A luz suave do amanhecer atravessava a janela do quarto, tingindo o ambiente com tons dourados. Seus olhos se abriram lentamente, e você se deu conta de onde estava: na cama do Otoya. O ar estava morno, e o cheiro dele, uma mistura de sabonete e algo único que só podia ser descrito como Otoya, ainda pairava ao seu redor.
O braço dele estava firmemente entrelaçado em sua cintura, como se ele temesse que você pudesse desaparecer. Você virou a cabeça devagar, apenas o suficiente para vê-lo. Otoya estava com os cabelos bagunçados, o rosto sereno e um leve sorriso em seus lábios, como se até em seus sonhos ele estivesse feliz por ter você ali.
Os acontecimentos da noite anterior voltaram à sua mente como um filme: os toques, os sorrisos, os olhares que pareciam desnudar sua alma. Foi algo íntimo, único, e tudo o que você sentia agora era uma onda de paz.
Você tentou se mover lentamente para não acordá-lo, mas ele murmurou algo inaudível e te puxou ainda mais para perto.
— Não foge... — ele murmurou, a voz rouca de sono.
Seu coração acelerou, e você sorriu, acariciando suavemente o cabelo dele.
— Não vou a lugar nenhum, Otoya.
Ele abriu um dos olhos, um brilho divertido aparecendo ali.
— Bom... porque eu não vou deixar. — Ele riu baixinho e depositou um beijo leve em sua testa antes de se acomodar novamente, ainda te abraçando.
A manhã continuou assim, tranquila e íntima. Não havia pressa, só vocês dois, aproveitando o momento após a primeira noite de algo que parecia ser o começo de algo ainda mais profundo.
O silêncio confortável era preenchido apenas pelo som suave da respiração de vocês dois. Você sentia o calor do corpo dele contra o seu, o que tornava quase impossível pensar em se levantar. Otoya parecia tão em paz, tão diferente do jeito despreocupado e brincalhão que ele mostrava para o mundo. Ali, com você, ele era mais sincero, mais vulnerável.
Depois de um tempo, ele finalmente abriu os olhos completamente, te observando com um sorriso preguiçoso.
— Bom dia, S/n. — A voz dele ainda tinha aquele tom rouco e baixo que fazia seu coração acelerar.
— Bom dia, dorminhoco. — Você respondeu, um sorriso brincando em seus lábios.
Ele suspirou e puxou você ainda mais para perto, enterrando o rosto no seu pescoço.
— Não quero sair da cama hoje. Vamos ficar aqui... só nós dois.
Você riu baixinho, passando os dedos pelos cabelos dele.
— E os treinos? O Ego-san não vai gostar muito dessa ideia.
Ele ergueu a cabeça apenas o suficiente para encarar você, seus olhos escuros brilhando com aquele toque de malícia que era tão característico dele.
— Que se dane o Ego-san. Hoje, você é a única coisa que importa.
Seu rosto esquentou, e você desviou o olhar, tentando esconder o sorriso tímido que ele te arrancava com tanta facilidade. Mas Otoya, é claro, percebeu e não perdeu a chance de provocar. Ele segurou seu queixo gentilmente e fez você olhar para ele.
— Ei, não precisa ficar com vergonha. Depois de ontem, achei que você já estava acostumada comigo. — Ele disse com aquele sorriso travesso que fazia suas pernas tremerem.
— Otoya! — Você reclamou, tentando esconder o rosto nas mãos, mas ele apenas riu e te puxou para um beijo suave, que dizia tudo o que as palavras não podiam.
Quando ele se afastou, seus olhos encontraram os dele novamente, e, por um momento, não havia nada além de vocês dois. Ele acariciou seu rosto com o polegar e murmurou:
— Eu realmente sou o cara mais sortudo do mundo por ter você aqui comigo.
Seu coração parecia que ia explodir, e, naquele momento, você sabia que não importava o que acontecesse em Blue Lock ou fora dele — enquanto vocês tivessem um ao outro, tudo estaria bem.
Você sorriu, ainda sentindo a pressão suave do polegar dele contra sua bochecha. Otoya tinha uma habilidade quase sobrenatural de te deixar à vontade e nervosa ao mesmo tempo, como se cada gesto ou palavra dele carregasse um peso especial.
