Estava quente, muito quente. A temperatura assemelhava-se a do inferno e talvez isso realmente fosse a explicação certa, pois com certeza, ela deveria estar queimando no submundo, consequência por sua perversidade em demasia.
O fogo em sua maioria é vermelho alaranjado, a mesma cor das colchas de cama, cortinas, tapetes, paredes e tudo mais que estivesse naquele quarto.
Mas onde diabos era aquilo?
Diabo!
Uma criatura maligna, temida por todos.
Mas qual sua real aparência?
Bom, muitos dizem que sua fisionomia é horripilante, capaz de aterrorizar profundamente o mais corajoso dos homens. No entanto, para Kim Dahyun, no momento, o diabo tinha lindos olhos castanhos cintilantes e uma boca tão bem desenhada, pintada com um batom vermelho sangue tão chamativo que até mesmo a pessoa mais ocupada do mundo, reservaria várias horas do dia para admirar e se perderia facilmente naquele sorrisinho cínico que estampava sua face.
A luz do ambiente era fraca, porém, a coreana conseguia enxergar perfeitamente o rosto de semblante travesso da mulher de fios loiros que estava do outro lado do cômodo. Seu corpo tão bem esculpido pelos mais poderosos anjos, ou quem sabe os mais temíveis demônios. Repleto de curvas sinuosas, extremamente envolventes. A Kim o queria, ardia por isso, assim como também desejava com fervor que o seu fosse possuído sem restrições, mesmo que isso lhe custasse a eternidade queimando no fogo do inferno, já estava totalmente entregue.
Queria ser jogada naquela cama e provar o gosto dos mais perversos pecados, sabia que somente o doce sabor momentâneo destes, faria valer a pena qualquer amargor que viesse depois.
A morena não sabia o porquê estavam ali e muito menos porque era encarada em silêncio daquele jeito. A única coisa da qual tinha certeza, era que a tensão sexual estava forte e que elas iriam transar a qualquer momento, o que pelo visto seria agora, pois, a mulher finalmente veio em sua direção, em passos calmos e perfeitamente calculados, até parar a sua frente, a poucos centímetros de seu corpo febril.
A Kim quase teve um ataque cardíaco quando a penumbra do quarto, de uma hora para a outra desapareceu, lhe dando finalmente a oportunidade de olhar com mais clareza o que a loira vestia.
E merda!
Só aquela visão fez sem membro endurecer feito pedra. A dona daquele sorriso provocante, usava um robe de seda, também na cor vermelha, o qual logo deslizou por seus ombros, caindo lentamente no chão. Expondo sua nudez.
Porra!
Aquilo era demais, Dahyun não perdeu um segundo sequer para começar a viajar com seus olhos por toda aquela pele leitosa e branquinha. Parecia tão macia, perfeita para sua boca que chegava a salivar em desejo de marcar cada centímetro do corpo alheio. E quando ela enfim criou coragem para falar algo, foi interrompida pela atitude da loira de empurrá-la de forma brusca na cama atrás de si.
Ela ofegou em surpresa, no entanto, logo esqueceu isso quando a mulher engatinhou lentamente no colchão, até sentar sobre suas coxas. A coreana quase uivou em satisfação quando o calor que emanava do meio das pernas da dona do sorriso cínico, bateu em si, que por algum motivo também já estava sem roupas, por isso, ela conseguiu sentir perfeitamente a excitação alheia melando sua pele.
Droga, aquilo foi tão bom!
A temperatura subiu mais quando seu membro foi segurado com firmeza, logo sendo masturbado num ritmo que a fez soltar um gemido alto, expondo sua necessidade por mais. Tal situação fez o sorriso ousado da outra aumentar, seus olhos tão luxuosos que praticamente brilhavam por ver aquela criatura tão entregue a si. Dahyun notou aquilo e acabou sorrindo minimamente quando viu a loira ir um pouco mais para trás, pois finalmente iria lhe fazer um oral. A ansiedade crescente a fez arfar em antecedência e quando de fato a boca alheia iria agraciar seu membro carente, ela sentiu um tapa em seu ombro.
