o queixo,

– Sim?

– Estou entrando.

A porta se abre e o rosto com feições severas de Narcisa aparece, não me importo que o sangue diz que somos parentes. Ela nunca me tratou mais do que algo que ela precisa resolver, um problema, um responsabilidade irritante.

– Nós vamos sair para fazer compras. – Faço meramente um gesto com a cabeça, ela não precisava vir aqui me avisar. – E você irá conosco. Precisa de roupas novas para o novo ano que começará.

Certo, isso me surpreendeu. Eles não deixavam eu sair, eu podia no máximo ir ao jardim por alguns minutos, mas isto? Nem no meu primeiro ano eu saí do quarto até ter que ir a Estação, Nyx tirou minhas medidas e foi a loja comprar meu uniforme. E quando precisei comprar minha varinha foi uma verdadeira discussão, até que decidiram que eu precisava ir e não poderiam fazer o homem trazer todas as varinhas da loja. Ela deve perceber as engrenagens da minha cabeça funcionando, porque acrescenta:

– É o primeiro ano de Draco, ele irá ao alfaiate, e você não pode envergonha-lo. Precisa está a altura do nome Malfoy.

Ah! É isso.

Aviso que irei me vestir e ela sai. Rasgo no papel escondido com ansiedade, o que eles poderiam estar querendo falar de tão importante que não podem esperar de noite.

“ Estaremos no Beco Diagonal hoje, se puder, venha se encontrar com a gente. “

Riu. Eles realmente achavam que eu tinha liberdade.

Eles acham que essa casa me pertence, que meus pais não vêm problema se eu sair para encontrar com amigos, que eu tinha escolha. Acho que eles nunca pensaram que sou uma prisioneira.

***

Olho aflita para os lados enquanto andamos. Eu queria vê-los, mas não queria que os Malfoys nós vissem juntos. Quem sabe o que eles poderiam fazer contra os gêmeos, contra toda a família Weasley.

Entre no papel. Muitas pessoas estão de olho em você, não é hora de vacilar agora. Ombros para trás, cabeça erguida.

Suspiro, deixando que tirem minhas medidas. Comprei saias, blusas, gravatas, capas, cachecóis e eu conseguia ver o rosto da mulher se torcer por causa da cor vermelha e amarela. Eu estou carregando tudo atrás de Narcisa, ela anda de forma apressada, não se dando ao trabalho de me esperar. Até que quando percebo não a vejo mais, e estou parada no meio da rua sem saber para onde ir. Eu estou perdida.

Começo a andar na esperança de encontrá-la. Qualquer um deles, Lúcio está com Draco, então com sorte ainda devem esta aqui. Sinto uma mão no ombro e espero ver cabelos loiros, mas só vejo o ruivo que tanto gosto. E antes que eu perceba as sacolas estão no chão e estou apertando seus pescoços para mais perto de mim, suas mãos ao redor de mim.

– Você veio. Seus pais deixaram você vir. – É Fred. Seus cabelos estão cortados curtos, muito curtos. Os dois estão.

– Há... – Eu tinha que contar. – Não foi bem isso, não é assim que funciona naquela casa, isso foi apenas uma coincidência.

– Eu não sou.. exatamente...

– Está tudo bem, o que importa é que você está aqui.

– Verdade, então, o que faremos agora? – Jorge me dá um sorriso encorajador e não posso evitar de retribuir.

Não passamos a tarde juntos, isso nunca séria possível, e não em público. Ficamos em um beco estreito, comendo besteiras e conversando sobre as férias, que ambos foram entediantes. Mas pelo menos eles podiam sair, voar em vassouras, eu estava confinada como alguém doente.

E então teve aquela despedida horrível. Estávamos andando quando, avistei Lúcio e Draco, mas eles não me viram.

Certo, eu tinha que ir agora ou perderia eles de novo.

– Meninos, me perdoem por isso.

– O que-

– SAIAM DE PERTO DE MIM, SEUS WEASLEYS IMUNDOS! – Grito chamando certa atenção, seus olhos estão espantados e suas bocas apertas.

Não dizer se Lúcio está olhando, mas vou me afastando dos gêmeos devagar, e os ouço dizer.

– Também não queremos nos envolver com um Malfoy.

Quando chego perto de Lúcio ele está com um leve sorriso no rosto, que chega a ser quase imperceptível.

– Talvez tenha esperança para você.

