Dias atrás
Vemos uma nave branca vagando pelo espaço, próximo a um enorme meteoro que se movimentava tão lentamente que parecia estar parado. Nele, continha uma mini nave de tripulantes que três faziam pesquisas e coleta de amostras.
Mark: Nossa, parece até que faz um tempo que não apareço. – Dava a volta pelo meteoro voando. – Isso aqui tem o tamanho de 5 quadras de futebol.
Astronauta 1: Não achou nada na sua voltinha? – Pergunta pelo comunicador enquanto com sua quirk projetava luzes de seus olhos para achar algum minério.
Astronauta 2: Acho que esse último não tem nada além de pedras e poeira. – Quebrava o chão com uma britadeira adaptada ao seu traje.
Mark: Pelo contrário. Achei algo brilhante!
O filho de J.J desce para uma cratera no meteoro, onde encontra uma saliência que na sua ponta possuía uma pedra preta brilhante.
Mark: Acho que é obsidiana. – Analisa o minério com olhos curiosos. – Vou tirar. – Pega sua picareta da cintura e vai quebrando envolta para que pudesse extrair sem danificar muito o objeto.
Aparentemente tinha uma raiz resistente na base do minério, então ele arranca com suas mãos usando a sua quirk de força e remove a pedra. Um líquido negro e viscoso escorria da pedra, ele se mexia irregularmente. Como se estivesse vivo.
Mark não teve muito tempo de analisar até que o solo começou a tremer e se partir no meio. Ele coloca o minério com o líquido negro estranho na bolsa e volta para a mini nave.
Porém, quando ele e os tripulantes chegam, o tremor aumenta criando uma rachadura no chão em que a nave fica encalhada. O buraco aumenta e os astronautas pulam alto e são pegos por Mark que os leva para dentro da nave principal.
Astronauta 3: É... já era as coletas daquele veículo.
Astronauta 1: Já temos muitas coisas dos outros asteroides. Não é um elemento novo encontrado, mas é um grande avanço para a ciência.
Mark: Eu consegui isso! – Tira o minério da bolsa, mas quando o mostra, não tinha mais aquele brilho e textura. Parecia só um pedaço de rocha espacial sem aquele líquido estranho. – Hã? – Fica Incrédulo. – Acho que me empolguei e confundi.
Astronauta 2: Guarda isso na cápsula de vidro. Pode valer alguma coisa.
Astronauta 4: Bem, já deu a hora de retornarmos. Ou querem morrer de fome?
Mark: Positivo, senhor. Estou com saudade de casa.
Sem que ninguém notasse, o estranho líquido negro se movia pelas paredes até entrar na grade de ar da nave. Muito curioso para saber que lugar era esse que eles chamam de “casa”.
1 semana depois
Os alunos finalmente retornam para as suas aulas após a conturbada onda de acontecimentos envolvendo a Liga dos vilões e a volta de Izuku.
Izuku: Como é bom voltar. – Se alonga e senta em sua mesa.
Mina: Bom dia. O que achou do novo quarto?
Izuku: Ficou legal, embora eu sinta falta da companhia do Denki.
Kaminari: Eu tô aqui. – Dá um tapinha no ombro do seu jeito brincalhão. – Digo o mesmo.
Mina: Eu amaria uma competição de quartos, mas meio que todo mundo já se conhece.
Kaminari: Por que não fez ano passado com o anúncio dos dormitórios?
Mina: Eu tava nervosa naquela vez e não conhecia ninguém, exceto o Eijiro.
Izuku: (Ela não tem costume de chamá-lo pelo primeiro nome). Todo mundo no geral.
Jirou: Pronto para voltar com tudo, Izuku?
Izuku: Com toda certeza.
Aizawa: Estou feliz por vê-los bem todos aqui. Finalmente, o 2 ano começará direito. Como mencionei ontem... nosso primeiro objetivo será “adquirir licenças provisórias” de heróis para todos vocês.
Todos gritam empolgados, principalmente Izuku que não precisaria dar mais desculpas para agir.
