O barulho do refeitório era ensurdecedor, mas lá estava Taichi, se deliciando com seu Sukiyaki até ser interrompida por Pasuta, que sentou ao seu lado, e diferente de Taichi, Pasuta carregava um prato de Okonomiyaki.
— Estão servindo Okonomiyaki também? — Taichi perguntou estranhando.
— Não, eu trouxe de casa. Quer um pouco?
Taichi abriu a boca pra falar algo mas foi interrompido, Tsukiyori apareceu e se sentou. Pasuta passou a mão no cabelo dele, esfregou algumas mechas nos dedos, disse.
— É, não é você. Sem problemas, quer Okonomiyaki também?
— P-Pode ser… — Falou surpreso, ao pensar que ela estava falando tão naturalmente com ele.
Pasuta pegou um quarto de sua panqueca e passou pro prato de Tsuki.
— Vai comer com a gente? — Perguntou.
Tsuki acenou com a cabeça, sentou-se ao lado de Pasuta, ela voltou seu olhar para o seu prato, pegou o garfo e voltou-se a comer, poucos instantes depois Taichi cutucou seu ombro, Pasuta perguntou.
— O que foi?
— Seu Okonomiyaki, eu quero um pedaço.
Pasuta olhou para seu Okonomiyaki e depois para Taichi, bufou silenciosamente e partiu mais um pedaço pra Taichi, deu um sorriso e voltou a comer. O silêncio reinava naquela mesa, pareciam levar o almoço a sério, até Dashi aparecer.
— E aí galera, tudo em ordem?
Tsuki tirou seu olhar do prato, escondeu sua irritação, sorriu para Dashi e disse.
— Tudo bem, só conseguiu pegar o almoço agora?
Dashi fez uma careta, parecia não ter entendido. Tsuki repetiu. Dashi não entendeu de novo, pôs as mãos nos ouvidos e retirou seus fones. Disse.
— Pode repetir de novo, por favor?
— Claro. Tudo bem comigo, só conseguiu pegar seu almoço agora?
— Ah, não, eu tava adicionando algumas músicas na playlist.
— Gosta de quais cantores, Dashi? — Taichi se intrometeu na conversa.
— Eu gosto dos ocidentais. — coçou a cabeça — Tipo, Drake, Travis Scott, são bem antigos.
— Nunca ouvi falar.
— As músicas são muito boas, vou te passar o link da minha playlist, tem tipo, umas 150 músicas.
Todos pareciam assustados, 150 músicas? Quanto tempo ele demorou pra reunir todas? Pasuta entrou na conversa — Quanto tempo demorou pra montar a playlist?
— Uma hora — dizia Dashi ainda olhando pro celular.
— Deus, quais as músicas que vocês gostam? — Pasuta tentava uma aproximação.
— Hip-hop, gosto das danças, pratico todo dia — Taichi limpava sua boca com um guardanapo.
— Não tenho gosto específico, escuto o que vier. — Tsuki acabara de terminar o Okonomiyaki
— Ah, eu gosto de músicas com uma pegada mais romântica, gostou do Okokomiyaki da minha mãe? — Pasuta olhava pra Tsukiyori.
— Sim, estava delicioso.
— Estavam falando sobre música? — era Kaido, ele segurava uma bandeja vazia, Pasuta apertou as bochechas dele, ele se irritou e deu um tapa na mão dela. — Que merda é essa? — Pasuta se irritou, ia mentir, dizer que não estavam falando sobre música, mas Dashi falou primeiro.
— Estávamos falando sobre música sim, quer entrar na conversa? — Dashi piscou para Pasuta, ele estava tentando acalmar Kaido.
— Claro! Eu gosto muito de rap, e vocês?
Todos, menos Dashi, reviraram os olhos.
— Romântica. — Pasuta falou pensativa.
— Hip-hop. — Tachi disse animadamente.
— Qualquer coisa. — Tsuki deu de ombros.
— Eu gosto bastante de trap.
— Tendi, já terminaram de comer?
— Eu já — Tsuki e Taichi disseram ao mesmo tempo.
— Vou fazer um favor, só hoje. — Kaido pegou as bandejas deles e deu um sorriso de canto de rosto.
