*** NARRADO POR LOUIZA
Saio o mais rápido que posso da sala de Gabriel. Assim que saí por aquela porta foi como se tivesse deixado um pedaço de mim la, um pedaço da minha alma, do meu coração, talvez tenha perdido Gabriel para sempre por conta de ser orgulhosa de mais para reconhecer que ele tenha razão e que é possível estar dizendo a verdade.
Começo me sentir um pouco zonza, uma repentina náusea me atinge em meio às lágrimas, deve ser nervosismo. Com as mãos trêmulas eu chamo o elevador que justamente hoje parece fazer questão de demorar! Se a cretina da Cassyd me pega neste estado vai ser a oportunidade perfeita de ela pegar no meu pé.
Finalmente o elevador se abre e sem nem pensar eu entro rápidamente. Com as portas já fechadas, eu não aguento e as lágrima me escapam.
- Lou... Lou, Louiza? - Sinto tocarem em meu ombro, e esta voz... A... Eu conheço bem...
Rapidamente eu seco meu rosto que possívelmente está péssimo e me viro em direção ao dono da voz. Ótimo! Era tudo o que eu precisava.
- Mark... ? - Minha voz é baixa e trêmula, quase como um sussurro.
- Lou... Você está chorando? O que aconteceu? - Ele se aproxima muito preocupado.
- Não... Eu... Tá tudo bem Mark eu só... - Minha voz novamente falha, um nó se forma em minha garganta e uma lágrima involuntária cai sobre meu rosto. - Só preciso tomar um ar, digo me afastando. Tudo começa girar e eu cambaleio.
Mark altomaticamente me segura em seus braços.
- Você não está bem Louiza, venha, me deixe te ajudar. - Gostaria de ter negado, mas sua voz me soou tão prestativa que não pude negar.
As portas do elevador se abrem, Mark me acompanha ate a saída, diante de alguns olhares curiosos e reprovadores, por sorte a maioria está concentrada em seus devidos trabalhos.
- Mark... De verdade, eu não quero atrapalhar... - Digo tristemente.
- Lou, você nunca será capaz de me incomodar. - Ele sorri timidamente.
Rapidamente chegamos em meu apartamento que francamente era o último lugar que eu queria ir, tantas lembranças de Gabriel...
- Bom... Eu não sabia para onde te levar então... - Ele diz com o rosto vermelho de vergonha.
- Tudo bem Mark... Esta ótimo. - Lhe dou um meio sorriso.
- Você tem certeza que vai ficar bem? - Ele diz preocupado, - Não quer conversar? Me dizer oque aflinge este coraçãozinho? - Ele continua.
- Não, Mark tudo bem! Você já fez muito por mim... Obrigada mesmo. - Sorrio e abro a porta do carro, mas assim que coloco meus pés na calçada minha cabeça começa a girar. E eu quase caio.
Mark prontamente sai do carro para me ajudar, eu me apoio em seu ombro, e sem que eu perceba ele me pega no colo, por cima de sua camisa social consigo sentir seus músculos, não tão fortes quanto de Gabriel mas igualmente definidos. Instantâneamente sinto seu delicioso cheiro, rápidamente me recomponho.
- Vou te levar ao médico. - Com uma facilidade descontante ele abre a porta do carro.
- Não Mark, apenas... Fique comigo. - Ele me lança um lindo e amplo sorriso.
- Mais é claro Lou! Seu pedido é uma ordem! - Mark sempre tão prestativo, fico pensando como seria me apaixonar por um homem como Mark, gentil, bonito, romântico, seria perfeito mas que pena que a gente não manda no coração. Não quero abusar da prestatividade de Mark, mas realmente eu não me sinto bem... Mas nada se compara a dor que eu sinto em meu coração.
*** NARRADO POR MARK
" Não Mark, apenas... fique comigo" - As palavras de Louiza não saem da minha cabeça, quase não pude me conter. Por pouco não disse tudo oque sinto, mas não era o momento...
Louiza por mim eu ficaria com você para sempre, por mim eu não te largaria mais! Mas infelizmente me parece que o coração da minha amada já tem dono, e eu posso apostar que tem dedo do canalha do Gabriel.
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