Um simples erro, um erro bobo, mas que custou uma Libertadores. Este era o unico pensamento que reinava na cabeça de Andreas Pereira, ex jogador do Manchester United, o garoto de 25 anos estava muito mal, mas muito mal mesmo. Estava chorando o dobro da torcida e dos jogadores do Flamengo, a cabeça dele uma hora parecia que ia explodir de tantos comentários negativos e olhares reprovadores ao seu redor.
Ficou um bom tempo sozinho no vestiário, alguns jogadores conversaram com ele, aconselhando-o e dizendo que estava tudo bem, mesmo que não parecesse e que não, NÃO estivesse tudo bem. Andreas sabia disso, não era uma criança, sabia muito bem das consequências de seus problemas. Estava muito mal, e queria enfiar a cabeça em um buraco e só aparecer 50 anos depois. Saiu do banco de reservas daquele estádio, foi ao vestiário, falou com alguns jogadores mas logo sumiu em meio aos corredores aonde ligava os chuveiros. Ficou sentado em um destes cantos, sozinho ,chorando. Havia retirado a camisa do Flamengo e jogado dentro da mochila, não ia tomar banho, nao ia tirar as chuteiras, não iria sair dali, prometeu a si mesmo, mas como em todo momento ruim, sempre tem um anjinho que nos arranca da tristeza e nos motiva a seguir nosso caminho.
Este era Matheus França Silva, ou melhor, Matheuzinho, jogador de 21 anos do Flamengo. Este que estava mal pela derrota do time, claro que estava, assim como os outros, mas estava ainda pior pensando em seu melhor amigo, aquele que, desde que chegou no elenco, o apoiou e virou seu melhor amigo, virou aquela pessoa que Matheuzinho podia confiar, sempre.
Matheuzinho entrou no vestiário do Flamengo procurando o melhor amigo em todos os cantos, alguns jogadores estranharam mas ignoraram, pois achavam que Matheus havia apenas perdido algum pertence seu e estava procurando pelo lugar. Matheus logo entrou nos banheiros, procurou por todos os cantos e nada, mas em uma das repartições, as últimas que estavam no corredor, olhou pra um menino sentado no chão, ainda chorando muito, só os soluços davam para ser ouvidos. Matheus fechou os olhos de dor, respirou fundo, e virou a repartição olhando o amigo, rapidamente se abaixou do lado dele, colocando sua mão sobre a perna de Andreas.
- Eu sinto muito mesmo. - Andreas naquele momento não tinha forças para se levantar, apenas colocou sua mão sobre a de Matheus.
- Tudo bem. - Andreas passou a mão nos cabelos, logo colocou a mão no rosto tentando enxugar as lágrimas. - Eu quero ir embora daqui o mais rápido que posso, mas sem ninguém perceber.
- Eu posso te ajudar nisso. - Matheuzinho pensou um pouco, pensando na comissão técnica do elenco que estava toda ali, ele saiu dali rapidamente e explicou toda a situação de Andreas separadamente, enquanto isso, Andreas ainda chorava bastante, os olhos estavam doloridos de tantas lágrimas, e nem tinha forças para se levantar.
A benção do comissário atendeu o pedido de Matheus em relação ao amigo, ele conhecia um caminho que poderia levar ao estacionamento sem que ninguém fosse percebido, Matheus juntos seus pertences e os de Andreas, Andreas colocou sua camisa novamente, o comissário ajudou a levar ele até o carro, ele estava fraco, mal conseguia andar. A medalha ele quase esqueceu no chuveiro, a sorte foi que Matheuzinho a pegou e levou consigo.
Aquele comissário salvou a vida de Andreas, levou ele e Matheus até o hotel onde se encontrava a seleção do Flamengo, a sorte é que em uma parte estava privado para os jogadores, e com isso, deu uma grande chance para que ninguém os visse.
- Ele vai ficar bem?- o comissário viu a situação de Andreas, Matheuzinho olhou pro jogador e assentiu pro homem mais velho. Ele deu de ombros e saiu, mas antes, Matheus o olhou segurando seu braço;
- Mas por favor, não conte a ninguém que ele esta aqui, comigo. - Matheuzinho disse olhando pro homem que concordou e ja saiu do hotel, Matheuzinho entrou no elevador junto com Andreas, que ja havia regulado um pouco o choro, ele logo apertou o botão que dava ao corredor do quarto, e nisso, Matheuzinho entregou a bolsa de Andreas para ele.
- Obrigado pela preocupação, achei que todos me ignorariam. - Matheuzinho sentiu uma fisgada no coração com o comentário.
- Eu gosto muito de você, nunca que deixaria você sozinho assim, erros todos cometemos, e eles que se fodam se ficarem te criticando. - Andreas sorriu em meio a tanta tempestade em volta de si, Matheuzinho o olhou sorrindo, e logo passou as mãos em seus cabelos. - Esqueceu que eu até pintei o cabelo da cor do seu? - Andreas naquele momento riu, riu depois de tanto tempo. Matheus se sentiu aliviado pois havia arrancado uma risada do garoto.
