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História Imagine L Lawliet: Death Note - Doces camuflados


Escrita por: Haniyashiki

Notas do Autor


Post: 12/08/2019
Edit: 28/10/2024

Obs: Resolvi colocar um nome na personagem só pra ñ usar o S/n, espero que ñ se importem ^^

Capítulo 1 - Doces camuflados


Fanfic / Fanfiction Imagine L Lawliet: Death Note - Doces camuflados

Durante a noite de uma sexta-feira, L estava atendendo alguns policiais no andar de cima do prédio e como ele não precisava da ajuda de Shiori, resolveu ficar sozinha na sala. Sua mente relembrava várias vezes as palavras de Watari, o qual propôs uma condição para que a mulher ficasse no escritório e acompanhasse a investigação; porém recusou, já que teria que ficar quieta. 

Desde criança possui comportamento hiperativo, o que a impedia de concluir qualquer tarefa, pois se distraía e começava outra em um curto espaço de tempo. Agora, já adulta, tem melhor controle sobre suas ações, contudo muitas vezes acaba deixando seu lado agitado dominar.  

Para que o tempo passasse mais rápido, tentou ver TV, mas como não tinha nada de interessante passando, o tédio a consumiu e a fez ter uma grande ideia: “Acho que vou trollar o L. Ele nunca fica com raiva mesmo”. Este pensamento foi seguido de um sorriso astuto, então se levantou e se direcionou à cozinha para revirar a geladeira, armários, gavetas e todos os lugares que poderiam possuir algum doce. “Ele vai ficar doido quando perceber que tudo está vazio.”

Quando a reunião com os policiais acabou, o jovem detetive só queria descansar e comer alguma coisa. Tudo estava quieto e estranho, mas não se importou muito com isso e foi para a cozinha.

─ Por que a geladeira está vazia?! 

Posteriormente, correu para os armários que também estavam vazios e depois revirou o lugar inteiro e mesmo assim não sentiu nem o cheiro dos doces que havia guardado. “Watari não ia fazer isso comigo... Essa Shiori. Dessa vez, você foi longe demais!” 

Passando pela sala, viu que a mulher dormia no sofá, então aproveitou a oportunidade e entrou no quarto dela. Lawliet estava em busca de um colar com pingente de folha de bordo e sua primeira tentativa foi abrir o porta jóias da gaveta da cômoda, pois era onde costumava ficar; sem sucesso, optou por procurar no banheiro. 

Sobre a pia havia alguns cosméticos e em entre eles uma carteira, L tirou de dentro dela o colar que a amiga de infância de Shiori lhe deu antes de se mudar de país e o guardou no bolso da calça. Ele sabia bem que era algo precioso para ela, pois era a única coisa que conseguiu manter desde que veio do Canadá e através dele conseguia se lembrar perfeitamente de sua terra natal. Para que ela não percebesse que seu banheiro foi invadido, fechou a carteira para colocá-la no lugar original, mas antes que conseguisse fazê-lo, sua atenção foi roubada ao ver uma pequena foto caindo. 

“Por que ela guarda isso? Nessa foto, estou sentado no sofá mexendo no computador, e ela tirou quando eu estava distraído. Eu nunca deixo ninguém tirar. É isso que dá quando abro exceções quanto ao uso do celular, mas está tudo bem, contanto que ela não a perca.” 

Quando a mulher despertou, viu L lendo tranquilamente algumas fichas criminais e se levantou para ir beber água na cozinha. Ao passar na frente dele, ouviu seu nome ser chamado.

─ Aconteceu alguma coisa? ─ Fez-se de desentendida.

─ Onde você colocou os meus doces? ─ questionou sem desgrudar os olhos do papel.

─ Eu os guardei, estava protegendo das formigas. 

─ Na geladeira não entram formigas. ─ Encarou-a, dessa vez.

─ Vai que elas são extremamente fortes? ─ Sorriu para ele na tentativa de deixá-lo mais irritado, pois ansiava por vê-lo bravo. 

─ É, pode ser… ─ concordou despreocupadamente.

“Hã? Como assim ele não surtou?!” 

─ Vou terminar de ler isso aqui e você me devolve todos eles daqui a pouco, certo? 

─ Certo. 

Não tinha mais o que fazer a não ser ceder, pois mais uma vez seus planos foram água abaixo. Ela aprontava tanto para extrair alguma reação do detetive que até tinha desistido de contar.

Às onze da noite era o horário que todos dormiam e quando essa hora chegava, Shiori escova os dentes, passava um hidratante no corpo e guardava seu precioso colar antes de soltar os cabelos; no entanto, hoje ele não estava lá. Usava tanto que era quase como uma parte do corpo, por isso não conseguiu notar sua ausência. 