Aizawa: Uma licença de herói, em essência, dá permissão para que intervenha diretamente quando a vida de uma pessoa corre risco. Esta qualificação carrega um enorme peso. O exame necessário para ganhar essa licença e extremamente rígido. É uma licença provisória mas, mesmo assim, a quantidade de aprovação, ano a ano, é de menos de 5%.
Hatsume: Isso não é mais para frente?
Aizawa: Devido a todos os incidentes, o conselho decidiu apressar suas carreiras.
Uraraka: Ganhamos dinheiro? – Pergunta com números nos olhos.
Aizawa: Não. – A menina bate a cara na mesa. – Tem a função de ampliar o aprendizado e começarem a trabalhar como heróis.
Kaminari: Mesmo pra uma licença provisória... É tão difícil assim?
Aizawa: E é por isso que, a partir de hoje, faremos com que cada um de vocês desenvolva pelo menos... – A porta era aberta e entrava os seguintes heróis: Midnight, Ectoplasma, Cementoss, Snipe e Hawks para a surpresa dos alunos. – Seus próprios golpes especiais.
Mina: Snipe não é do terceiro ano?
Jirou: É porque não existe mais terceiro ano, boba.
Snipe: Eu treinaria o próximo terceiro, se o Aizawa não tivesse expulsado todos com essa cara feia. – Dava cotoveladas no braços do moreno irritado.
Tokoyami: E você, Hawks? – O herói número 3° faz um sorriso relaxado.
Hawks: Acatei o pedido do All Might pra tirar uma folguinha das ruas. Apenas um dia.
Ectoplasma: Os movimentos especiais são... – É cortado por Hawks.
Hawks: É bem óbvio como o nome já diz. São coisas que só vocês podem fazer com suas quirks para mudar a situação a seu favor. – Põe as mãos nos bolsos e sai da sala, deixando só seu rosto a mostra. – Vistam suas fantasias e vão lá no ginásio Gamma.
Midnight: Não é assim que se explica para os alu... – Para de falar quando os estudantes saiam da sala seguindo o herói.
Os professores ouviram os murmúrios dos jovem sobre essa atitude.
Kirishima: Explicou tudo tão dinâmico e claro!
Kaminari: Ele tem um linguajar maneiro. Parece até que falei com alguém da minha idade.
Tsuyu: Também é bem bonito.
Uraraka: Ele pode ensinar várias coisas diferentes pra nós.
Izuku: Ele podia ser professor permanente.
Ouvindo todas as palavras dos próprios alunos, os professores se sentindo traídos baixam levemente a cabeça ficando com uma aura negra negativa.
Campo Gamma
Todos chegam trajados para a enorme sala de treinamento que era perfeita para Cementoss moldar o que quiser do cenário ao bel prazer.
Izumi: O que terá no teste para termos que aprender movimentos especiais? – Quando Aizawa ia falar, mas Hawks foi mais rápido como sempre.
Hawks: Incidentes, acidentes e calamidades humanas... todo tipo de coisa que vocês podem imaginar que um herói irá lidar. Esse é ponto que os olheiros vão avaliar.
Snipe: Não apenas habilidades ofensivas. Também será julgado mobilidade, liderança, reunir informações, luta, salvamento e comunicação. A cada ano eles mudam.
Mina: Praticamente tudo que o Izuku já fez.
Izuku: Eu nunca olhei por esse lado. – Cruza os braços. – Basicamente algo que estabilize a situação.
Aizawa: O acampamento serviu para fortalecer suas quirks...
Ectoplasma: Agora, vamos trabalhar seus movimentos especiais. – Fazia clones de si mesmo que ficam em cima de pilares quadrados. – Será um treino militar!
Midnight: Além disso... Com o desenvolvimento das suas individualidades e com a natureza de suas habilidades em mente. Considerem meios nos quais seus uniformes também podem ser melhorados. – Todos olham Hatsume.
Hatsume: (Lá vem trabalho).
Aizawa: Permitam que o espirito do plus ultra leve vocês a novas alturas. Estão todos prontos? – Lança um olhar desafiador para sua animada turma.
Kaminari: Estou empolgado!!
Izuku: (Tenho tantas ideias). – O professor para a sua frente.
Snipe: Quero ver suas habilidades de perto.
