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História Jovens Adultos - Piloto


Escrita por: zacfire

Notas do Autor


Esta categoria não é original, mas não a encontrei nas opções.

É de uma série na Netflix chamada Esquadrão Bizarro.

Espero que gostem.

Capítulo 1 - Piloto


                Otto acordou assustado naquela manhã, quase esquecendo que era seu último dia na academia. Ao levantar da cama bateu na lâmpada que ficava bem acima da sua cabeça. Ele se irritava porque todo dia batia a cabeça no mesmo lugar. Odemira, sua professora, não perdoaria seu atraso no último dia. Digamos que ela o marcou de um jeito ruim. Tomando uma ducha rápido e vestiu seu uniforme cinza com o símbolo do esquadrão no peito. Otto saiu correndo do dormitório direto para o campo de treinamento. Fez todos os exercícios mandados pelos instrutores que, ao final do dia, fizeram discursos emocionantes pela formatura da equipe. Otto não se sentiu tão realizado assim. Todos, com exceção dele desenvolveram suas habilidades enquanto alterados. Denominação para os agentes do Esquadrão Bizarro.

 

                Otto fingia não ver os olhares de completo desprezo e os comentários maldosos de seus colegas de equipe. Entre invulnerabilidade, projeção astral e clarividência, Otto era o único que não passava da velocidade. Desde o começo do treinamento, os instrutores ensinaram que, para despertar sua habilidade seria necessário que os aspirantes fossem acelerados - literalmente - para suas moléculas liberarem seus poderes. Isto acontecia devido a uma esteira capaz de alcançar os mil quilômetros por hora. Otto ficou extremamente empolgado no dia e depois dos primeiros colegas que passaram pelas máquinas despertarem habilidades incríveis, Otto ficou imaginando qual seria o seu. Após sair da esteira, Otto não se sentiu diferente. O diretor acreditou ter ocorrido algum erro e permitiu Otto a repetir o teste, mas nenhuma manifestação.

 

                As bochechas de Otto ficaram vermelhas de vergonha quando viu que era o centro das atenções. Mas de um jeito bem ruim. Odemira, o encarou com desprezo e tomou a frente pronta para expulsar ele da academia. A birra dela começou por aí. Otto sentiu as pernas quentes e antes que pudesse reagir correu tão rápido que atingiu a professora e ambos destruíram uma parede da academia. No final ficou explicito que velocidade era o forte de Otto, mas visto como alguém sem talento. As semanas seguintes não foram mais fáceis. Com Odemira em sua cola e o treinamento puxado, Otto ficava no limite. Era o último a completar qualquer exercício, ficava incapacitado rapidamente e precisando ir para a enfermaria. Esta era a questão do ponto forte de um agente ser a velocidade. Não havia registros na história de ninguém assim.

 

                Otto tinha uma série de problemas. Havia dois que mais chamavam a atenção dos instrutores. Superaquecimento do corpo e falta de stamina. Otto corria cem a trezentos quilômetros por dia, mas já era o bastante para o corpo dele ficar vermelho e vapor exalar como uma panela de pressão aberta do nada. A médica da academia descobriu que o vapor não era nada mais que a energia física e mental de Otto sendo liberada após ser consumida. As queimaduras do superaquecimento também se tornavam um problema. Otto queimava sua energia mais rápida do que recuperava. A questão ficou tão grave que o diretor entrou em contato com os líderes de agências ao redor do mundo para saber a opinião deles. No fim ficou decidido pela permanência de Otto na academia. Além disso, o departamento de desenvolvimento tecnológico criou balas de reposição.

 

                A função dessas balas era repor imediatamente a stamina gasta e impedir o superaquecimento do corpo. Otto recebeu aquilo com muito carinho, já que o esquadrão pensou nele até aquele ponto. Hoje, ele carregava no cinto um estoque de quarenta balas, que ele poderia usar a qualquer momento. E este acabou sendo seu ponto de apoio. Após um ano de treinamento, Otto conseguia atingir duzentos de sessenta quilômetros por hora.

 

                - Atenção! - Gritou o diretor da academia. Era impossível não ouvi-lo, já que seu poder envolvia aumento na capacidade vocal. Os recrutas cobriram os ouvidos ao mesmo tempo em que se organizavam em fila. - Vou ser bem claro com todos! Apesar de vocês formarem hoje, isto não significa um emprego garantido no Esquadrão Bizarro! - Ele caminhou pela fileira de recrutas enquanto falava. - Nesse exato momento, eu tenho oito vagas! E vocês estão em vinte! O que isso significa?! - Ele parou em frente a um recruta.

 

                - Significa que doze de nós não estaremos empregado, senhor! - O recruta Oumei, gritou batendo continência.

 

                - Eu não sou surdo, recruta! Não precisa gritar! - Gritou o diretor causando leve dor nos ouvidos do recruta. Apesar da incongruência da situação, Oumei nada disse. - Continuando...Eu tenho aqui comigo a lista de nomes dos recém-formados que estão empregados. - Todos engoliram em seco, tamanha agonia. - E eles são... - O diretor caminhou pela fila lentamente. - Odessa, Oxana, Otávio, Oliver, Omar, Ohana, Olga e... - O diretor fez um enorme mistério com o último nome. - Otto.