— Eu vou quebrar a cara dele, aquele tapa quebrou minha unha. — dizia Pasuta com a cara irritada
— Você beliscou a bochecha dele. — Tsuki argumentava
— Eu estava fazendo o reconhecimento, mas nem preciso mais, não é ele.
— Vocês são estranhos, estranhamente legais. — riu Dashi — Vamos tirar uma foto?
— Claro, porque não. — concordou Taichi. Todos sorriram para a câmera, Kaido chegou momentos antes da foto ocorrer.
Dashi deu uma risada — Kaido, você saiu borrado, tem dois de você.
Kaido bufou de raiva, disse. — Vamos tirar outra.
[...]
Era madrugada, Fujimako estava na sala, com seu notebook ligado, cartolina, fita, lápis, caneta e cansaço, ele estava deitado sobre o tapete, olhando para o teto, sem vontade de fazer nada. Se assustou com um barulho repentino, alguém tinha ido na cozinha, Fujimako se levantou e andou até a cozinha, chegou até lá e viu Koyuki, abrindo uma lata de energético. Koyuki se assustou com a presença de repentina de Fujimako, disse.
— Caraca, são onze horas da noite, não se aparece assim uma hora dessa. Quer um pouco? — levou o energético em direção a Fujimako.
— Não, eu não bebo. Faz mal pro coração.
— Larga disso! Tá cansadão, bebe um pouquinho, uma vez não mata.
— Não, valeu. Tá fazendo o projeto? — Perguntou meio inquieto.
— Verdade, tem isso ainda. — Disse se lembrando, e logo bebendo mais do energético.
— Sabe sobre qual herói vai falar? — Fujimako puxou uma cadeira da mesa pra se sentar, vendo Koyuki dar mais um gole.
— Sim, minha mãe, vai ser facinho falar dela.
— Kyouka Jiro, ela estudou aqui no colégio. Mas ela quase não aparece na mídia. — Fujimako suspirou
— Triste, ela não tem um filho aqui na escola? — Koyuki amassou a lata vazia com as mãos.
— Tem? Ah é, o Kaminari. Nunca falei com ele, tenho vergonha.
— Ah, ele parece gente boa, tenta lá. — Koyuki jogou a lata no lixo
— O projeto é pra amanhã, tenho que terminar hoje. E eu não vou acordar ele essa hora.
— C-com licen-nça. — Mika estava parada em frente a porta da cozinha, Fujimako e Koyuki olharam pra ela, Koyuki fez um joinha com a mão. Mika entrou na cozinha e foi até o bebedouro, pegou um copo d’água e bebeu lentamente, quando estava saindo, Koyuki perguntou.
— Yamada, já fez a lição?
— Fiz. Vocês não? — Mika parecia confusa
— Não — Fujimako e Koyuki disseram em uníssono, Fujimako prosseguiu — Sobre quem você fez?
— Tsukuyomi — Yamada disse envergonhada
— Ele estudou aqui não foi? — perguntou Koyuki
— Foi, bom, v-vou voltando pro meu quarto. — Yamada deu as costas e foi subindo as escadas, Fujimako se levantou e disse.
— Vamos fazer o projeto juntos? Eu trago o notebook pra cá, e você traz o seu. Certo? — Koyuki concordou.
Haru foi até a sala de estar e trouxe seu notebook, Koyuki subiu as escadas até seu quarto e pegou o notebook junto a algumas fotos. Os dois se encontraram na sala de jantar, Haru já estava a escrever algumas coisas no PowerPoint, Koyuki largou dezenas de fotos na mesa e ligou seu notebook, Haru perguntou assustado.
— Pra quê tanta foto?
— É dela, da minha mãe, de quando ela era pro-hero. Achou algo sobre a Jiro?
— Tem umas entrevistas aqui, vou ver todas.
— QUE DROGA VOCÊS TÃO FAZENDO ACORDADO? — Kiai apareceu de repente em frente a cozinha, ele mordia os lábios com raiva.
— N-não grita, Kicchan. — Mesen puxava a manga do casaco do irmão, que se acalmou por um instante.
— Estamos fazendo a lição de estudos heróicos. — Koyuki disse sem tirar o olho da tela do notebook.
— Ah, a lição? A Mei me obrigou a fazer com ela. — Kiai puxou uma cadeira pra se sentar.
— Sobre quem? — Fujimako estava interessado.