O treinamento dos alunos se inicia. Cada aluno pensava em alguma forma criativa de usar seu poder.
Ectoplasma: Um jato pressurizado de ácido e bem interessante. – Via Mina criando um buraco profundo em uma parede.
Mina: Eu tenho esse movimento aqui! – Começa a correr usando ácido fraco de para deslizar com os pés.
Era semelhante a uma patinagem no gelo, mas a coordenação motora dela não acompanhava muito bem a velocidade e ela quase caia.
Ectoplasma: Genial, mas precisa praticar mais até virar hábito.
Do outro lado, Jirou e Midnight faziam uma luta corpo a corpo. A heroína 18 tenta acertar uma chicotada girando em círculos. Jirou desvia com bons reflexos e derruba a professora prendendo sua mão nos earphones e a imobilizando com uma chave de braço.
Midnight: Muito bem! Os vilões podem acabar se dando mal por julgar sua aparência.
Jirou: Aprendi isso vendo a Uraraka e ampliei com os meus fones.
Midnight: Como vai o namoro? – Dava um sorriso de lado deixando a rockeira corada. – Adoraria um galã daqueles só pra mim. – Lambia os lábios sensualmente e Kyoka se irrita.
Jirou: Quem você tá pensando que é!?
Num movimento rápido que a jovem não percebe, é presa pela perna de Midnight que inverte a posição.
Midnight: Brincadeirinha. Você não pode deixar que nada te distraia.
Jirou: Certo.
Kaminari: Posso bater mesmo no senhor? – Sorri girando seu bastão dourado contra Aizawa.
Aizawa: Se conseguir. – Enrola as faixas de contenção na arma de Denki, mas larga quando ele ativa o choque.
Segue tentando estocar com o bastão, mas todas as vezes Aizawa desvia. Só que quando ele conseguiu dar um nó, a ponta do bastão solta um raio que arranca uma fios de cabelo do moreno.
Kaminari: Sou um verdadeiro mago.
Aizawa: Foi uma boa escolha usar um equipamento pós estágio.
Kaminari: Eu preciso atualizar meu traje.
Iron Heart: Talvez outra horinha, Kaminari.
Acima deles, Hatsume lutava contra Hawks... ou melhor, suas penas. Tentava atirar nas penas, mas elas desviavam circulando envolta dela distribuindo “tapas” leves.
Hawks: Você nunca foi de lutar muito no ar, né? Você se move de forma tão dura que parece um robô... hihihihi. – Estava sentado no pilar mais alto. Em sua mão direita tinha uma lata de refrigerante e a outra um livro peculiar.
Iron Heart: Que saco! – Dispara lasers vermelhos nos pulsos que não acertam. – (Eu não pratiquei tanto no ar).
Hawks: O que acontece se eu fizer isso? – Manipula as penas para bloquear a visão do capacete da menina. Usa outra pena para a atacar nas costas.
Só que ela possuía uma mini câmera na nuca que mostra em seu sistema e ela desvia. Se livrando das penas, ela retrai dos lâminas nas laterais do antebraço.
Sistema: Análise de padrão de movimentação completo.
A inventora sorri e começa a defletir as penas com as lâminas que criavam faíscas com a colisão. O herói soltava um assobio por ela não ser atingida nenhuma outra vez.
Hawks: Nada mal. Melhor não se acostumar...
No pilar inferior direito, Uraraka conseguiu derrotar um dos clones do professor com um soco do avesso. Porém ela não estava satisfeita.
Uraraka: Acho que preciso de equipamentos de suportes novos.
Ectoplasma: Recomendo algo para inimigos distantes. – Era esmagado por uma pedra.
Uraraka: Talvez algo como a Izumi ou o Izuku... – Olha para a esverdeada.
Cementoss: Copiando seu irmão foi uma boa ideia. – Via ela usando os pilares para se balançar e atingi-lo. E ele bloquei com uma parede.
Izumi: Preciso aproveitar toda a minha versatilidade. Não basta só copiar os outros. – Manda um peteleco que cria uma bolha de ar destruindo a parede.
All Might: Muito bem, Shoujo! – Chama a atenção de todos.
Aizawa: Não devia continuar descansando?