— Você tem certeza de que não vai se cansar de mim? — Você perguntou, tentando soar brincalhona, mas havia um toque de insegurança na sua voz que você não conseguiu esconder completamente.
Otoya ergueu uma sobrancelha, visivelmente surpreso pela pergunta, mas logo sorriu com aquele charme que fazia seu coração disparar.
— S/n, se eu não me cansei de você ontem à noite, não vai ser hoje que isso vai acontecer.
Você deu um leve tapa no braço dele, fingindo estar ofendida.
— Idiota!
Ele riu, mas o riso logo se suavizou. Segurando suas mãos nas dele, Otoya te puxou um pouco mais para perto, seus olhos fixos nos seus com uma intensidade que te fazia esquecer o mundo ao redor.
— Falando sério agora, não tem como eu me cansar de você. Você... é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida.
As palavras dele eram simples, mas o jeito como foram ditas — com sinceridade e um toque de vulnerabilidade — fez com que seu peito se apertasse. Você se inclinou para beijá-lo, e, por um momento, o tempo parecia ter parado.
Quando vocês se separaram, ele riu suavemente e bagunçou seu cabelo.
— Acho que vou ter que te convencer a pular o treino comigo hoje.
— Não! — Você respondeu, rindo. — Se eu não for, o Ego-san vai ter um ataque, e depois ele vai arrumar um jeito de descontar em você.
Otoya suspirou dramaticamente, caindo de volta na cama e colocando o braço sobre os olhos.
— Que droga. Você é muito responsável, sabia?
— Alguém precisa ser, né? — Você respondeu, se levantando da cama enquanto ria da expressão de derrota no rosto dele.
Mesmo assim, enquanto você se vestia e se preparava para o dia, podia sentir o olhar de Otoya sobre você, cheio de carinho e admiração. Ele te puxou de volta para perto antes que você pudesse sair do quarto, segurando sua cintura e apoiando o queixo no seu ombro.
— Promete que hoje à noite você volta pra cá? — Ele perguntou, com a voz baixa e doce.
Você olhou para ele por cima do ombro e sorriu.
— Prometo.
E com isso, ele te deu um último beijo antes de te soltar, como se estivesse contando os segundos até te ver novamente.
POV Otoya
Otoya assistiu S/n sair de seu quarto com um sorriso satisfeito nos lábios. Assim que ela se foi, ele caiu de volta na cama, encarando o teto por alguns segundos enquanto tentava processar a sorte que tinha. A lembrança da noite anterior ainda estava fresca em sua mente, cada detalhe gravado como se fosse um filme. Ele sorriu para si mesmo, rindo baixinho.
— Parece que sou o cara mais sortudo de Blue Lock, hein? — Ele murmurou para o nada.
Depois de mais alguns minutos de preguiça, ele finalmente se levantou, sabendo que não poderia se atrasar demais. Ego não perdoava ninguém, nem mesmo um atacante talentoso como ele. Otoya se vestiu rapidamente, pegando sua mochila e saindo de casa.
No caminho para o treino, seus pensamentos voltavam constantemente para S/n. Ele lembrava do jeito que ela ria, do toque suave dela em seus cabelos enquanto ele fingia dormir só para prolongar aquele momento. Apesar do seu exterior despreocupado, Otoya sabia que estava completamente apaixonado.
Quando chegou no campo de treino, os outros jogadores já estavam aquecendo. Yukimiya olhou para ele, arqueando uma sobrancelha.
— Atrasado, Otoya. Alguma coisa te segurou?
Otoya apenas sorriu de lado, aquele sorriso característico que nunca entregava nada completamente.
— Digamos que eu tive uma manhã... Eu tava ocupado.
Chigiri, que estava próximo, bufou.
— Ocupado? Você quer dizer que dormiu demais, como sempre?
Otoya deu de ombros, sem se importar com a provocação. Ele sabia que sua mente não estava totalmente ali. Mesmo enquanto corria ou chutava a bola, ele se pegava pensando em como seria o fim do dia, quando pudesse voltar para casa e encontrar S/n novamente.
POV S/n
Você passou a maior parte do dia tentando se concentrar em suas próprias tarefas, mas sua mente insistia em voltar para Otoya. Cada gesto, cada palavra dele durante a manhã, parecia ecoar em sua mente. Aquele sorriso despreocupado, as mãos dele em volta da sua cintura, o jeito como ele parecia tão genuíno ao falar o que sentia... era difícil não se perder nesses pensamentos.