Não os vi no trem, nem no trem, e durante a seleção do Chapéu Seletor, evitei procurá-los com os olhos. Draco foi para a Sonserina, Lúcio e Narcisa ficariam orgulhosos, eles só sabiam falar disso. Sobre como os nobres vão para está casa, e os outros.. as frutas pobres... Bom, não importa. Pois ele não poderia me vigiar enquanto estou dentro da Sala Comunal. Esse era o dever dele, me vigiar, mas não duraria muito tempo, ele logo iria se distrair e eu estaria.. não tão livre. Cochichos se espalham pelo ambiente, mas estou muito distraída. E depois voltam as palmas e vejo que um garoto de óculos, primeiranista está na Grifinória.

Não consigo comer muito, e assim que termina vou apressada para os dormitórios, sento em uma poltrona afastada com um livro no colo e tento me afastar do mundo real.

Quando percebo, quase todos já saíram. Restando três meninas no sofá, e dois garotos em outras poltronas que... Que não param de me encarar. Ofego, eles ainda estão na sala.

Fecho o livro, me ajeito e faço a melhor postura possível. O que eles estavam esperando? Acho que devo explicações. Sim, definitivamente devo.

Dez minutos depois as meninas que restavam sobem, e ficamos lá nos encarando. Um jogo de quem agiria primeiro, mas não estou afim de jogos essa noite. Levanto e começo a andar, eles fazem o mesmo até estarmos um na frente do outro, os três se encarando com expectativa. Embora eu ganhe a maioria dos olhares, tenho que dividir minha atenção entre Fred e Jorge.

– Eu tenho.. que pedir..

– Você está bem? – Jorge quebra os olhares e toca no meu braço.

– Fizeram algo com você? – Fred pergunta e começa a me analisar.

– O que? Não.. eu.. Não estão bravos com o que eu falei?

– Claro que não, ouvimos você pedir desculpas e Lúcio estava lá, então deduzimos-

Não o deixo terminar, pulo nos dois e quase caímos por conta do meu entusiasmo. Eu podia confiar neles, e naquela noite eu contei parte da minha história. Que eu não sou próxima dos Malfoy, que eles me acolheram não por causa de compaixão ou sangue, mas por uma obrigação, e que se pudessem se livrariam de mim, que sou prisioneira em uma casa de aparências. Que os Malfoys não poderiam deixar que descobrissem que um deles sujou a imagem da família se relacionando com uma trouxa, que eu não sabia quem era até virem me buscar para cumprir o acordo. Eles não disseram nada até eu terminar, e no final ficamos abraçados no sofá, comigo no meio deles.

Assim passou meu terceiro ano, eu me escondendo com os gêmeos para planejarmos coisas que eles fariam. Eu não podia ser associada, não seria bom para nenhum dos lados, mas principalmente para mim, pela irá dos Malfoys, no entanto, quando tinha jogos de quadribol eu podia me soltar e torcer por eles. Draco quase não notou minha presença, estava ocupado demais em atormentar um menino chamado Harry, que também é da Grifinória.

Uma vez ele me encontrou na biblioteca enquanto eu esperava Fred e Jorge, ele tentou me intimidar com os garotos que andam com ele, Crabbe e Goyle, aquilo foi patético, os coloquei para correr em minutos com um feitiço. Eu não podia tocar em Draco, ele contaria para os pais e eu seria punida, mas aqueles idiotas não eram nada para mim.

Os gêmeos chegaram depois, dizendo que estavam escondidos entre as prateleiras observando como eu lidei com eles. Faço uma reverência enquanto eles me elogiam e eu sorrio com gosto.

A Grifinória ganhou esse ano por causa das três crianças que meu primo tanto detestava, e só de saber aquilo eu fiquei feliz. Fiquei sozinha no trem, e Fred e Jorge passaram para se despedir antes que de chegarmos a Estação.

E assim foi por mais três meses torturosos onde eu tinha somente a minha companhia, livros e as cartas dos gêmeos trazidas sob o luar e as estrelas. Elas eram minhas fontes de sobrevivência, e quando uma chegava eu as devorava e engolia como um elixir de vida. Narcisa me fez ter aulas de etiqueta para quando fossemos a público, afinal, algumas pessoas estavam começando a notar minha presença, e estava ficando difícil me esconder. E não poderiam dizer que sempre estou indisposta.

E meu verão passou sem qualquer perturbação.

E começou meu 4° ano, os Malfoys foram nos deixar na Estação, a postura de superioridade intacta. Quando estou entrando avisto os gêmeos e contenho um sorriso, com um pouco de sorte eu poderia ter momentos a sós com elas.

– Pelo visto Potter não veio esse ano, espero que tenha sido expulso. – Draco resmunga atrás de mim e tento manter meu rosto neutro.

As brigas e discussões idiotas dele não me interessam, eu só quero que ele fique longe do meu caminho.

Entro na cabine e espero... Eles viriam, tínhamos planejado de eles entrarem aqui e eu trancaria a porta por precaução. Espero e espero e espero. Até que acabo dormindo.