All Might: E você descansou quando o Nomu te transformou em múmia? – Recebe um ponta pé na ferida. – Aiaiaiai, era só uma comparação! – Vai auxiliar os alunos.
Aizawa: (Bom que você evoluiu como professor, Toshinori).
All Might: Que tal você utilizar os chicotes dessa forma e... – Alguém pula sobre sua cabeça.
Izuku fugia de duas balas teleguiadas em um ambiente semelhante a um labirinto com diversos obstáculos e passagens feitas por Cementoss.
Homem Aranha: Você tá tentando me matar! – Gira e corta as balas fazendo um “x”.
Snipe: Você já deve ter escapado dos disparos da Nagant. – Essa citação deixa Izuku mais sério. – Ela era mais forte que eu.
Snipe dispara mais 4 balas quando ele aproxima fazendo a luz ofuscante, entretanto o óculos escuro protege sua visão e revida as teias com tiros. Logo, Izuku volta a correr e desviar das balas, só que desta vez ele avança contra o professor.
Snipe: Boa ideia em me fazer gastar os revólveres. – Joga uma granada de fumaça que faz Izuku se perder. – Mas tem que lembrar que oponentes estão prontos pra isso.
Entretanto o aracnídeo agacha de uma coronhada do revólver e passa encostando no pistoleiro, mas isso não muda a trajetória das balas que ele reage a tempo grudando na parede e fazendo seu breakdance. Evitando todas as balas que param no concreto.
Snipe: Seus reflexos são espetaculares para escapar de balas em movimento. – Ia pegar mais munição e sua mão não encontra o bolso do cinto. – Hã?
Homem Aranha: Procurando isso? – Monstra a bolsa de munição grudada em seu cotovelo e a carteira do professor. – Eu vinha treinando a minha aderência na praia. Depois do renascimento a minha aderência permitiu grudar coisas em meu corpo. – Devolve para Snipe. – Dá pra economizar nas mochilas com isso.
Snipe: Entre todos aqui, seu movimento foi o mais genial. Útil para roubar informações e desestabilizar vilões.
Homem Aranha: Pronto pro 2° round... – Recebe uma chamada de vídeo na máscara. – Pode me dar um instantinho? – Recebe um aceno e se afasta.
Aizawa: O que me diz das habilidades, Snipe?
Snipe: Digo que vocês prendem um pro hero entre adolescentes.
O aracnídeo sobe no pilar mais alto do centro, onde estava Hawks deitado de lado treinando a distância com as penas. Nem parece que ele tinha notado sua existência. Ótimo para atender a chamada.
Izuku: Sr. Pym? – Via o herói e cientista numa mesa de laboratório. – Como foi viagem de vocês?
Hank: Voltamos bem. Todo mundo está em casa agora. Como vai seu controle das aranhas?
Izuku: Suas dicas ajudaram muito. Só não vou ficar numerando elas.
Hank: Se precisar de exemplos mais práticos, venha estagiar comigo esse ano quando obtiver a licença. A Hatsume também vai. – Isso faz o jovem ficar nervoso.
Izuku: (O ano nem começou direito e eu tenho tantas ofertas! Johnny, Logan, Mirko e outros que nem consigo lembrar agora)!
Hank: Tô vendo que você precisa de tempo pra pensar. Boa sorte. – Encerra a chamada.
Izuku: Eu preciso estagiar com alguém no estrangeiro para ter liberdade de atuação. – Esse esquema era algo que as escolas de heróis passaram a adotar devido aos trabalhos do All Might nos EUA. Claro, ninguém podia simplesmente sair para atuar lá sem preencher a papelada e receber aprovação do governo. Muitos heróis utilizam isso para morar em outros lugares. – Será que até o terceiro ano consigo estágio com o Aizawa?
Hawks: Falando eu voz alta, vou saber de todos os seus segredos.
Izuku: Ah, desculpe não quis incomodar. Poderia me dar um autó... – Quando puxa o caderno a pena de Hawks sai das costas e escreve o nome de Izuku a base de cortes no maior estilo Zorro. – Demais!
Hawks: Para o aluno mais encrenqueiro que essa escola já teve.