— Eu fiz sobre o Lemillion, já ela… Foi sobre quem mesmo? — Kiai arqueou a sobrancelha, confuso. Mesen disse envergonhada.
— Sobre o nosso pai... — Mesen baixou a cabeça, Koyuki riu.
— Que coincidência! Eu tô fazendo sobre a minha mãe. Mas aí, o que VOCÊS tão fazendo acordados?
— Ah, é verdade, a Mesen tava com sede e a garrafa dela secou e tinha que vir aqui, mas estava com medo, então me acordou. — Se levantou e foi até o bebedouro, encheu o copo e entregou a Mesen. Ela terminou de beber e ele disse. — Bom, vou indo, boa sorte com o trabalho.
Já se tinham passado horas de pesquisa, Fujimako estava parado em frente a impressora, esperando o último papel. Koyuki estava atrás dele, reunindo todas as fotos que foram escaneadas no álbum de fotos da família dele. Fujimako recebeu a última parte de seu projeto e grampeou todas as páginas, cansado ele se jogou no sofá, Koyuki disse.
— Vai dormir por aí mesmo?
— Não~, mas eu acho que vou desmaiar, não sei se consigo ir até a minha cama.
— Sem problemas! — Koyuki correu até Fujimako e agarrou o braço dele, disse — Se prepara!
Koyuki começou a teleportar rapidamente até chegar a porta do quarto de Fujimako, Koyuki disse — Aqui estamos! Pode ir dormir
— O-obrigado — Fujimako rastejou até dentro do seu quarto e fechou a porta, Koyuki sorriu.
[...]
— Onde fica a biblioteca dessa escola? — Levi observava o mapa da escola com atenção Katai e Sekken estavam agitados atrás dele, Haruka estava um pouco atrás do casal e Kanjo estava ao lado usando o celular.
— Tem certeza que está olhando do jeito certo? — Katai perguntou duvidando, após tantos minutos de espera.
— Absoluta, olha aqui — apontou para um quadrado rosa no mapa, escrito “Biblioteca” — ,ela tá aqui, e ali em cima diz... — levou o dedo para o topo do mapa — Andar 3, e onde a gente tá? — apontou para uma placa próxima — No andar 3!
— O mapa pode ser antigo — Haruka contestou
— A professora que me emprestou, não tem como.
Vozes puderam ser ouvidas, cada vez se aproximavam mais, quando de repente, o New Big Three apareceu subindo as escadas, Nanase e Killumy, que estavam de mãos dadas, se assustaram e rapidamente se soltaram, Nioi deu risada e disse.
— Opa! Tão fazendo?
— Procurando pela biblioteca. — Levi disse já cansado.
— Aqui? — Nanase apontou para o chão, estranhando.
— Sim, é o que o mapa diz. — Levi contestou.
— Não pô, é no outro prédio. — Nioi apontou.
— E onde diz isso? — Levi perguntou confuso
— Aqui ó — apontou para os número 3² no topo do papel
— Ué, mas esse “2” não significa o andar anterior?
— Não, significa o prédio.
Levi suspirou — Tendi, bom, vamos indo? — riu
O grupo começou a ir na direção da escada quando Nioi interrompeu.
— Podemos levar vocês até lá se quiserem. — Falou sugestivo.
— Não estaríamos atrapalhando vocês...? — Seken perguntou tímido.
— Que isso, não estávamos fazendo muita coisa mesmo. — Killumy respondeu e Nanase confirmou com a cabeça.
— Bem, seria de grande ajuda. — Haruka sorriu.
— Então vamos! — Nioi tomou a frente, alegre, e os outros o seguiram.
Eles seguiram em frente, Nioi guiava o bando enquanto os pombinh… digo, Nanase e Killumy ficavam no fim, observando o grupo. O silêncio reinava, Nioi quebrou o clima tenso, dizendo. — A U.A. é muito grande, é normal se perder.
— Percebemos, ela tem quantos andares? Em cada prédio. — Levi perguntava curioso.
— Vinte e dois andares, isso sem contar os vazios, que servem como proteção a terremotos. — Nanase falava com certeza
— Isso mesmo, foram todos construídos em uma semana, tudo graças às individualidades de alguns dos construtores. — Nioi dizia com orgulho.
