*alguns dias depois*
*À noite*
-Cat Noir/Adrien on-
Havia se tornado rotina eu fugir da casa do meu pai e ir visitar minha Lady. Na maioria das vezes, eu ia à noite, depois de nossas patrulhas, como seu gatinho noturno.
Ela está mudando e eu consigo sentir. Está mais atenta e responsável do que nunca. Suas palavras são mais delicadas e doces quando se dirigi a mim. Além disso, descobrimos mais um de seus fetiches pelo meu lado felino. Toda vez ela pede que eu me deite de bruços, entre suas pernas, com minha cabeça repousada sobre seu busto e insiste que eu fique ronronando até ela pegar no sono. Apesar de eu ter descoberto que consigo ronronar sendo apenas o Adrien, ela prefere que eu esteja com o traje. Ela me disse que isso a faz lembrar de nossas noites quando não havíamos descoberto nossas identidades e, com isso, não tínhamos os problemas com meu pai. E como eu poderia recusar? Eu faço de tudo para deixá-la feliz que esteja ao meu alcance.
Nessa noite, eu havia fugido pela minha janela e fui até a casa da Marinette. Entrei pela claraboia esperando encontrá-la na cama, já dormindo por estar tarde, mas não havia ninguém. Olhei sobre a cama e havia um bilhete rosa. O abri. Era dela, obviamente. Dizia que queria me encontrar na Torre Eiffel. Não tardei em me direcionar à torre.
Cheguei lá e a encontrei, linda como sempre, repousando na ponta da plataforma, apreciando a cidade do amor. Havia soltado seu cabelo. Era uma cena rara de se ver já que, na maioria das vezes, usava suas maria-chiquinhas. Não que fossem feias, pelo contrário, qualquer penteado ficava lindo nela, mas quando estava de cabelo solto era diferente. A deixava mais misteriosa e em um patamar inalcançável de beleza. As mechas negro-azuladas, inquietas pela brisa forte, davam um contraste ainda mais avermelhado ao seu traje, fazendo com que seu corpo fosse ainda mais detalhado, deixando um gatinho atiçado.
Assim que percebeu minha presença, virou-se para me olhar. Seus olhos ficavam ainda mais azuis-safira e, seus lábios, ligeiramente mais rosados. E aquele sorriso era tão penetrante, traz uma tranquilidade que não tem como explicar.
Cat Noir: My Lady! – Me aproximei, apreciando a vista.
Ladybug: O que foi? Está me olhando de forma estranha. – Deu um sorriso ladino. Sabia exatamente que eu a estava apreciando.
Cat Noir: Você está incrível! – Ela sorriu e escondeu seu rosto puxando seu cabelo para frente em algum tipo de brincadeira boba. Me aproximei e deslizei meus dedos sobre sua face, levando as mechas até atrás da orelha. Ela me olhou de baixo para cima e me hipnotizou com aqueles olhos que brilhavam pela luz da lua. – Está de cabelo solto. Alguma razão?
Ladybug: Eu já estava indo dormir, mas assim que notei uma coisa, vim correndo até a torre à fim de te encontrar. Deixei um bilhete sobre a cama caso você não estivesse aqui. Eu tinha certeza que, em alguma hora, você passaria por lá.
Cat Noir: É, eu encontrei sua carta. Mas qual era a “coisa” que você notou? – Ela sorriu e olhou para baixo, se esticando um pouco para trás.
Ladybug: Já dá para ver! – Passou a mão pelo abdómen que estava um pouco sobressaltado. Eu não podia negar que uma felicidade imensa me tomara. Era, ao mesmo tempo, a cena mais fofa que eu poderia imaginar. Fui até ela e sentei-me ao seu lado. A abracei fortemente.
Cat Noir: Te amo, minha Bugboo! – Roubei-lhe um beijo rápido e sereno de seus lábios, levemente umedecidos. Ela riu, não por humor, mas por estar realmente feliz pela minha reação.
Ladybug: Eu também te amo, mas tem que parar com esse costume de me chamar de Bugboo!
Cat Noir: Você sabe que é só um apelido carinhoso! – A apertei ainda mais forte pelo meu abraço e ela riu. Ficamos alguns segundos sem dizer nada, apenas apreciando a vista e aproveitando a companhia um do outro.
Ladybug: Hoje nenhum de nós pôde fazer a patrulha. Achei conveniente que patrulhássemos um pouco agora.
Cat Noir: Sabe... Às vezes acho que essas patrulhas sempre foram desnecessárias. Rum! – Ri descontraído
Ladybug: Como assim? – Fazia cara de quem já sabia que iria ouvir mais uma das minhas teorias.
Cat Noir: A maioria dos ataques acontecem de dia e foram bem poucas as vezes que conseguimos ver algum ataque aqui de cima. Às vezes acho que era apenas uma desculpa para passarmos um tempo juntos. – A olhei de lado com um sorriso presunçoso. Escutei a mesma suspirar.
Ladybug: Bem, você descobriu meu segredo. – Riu baixo. – No começo eu pensei sim que fosse uma boa ideia se ficássemos de olho à noite também, mas, depois que eu percebi que era desnecessário, não quis acabar com esses momentos. Eu realmente gostava da sua companhia. Digo isso mesmo antes de ficarmos juntos. – E era exatamente como eu me sentia na época. Por mais que fosse desnecessário, eu queria ficar o tempo todo ao lado dela.
Cat Noir: Mais uma coisa que tínhamos em comum. – Rimos. – Trocando de assunto. Pensei em falar com meu pai esses dias. Estou só esperando um bom momento aparecer.