– Isis é bem melhor.

– Nes fica bom de falar, olha só Neeeess.

Vozes... Vozes boas chegam aos meus ouvidos. Eles chegaram, sorrio abrindo os olhos.

– Hey, você acordou.

– Preferimos deixar você dormindo.

A porta está fechada e a cortina abaixada, eles colocaram um feitiço como eu os instrui. Eles me contam como foram suas férias, seus planos, e eu lhes conto sobre as aventuras dos livros que leio, sobre como ficava feliz com cada carta que mandavam.

Prendo meu cabelo negro em um rabo de cavalo e recebo protestos.

– Oh, não, Nes.

– Deixe ele solto fica... melhor. – Fred parecia meio envergonhado em admitir isso então não questionei.

Solto meu cabelo, ele cai como uma cascata negra sobre meus ombros. Eu nunca os cortei, por isso chegavam metade das costas.

– Então... Nes?

– Ah, estávamos tentando achar um apelido para você, achamos que seria legal

– Estamos entre Isis e Nes. – Fred fala e questiono na minha mente.

– Gosto de Nes.

Jorge levanta os braços para cima e Fred faz uma carranca. Rio enquanto os dois falam sobre o apelido e Jorge insiste em dizer que o que importa é a minha opinião e ponto final.

Estamos perto de chegar quando eles se despedem. Eu achei que seria um ano calmo... Mas começaram os ataques. Um animal ou monstro atacou os alunos, o Herdeiro de Slytherin, a Câmara Secreta aberta. O medo me invadia sempre que eu andava pelos corredores, ele só não atacava puro sangue, e eu sou mestiça.

– Cuidado, Gênesis. – Disse Draco rindo uma vez. – Você pode ser a próxima.

Mais ninguém sabia disso, exceto os Weasleys. Eu tinha contado a eles ano passado, eles entediam meu medo, sabiam que tudo não passava de uma farsa dos Malfoys. Eles começaram e se certificar para que eu não andasse sozinha, mesmo que não estivéssemos lado a lado, eles andavam atrás de mim, me seguindo. E quando escutavam alguém falando algo, reagiam. As pessoas ficavam surpresas, afinal, nunca tinham sido vistos juntos, qual motivo teriam de me defender?

Uma vez estava descendo as escadas do dormitório indo em direção a sala quando escutei as vozes.

– Admitam, ela deve estar feliz com tudo isso.

– Deve ter sido algum tipo de erro colocá-la na Grifinória

Risadas. Fico nervosa e continuo escutando.

– Aposto que é alguém de lá, o primo dela por exemplo.

– Pode até ser ela, na verdade. A Herdeira de Slytherin infiltrada na Grifinória.

Mais risadas. Sinto meu estômago revirando, e eu ainda nem tinha comido nada. Penso em ir até lá e fazê-los engolir as próprias palavras, mas as vozes param de repente.

– Calma, Wea-

– Toque no nome dela de novo e acabo com você.

Desço o final as escadas ouvindo um feitiço e lançado, e consigo ver a tempo dois meninos saindo correndo com bolhas de sabão na boca.

– Vocês não... precisavam. – Falo baixinho.

Eles me encaram e sinto poder arder e brilhar em seus olhos, eles pareciam implacáveis naquele momento.

– Você é nossa. – Fred vocifera.

Empertigo surpresa e ele parece perceber o que disse.

– Nossa.. amiga. – Jorge diz e aceno com a cabeça querendo que ele não tivesse falado aquilo.

O ano passou, até que uma garota da Grifinória foi atacada, Hermione amiga de Rony irmão dos gêmeos. E embora eles não demonstrassem percebi como ficaram abalados pela garota e pelo seu irmão. Foi quando começaram a realmente andar comigo sem nem disfarçar, quando eu discutia dizendo que precisava ficar sozinha eles protestavam e nós brigávamos. Mas eu sempre cedia.

– Podia ter sido você, Nes.

– Ainda pode.

Não questionei.

E então, tudo ficou muito pior. Quando levaram a irmã deles, nunca os vi tão destruídos, eles choraram e tudo o que pude fazer foi abraçá-los e tentar confortá-los.

– Estou aqui, estou aqui.

Eles tiveram que ir ver Dumbledore, e eu continuei na Sala Comunal sozinha e esperando eles voltarem.

Imaginei o que diria quando aparecessem, ensaiei um discurso, tentando ao máximo parecer respeitosa, ele eram o foco aqui, os sentimentos deles, não queria os ver sofrer.