Espera, um tapa?
Foi o que a Kim questionou-se internamente, logo aquilo se repetiu, fazendo-a enfim despertar para a realidade. Onde dormia ao lado da namorada, em seu apartamento no subúrbio de Seul.
Sua respiração estava pra lá de ofegante, ela sentia gotículas de suor escorrendo por sua testa e por todo o resto do corpo. E quando olhou para baixo, mesmo com a parcial escuridão do quarto, viu o que já previa, a enorme ereção em sua calça moletom. Seu pênis estava completamente duro, praticamente implorava para ter atenção.
A morena nem precisou virar, sabia perfeitamente que aquele ponto também era encarado por sua namorada.
__Você estava gemendo muito, espero que o motivo do seu sonho seja eu! – a outra falou com um sorriso cafajeste, levando sua mão para dentro do tecido da calça da menor, logo encontrando o que queria.
A coreana ofegou baixinho ao sentir o estímulo, em seguida abriu um sorriso sem graça. Queria poder dizer que sim, que era sua namorada que lhe proporcionava prazer naquele maldito quarto vermelho, mas não era. Na verdade, era uma maldita súcubo que vinha atormentando seus sonhos há quase um mês. Tirando de si as maravilhosas horas de paz que tinha antes de precisar ir para o inferno da vida real, vulgo trabalho.
Dahyun sabia muito pouco sobre esses seres demoníacos da mitologia, suas escassas informações vieram por meio de sua amiga, Son Chaeyoung que estava inteiramente informada de seus sonhos.
Sonhos!
Será que era realmente isso? Ou estava mais para pesadelos?
Pois veja bem, não é estranho saber que um demônio invade seus sonhos, a fim de sexo e por meio disso roubar suas energias vitais?
Sim, é muito estranho!
No entanto, ainda mais assustador do que isso para a Kim, era a forma que essa maldita criatura resolveu assumir em seu subconsciente, que era nada mais, nada menos que sua chefe mau-humorada:
Minatozaki Sana!
Uma japonesa, dona de incríveis mechas loiras e que quando resolvia sorrir, fodia metade dos psicológicos de seus funcionários.
A Kim a odiava, ou pelo menos era isso que dizia para si mesma, a fim de esconder no fundo de sua alma, o desejo insano que sentia por aquela mulher.
Maldita súcubo que assumia a forma de suas vontades sexuais.
Porém, a morena voltou à realidade ao ouvir novamente a voz de sua namorada, quase noiva, Hirai Momo.
__Dah, você anda muito estressada por conta do trabalho, mal tivemos tempo de namorar. Por que não aproveitamos a sua disposição agora, huh? – a estrangeira propôs num tom rouco, enquanto tratava de distribuir beijos pelo pescoço da mais nova que já ofegava e não tinha planos de dizer não àquilo.
[...]
Mesmo que tenha passado o resto da madrugada inteira transando com sua namorada, a coreana ainda não se sentia satisfeita e querendo ou não, sabia muito bem qual corpo deveria possuir para que seu desejo fosse saciado.
Aquilo era errado, muito errado. Momo não merecia estar se dedicando tanto a alguém que transava consigo enquanto imaginava estar fodendo outra pessoa. Dahyun tinha consciência daquilo, se sentia péssima pela situação, mas o que poderia fazer se não tinha coragem o suficiente para abrir a situação com a Hirai?
Entretanto, ela resolveu ignorar essa situação por hora, pois agora estava no trabalho, precisava concentrar-se exclusivamente neste. Porém, era bem difícil, principalmente por saber que a dona do rosto e corpo de seu maior desejo sexual estava na sala a poucos metros de sua mesa.
Minatozaki Sana era a presidente da sede da empresa de sua família em Seul, filha única de um casal multimilionário de japoneses. E além de tudo isso, também era dona de um corpo com curvaturas maravilhosas que fazia a mente pervertida de sua pobre secretária, Kim Dahyun, viajar muito longe.