Matheuzinho tirou as chaves do seu quarto do bolso e abriu, jogando sua mochila em cima da sua cama, Andreas entrou ainda um pouco zonzo, Matheus fechou a porta, trancando-a e colocando a chave em cima da pequena mesinha que havia ali. Logo, Andreas sentou na cama d colega enquanto via o outro arrumando algumas coisas no quarto. O outro pegou a sua medalha e colocou em cima da mesinha junto com a medalha de Andreas, quando percebeu que o colega estava tirando o celular do bolso para olhar mais uma vez, Matheus rapidamente tirou o aparelho das mãos do colega, puxando-o pra si.
- O celular é meu!
- Mas seu psicológico jamais vai aceitar esta tortura! - Matheus falou bravo alertando o amigo. - Tem uma chuva de críticas aqui dentro deste aparelho e voce ainda quer dar atenção a eles? Você ja se pronunciu, não tem que dar mais nada a eles! - Matheus disse autoritário, Andreas concordou com a ideia, se levantando. - Porque você não toma um banho?
- Eu quero beber. - Matheus se assustou, nunca havia visto o amigo beber. - Porfavor, só hoje cara, eu preciso esquecer isso "duma" vez. - Matheuzinho abriu a porta da geladeira que havia em seu quarto e deu a garrafa de vinho para Andreas. - Isso era para uma vitória?
- Não, é meu mesmo. - Matheus disse.
Andreas abriu rapidamente e virou a garrafa na boca, Matheus se surpreendeu com o jeito do amigo, e enquanto ele tirava os sapatos e o meião, ainda com uniforme do Flamengo de jogo, via Andreas com o uniforme inteiro do jogo, até as chuteiras, continuando a virar a garrafa na boca.
Passou longos minutos deles em silêncio, Andreas estava deitado na cama, olhando pro teto, virando a garrafa de vinho na boca, ja Matheus estava mexendo em seu celular, lendo as mensagens "positivas" que havia em sua rede social particular, logo voltou sua atenção a Andreas, já não aguentando mais a situação do amigo.
- Cara vai tomar um banho, tu ta muito mal meu irmão! - Matheus arrancou a garrafa da mão do amigo e virou ela em sua garganta, tomando. Andreas olhou pro amigo ja meio bêbado.
- Eu nao tenho roupa! - Matheus colocou a garrafa em cima da mesinha e logo abriu a mochila de Andreas, pegando um short limpo que estava la dentro, jogou para o amigo que olhou o short com um olhar engraçado;
- Agora tem!
- Da minha cueca ai também porra! - Matheus começou a procurar na mochila do rapaz mas não achou nada.
- Mas não tem nada aqui... Você esqueceu? - Matheuzinho disse ouvindo uma risada gostosa do amigo.
- Nem sei, fodase. - Andreas levantou indo pro banheiro meio zonzo. - Eu fico sem cueca mesmo. - Matheuzinho fechou os olhos tentando não imaginar coisas piores olhando pro amigo, ele não era um cara malicioso, mas as vezes Andreas o fazia se sentir assim.
O mais velho entrou no banheiro sem ao menos fechar a porta, arrancou as chuteiras com a ponta dos pés, colocando em um canto do banheiro, entrou no box onde estava o chuveiro sem ao menos tirar a roupa, ele havia bebido um pouco e quando ligou o chuveiro, uma sensação ruim o preencheu por completo, ele logo encostou na parede oposta do chuveiro e começou a chorar novamente, Matheuzinho lembrou de dar uma toalha ao amigo e a pegou em seu armário, quando entrou no banheiro para entregar ela ao amigo, pode perceber o outro mal novamente. Naquele momento o coração de Matheus parecia ter partido ao meio, olhou para Andreas com tanta pena que não tinha como segurar mais, não pensou duas vezes, pendurou a toalha no box, tirou a camisa e rapidamente entrou dentro do box, Andreas o olhou sem entender nada, e só sentiu um abraço apertado do colega, um abraço confortante, um abraço que todos os flamenguistas do mundo queriam naquele instante. Andreas confortou sua cabeça no ombro do menor, Matheuzinho sorriu em meio ao abraço, sentindo o coração do amigo desacelerar...
Os olhos de Matheuzinho se chocaram com o de Andreas quando ele desfez o abraço, ele riu pois o chuveiro estava ligado e estava o molhando completamente, Andreas o olhou de cima abaixo com um sorriso malicioso. Ele estava bebado, nem estava raciocinando direito, e logo puxou o amigo para um abraço novamente.
Não disseram uma palavra, Matheus mergulhou sua mão pela camisa do Flamengo de Andreas, que ja estava colada no corpo do colega por conta da água do chuveiro. O meião e o short de Andreas estava encharcado, mas não ligava, dava atenção em estar ali, com o homem que realmente se importava com ele. Andreas começou a passar a mão pelo peito do mais novo, e logo Matheus arrancou a camisa do mais velho do corpo do outro, e sem raciocinar direito, colou seus lábios no mais velho, como um beijo necessitado, empurrando o outro contra a parede. Era uma sensação boa e confortável para Andreas, que em meio a uma tempestade, encontrava segurança e tranquilidade. Não demorou muito para que se ajoelhasse na frente de Matheuzinho, o colega ficou meio em choque com a cena, mas deixou que Andreas fizesse o que quisesse, namorando e brincando com o membro do colega após abaixar o short dele.