Deixa ele constrangido. O mais novo olha para a perna de Hawks. A prótese devia estar escondida pela bota.
Izuku: Eu queria pedir desculpas pelo o que o Hulk fez.
Hawks: Nah... eu que fui ingênuo. Devia ter chamado mais heróis e insistido mais com o Endeavor. – Fica com uma expressão baixa. – Queria que ele tivesse ido me visitar no hospital. Aí veio a Fuyumi no lugar dele. Pensa numa mina gata.
Izuku: (O Todoroki disse que o pai estava bêbado esses dias pela frustração do All Might ter se aposentado. Não era assim que ele queria). Ouvi que vocês trabalhavam juntos. Mas é uma sacanagem ele não ir te visitar!
Hawks: Sou fã dele desde criança. Ele tem coisas mais importantes do que eu. Agora, ele deve se preparar pra ser o número 1°.
O esverdeado se contém para não falar besteira para Hawks. Lembra de como Endeavor era um péssimo pai marido, segundo Shoto. E pior foi quando o ruivo parecia querer matar Izuku só por existir.
Izuku: O chaminé ambulante não tem caráter para ser o símbolo da paz! – Olhava bem no fundo dos olhos de Hawks que fazia um rosto neutro até que solta uma gargalhada.
Hawks: Chaminé ambulante me pegou, hihi. – Limpa uma lágrima. – Pode retirar a minha bota do pé bom? Tá desconfortável.
Segura a bota ainda não crendo que Hawks se rebaixava para defender o herói das chamas. A bota não saia de jeito nenhum. Faz mais força e arranca a bota que saia sangue.
Hawks: AAAAAAAAAAHH! Caralho! Tu arrancou o meu outro pé!! – Grita maluco segurando a perna.
Izuku: N-não eu juro que não queria! Por Deus! – Entra em choque até que o herói para de se mover.
Hawks: É pegadinha. – Rola no chão rindo segurando a barriga.
Izuku: Mas o sangue... – Toca no líquido e põe na boca. Era ketchup escondido do lanche que ele comeu mais cedo. – Essa é a sua prótese!
Era inteiramente feita de metal e umas partes feitas de plástico. Possuía 3 dedos com garras afiadas como um falcão. No canto superior estava escrito “Industrias Hatsume”.
Izuku: (Devia ter o nome da U.A aqui. Ela tá fazendo a própria marca).
Hawks: Gostei tanto da prótese que até perderia o outro pé. – Izuku acha meio exagero esse excesso de comédia. – Eu namoraria aquela garota se fosse você.
Izuku: A Hatsume é muito esforçada. – Seu olhar vai para o livro vermelho na jaqueta dele. – Que livro é esse?
Hawks: Linha de frente armada para a liberação de meta humanos. A história de vida de Destro. – Mostra o livro. – Tá na boca do povo.
É um livro autobiográfico com forte conteúdo político escrito por Chikara Yotsubashi, também conhecido como Destro. Durante o tempo que esteve na prisão, Destro aproveitou para escrever a Meta Liberation War. Nesta obra, Destro expõe sua ideia de lutar contra o controle do governo sobre as quirks, acreditando que o livre uso destas é um direito humano básico. Depois de terminar sua escrita, Destro cometeu suicídio.
Izuku: É um tanto radical a ideia dele. – Folheava curioso. – Mas as intenções são justas.
Hawks: Pode ficar. Tenho outras cópias.
Izuku: Estou lisonjeado. Hawks... será que eu podia fazer o mesmo programa que você fez para ganhar licença logo?
Em um instante, a face de Hawks muda para uma franzida com os olhos cerrados. Como se Izuku tivesse tocado num ponto muito sério que fez o humor sumir.
Hawks: Não se torne um capacho do governo.
Aquelas simples frases fez Izuku arrepiar, não sabe por que, mas a tensão que o clima virou tão de repente o fazem ficar na linha. O herói sorri como se a pergunta nunca tivesse sido feita.
Hawks: Quer refri? – Antes que pudesse continuar, seu comunicador apita para uma emergência. – Aqui na cidade!?
Recolhe todas as penas, fazendo com que os estudantes e professores ficarem confusos. Menos o aracnídeo já que estava ao lado consegue ouvir com sua audição apurada. A nave japonesa estava com problemas e iria colidir fora da área de pouso.