Levi e Katai se entreolharam, elas pensavam a mesma coisa. — Nioi, acho que está escondendo algo mais. — Levi disse.
Nioi riu, disse. — Achei que estivesse escondendo bem, mas já que descobriram, vou contar. O meu avô trabalhou aqui, ele era um dos construtores. — Nioi exibia um grande sorriso no rosto.
— Nossa! Isso é muito improvável, ele ainda é vivo? — Levi estava interessado.
— Só no meu coração. — a voz de Nioi soou um pouco mais triste dessa vez, mas logo se alegrou novamente. — Aliás, lá na biblioteca tem um livro citando todos os envolvidos.
— Ele está no livro? — Katai estava curiosa.
— Sim, aquela barba branca e rosto enrugado está estampada em uma das páginas.
— Entend- — Levi foi interrompido por uma voz suave e atrapalhada.
— Érr-rr, c-com licença, Nioi. Estamos p-perto? — Kanjo perguntava de cabeça baixa.
— Levanta a cabeça cara, ninguém vai te julgar aqui. Mas sim, estamos perto. — Nioi dizia confiante.
Eles passaram alguns minutos andando, Levi e Haruka estavam o tempo todo conversando bem baixinho, Kanjo ficava um pouco afastado das duas, mas aparecia com alguma frequência pra comentar algo e Katai e Sekken também conversavam o caminho todo. Nioi disse empolgado.
— Chegamos! Estamos na tão aguardada biblioteca. Eu ainda não perguntei, mas o que vieram fazer aqui?
— Um trabalho, a professora quer que façamos uma pesquisa sobre nossos heróis favoritos, e disse que tinha algumas coisas na biblioteca. — Haruka se pronunciou.
— É isso aí que ele disse, viemos fazer um trabalho.
— Entendo. Nioi, vamos voltand- — Nanase já ia dando as costas para ir embora, mas antes disso, Nioi correu pela biblioteca, Nanase tapou os olhos com a mão e se voltou para os alunos. — Estão vendo como o Nioi é difícil? — Killumy riu, em seguida todos riram.
Nioi voltou em dois palitos, trazia consigo um livro grosso de capa dura. O título era “Lembranças da U.A.”, ele abriu o livro e dedilhou entre as páginas, gritou. — AQUI!
Todos os presentes na biblioteca olharam para Nioi e fizeram um sinal de silêncio. Ele engoliu seco e virou o livro para os alunos. Disse — Aqui, é esse véio aqui.
— Nossa, não é que é verdade mesmo? — Levi e Haruka estavam impressionados
— Meu avô está eternizado nesse livro, ele trabalhou por nós, por um Japão melhor. Eu vou proteger essa escola com unhas e dentes, por ele. Agora eu preciso ir, boa sorte com o trabalho.
Nioi foi até Nanase e Killumy, os alunos foram até as mesas e se sentaram. Eles tinham um longo trabalho por aí.
[...]
Coisas que aconteceram...
Big Three
A New Big Three estava na sala do conselho estudantil, onde sempre ficavam. Enquanto Killumy continuava triste pelo que aconteceu antes quando estavam testando os alunos, Nanase estava anotando algumas coisas e mexendo em alguns papéis, já Nioi tentava se distrair brincando com um kendama.
— Aaaargh! Mas que droga! Digam alguma coisa! — Falou já estressado com tanto silêncio, mesmo que Nanase ficasse quieta às vezes, Killumy não era o tipo de pessoa que ficava por tanto tempo triste ou para baixo.
“Sugureta Nioi
Quirk: Faro - Sentir cheiros em longo alcance.”
Nanase suspirou alto, soltando os papéis.
— Precisamos resolver logo isso, já que ainda temos o teste da 1B para aplicar. — Se levantou da cadeira. — E essa sua cara triste já está me incomodando. — Falou olhando para Killumy, que apenas se encolheu.
“Isou Nanase
Quirk: Psychic Energy - Criar ondas de energias.”
— Desculpa… — Suspirou se arrependendo, e caminhou até ele.
— Nossos medos nos tornam mais fortes, mas o meu me faz parecer um idiota… — Killumy disse sorrindo triste.
“Todoroki Killumy
Quirk: Magma - Criar/manipular magma.”
— Isso não é verdade Kil — Nanase falou balançando a cabeça. — Não é um medo, você tem um trauma! Se você considera o seu trauma algo que te faz parecer um idiota, imagina eu que tenho medo de palhaço.