O dia seria cheio…
No entanto, a coreana sentiu-se um pouco melhor ao ver sua amiga vindo em sua direção. A Son sempre dava um jeitinho de aparecer por ali para saber como suas noites "agitadas" tinham sido.
__E aí, Dubu. Como você está? – questionou, olhando de um lado para o outro, a fim de ver se sua chefe não estava por ali e após constatar que não, sentou na beirada da mesa alheia e fitou a mais velha, esta que massageou as próprias têmporas pra ver se conseguia mandar parte de suas frustrações embora.
__Péssima, Chae. Aconteceu de novo, isso é um saco, eu não tenho um minuto de paz! – desabafou, ignorando a tela de seu computador para dar atenção a outra.
Chaeyoung assentiu, até certa instância compreendia a situação pela qual sua amiga estava passando.
__Relaxa, Tofu. Prometo que vamos dar um jeito nisso! – assegurou, esticando um pouco o braço para afagar o ombro da maior.
__Que jeito, cara? Isso tá acontecendo há várias semanas! – Dahyun rebateu com a voz mais elevada do que gostaria __Eu já não sei o que fazer, nem mesmo transar com Momo está aliviando meu tesão! – acrescentou a última parte num tom mais ameno, apesar de saber que ninguém ouviria a conversa delas, pois a sala de sua chefe era a única naquele andar.
__Eita, tá mais complicado do que pensei, hein? – a Son murmurou. Aquilo era mais uma fala inconsciente, afinal no momento estava pensando numa forma de ajudar a outra.
__É claro que está. Por favor, Chae, me ajude, eu não posso continuar vivendo assim, mas também não é como se eu pudesse me dar ao luxo de abandonar o emprego, pois preciso muito do salário! – a Kim falou, quase que desesperada por amparo. A mais nova assentiu novamente.
__Ei, calma. Vamos por partes! – iniciou, levando a mão direita para o queixo como se estivesse pensando minuciosamente, em seguida, voltou a fitar os olhos alheios __Nos seus sonhos, você já de fato chegou a transar com a súcubo personificada na imagem da nossa chefe ranzinza, porém, gostosa? – acrescentou a pergunta e a última parte fez a morena soltar uma risada, só sua amiga mesmo para lhe fazer rir em meio a uma situação daquelas.
__Não, Chae. Sempre que estamos quase lá, a Momo me acorda, pois me vê gemendo, achando que estou sonhando com a gente transando, o que acaba acontecendo depois, já que minha excitação fica lá no auge! – respondeu, agora com um biquinho frustrado enfeitando sua face. Por outro lado, a mais nova apenas analisou a situação calmamente, já havia lido muito sobre aquele assunto, então se sentia bastante capacitada para ajudar a Kim.
__Bom, eu só vejo duas saídas pra isso. Ou você transa com essa súcubo que tá louca por seu esperma, ou faz isso com a nossa querida chefinha! – disse e viu a outra franzir o cenho no mesmo segundo, mas logo começar a gargalhar em nervosismo.
__Ah, claro! E eu chego na sala dela e digo: "Com licença, senhora Minatozaki, mas é que eu ando sonhando com um demônio pervertido que é a sua cara e a única forma de fazer isso parar, é você transando comigo. Então, eu pago um motel, ou a gente fica aqui mesmo na sua sala?" – Dahyun fora completamente sarcástica, no entanto, sua intenção não era soar grossa, mas poxa, aquela situação já estava lhe tirando toda sua paciência.
__Provavelmente, ela iria te achar uma louca, te demitir e chamar a polícia! – Chaeyoung não resistiu em gargalhar da própria fala. A mais velha acabou a acompanhando, afinal, chorar não serviria para muita coisa.
__Acho que será mais fácil transar com a súcubo, o único empecilho é a Momo que sempre me acorda na hora errada! – disse, soltando um suspiro frustrado, após parar de rir. Deixando seu corpo tenso, recair sobre o encosto de sua cadeira.