Aizawa: O que está acontecendo?
Hawks: Tô dando o fora! – Abre a asas e dispara em alta velocidade quebrando a janela do ginásio.
Nisso, Izuku dispara suas teias e para na janela, arregalando os olhos da máscara. Ele vê a nave caindo do céu deixando um rastro de fumaça para trás.
Homem Aranha: Tenho que agir! – Lança teia e pula.
Aizawa: Alguém pode me explicar que porra tá acontecendo!?
Bem curiosa com isso, Mei liga o noticiário de sua armadura para todos ouvirem.
Transmissão: A Jaxa está estimando que a nave caia no rio nas proximidades da ponte de Musutafu.
Todos entram em choque, exceto por uma pessoa que explode a parede. Ninguém podia detê-lo.
Katsuki: Se o trouxa do Deku pode ir, eu também posso! – Voava com suas explosões seguindo Izuku.
A nave descia cada vez mais quase chegando no nível dos prédios médios. Abaixo, os civis entravam em pânico e saiam correndo. Na cabine do piloto, os dois astronautas tinham suas visões obstruídas pela gosma negra que os atacou ao entrar na atmosfera. Mexendo com suas cabeças.
Astronauta: Vamos bater! – Grita ao ver o prédio a poucos quilômetros.
Mark: Não vamos! – Segura o volante da Nave e o puxa com tudo para a esquerda mudando o trajeto para a água.
O trânsito da ponte tinha lotado as ruas, os carros estavam sem espaço para sair e os civis foram avisados na hora que a nave iria colidir.
Imediatamente as pessoas saiam correndo as pressas. Um louco força passagem entre os outros carros. Uma mãe e um menino prestes a serem atropelados, são salvos por penas vermelhas que se prende na gola de suas camisas.
Hawks: (Ainda tem tanta gente)! Tsk! – Sobe no topo da ponte, onde ele dava zoom com seus óculos e ia distribuindo todas as suas penas aos ventos para tirar as pessoas do local. – Não vai dar tempo!
A nave perdia altitude e fazia um pouso forçado na ponte que tremia colidindo com os veículos que são jogados para todos os lados e o concreto do asfalto era destruído. Deixando o caminho da nave que curvava levemente para a direita, partindo os fios da ponte com a asa e ficando metade para fora.
Em um dos prédios antes da entrada da ponte, uma figura vermelha e azul estica suas teias na ponta do edifício. Ele desprende suas pernas da parede e é lançado em alta velocidade na ponte na qual para em cima do fio que segue para o pilar.
Homem Aranha: Eu tenho que salvar essa gente! – Cambaleia pelo tremor da ponte. Ele ouve os fios de ferro se partindo na parte do meio. – Ok, Izu. Lembra da aula de hoje. Estabilize a situação!
Salta se balançando de um lado para o outro utilizando o sistema de sua máscara para marcar no visor cada parte para prender a ponte. Em meio a queda, ele gruda fios de teias nas cordas da ponte para substituir os fios metálicos.
As teias eram fortes o bastante para segurar o peso de um carro, com tantas teias dessas naquela ponte seria o suficiente para a manter em pé por 3 horas.
Homem Aranha: Certo! Agora posso fazer o que realmente importa. – Mais atrás da saída da ponte havia um grupo com a passagem obstruída por fogo. – Tenho que as tirar da ponte antes que se machuquem!
Cria redes de teias grossas que vão abafando o fogo, abrindo passagem. Olhando para trás, um ônibus estava caindo devido a o buraco que se formou.
Izuku lança teias no pneu que fixam se no chão, dando tempo do motorista tirar todos. Mais um tremor acontece e o motorista gritava dentro do caminhão que caia para a água. O Aranha segura o ônibus caindo com sua teia.
O motorista não aguenta segurar e cai quebrando o vidro traseiro. Se espanta e atira teia para pegá-lo, mas começa a ouvir explosões e olha para o buraco vendo Katsuki levar o homem.
Motorista: Obrigado!
Katsuki: Olha onde pisa! Burro!