Mas quando eles voltaram estavam sorridente, e eu tinha dormido no sofá e estava com dor. Eles me agarraram, me abraçaram e cada um me deu um beijo na bochecha, fazendo do meu rosto um sanduíche. A irmã deles tinha sido salva, por Harry Potter e seu irmão, mais uma vez aquele menino tinha sido um herói, e agradeço mentalmente a ele por isso. Por fazer meus gêmeos felizes. Eu sabia o que falavam dele o menino que sobreviveu, aquele que derrotou Você-Sabe-Quem. Pra mim ele sempre será o Harry que fez meus amigos voltarem a sorrir.

Enfim as férias mais uma vez, e Lúcio está mais horrível que nunca, a raiva de perder um elfo ainda pesava sobre ele. Eu seguia naquele quarto com meus livros, minha imaginação e as cartas dos gêmeos. Eu deixava a janela aberta agora, o vento fresco entrando junto com a coruja que as vezes deixava um papel e depois ia embora. Eu estava me tornando despreocupada, uma pessoa feliz, isso era um problema e parte minha não queria evitar. Mas uma noite eu mandei uma coruja avisando para eles diminuírem com o nível das cartas, e acabei ficando ali na janela observando as estrelas.

Olho para o jardim, não tem uma cerca já que a mansão é no meio de uma floresta. Então eu adorava como a grama e as árvores se misturavam, olho atentamente para baixo vendo algo se mexer. Seguro a respiração vendo um grande cão negro me encarar. Não desvio o olhar, eu estava hipnotizada, por impulso me inclino mais sobre a janela, a mão estendida como se pudesse alcançá-lo. Ele solta um uivo e sinto meu coração partir, algo.. que eu não sabia explicar.. me fazia querer ir até ele.

Mas vejo ele lentamente se afastando e meu coração vai batendo mais rápido como o tambor no auge da música. E ele desaparece.

No outro dia o Profeta Diário não chega, nem no outro, e assim por diante. Me questiono o que teria acontecido com a coruja, o que tem de errado mas nada parece plausível.

– Nyx, pode me trazer o jornal?

Ela se assustar quando pergunto, ainda não estava acostumada a dar ordens depois de tanto tempo. Ela coloca a bandeja na mesa redonda que uso para minhas refeições, eu não comia junto com os Malfoys, isso séria uma blasfêmia sem tamanho segundo Lúcio.

– Nyx, traga o Profeta Diário.

Ela passa de assustada para apavorada, começa a puxar suas orelhas para baixo e andar de um lado para o outro.

– Deram ordens claras para Nyx, a jovem dama não pode ter acesso as informações.

– Disseram que não posso ter informações? – Questiono e ela leva as mãos a boca horrorizada.

– Não é para a senhorita saber de uma coisa dessas, Nyx malvada, Nyx horrível, jovem Black não pode ler jornal.

– Por que não posso ler o-

Ela começa a bater a cabeça na parede e quando vou ajudar, ela desaparece. Fico assustada, quero descer e confrontá-los, mas não posso. Então espero até de noite para mandar uma carta para os gêmeos solicitando que me mandem as últimas notícias do Profeta, leva a madrugada para ser entregue e mais um dia para a coruja aparecer somente a noite.

Me assusto com a notícia, em todas as edições antigas eles falam sobre a fuga de Sírius Black. Ele fugiu... Ele... Por que não querem que eu saiba disso? Eu saberia de uma forma ou de outra, mas por que estão tentando evitar. Ele não poderia ser..? Poderia?

Pego a foto e a lamparina em cima da mesa e ando em direção ao espelho, posiciono a imagem se movimentando e coloco a luz para cima vendo o meu reflexão. Uma vez Narcisa me puniu por não estar fazendo o que ela queria da forma certa. Ela me deu um tapa e começou a me xingar, me lembro exatamente daquele dia, foi quando ela disse:

– Você é igualzinha a ele, os mesmos olhos, o cabelo, o rosto.

Meu olhos estão embaçados, as lágrimas rolando. Meu pai. Eu achei meu pai, ele conseguiu escapar e deve estar vindo me buscar.

Foi o que eu pensei na hora, mas foi tudo uma grande ilusão depois que os dias foram passando. Ele não viria, por que talvez ele nem soubesse que tinha uma filha. Eu queimei os jornais e guardei a foto dele dentro de um livro, tinha preparado uma mala caso ele aparecesse, eu tinha poucas roupas, mas não importava. Com o tempo, com o silêncio e a ausência. Eu comecei a me perguntar: por que ele tinha matado aqueles trouxas? Por que matou Pedro? O que tudo isso significava?

Dementadores estão atrás dele, mas ele poderia pelo menos aparecer, da uma notícia. Ele poderia vir, eu não me importava de fugir e ter que desaparecer, pois eu teria ele do meu lado.