— E eu de cachorros. — Nioi levantou a mão.
— A culpa foi minha. — Nanase suspirou. — Eu subestimei as individualidades deles, e abaixei a guarda. — Foi voltando para sua cadeira.
— Sabe alguma coisa sobre aquela garota loira? — Nioi perguntou curioso, e Nanase clicou no pequeno projetor em cima da mesa.
— O nome dela é Gazo Taiyo. — O projetor mostrava uma imagem da garota girando em 360º, e algumas informações do lado. — Ela é filha do herói número 4, FireAtsui, e da heroína Mirai, entrou por recomendação… Nos dados dizem que ela tem um bom domínio da individualidade, mas tem medo de usá-la, pois pode causar problemas psicológicos na pessoa. — Explicou tudo que havia aprendido. — Estou estudando cada um dos alunos, para passar dados além do que vimos no teste para a Kaori-sensei.
— Devíamos ter visto isso antes… — Nioi coçou a cabeça. — Que azar ela ter ido justamente pro Killumy.
— Hum… — Confirmou.
— De qualquer forma tente melhorar essa cara Killumy. — Ela levantou e foi até ele novamente. - Você foi forte o bastante para não temer a arma que Nioi usa, apenas para continuar perto dele. — Colocou a mão no ombro dele.
- Estamos aqui por você cara. — Disse feliz.
— Vamos superar isso com você, Kil. — Estendeu a outra mão para ele. — Certo?
— Certo. — Segurou a mão dela e sorriu para os dois.
K’s
Mira bateu as mãos na mesa, ela estava cansada de tanto pensar em um plano, os papéis que estavam naquela mesa se mexeram um pouco e alguns caíram da mesa.
“Mira Alexeev
Quirk: Dança das espadas - Criação/Controle de espadas.”
— Arrume isso e depois pode ir. — A mulher falou para a garota Hinode que estava na sala com ela.
— Certo, líder. — Valquiria confirmou, e começou a pegar os papéis do chão e organizá-los na mesa.
“Sweet Villain
Quirk: Fisiologia de Arcanjo - Asas de anjo e controle de luz.”
A sala estava um silêncio enquanto Valquiria arrumava tudo e Mira ainda estava quebrando a cabeça pensando naquele plano. O que despertou as duas foi a porta da sala sendo aberta e o cheiro de cigarro invadindo as narinas das duas vilãs.
— Mira, tenho notícias. — O homem disse e saia fumaça da boca dele.
“Desert King
Quirk: Mimetismo de Areia - Controle e transformismo em areia.”
- Ótimo, espero que sejam úteis. Sweet, pode ir. — Dispensou a garota, que se curvou e saiu da sala.
Olhando assim parecia que Valquiria era uma qualquer ali, mas na verdade poucas pessoas podiam entrar na sala de Mira, então pelo simples fato da garota ter estado lá, já é algo muito importante.
— Cala a boca, cabeça de tomate! — Saindo da sala, Valquiria conseguiu ouvir o grito bravo de seu irmão.
"Demon Villain
Quirk: Mão demoniaca - mão imbuída com um poder demoníaco."
— O demônio já está bravo? Eu nem disse nada demais. — O garoto de cabelos vermelhos riu, enquanto desviava de um chute do companheiro.
“Reiketsu
Quirk: Controle de sangue - Gerar e controlar sangue.”
— Estão brigando de novo? O que aconteceu dessa vez? — Valquíria se aproximou e perguntou para a garota que observava tudo.
— Os dois foram tentar jogar um videogame que acharam na patrulha, e Demon fracassou miseravelmente no jogo. — Explicou calma.
“Snow Bloody
Quirk: Anjo da neve - Manipular a neve.”
— Vlad, não há o que fazer se você perdeu.
— Quieta Kiki, esse cabeça de tomate não tem o direito de tirar onda com a minha cara! — Disse ainda bravo.
— Ah… Sweet, você finalmente saiu da sala da líder? — Outro garoto chegou ali.
“Spiegel
Quirk: Mind trick - Criar, mudar e manipular ilusões.”
— Não, não, é uma miragem isso aqui. — Vladimir disse ignorante.
— Onde estava Spiegel? — Ignorou o irmão, e perguntou para o loiro.