Quando o treino de Blue Lock terminou, você já estava de volta na casa dele, preparando algo simples para comer. O dia tinha passado devagar, mas a antecipação de vê-lo novamente fazia tudo valer a pena.
Pouco tempo depois, você ouviu o som da porta sendo aberta e o som familiar de Otoya entrando. Ele apareceu na cozinha com o cabelo bagunçado pelo treino e um brilho de cansaço nos olhos, mas o sorriso que ele deu quando te viu era o mesmo de sempre, cheio de carinho.
— Eu sabia que você ia voltar. — Ele disse, largando a mochila no chão e se aproximando para te abraçar por trás.
Você riu, sentindo o calor dele novamente.
— Eu prometi, não prometi?
— E você é uma pessoa de palavra, pelo visto. — Ele murmurou, depositando um beijo no topo da sua cabeça. — Mas, depois de hoje, eu acho que preciso de outra promessa.
— Outra? — Você perguntou, virando-se para encará-lo.
— Promete que vai ficar aqui comigo, todas as noites, todas as manhãs?
O tom dele era brincalhão, mas havia algo mais profundo escondido ali. Você sorriu, segurando o rosto dele entre as mãos.
— Prometo.
E, dessa vez, não era só uma promessa. Era uma certeza.
Otoya se levantou após o jantar e se encostou na parede da cozinha, olhando pela janela enquanto cruzava os braços. Ele não parecia apressado para sair, como sempre. Quando virou para te olhar, o sorriso estava lá, mas um pouco mais sério do que de costume.
— Eu estava pensando... — Ele disse, se aproximando lentamente. — Não sei quanto a você, mas eu não tô nem aí pra tudo que acontece fora daqui. Quero mais momentos como esse com você. Sem correr, sem nada.
Você olhou para ele, tentando entender o que ele queria dizer. Otoya deu de ombros, um jeito preguiçoso, como se aquilo fosse óbvio demais para precisar explicar.
— Não sou de ficar fazendo promessas vazias, mas, S/n, se eu tô aqui, é porque eu realmente quero. Só você e eu. O resto que se dane.
Você ficou em silêncio por um momento, tentando processar o que ele acabara de falar, mas sabia que não era algo que ele diria a qualquer um. O olhar dele agora estava mais focado, o tipo de olhar que sabia exatamente o que queria, sem rodeios.
Ele deu uma risada baixa, como se soubesse que você estava pensando nisso.
— Então, o que acha de não fazer disso algo mais complicado? Fica comigo, do jeito que a gente está agora. Sem drama.
O jeito direto dele fez seu coração bater mais forte. Você deu um sorriso tímido, sabendo que, por mais que Otoya fosse imprevisível e um pouco arrogante, ele estava sendo real.
— E você acha que eu diria não? — Você respondeu, com um tom desafiador.
Otoya se aproximou mais, colocando as mãos nos seus ombros com um sorriso malicioso.
— Não. Eu sei que não diria.
E com um último sorriso, ele puxou você para um beijo rápido, marcando o que parecia ser o começo de algo muito mais intenso entre vocês.
Otoya não perdeu tempo. Quando terminou de te beijar, ele te puxou pela cintura, sem dizer uma palavra, e te conduziu até o quarto com um olhar intenso. Seus olhos não saíam dos seus, como se quisesse garantir que você sabia exatamente o que ele estava fazendo, sem precisar dizer nada.
Quando chegaram ao quarto, ele te deitou na cama suavemente, a pressão dos seus lábios contra os seus aumentando a cada segundo. O beijo era intenso, porém delicado, como se ele estivesse aproveitando cada momento. Ele se posicionou sobre você, com as mãos apoiadas ao lado da sua cabeça, seu corpo pressionando o seu.
Otoya se afastou levemente para te olhar nos olhos, seu rosto a centímetros do seu, respirando pesadamente. O sorriso dele estava ali, mas com uma intensidade que você sabia que significava muito mais do que uma simples provocação.
— Não vou fazer nada que você não queira, mas... — Ele parou por um momento, te olhando de maneira provocativa — Quando a gente estiver pronto... vai ser inesquecível.
Ele te beija mais uma vez.
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