Agora sua preocupação era outra, um grupo não conseguia atravessar o outro buraco. Midoriya puxa a carreta de um caminhão para servir de ponte entre a divisão.
Homem Aranha: Preciso chegar a nave...
Suas aranhas avisam que tem mais pessoas soterradas entre os carros e destroços. Elas estavam em lugares que ele não podia entrar. Levaria tempo que tirasse todas e a nave podia cair a qualquer momento.
Quando estava prestes a levantar um carro com uma família dentro, o carro perde peso e flutua. Ochako estava ao lado dele.
Uraraka: Deixa que cuidamos disso pra você. – Fala com um rosto confiante. Ao redor os alunos e professores da U.A trabalhavam para resgatar as vítimas.
Homem Aranha: Obrigado, Ochako! Conto com vocês! – Lança teia em direção ao veículo aéreo.
Ao pisar na lateral da nave, ela balança um pouco se mostrando instável. Percorre a nave com muito cuidado a cada movimento até que acha os 4 tripulantes caídos.
Homem Aranha: (São 5, mas cadê o Mark)? – Pega os 4 com as patas mecânicas. Ao chegar pra fora, ele vê penas flutuantes.
Hawks: Eu levo eles. – Fala no comunicador. Estava tirando as pessoas da região.
Homem Aranha: Falta um... – Volta para dentro e percorre a nave. – (Isso é demais! Nunca estive numa nave espacial antes... foco, Aranha)! Mark! Cadê você?
Mark: Unngh... – Grunhi saindo do corredor escuro. Ele cambaleia e o aracnídeo o segura.
Enquanto o levava no ombro, o estranho líquido negro passa para o peito do traje do esverdeado que não sente sua movimentação ao sentir a nave mexer.
Homem Aranha: TÁ CAINDO!
Corre pelas paredes, trocando para o teto e pula para a porta de saída antes que fosse junto com a nave no rio. Ele deixa Mark no chão e olha os helicópteros do Clarim chegando.
Homem Aranha: Aposto que a manchete vai ser “Homem Aranha ataca novamente”. – Ao se levantar, nota a gosma preta em sua roupa. – O que é isso? Petróleo? – Toca o líquido que gruda nas mãos. – Espero que meu traje não fique fedido.
Se lança no alto e vai auxiliar os amigos até que todos estivessem resgatados. Horas depois, Beast Jeanist chega para substituir as teias para que a ponte pudesse ser reconstruir um dia. No final, ninguém havia morrido, e apenas algumas pessoas ficaram feridas.
Com o início da noite, todos os integrantes da U.A retornam para a escola. Estavam meio apreensivos com o que a U.A teria que responder, mas não tinham arrependimento nenhum de suas ações heroicas.
Após todos tomarem banho se reencontram um tanto quietos nas mesas de jantar.
Izuku: (Eu vou limpar esse troço amanhã) – Joga seu traje na cesta de roupas normais. – Aaaaah... como tô exausto. – Senta junto com Jirou para comerem uma boa refeição de filé de porco com arroz e salada, preparados por Sato e Tsuyu.
Jirou: Descanse bem... – Beija sua bochecha. – Você merece depois de hoje.
Izumi: Tô impressionada que você seguiu o Izuku primeiro. Ver você salvando pessoas e tão diferente.
Katsuki: Esperava o que? Que eu explodisse a ponte? – Responde grosso como sempre.
Izuku: Gostei de ver você lá, Ochako. Sua reação foi incrível.
Uraraka: Sempre quis fazer resgates como a Treze. Inclusive, ela me elogiou.
Izuku: Se um dia cairmos numa prova de resgate, vou querer fazer junto de você. – Sorri coçando a nuca. A garota fica corada e a rockeira fica meio ranzinza, mas entende que era só reconhecimento de Ochako.
Tokoyami: Aí, pessoal, olha o jornal.
Todos viram seus rostos e veem a transmissão feita por J.J que contava do ocorrido. Hawks foi parabenizado por salvar as vítimas e a U.A recebeu elogios por auxiliar.
Kirishima: Somos famosos!?
Tsuyu: Tecnicamente já somos, kero.
Jirou: Olha você, Denki.