Com o tempo, eu desisti dessa ideia idiota e infantil. Sírius Black não viria por que ele não sabia da minha existência, se soubesse não dava a mínima. Ele talvez nem fosse meu pai.

Mandei informar aos gêmeos que não mandassem mais cartas, que nos veríamos no trem. E as semanas foram passando mais lentamente que o normal, o cachorro negro não voltou a aparecer, todas as noites eu esperava. Fiquei aliviada quando chegou o dia de partir, Narcisa mandou comprar algumas roupas para mim, não foi um presente, eu sei. Foi apenas para prezar a imagem da família Malfoy.

Eu escutava as vozes animadas dos alunos nas cabines, mas eu não estava presente. Não conseguia me concentrar em nada no momento, minha mente estava uma disputa entre o que eu queria que fosse verdade e os fatos.

(Certo, eu me pareço com ele)

[Mas aquela foto não estava das melhores.]

Fico em posição fetal, abraçando minhas pernas e enfiando o rosto nos joelhos. Os Malfoys não ficariam comigo para sempre e uma hora eu teria que sair daquela casa, sem dinheiro e sem rumo. Merlin, me ajude!

A porta da cabine se abre e vejo dois pares de olhos aflitos, dou um sorriso, mas não chega aos olhos. Eles fecham a porta e descem a cortina, se ajoelham diante de mim.

– Você está bem, Nes? – Fred pergunta devagar.

Pego suas mãos e entrelaço seus dedos nos meus.

– Eu vou ficar, eu ainda tenho vocês. – Digo e me jogo no chão com eles abraçando suas cabeças.

Ficamos meio desajeitados no chão, mas eu não me importo. Seus braços envolvem meu corpo magro enquanto o deles se tornou robusto. Não eram mais os meninos magrelos que conheci no meu segundo ano, estavam mais encorpados, dava para perceber os gominhos por baixo das blusas. Escondo meu rosto de envergonha, eu estava me aproveitando da posição para tocar neles. Tento me afastar, mas eles continuam me segurando.

– Eu acho que tenho que parar de ficar no meio de vocês.

– Não! – Eles dizem juntos e eu rio.

Me ajeito um pouco, ficando em cima de Fred e colocando as pernas para Jorge. Não é um super confortável, mas pelo menos eu continuo em cima deles. Sinto uma mão nas minhas costas e deito a cabeça no seu ombro.

– Então, quais os planos de vocês?

– Para esse ano? Diversão.

– E o que querem fazer agora?

Dedos delicados sobem a minha perna, passando pela meia até tocar a minha pele. Uma corrente elétrica se espalha pelo meu corpo e eu tenho que me segurar para não afastar o toque. Sinto Fred me deitar até eu estar com a cabeça no seu braço, e assim eu podia olhar para os dois.

A mão de Fred passou pelo tecido da blusa e agora ele aperta minha cintura, o polegar fazendo pressão. Eles me olham com tanta intensidade, e talvez desejo. Eles se encaram por um segundo, como se confirmassem mentalmente o que estavam prestes a fazer.

Jorge levanta o corpo, ficando de joelhos, a mão ainda na minha perna agora indo para a coxa e a saia subindo a medida que exploram minha pele.

A mão de Fred vem para o meu rosto, depois atrás da minha nuca, levantando a minha cabeça até a direção deles. O rosto dele vem em direção ao meu e fecho os olhos em expectativa.

Mas seus lábios tocam minha bochecha e solto um gemido baixo, sinto meu corpo quente. A boca de Fred desce para meu pescoço dando beijos leves. Abro os olhos e vejo Jorge se aproximando. Ele... Ele que vai me bjar.

Mas... Sinto um solavanco. E nós três somos jogados para o lado, nos embolados em uma bola de braços e pernas em lugares errados.

– O que aconteceu?

– O trem... Ele parou.

Com calma e cuidado vamos nos levantando, os rostos vermelhos pelo que estava acontecendo e pelo que quase aconteceu. Ainda sinto as mãos deles no meu corpo, a pressão na cintura e na coxa, meu dedos formigam e um calor no meio das pernas persiste.

As vozes estridentes dos alunos lá fora faz com que eu pare de sonhar com os toques deles. A atmosférica havia mudado, e eu sentia... eu me sentia infeliz. Não faz sentido, eu estou com os gêmeos, e com eles eu sempre estou feliz.

– Gênesis... Você está-

A porta de abre com violência e antes que eu possa reagir, Fred e Jorge estão na minha frente. Tento olhar por cima de seus ombros. Por que eles não estão deixando eu...?

O ar sai dos meus pulmões quando vejo a criatura encapuzada. Os gêmeos me empurram para trás quando o dementador de aproxima, eles estavam me protegendo.

Devagar ele flutua na nossa direção com o dedo apontado para mim.