 

                Só depois de ouvir o seu nome, Otto, que havia prendido a respiração, voltou a respirar. Tamanha surpresa em ser chamado logo de cara. Por dentro ele comemorava da forma mais chamativo possível, mas por fora ele agia como um recruta deveria. Aqueles que não foram convocados tinham expressão de espanto e incredulidade. Logo foi substituída por raiva e inveja. Otto não precisava ser um gênio para saber que ele era o alvo.

 

                - Aqueles que foram chamados estão dispensados. Limpem seus dormitórios e se apresentem em seus respectivos unidades pela manhã. - Finalizou o diretor.

 

                Otto deixou o campo de treinamento rapidamente. Caminhou sem dizer uma palavra até chegar no dormitório. Odemira o esperava na porta e o impediu de entrar. A expressão dela não era das melhores.

 

                Pode até ter dado sorte de ser escolhido, mas você ainda é um fracassado sem talento algum. Acha que é especial porque é veloz? Você é uma fraude! Vai se lembrar das minhas palavras quando encarar uma situação real. - Odemira deixou Otto sozinho e caminhou a passos largos.

 

                - Parabéns pela formatura, Otto. - Falou para si mesmo. Nenhum outro recruta o faria, já que desde o dia que não desenvolveu habilidade se tornou um pária. E todos os outros, mesmo das outras turmas tinham medo de ser alvo dos valentões caso mostrasse alguma amizade com Otto. Ele estava feliz de deixar aquele lugar. - Só espero que o esquadrão seja um lugar melhor.

 

                Otto fez sua mala rapidamente. Ele não tinha muita coisa para guardar mesmo e logo ficou sozinho. Silêncio marcou o dormitório naquela noite. Os formandos não voltariam tão cedo da comemoração. Como Otto não se sentia em clima de festa, apenas foi dormir no horário programado pela academia. Ou ao menos foi o que ele queria. Barulho da porta sendo aberta o tirou da cama.

 

                - Olha se não é o fracassado da academia! Já está com sono? Sentindo-se culpado por roubar a vaga de nós? - Questionou Olen com inveja. Orto, Oewa e Ofélio estavam logo atrás.

 

                - Eu não roubei nada de ninguém. Não precisa ser assim. - Otto falou sabendo onde aquilo poderia terminar. Ele ficou em guarda.

 

                - Preparem o café da manhã para ele! - Ordenou Olen, que claramente era o líder daquele grupo. Oewa e Ofélio correram em sua direção para agarrá-lo. Otto não esperou nem mais um segundo e correndo em alta velocidade acertou um soco em Oewa. Ao mesmo tempo chutou a cômoda em Ofélio, deixando os dois fora de ação. Orto se aproximou dele e acertou um soco no estômago tão fraco que Otto se questionou se ele queria machucá-lo . O mesmo sorriu e antes que Otto pudesse questionar o porque, sentiu uma pancada no estômago que o mandou para o outro lado do dormitório. Ele quicou seis vezes antes de bater as costas na parede.

 

                - Quem me atacou? Eu sequer consegui ver. Tem mais alguém aqui? - Gemeu Otto tentando recuperar o ar.

 

                - Está se perguntando o que aconteceu? Essa é a minha habilidade. Eu a chamo de "loteria". Com ela eu posso aumentar ou diminuir a força dos meus golpes. interessante, não? - Se gabou Orto. Otto se colocou de pé apenas para ser atingido violentamente pela parede em forma de coluna de ambos os lados do dormitório. Como se fosse pouco, ainda levou uma pancada da parede que se estendeu por trás dele o mandando para frente.

 

                - O que você acabou de ver foi a minha habilidade. Seu nome é "aliado". Eu só preciso tocar uma superfície e ela acreditará que somos aliados. Assim fazendo todas as minhas vontades. - Contou Olen, se gabando. Ele tinha um sorriso confiante no rosto. - Interessante, não? Agora não acha que sou mais adequado do que você?

 

                Enquanto Olen falava, Oewa e Ofélio se recuperaram do golpe inicial de Otto o agarraram na frente de seu líder, que mantinha Orto do lado direito. A cabeça de Otto latejava pelas pancadas e seu corpo doía. O que ocorreu depois foi "alívio do estresse", ao menos para eles. Os quatro socaram Otto várias vezes no tórax, tomando cuidado para não marcar muito e acabarem encrencados. Meia hora depois, largaram Otto no chão e foram embora.

 

                Otto apenas se arrastou para sua cama e tentou dormir. Otto sentiu dores durante toda a noite e na manhã seguinte precisou fazer uma força sobre-humana para levantar. Tomou uma ducha gelada, procurando aliviar as dores. Apesar do que eles disseram que fariam, vários hematomas enormes se espalhavam pelo tórax de Otto. Após se vestir com roupas casuais, Otto deixou o esquadrão, lugar que morou por quase um ano. Pegou o primeiro ônibus para o centro da cidade. Otto sentou no último banco do lado esquerdo e pegou a pasta com os dados.

 

                Otto se surpreendeu quando viu que serviria no esquadrão de Los Angeles. A pasta continha algumas informações importantes sobre a unidade, a agente que a liderava, uma placa de metal de reconhecimento inicial - os tubos só eram para os agentes listados -  e uma passagem de avião.

 

- Vamos nessa. - Otto falou para ninguém em especial. 


Notas Finais


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