Kaminari: Eu tô na TV... – Fica vidrado na tela igual a um vaga-lume quando vê luz.
Ocultaram ao máximo as cenas de ação dos jovens, mas no final manterão a de Izuku salvando os astronautas. E a última mensagem foi Jameson olhando para câmera.
J.J: Homem Aranha onde quer que esteja, se estiver ouvindo isso... saiba que eu agradeço pelo que fez hoje. – Diz com um tom de arrependimento. Sua voz saia mais baixa. – Peço perdão por tudo aquilo que acusei para lhe ferir sua imagem. Pretendo me redimir apagando todas as manchetes passadas que o humilharam. Eu estava errado... você é um herói.
A transmissão se encerra, Izuku não piscou nenhuma vez e não acreditava naquilo.
Izuku: Isso é ilusão do Mysterio ou é alguma pegadinha?
Hatsume: Não é apenas o editor do maior portal de notícias te agradecendo ao vivo.
Katsuki: (Eu ajudei também e não teve uma cena minha! Que cara idiota! Só porque o Deku salvou o filho dele)! – Bate na mesa e sai do dormitório para ir treinar como forma de descontar o maldito estresse.
Izuku: Se o J.J pensa que eu vou voltar a trabalhar para ele, está muito enganado... ok, isso foi um passo para nos darmos bem de novo.
Horas se passam e é chegado o momento de irem dormir. Quase todo mundo foi para suas camas. Percebendo mais nenhum ser vivo a sua volta, o líquido sai da cesta de roupas e sobe as escadas até que se esconde ao ver duas pessoas na escada entre a ala masculina e feminina. Dois jovens beijavam de língua cheio de paixão antes de se despedir.
Jirou: Boa noite.
Izuku: Boa noite.
A rockeira sobe e o aracnídeo segue para seu quarto com um rosto bobalhão de apaixonado. O simbionte persegue ele até o quarto, os dois param de andar ao verem pela janela Bakugou escrevendo num caderno de bolso e depois fazia séries de flexões que não pareciam ter fim.
O simbionte fica até em dúvida se aquele humano poderia ser sua escolha, mas é tirado do pensamento ao ouvir uma porta fechar.
Ele entra no quarto do esverdeado já dormindo na cama. Serpenteando pelo piso, subindo nos lençóis até chegar na mão de Izuku. A gosma preta se espalha pelo corpo enquanto ele se agita cada vez mais na cama em meio ao sonho.
Um garoto de cabelos verdes bagunçados com uma roupa do fundamental corria de uma sombra gigante que o persegue. Ele dava voltas pelas esquinas vazias de Musutafu que estava com o céu oculto por uma névoa.
Izuku: Está chegando perto! – Corria apressadamente o frágil quirkless.
A sombra surge na sua frente após passar por um beco. Ela sai da parede, onde toma a forma física parecida de um líquido com olhos brancos bem grandes. Ela consegue agarrar Izuku e o trazia para a boca, se não fosse impedida pelo traje azul e vermelho do Aranha que agarra o pulso.
Izuku: Quem... são vocês?
Os dois uniformes começam a brigar, colidindo seus corpos entre os prédios em meio aos socos. O esverdeado se escondia em uma parede das casas ali.
A criatura gosmenta atacava com agressividade arranhando o oponente e o golpeando contra postes de energia. Olha para o jovem e o segura antes que fuja. Só que o traje vermelho e azul segura o braço direito, iniciando uma disputa de força pelo esverdeado em que o traje negro ganha e consome Izuku.
Izuku: NÃO! – Seu grito ecoa, mas ninguém pode ouvi-lo.
Se afoga no mar de trevas que parecia não ter fim. Ele apaga... tudo completamente escuro... até que ele abre os olhos...
Homem Aranha: Onde estou?
Estava de cabeça para baixo pendurado numa teia em frente a um prédio que espelhava seu novo traje. Sua nova roupa era inteiramente preta com grandes lentes brancas nos olhos, um tecido branco nas costas da mão. Uma grande aranha branca no peito que tinha as patas bem próximas que passavam por suas costelas até a outra aranha nas costas.
Homem Aranha: Que pesadelo... por um momento eu achei que estava... fora de mim.
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