Eu vou morrer, vou morrer sozinha. Os gêmeos vão morrer e eu nunca vou conhecer meu pai.

E é como se eu pudesse ouvir a voz dele falando meu nome, ele grita meu nome em desespero. Minhas pernas fraquejam, e antes que eu caia, posso ver o dementador se afastando.

– Gênesis!

Minha visão estar turva, não consigo ver o que está acontecendo. Eu estou deitada, estão me fazendo perguntas, mas não sei responder, meu corpo não responde. Estou paralisada de medo.

– Coma isso.

Algo duro é enfiado na minha boca e sinto o gosto de chocolate, mesmo não reagindo direito, eu como e vou me sentindo melhor.

– Gênesis, você está bem? – Afirmo que sim. – Nós já voltamos, fique aqui.

Considerando que não consigo mover as pernas, sim, eu ia ficar exatamente onde estou. Tento me sentar e sou ajudada, percebo que não me deixaram sozinha.

– Gênesis? – Ele pergunta e balanço a cabeça. – Esse é o seu nome?

– Sim.

– Gênesis Malfoy? – Faço cara de desgosto com o nome.

– Não me chame assim, esse nome não me pertence.

– E como gostaria de se chamar?

– Black. – Digo sem pensar, levo a mão a boca.

A primeira coisa que reparo ao olhar para ele não é a cicatriz em seu rosto, foi nas olheiras fundas de quem não dorme há semanas e depois nos olhos, estavam cheios de encantamento e espanto.

– Você... é igual a ele. Sírius... Ele...

E ele sai apressado. Naquele dia confirmei o que era apenas uma esperança. Eu sou filha de Sirius Black.

O ano foi passando com os dementadores por toda parte. Eu e os gêmeos não falamos sobre o que aconteceu, sobre o que não aconteceu, sobre o que eu queria que tivesse acontecido. Eu queria ser beijada. Pelos dois. Não importava qual eu beijasse primeiro contanto que o outro também me beijasse.

Escondo o rosto com as mãos. Por Merlin, que tipo de pensamentos são esses?

O homem desconhecido do trem é professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Remus Lupin. As aulas com ele são no mínimo desconfortável, não por que ele me trata mal. Mas por que sempre que seus olhos pousam em mim ele parece ficar atordoado, como se seus pensamentos vagassem para um lugar de confusão, em que sua mente tenta juntar toda as peças do quebra-cabeça.

Eu não esqueci o que ele disse sobre eu me parecer com Sírius, e agora eu não paro de me olhar no espelho e imaginar que se ele me visse também pensaria nisso.

Estava tudo bem... Até a aula com o bicho papão.

Estamos todos enfileirados esperando sua vez. Eu estou curiosa para saber qual o meu maior medo, sei que parece estranho. Eu nunca saio daquele quarto, nunca vi o mundo lá fora. Acho que Lúcio ou Narcisa podem ser meu bicho papão, então penso em roupas bregas e situações constrangedoras.

Chega a minha vez e estou com um sorriso divertido no rosto que some em segundos quando a figura aparece. Gritos são ecoados e barulhos dos sapatos se espalham pela sala. Olho para trás e todos os alunos estão encolhidos na parede o mais distante de mim. Apenas Fred e Jorge estão estáticos em seu lugar, a cor saiu dos seus rostos. Professor Lupin começa a levantar a varinha...

– Não! – Peço levantando a mão para ele esperar. – Por favor.

Ele me encara e observamos o homem a minha frente.

Cabelo longo que chega aos ombros, estão desgrenhados e imundos. Está muito magro e as roupas ficam enormes nele, as roupas da prisão. Ando com cuidado até ele, a varinha tinha caído da minha mão, eu estou completamente vulnerável.

– Pai?

Ele não estava olhando para mim, seus olhos antes turvos agora acharam seu foco.

– Você? – Lagrimas deslizam pelo meu rosto.

– Sou eu.

– Você... Você não é minha filha. Você não é nada para mim.

Arfo, minhas pernas estão bambas e não sei como elas continuam me sustentando.

– Você não é nada. Você-

Ele se transforma em uma bola, voltando para o guarda-roupa. Professor Lupin está com a varinha em mãos e o rosto petrificado.

Sinto braços ao meu redor e me permito cair, eles me seguram e eu vou deslizando até o chão.

– Estamos aqui.

– Estamos aqui, Nes.

Consigo escutar os passos dos alunos saindo, os gêmeos continuam me abraçando.

– Você conhece ele... – Digo e não tenho certeza se ele ouviu.

– Seu pai e eu fomos... Amigos. – Ele parece desconfortável.

– Você é filha de Sírius Black? – Um dos gêmeos pergunta e não tenho certeza de qual.