— Por ai. — Falou descontraído.
— Não lembro de você ter que ir em patrulha hoje.
— Porque eu não tinha mesmo. — Pois os braços atrás do pescoço. — Apenas estava sem nada para fazer.
— Você é muito imprudente. — Harumi falou séria.
— Tanto faz, ao menos eu fiz algo hoje. — Deu de ombros.
New World
Todos na liga estavam fazendo suas próprias coisas. A líder da liga estava sentada na mesa de jantar da sed, cortando um pouco seu braço com seu canivete butterfly, sorrindo levemente.
— Líder, isso é perigoso, e se pegar em uma veia? Daria um problemão. — A mais velha do grupo falou para a de cabelos verdes.
“The Mysterious
Quirk: Ilusões - Criar ilusões visuais e sonoras.”
— Realmente um grande problema… — Sakki falou baixo, parando de se cortar e se levantando. — Afinal eu ainda tenho coisas a cumprir. — Lambeu um pouco do sangue que tinha no canivete.
“Nemesis
Quirk: Blood Puppet - Controle de alguém, ao ingerir o sangue da pessoa.”
— Se cortando novamente, querida mestrinha? — O homem puxou o braço cortado da garota para ver. — Não deveria fazer isso com seu pequeno braço, milady. — Sakki apenas olhou com seu semblante de tédio de sempre.
“Chaos Disaster
Quirk: Cinzas - Criação e controle de areia negra.”
— Como se ela ligasse pra isso. — Saisu disse desinteressado, ainda tentando achar algo bom na TV para assistir.
“RedAngel
Quirk: Chameleon Feather - Controle das penas de suas asas.”
— Ei, Yuu. — Caminhou até o adolescente que estava num canto da sala. — Faz aquilo com meu canivete, de novo? — Estendeu o objeto para ele.
— Claro, Saki-san. — Pegou o canivete, o segurando com as duas mãos, um pequeno raio de luz saiu e o canivete de Sakki havia ganhado vida.
“Ikiru Yuugi
Quirk: Animate - Dar/tirar vida para aquilo que é inanimado.”
— Que incrível Yuu! — Disse sorrindo, batendo palminhas quando sentiu o canivete cortando suas pernas sozinho, o elogio fez o garoto ficar envergonhado.
O canivete parecia um bichinho incontrolável com sede de sangue, querendo cortar tudo que via pela frente.
— Vem cá. — Pegou o objeto que lutava para se mexer. — Que fofo.
— Líder, me empresta por um momento? — Adrien chegou perto dela, perguntando sugestivo.
“Spectre
Quirk: In the frog - criar e manipular gás.”
Akaguro entregou o objeto para ele.
— Ei Tenshi-chan, pega! — Jogou para Saisu que estava no sofá.
— O que?! — Desviou do ataque repentino, mas foi acertado no rosto em seguida pelo próprio canivete, enquanto isso Adrien ria muito. — Seu idiota! — Pegou o objeto rapidamente, e foi até Adrien pisando pesado. — Qual o seu problema? Eu vou te matar!! — Segurou a sua foice com a outra mão.
The Mysterious e Joseph olhavam aquela cena como se fosse a coisa mais normal de todas.
— Pra fazer isso, você teria que me matar primeiro. — Sakki se meteu na frente dos dois. — Não se esqueça do nosso trato, Saisu… — Falou mais séria, vendo o garoto estalar a língua e abaixar a foice, entregando o canivete para a líder. — Yuu. — Jogou para o garoto que desanimou o canivete no ar, pegou e tacou de volta para Sakki, sem tirar os olhos de sua partida solo de xadrez.
— Pode finalmente deixar eu ver TV em paz? — Reclamou com Adrien indo para o sofá.
— Porque você vive assistindo desenhos velhos, Tenshi-chan? — Perguntou entediado, vendo Saisu colocar no mesmo desenho de sempre que Revolver tinha conseguido um DVD.
Adrien foi ignorado e alguns segundos depois, Heiko e Elsa chegaram na sed com o bracelete de teletransporte.
— Okaeri. — Heiko disse sorrindo quando chegou, sendo olhado por todos os fielmente japoneses dali. — O que? Não é isso que se fala quando voltamos? Estou tentando mostrar um lado japonês para vocês. — Brincou.