Ladybug: Tenha certeza que, no momento que você escolher, ele esteja descontraído e que você tenha a certeza de que ele não irá surtar novamente. – Riu.
Cat Noir: Não posso prometer nada! – Riu em resposta. – Mas acho que dará tudo certo. Estou com pressentimento que tudo acabará em breve!
Ladybug: Sentido felino? – Me olhou de forma presunçosa.
Cat Noir: Exatamente! – Saltitei ficando de quatro na beirada da plataforma. – Talvez um instinto... – Comecei a gatinhar, confiante, em sua direção. Anos atrás ela até tentaria se esquivar, mas agora ela já aprendeu que não tem como fugir de mim.
A empurrei delicadamente, fazendo que ela deitasse. Era quase impossível desviar meus olhos dos seus que me fitavam de forma erótica. Apesar do couro das minhas luvas cobrirem minhas mãos, eu ainda podia sentir a superfície áspera do couro vermelho do seu traje, enquanto eu as deslizava pelas curvas do seu corpo. Suas pernas, abertas ao meu redor, se entrelaçaram em minha cintura, fazendo com que nossas cinturas se chocassem. Suas pernas macias me prensavam contra sua intimidade, enquanto e a beijava de forma delicada e prazerosa. A estoquei de leve a pude ouvir suspirar entre o beijo. Parei e a olhei de cima.
Cat Noir: Quer continuar? – Por mais que não houvesse nenhum problema em fazer sexo durante uma gravidez, eu precisava saber se ela se sentia confortável com isso.
Ladybug: Apenas não seja brutal. – Me puxou, sem nem me deixar questioná-la, e me envolveu em seus braços, me chocando contra seus lábios. Agarrava meu cabelo com força, puxando minhas orelhas.
Cat Noir: Pensei que seria sem brutalidade! – Reclamei.
Ladybug: Por acaso está grávido também?
Cat Noir: Há há, muito engraç... – Me empurrou de forma brusca para o lado e me chocou contra o chão, sentando sobre minha cintura. Dedilhou meu abdômen, com um sorriso presunçoso no rosto, até alcançar meu guizo. O agarrou e o puxou até me ter todo desnudo da cintura para cima. – Aqui em cima é sempre frio.
Ladybug: Por sorte tem uma joaninha para esquentar esse gatinho. Pena que terá que deitar nesse chão duro. E, falando em duro... – Rebolou sobre minha virilha. Meu membro, já vergado e apertado sob o couro, tinha dificuldades para se expandir com o tão pouco espaço liberado pela joaninha. Com todo o movimento de gestos delicados, troquei nossas posições. Fiquei sobre ela enquanto me olhava animada.
Cat Noir: Está pronta para sentir o gatão aqui? – Questionei-a nem precisando de uma resposta. Desci alguns beijos pelo seu pescoço enquanto procurava pelo zíper em suas costas. Assim que o achei e comecei a puxá-lo, meu bastão, assim como o comunicador da Ladybug, começou a apitar. Era um chamado. – Merda! Sempre tem algo para cortar o momento. Ladybug pegou seu comunicador e o atendeu enquanto se retirava de debaixo de mim.
Ladybug: Oi Alya! – Eu conseguia ver a ruiva na tela, provavelmente iria informar algum ataque de akuma.
Alya: Oi amiga! Cadê seu parceiro? É com ele que quero falar. Imagino que ele esteja ao seu lado. – Ladybug me entregou o comunicador. – MEU DEUS! Coloque sua roupa! – Taquei o comunicador nas mãos da Ladybug, envergonhado, assim que percebi que eu estava sem a parte de cima do traje. - Não acredito que vocês dois foram se esconder para fazer safadeza. – A ruiva riu.
Ladybug: Nãooo! Você entendeu errado! E-eu só... só... EU só estava... – Tentou dar alguma desculpa mas já era tarde demais. Eu terminava de fechar o zíper.
Alya: Nem adianta com desculpas, Marinette. Agora não vou mais cair nelas! Não precisam ficar envergonhados. Além disso, eu tenho uma coisa a falar para o loiro do teu lado, ele já se vestiu?
Ladybug: Já – Me entregou o comunicador.
Cat Noir: Oi Alya! Pode falar.
Alya: É o seu pai. Perceberam que você não está em casa e estão te procurando. Eu sei que eu deveria chama-los só em caso urgente, mas, assim que vi Nathalie e o seu guarda-costas virem pedir de você aqui em casa, achei que eu deveria avisá-lo. – Pronto, eu estou fodido! Vou ter que bolar algo muito bom para explicar minha saída em uma hora tão tarde da noite.
Cat Noir: Obrigado por avisar!
Alya: Disponha. Agora vocês podem continuar de onde pararam! – Ela riu e desligou a comunicação. Eu nem liguei muito pois estava receoso.
Ladybug: Bem, acho bom você ir falar com seu pai. Diga que você tinha ido ver o Nino. Só espero que isso não interfira na sua liberdade secreta. – Suspirou preocupada comigo.
Cat Noir: Não se preocupe! Eu vou dar um jeito. – Me aproximei, puxando-a pela cintura até tê-la colada ao meu corpo, e pousei-lhe um beijo em seus lábios. – Te amo, gatona!
Ladybug: Também te amo, gatinho!
Assim que nos despedimos, pulei da torre em direção à minha casa. Meu coração estava acelerado, não sabia exatamente como meu pai iria reagir. Era a primeira vez que ele me pega fugindo à noite. Só espero que ele não fique de tocaia pelas próximas noites.
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