– Eu descobri recentemente... Os Malfoys não queriam que eu lesse o Profeta Diário, uma vez Narcisa disse que eu me parecia com ele, depois eu vi uma foto... Era só uma.. esperança idiota, uma incerteza. – Sinto uma mão acariciando meus cabelos. – Quando tivemos aquela conversa na cabine, eu.. confirmei.

Não consigo ler a expressão deles, e não me importo que me achem louca. Levanto e saio correndo pelos corredores, ouço suas vozes me chamando. Estou do lado de fora, fico no chão com a grama sob minha pele, regulando minha respiração quando o vejo de novo.

O cachorro negro, um lobo. Sinto aquele laço, o impulso de correr até ele, começo a andar em sua direção devagar. Sou impedida por braços me segurando. Os gêmeos estão me tocando, me assusto. Pensei que dessa vez eles se afastariam definitivamente, mas acho que isso não foi o suficiente.

Quando olho de novo.. ele não está mais lá. O cachorro se foi.

– O que vocês-

Caímos. Não sei exatamente como, mas estou em cima de Jorge com Fred em cima de mim. Eles me apertam e rolamos pela grama comigo rindo e pedindo para pararem.

– Estamos com você , Nes.

– Para o que precisar.

Os dias foram passando sem mais problemas, não conversei com professor Lupin por mais que eu quisesse, imaginei que seria difícil falar para alguém que o pai dela não era uma boa pessoa na adolescência e isso ocasionou na morte de pessoas.

Um dia encontrei flores na minha cama, não era exatamente flores inteiras. Algumas pétalas, um pequena flor do tamanho de um botão, uma folha. Perguntei quem tinha feito, mas ninguém sabia responder, e não foi obra dos meninos. Depois daquilo aparecia pétalas na minha cama, e de alguma forma eu sabia que eram dele. Não sei como ele entrava na Sala Comunal, ou mesmo como conseguia vir no dormitório das meninas, mas eram dele.

Semanas passaram com um incidente no quadribol com dementadores, Draco ferido por um hipogrifo, a sucesso de Sírius de entrar no dormitório dos meninos. Isso foi uma bagunça para os meus pensamentos.

Saídas para Hogsmeade com os meninos, brigas com bolas de neve, ficar aquecida na lareira com uma cerveja amanteigada. O ano foi calmo até o final...

Quando eu soube que ele tinha sido pego e depois.. conseguiu fugir como um passe de mágica. Eu nunca tinha ficado tão assustada quando escutei que ele ganharia um beijo do dementador. Ele fugiu mais uma vez e dessa vez não iria voltar, mais uma vez o jovem Potter estava no meio da confusão. Por um momento supus que ele poderia ter ajudado na fuga, mas seria loucura demais. Que motivos ele teria para libertá-lo?

O que eu pensava ser loucura, na verdade, era a grande verdade. No trem de volta para casa, tudo fez sentido.

Estou olhando para a janela quando me assusto com uma coruja tentando acompanhar o trem, ela se debate contra o vidro. Abro o trinco a deixando entrar junto com um vento forte e fecho no mesmo momento. Ela pousa se acomodando, o que não agrada Medusa, minha coruja. Retiro os papéis de sua pata, infelizmente eu não tinha nada para dar-lhe de comer, mas isso pareceu não importar muito para ela.

Começo a abrir, quando velho a primeira frase.

“ Gênesis, luz do meu coração. “

Levanto apressada e lanço todos os feitiços de proteção que conheço sobre a cabine, o que tem a carta não deve ser visto ou ouvindo por mais ninguém.

“ Gênesis, luz do meu coração.

Você já sabe que sou seu pai e você tem o direito de saber da sua história. Eu conheci sua mãe ainda jovem, eu gostei dela, mas meu coração pertencia a outra pessoa. No dia em que fui até ela para terminar tudo, ela me disse que estava grávida de você, meu coração se encheu de esperança. E mesmo que eu não a amasse, eu amei você antes mesmo de lhe conhecer.

Me certifiquei de que se algo acontecesse você estaria segura, nossos ancestrais tinham um pacto de sangue muito antigo de sempre ajudar os filhos uns dos outros e os fiz lembrar desse pacto.

Espero que acredite em minhas palavras quando digo que não matei ninguém, vou lhe contar uma história de amizade e lealdade. “

E ele me escreve dizendo que Lupin é um lobisomem, que seus amigos decidiram ser animagos para ficarem do seu lado nas transformações. Que James Potter, pediu que fosse o guardião do segredo, mas que ele decidiu que Pedro deveria ser o confidente. Que ele entregou o endereço e por isso Você-Sabe-Quem matou os pais de Harry Potter. Ele acabou levando a culpa e quando foi se vingar Pedro virou animago e matou aqueles trouxas. Ele é padrinho de Harry e por isso Harry também é minha família, que ele ajudou meu pai a fugir de Hogwarts. Ele tinha falado para Lupin sobre a minha existência, mas nunca lhe disse como me encontrar. Acreditou que seria melhor ser criada com todos acreditando que sou uma Malfoy, assim não seria odiada por ser sua filha.