__Você pode dormir no meu apartamento, assim nada vai te atrapalhar e você enfim vai poder dar o que esse demônio tanto quer e depois estará livre para viver seu namoro em paz, afinal, acho que transar em sonho, não se configura como traição! – a Son sugeriu, em seguida adicionando sua própria percepção das coisas.
A morena queria concordar com aquela última parte, no entanto, sabia perfeitamente bem que não era só a súcubo que estava lhe tirando o juízo, mas também, sua chefe, Minatozaki Sana em carne e osso. Aquela japonesa conseguia despertar em si, muito mais do que simples tesão, era algo mais além, era profundo, intenso, instigante, mesmo que elas nunca tenham trocado nada além de palavras relacionadas ao trabalho.
__Tudo bem, Chae, eu topo fazer isso, vou dizer a Momo que temos um projeto importante para entregar! – disse por fim, dando-se por vencida. Iria fazer aquilo, pois o que estava em jogo, além de seu relacionamento de quase dois com uma mulher incrível, era também sua saúde mental. Pois aquela maldita criatura demoníaca já estava lhe tirando bem mais do que suas preciosas noites de sono.
No entanto, antes que Chaeyoung pudesse dizer algo, o telefone na mesa da Kim tocou, esta então apertou o botão para atendê-lo.
__Pois não, senhora Minatozaki? – a mulher questionou de maneira formal.
__Senhorita Kim, preciso que venha à minha sala e peça a senhorita Son que volte ao trabalho. Ela não é paga para ficar servindo de enfeite na sua mesa! – a japonesa disse num tom quase áspero e não esperou por uma resposta, apenas desligou.
Chaeyoung arregalou os olhos e no mesmo instante se pôs de pé, fitando em direção a sala da presidência, vendo a estrangeira, sentada com uma postura impecável em sua mesa, enquanto encarava a tela do computador.
Mas que merda! Aquelas malditas persianas não estavam fechadas?
A mulher poderia jurar que sim, entretanto, já não fazia a menor diferença, por isso, voltou a fitar a melhor amiga.
__Dubu, acho melhor voltar pro meu departamento, antes que eu fique desempregada. Espero você a noite no meu apartamento! – falou, vendo a outra assentir de maneira compreensiva.
__Certo, a gente se vê lá! – a morena disse, em seguida assistindo a mais nova menear rapidamente com a cabeça, em seguida se afastar, indo em direção ao ao elevador.
Dahyun engoliu em seco, estava novamente sozinha naquele andar com um perigo iminente e mesmo sabendo que este morava apenas em seu subconsciente, isso não a impedia de se sentir nervosa, ela já previa que poderia começar a suar a qualquer momento. Então com o intuito de acabar com aquilo de uma vez por todas, a coreana se pôs de pé, usando a mão para arrumar o tecido de seu terno que estava um pouquinho amassado, mas nada muito notório. Logo pegou seu tablet, começando a caminhar até a sala da presidência. Dando dois toques singelos sobre a madeira clara da porta quando chegou em frente a esta, era apenas uma formalidade, ela sabia muito bem que não obteria resposta. Por isso, girou a maçaneta, adentrando o cômodo espaçoso e luxuoso instantes depois.
__Já estou aqui, senhora Minatozaki. Do que precisa? – a morena deu graças aos céus por não ter gaguejado durante sua fala, o que deveria até ser considerado um milagre, pois olhar diretamente para aquela loira a poucos metros de si, não era uma tarefa nada fácil. Sua chefe era linda em níveis absurdos e aquela feição séria, evidenciando seu mau humor só a deixava ainda mais atraente e para completar sua desgraça, a maldita estrangeira ainda usava uma roupa completa vermelha, a cor favorita da súcubo em seus sonhos.
A coreana engoliu em seco e respirou fundo quando finalmente as orbes escuras da presidente foram erguidas em sua direção.