Imediatamente foi procurar por ele, visto que não conseguiria dormir enquanto não o encontrasse. Depois de bagunçar o quarto inteiro, foi para sua última chance que era o banheiro e durante o caminho teve a certeza de que o havia deixado dentro da carteira; entretanto, seu semblante mudou ao ver que não estava mais lá. 

Depois de repensar no que havia feito mais cedo, concluiu que, devido aos seus atos, Lawliet havia pegado para puni-la; todavia teria que conseguir de volta naquela hora e custe o que custar.

Shiori entrou de fininho no quarto dele e, sem fazer barulho, começou a procurar pelo colar; seus pés já doíam de tanto andar com as pontas dos dedos e não encontrar nada era mais angustiante ainda. 

“Shiori, pense como o L! Se você fosse ele, onde esconderia?” ─ Pensou em várias possibilidades, mas só uma fazia mais sentido: ─ “Eu deixaria comigo mesma, assim não teria risco de alguém pegar. É isso! Só pode estar com ele!” 

Torcendo para que ele não acordasse, subiu na cama para procurar. Primeiro passou a mão por debaixo dos travesseiros e não obteve sucesso; mas ainda faltava o que L usava. Nesse, enfiou a mão lentamente e seu corpo gelou na hora em que ele virou a cabeça para o seu lado, até deixou mais difícil a retirada da mão por causa do peso que havia em cima dela. Entretanto, não foi tão ruim porque assim deu para notar o colar cintilar em seu pescoço. Quando finalmente conseguiu se livrar daquele travesseiro, começou a desenroscar as pecinhas do acessório com muito cuidado; porém era um pouco desafiador, já que o vento da respiração dele batia em suas mãos. 

─ Você não vai fazer isso ─ afirmou quando ela já estava quase conseguindo tirar, e o susto foi tão grande que rapidamente havia puxado as mãos para si. 

─ Que coisa feia: fingindo que está dormindo. 

─ Feio foi o que você fez mais cedo ─ retrucou as palavras dela, sentando-se na cama.  

Através da janela aberta, a luz entrava no quarto e só foi por causa dela que Shiori percebeu que L olhava fixamente para ela. 

─ Por que me olha desse jeito?

─ Shiori, você também é inteligente. Já deveria saber o motivo de nossos quartos serem distantes um do outro. 

─ O que eu sei deve ser coisa da minha cabeça.

─ Vou te mostrar que não é ─ disse enquanto se aproximava. L criava coragem, já ela faltava sair fumaça de sua cabeça de tão vermelha e envergonhada que estava, mas ao mesmo tempo não queria e nem fazia nada para impedir que ele lhe desse um beijo caloroso e calmo. 

Enquanto a mulher sentia uma corrente elétrica passar por todo o corpo, o detetive estava todo arrepiado e, com o passar do tempo, essa euforia se tornou vergonha ao perceber o que tinha feito. 

─ Você fica tão fofo quando está envergonhado. ─ Sorriu provocando após se separarem.

─ Nunca mais esconda os meus doces de mim, ok? ─ perguntou tentando disfarçar o que sentia.

─ E se eu fizer? Vai acontecer isso de novo? 

─ Desculpa, não sei o que deu em mim… mas, sim, talvez aconteça. ─ Coçou a nuca meio sem jeito.

─ Então vou escondê-los sempre. 

─ Por quê? ─ indagou com intuito de testá-la e de descobrir a verdade, pois sabia que tinha chances com ela, mesmo que achasse que fossem mínimas. 

─ Se você ainda não percebeu, eu gosto de você. 

─ Isso explica a foto na carteira. Não mostre ela a ninguém e muito menos a perca. 

─ Combinado! Agora, devolva o meu colar. ─ Estendeu a mão direita em sua direção com a palma virada para cima.

─ Ainda não! Você cometeu um grave crime, por isso vai ter que passar a noite aqui. ─ Puxou-a para mais perto, fazendo-a se deitar junto consigo.

─ Quê? E se o Watari aparecer aqui de repente? ─ Olhava para a porta do quarto, preocupada.

─ Você acha que eu já não cuidei disso? Coloquei calmante no café dele, então não vai conseguir acordar tão cedo ─ falou enquanto puxava uma parte do edredom para cobri-la. 

─ Caramba… você é obstinado quando quer alguma coisa, não é mesmo? Dá até medo. 

─ E você vive aprontando, querendo me testar para ver alguma nova reação. Acho que somos iguais nisso. ─ A mulher olhou para o rosto sonolento dele com semblante de contentamento, já que ele estava certo em tudo. ─ Shiori?

─ Sim? 

─ Você é como a cereja de um bolo red velvet. 

Essa era a forma dele de dizer: eu te amo. 

─ E você é como os chocolates finos da Bélgica ─ afirmou ao segurar seu rosto com as mãos e selar seus lábios. ─ Agora durma, pois amanhã temos um novo caso extenso para resolver.



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