Tiraram as roupas completamente, somente Andreas que continuava com o meião de jogo, ele não disse uma palavra durante todo o momento, Matheus se divertia com o amigo o alargando somente com os dedos, colocando as suas duas mãos contra o box, sim, estavam bêbados, e creio que bêbados não raciocinam muito bem.
Andreas estocava o outro com raiva, com vontade, Matheus abafava os gemidos da maneira como conseguia, sentia suas pernas tremerem com os movimentos de Andreas em si, a água do chuveiro batia nas costas do mais novo, o dando ainda mais prazer e vontade de Andreas; gostava daquele garoto, mas expressar seus sentimentos era algo mais complicado. Depois de um tempo com estes movimentos, trocaram beijos embaixo do chuveiro, Matheus dava chupões fortes na pele do mais velho, nem se importanto de alguém ver isso depois, continuaram assim, no chuveiro, mas quando quiseram sair dali, não deu muito certo. Andreas ja estava bebado o suficiente para não saber o que estava fazendo, só queria ter Matheuzinho pra si o consolando, o fazendo esquecer dos seus problemas, e quando ambos saíram do banheiro, não deu outra, Matheuzinho jogou o colega na cama, ainda o beijando com fervura, retirando o meião do amigo, o deixando nu completamente.
Matheus se ajoelhou na cama, admirando cada canto do corpo do amigo, boquiaberto, nem acreditando que aquela maravilha existia. Andreas riu com o olhar do amigo, e logo o puxou pela nuca para continuar o que estava fazendo, porém agora era diferente, era Andreas que abriu as pernas pro colega, o olhando com doçura.
- Teus, faz comigo o que os caras (torcida do Flamengo) querem fazer comigo. - Matheus não entendeu nada, parou de beijar o colega o olhando.
- Fazer o que?
- Me fode, por favor. - Matheus deu uma risada gostosa do lado do colega, mordeu os lábios de Andreas o penetrando sem ao menos avisar, Andreas soltou um gemido largo e alto, Matheus tampou a boca do rapaz rapidamente, se movimentando bem devagar. Andreas fechou os olhos, mordeu os lábios, segurando os lençois da cama para não gritar de dor no momento. E logo depois que se acostumou com o rapaz, rebolou pedindo mais e recebeu, era agora Matheus quem se divertia, mordia os lábios metendo com vontade pra dentro do rapaz, "talvez ele estaria se vingando daquele erro que Andreas havia cometido no jogo", diria. Continuou com força abriu ainda mais as pernas do mais velho para meter ainda mais para dentro, Andreas nao estava aguentando a dor, colocou sua mão na perna de Matheus para ele reduzir a velocidade, mas o amigo não reduzia, parecia mesmo que ele estava se vingando de tudo, mas quando estava chegando perto do seu ápice, foi reduzindo a velocidade, saindo de Andreas e se desfazendo por cima dele, chegaram ao ápice juntos, Matheuzinho estava incrédulo com o que acabara de acontecer, estava um pouco em choque, não mentiria, mas havia amado aquele momento junto com seu menino.
Sabia que Andreas estava morto, passou a mão nos cabelos do garoto, deu um beijo na testa dele, o cobrindo com o lençol. Andreas se aconchegou na cama do outro, abraçou o travesseiro, Matheuzinho sentou na beirada da cama, vestiu um de seus shorts no mesmo instante, sorriu olhando pra Andreas fechando os olhos calmamente antes de apagar, estava satisfeito com o que havia feito, havia feito o menino esquecer seus problemas por um bom tempo, se sentia cansado, deitou ao lado de Andreas e repousou sua cabeça no peito do mais velho para ao menos descansar um pouco, satisfeito, mesmo com uma derrota amarga.
♤♤♤
Depois de algumas horas, a delegação do Flamengo havia chegado, estavam tristes pela derrota, mas alguns estavam se perguntando onde estava Andreas Pereira... E quando subiram pros quartos, Diego Ribas, um dos jogadores do Flamengo, foi diretamente ao quarto do rapaz.
- Andreas! Podemos conversar? - Diego bateu mas sem respostas, não ouvia nem um barulhinho sequer vindo do quarto do rapaz. - Que estranho, parece que ele nem esta aqui!
- Ele deve ter fugido isso sim! - Renê disse revirando os olhos, olhando pra porta do quarto do garoto.
Sim, Andreas Pereira havia fugido do mundo, fudido da mídia e dos outros jogadores, fugiu de seus problemas e das consequências deles na cama de Matheuzinho, um dos seus melhores amigos, aquele que ele podia confiar em todos os sentidos.
E eu acho que aquela noite estava só começando para Andreas...
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