__Senhorita Kim, já a alertei sobre isso, mas o farei novamente. Não tolero desleixo no trabalho, se quer tanto conversar informalmente com sua amiga, sugiro que ambas peçam demissão e façam isso no café aqui da frente! – disse num tom ríspido, mantendo os olhos sérios cravados aos de sua subordinada, esta que engoliu em seco novamente e assentiu quase que instantaneamente.
__Desculpe, senhora. Prometo que isso não irá se repetir! – garantiu, obviamente estava muito nervosa, mas tentou não repassar isso em suas palavras, o que aparentemente deu certo, pois a japonesa, apenas assentiu, em todo caso, não estava em seus planos prolongar a questão.
__Bom, agora voltando ao assunto inicial, preciso que você me esclareça alguns pontos deste seu relatório, já o li dezenas de vezes, mas não estou compreendendo nada. Parece até que você o fez em hebraico! – a loira disse e ergueu uma sobrancelha quando viu sua funcionária arregalar os olhos.
Foi um ato involuntário, Dahyun reagiu assim, pois toda vez que ficava muito perto da estrangeira, não conseguia raciocinar e nem agir como um ser humano normal. Sua respiração tornava-se ofegante, suas palavras gagas e incoerentes, além de suar bastante. Tudo isso porque sempre lembrava dos sonhos e do quão quentes eles eram, o que consequentemente acendia em si o desejo insano que sentia por aquela mulher. A morena era louca para provar e tocar o corpo alheio e quando tinha a mínima chance de ficar pertinho da loira, estragava tudo com seu nervosismo em demasia.
Entretanto, precisava focar e tentar com todas as suas forças esclarecer as dúvidas de sua chefe, afinal, era seu emprego que estava em jogo. Por isso, no mesmo instante ela se aproximou da mesa da presidente, posicionando-se ao lado desta, inclinando um pouco o corpo para conseguir enxergar com mais facilidade a tela do computador. O que foi um erro, pois o cheiro inebriante do perfume alheio invadiu suas narinas.
E puta merda! Como poderia ser o mesmo aroma que ela jurava sentir em seus sonhos quentes, impregnado nas colchas e por todo aquele quarto vermelho?
Porém, a menor balançou a cabeça repetidas vezes, precisava espantar aquilo da cabeça, afinal estava trabalhando. No entanto, seus olhos rapidamente pararam na mão esquerda da Minatozaki que repousava sobre a mesa. A marca de onde ficava sua aliança, ainda era bastante evidente. Sana era recém divorciada de um outro empresário bem sucedido. As fofocas corriam soltas por cada andar do prédio, mas o motivo exato da separação, ninguém nunca soube.
__Senhorita Kim, eu estou esperando!
A morena voltou à realidade quando ouviu a fala impaciente da japonesa e num ato impensado fitou os olhos de sua chefe, o que claramente foi um erro, porque elas estavam com os rostos próximos e ela mais uma vez pôde constatar o quanto a loira era bonita. Então, logo desviou os olhos para o computador, se obrigando a voltar para a realidade.
Seu cenho acabou franzido quando viu o documento que estava aberto na tela.
__Senhora Minatozaki, esse relatório não é meu, mas sim de Kim Doyeon, do departamento de marketing! – informou, desviando novamente o olhar para a loira, vendo o exato momento em que esta endureceu ainda mais a feição em seu rosto. Pondo-se de pé no mesmo segundo.
__Esse relatório está um lixo. Fique aqui, pois ainda não acabamos. Voltarei assim que pôr essa criatura incompetente na rua! – disse seriamente, sequer olhando para sua subordinada, logo saiu da sala em passos calmos.
A Kim suspirou em alívio quando se viu sozinha no cômodo. A situação era chata, pois um conhecido seu, seria demitido, mas no fundo se encontrava feliz por não ser ela a pessoa a perder o emprego.
No entanto, de repente sua atenção foi roubada por um som vibrante e quando olhou para baixo, notou que o barulho vinha do celular da Minatozaki que por puro acaso, ou quem sabe tentação maligna, estava desbloqueado sobre a mesa. O aparelho vibrou mais umas cinco vezes, Dahyun sentiu-se curiosa, queria saber quem tanto queria chamar a atenção de sua chefe.