“Duplikat
Quirk: Duplicar - Duplicar individualidades dos outros, mas enfraquecidas.”
— Se fala “tadaima” seu idiota, “okaeri” é como “bem vindo de volta”. — Saisu disse ríspido, meio bravo com a falta de sabedoria do homem sobre aquilo.
— De qualquer forma, estamos de volta. — Elsa disse rindo de leve.
“Elsa
Quirk: Distribuição - Aumentar fatores físicos, diminuindo outros.”
— Ah, líder. — A chamou e foi olhada por ele. — Fiz uma pequena pesquisa, e descobri algumas coisas para cumprir meu objetivo.
— Certo — Caminhou pelo lugar. — Vamos para minha sala e você me diz os detalhes.
Toga Worshippers
Fumiko batia o pé ansiosamente contra o chão, o contato já devia ter aparecido fazia tempo, mas até agora nada, nem sequer uma atualização.
— Cadê esse cara… — Cochichou.
“Smiley
Quirk: Rock Arm - Endurece braços e mãos, é perfurante”
Um pouco longe dali, na beirada do porto, Yuuki que fumava um Malboro, bufou.
— Arrombado, já acabei um maço de cigarro e esse filho da puta não chega.
“Smoke
Quirk: Manipulação da Fumaça - Pode criar, moldar e manipular a fumaça.”
— Eu não acho que ele vem mais, já se passaram 30 minutos. — Leta dizia olhando o relógio.
“Marionetista Demoníaca
Quirk: Fios - Pode criar e manipular fios já criados. A grossura pode variar.”
— Ele tem que vir. — Fumiko estava irritada e ansiosa, seu punho estava cerrado, ela aplicava tanta força que o fazia sangrar.
— Não vai vir, já está quase amanhecendo, ele não vai correr o perigo. — Yuuki retirou o resto de cigarro da boca e jogou no mar, puxou outro da caixa e estava pra acender ele, quando ouviu um barulho de motor. — É ele?
Ao longe, uma lancha branca podia ser vista, acelerando em toda velocidade até o porto, ela chegou em segundos. O barulho parou, a lancha estava desligada. Alguns segundos de silêncio até uma figura masculina vestindo um terno esfarrapado e manchado sair de lá, exibia um sorriso no rosto.
— Estavam esperando por mim?
Fumiko se levantou violentamente, o seu sangue fervia nas veias, andou até o homem e o acertou com um soco no rosto. — QUEM VOCÊ ACHA QUE É PRA ME DEIXAR ESPERANDO?
O homem limpou o sangue da boca e se abaixou para beijar a testa de Fumiko, Yuuki pareceu se irritar com isso, o homem se afastou e fez uma reverência a Fumiko, disse. — Perdão, milady. Aconteceram alguns imprevistos e eu acabei me atrasando, se houverem negócios futuros, prometo que isso não vai acontecer.
— É melhor pra você, mas agora, onde estão os corpos? — Fumiko disse interessada.
— Aqui. — O homem entrou dentro da lancha novamente e pegou uma mala de viagem preta, era bem pesada, levou até a mulher e largou no chão, a centímetros dos pés dela. — Como pediu, 4 heróis, dois homens e duas mulheres, todos fortes.
— Agradeço, quanto quer mesmo? — Fumiko passou a mão pelas costas, buscando por sua “carteira”.
— São mil doláres, em espécie. — riu.
— Entendo, mas antes, me dê o seu celular.
— Perdão, não entendi. Pra quê quer meu celular?
— Não quero que fique andando com meu contato por aí, se precisar, eu mesmo te chamo, agora me dê o celular. — Fumiko estava impaciente.
— Se insiste… — O homem tirou seu smartphone do bolso e pôs na mão de Fumiko e estendeu a outra mão, à espera do pagamento.
— Claro. — Em um movimento rápido, Fumiko sacou sua faca e cortou a garganta do homem, ele estava espantado, olhava com raiva para Fumiko enquanto tentava parar o sangue.
A mulher deu as costas e fez sinal para que seus subordinados a seguissem, Yuuki esperou por alguns segundos e ficou observando o homem agonizar. O homem apagou, não existia mais resquício de vida naquele corpo, Yuuki revirou os olhos e pegou a mala preta, e foi ao encontro do grupo.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.