No final, eu estava chorando, soluçando. Mal conseguia ler as palavras com tantas lágrimas que embaçam minha visão. Mas também estou rindo, por que ele se importa comigo. Por que ele sabe que existo e não virou as costas para mim.

“ Espero que acredite quando digo que pensei em você a cada dia da minha vida e jamais esquecerei de você. Quando tudo isso acabar, se você quiser, pode vir morar comigo e seremos uma família. Também pode me mandar cartas, se desejar. 

Eu vi você na mansão do Malfoys, vi quando ia para fora, nos jogos de quadribol, eu vi você a cada chance que eu tinha. Eu queria poder ter falado com você, abraçado você, conhecido você.

Lupin disse que se parece comigo, e eu concordo, os olhos e os cabelos são idênticos, mas o sorriso é da sua mãe, ela era pura luz.

E por isso escolhi esse nome para você. Você é o começo, o nascimento de uma nova era. Você é o meu motivo de orgulho.

Eu espero com todo o meu coração que acredite na verdades dessas palavras, nos veremos em breve, até lá, cuide-se. E tenha cuidado com aqueles gêmeos Weasley.

Eu amo você, Gênesis Black.

Do seu pai, para toda a eternidade, Sírius.”

Estou rindo mesmo com as lágrimas no meu rosto, a mão na boca para evitar gritar. Ele me ama e seremos uma família, nesse momento não me importo de que estou prestes a passar 3 meses horríveis na casa dos Malfoys.

– GÊNESIS, VOCÊ ESTA AÍ? – Me assusto com as batidas na porta.

Eu me distrai tanto que o mundo exterior se tornou insignificante. Desfaço os feitiços de proteção e deixo os gêmeos entrar, depois os colocou de volta.

Fred vem em minha direção, segurando meu rosto com as mãos. Por Merlin, se ele soubesse como esse simples gesto me faz feliz ele teria misericórdia da minha pobre alma.

– Porque está chorando, Nes?

Estendo as 4 folhas em minha mão para que leiam. Ficamos em silêncio por apenas alguns minutos, mas pareceu a eternidade. Antes de eu falar algo, eles me puxam para ficar no meio e me esmagam em um abraço.

Rio, rio tanto que minhas bochechas chegam a doer, sei que estão rindo comigo, e isso me faz feliz. Paro por um momento tomando fôlego para falar.

– Não acredito que me mandou eu tomar cuidado com vocês. – Brinco, mas suas risadas também param, eles são mais altos que eu e não consigo ver seus rostos.

– Acho que ele está certo, Nes...

Fred está atrás de mim, sua mão em minha cintura fazendo pressão. Ele diz as palavras como um sussurro no meu ouvido e volto a sentir uma queimação entre as pernas.

– Você deve ter muito... – Jorge que está na frente desce a cabeça até meu pescoço.

Consigo sentir sua respiração perto da minha pele, seu nariz passando levemente e absorvendo meu cheiro, aperto seus braços com o contato, ouço na risada presa na sua garganta que parece um ronronar.

– Muito...

Fred passa a língua em minha orelha e morde. Dessa vez não consigo segurar, sai um gemido baixo dos meus lábios. Enfrego as pernas, eu necessito de mais contato, preciso de mais do que isso.

– Muito cuidado conosco.

Jorge lambe meu pescoço até meu ouvido, assoprando de leve. E então... Eles me soltam. Se afastam. Se sentam um do lado do outro com sorrisos zombeteiros no rosto. Eu estou entrando em combustão e eles nem parecem afetados com o que acabou de acontecer.

– Então, Nes...

– Quais seus planos para o verão?



Notas Finais


Obs¹: O maior medo da Gênesis é que o Sírius não a reconheça como filha, mesmo ele sabendo que ela é filha dele. Ela tem medo de não significar nada para o pai.

Obs²: Os gêmeos fazem tudo juntos, e em relacionamento não seria diferente, por isso sempre que rolar alguma coisa serão os três se envolvendo juntos.

Obs³: É da personalidade deles provocar e brincar, por isso não quero que se beijem ainda, eles irão atiçar ela primeiro. Mas no próximo capítulo tem beijo sem falta.

Obs⁴: A pessoa a quem Sírius diz amar na carta é Lupin, quero fazer deles ficarem juntos no final #wolfstar


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