Foi um breve debate interno, mas no fim, seu lado xereta venceu, então ela deu uma olhada para o lado de fora, já que as persianas estavam abertas e como não viu ninguém, imediatamente pegou o telefone de última geração. Seus olhos, agora grudados na tela, ela então baixou a barra de notificações, vendo que a japonesa havia recebido mensagens de uma tal de Nayeon, através de um aplicativo de bate-papos.
"Amiga, eu já editei as suas fotos, elas ficaram ótimas. Não sei como o idiota do seu ex-marido não soube aproveitar tudo isso"
"Espera aí, vou enviar uma pra você agora"
"[Arquivo de mídia]"
"Juro que se eu não fosse muito bem casada, te pegava de jeito"
"Brincadeira, piranha kkkk. Te amo!"
Ler aquilo despertou ainda mais a curiosidade da coreana, porém, não dava para olhar a tal foto por ali. Portanto, ela verificou novamente a porta, apenas para constatar que não vinha ninguém. Seu nervosismo cresceu com a possibilidade de ser pega a qualquer momento.
A Kim então botou o próprio tablet sobre a mesa, a fim de segurar o celular alheio com as duas mãos, pois estava com medo de derrubá-lo, levando em conta o quão trêmulas estas estavam. Entretanto, logo ela partiu para a galeria do aparelho, não correria o risco de abrir diretamente as mensagens. E quando enfim achou a pasta que queria e pôde visualizar a tal foto. Sua boca secou, seu coração passando a bater mais rápido que o normal, mas também não era pra menos, afinal, ela esperava encontrar tudo, menos uma fotografia de sua chefe séria e ríspida, usando somente a porra de uma minúscula lingerie vermelha, enquanto estava deitada em uma cama coberta por lençóis tão brancos quanto sua pele leitosa. Os olhos cobertos por um brilho luxuoso, no entanto, o que fez a morena ficar completamente fora de si e jogar o celular em cima da mesa, como se esse tivesse uma doença contagiosa e correr para o outro lado da sala, sentando-se de maneira brusca em uma das cadeiras destinadas aos visitantes da sala. Fora ver nos lábios da Minatozaki, o mesmo sorriso cínico que sempre estava estampado no rosto da maldita súcubo que a visitava durante a noite e a levava por caminhos quentes e perversos.
Seu coração, agora praticamente esmurrava sua caixa torácica, não seria nem um pouco surpreendente se ele a qualquer momento escapasse por sua boca. Aquela maldita foto despertou em si, as mesmas sensações fogosas que tinha quando estava sonhando. Dahyun arregalou os olhos em surpresa e desespero quando olhou para baixo e viu a visível protuberância em sua calça.
Droga, ela estava tão sensível e à mercê de seus desejos carnais que somente aquela foto a deixou tão excitada quanto um jovenzinho inexperiente.
A morena tombou a cabeça para trás, fechou os olhos numa tentativa de relaxar, porém, foi um erro, pois ela já estava tão perturbada que ao fazer isso, a primeira coisa que conseguiu visualizar foi uma das inúmeras lembranças de seus sonhos, onde aquela maldita súcubo personificada em sua chefe, estava sempre disposta a suprir suas carências, a saciar seus desejos profanos.
Aquilo foi três vezes pior, sua imaginação era muito fértil e sem que pudesse impedir, suas mãos já desafivelavam seu cinto negro, abriram o zíper, baixaram a cueca, seu membro ereto saltou em liberdade, logo sua destra passou a acariciá-lo.
A Kim não sabia que era capaz de tamanha loucura, no entanto, estava tomada por um desejo maior que seu bom senso e segundo seus cálculos, ainda tinha bons minutos até a Minatozaki retornar, era o que precisava para se masturbar e gozar deliciosamente. Além do mais, seu tesão era muito grande, ela não se negaria ao desejo de se aliviar, mesmo que precisasse fazer isso na sala de sua chefe, a quem desejava insanamente.
Continua...
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