Adrien se destransformou em um beco perto da casa da azulada, queria dar queijo a Plagg agora para que tivesse mais tempo com a garota. Isso ajudou Marinette, que teve tempo de chegar em casa alimentar Tikki e ir tomar um banho tranquilo para que estivesse pronta quando seu gatinho chegasse.
Saiu do banheiro cantarolando uma canção qualquer e foi escolher uma roupa. Dessa vez não escolheu o primeiro conjunto que achou na gaveta, na verdade passou algum tempo pensando no que escolher para que essa noite fosse especial. Seria a primeira noite realmente calma depois de tudo o que haviam passado.
O primeiro conjunto de lingerie que realmente lhe agradou era azul-escuro e descava seus olhos, pensou em algo vermelho, algo rosa e até mesmo algo preto, mas isso seria mais original.
O clima estava frio, mesmo assim seu pijama curto de tom púrpura era o traje perfeito para essa noite, ela não esperava ficar com ele por muito mais tempo, de qualquer forma.
— Boa noite Princesa, — olhou para trás assustada, Chat estava escorado ao lado da janela a observando com um olhar malicioso e um sorriso mais malicioso ainda. — Que recepção em, — disse indo até ela, que deu dois passos para trás e já esbarrou na parede.
— Boa noite Chat… A quê devo a visita? — Usou um tom inocente enquanto ele chegava até ela e segurava sua cintura com as duas mãos. Ele riu da falsa inocência dela e levou os lábios ao pescoço da garota. Essa já não era mais Marinette, não depois de Copas…
— Eu preciso de motivo para te visitar? — Falou entre os beijos suaves que ia distribuindo pela pele dela. Ela rodeou o pescoço dele com os braços e iniciaram um beijo calmo, que foi se aprofundando naturalmente enquanto as mãos dele passeavam pela cintura dela e as dela se enroscavam nos cabelos dele o puxando mais para si.
— Eu tava com saudade. — Chat falou assim que finalizaram o beijo por falta de ar.
— Mas faz apenas uma hora que saímos da patrulha. — A azulada respondeu rindo e o puxando para se sentarem na cama, seu objetivo era claro e ela sabia que o alcançaria, mas sabia que o parceiro precisava conversar, depois dos últimos acontecimentos, não é todo dia que você descobre que seu pai tentava secretamente te matar. Ela se sentou com as pernas cruzadas e ele repousou a cabeça em seu colo.
— Como foi seu dia? — Perguntou começando a fazer cafuné nos cabelos loiros.
— O mesmo de sempre, dia cheio com todas as mudanças e eu sem saber como agir perto do meu pai, ou Nathalie, ou do fato de a minha mão estar enterrada num caixão de vidro embaixo da minha casa... — Disse, um tanto melancólico. Quando a azulada ia abrir a boca para consolar o gato ele pareceu se animar. — Pelo menos agora ele quer cuidar de mim, se desculpar, agir como um pai de verdade, até te chamou para ir lá em casa qualquer dia. — Ela sorriu pela repentina mudança de humor dele e apenas concordou com a cabeça. — E o seu?
— Cansativo como sempre. Passei quase a tarde toda na padaria ajudando meus pais e o resto do dia fiquei tentando decifrar os “mistérios da física” e depois fomos para a patrulha, que não teve nada... — Respondeu com as bochechas infladas chegando a fazer bico, o que arrancou uma risadinha do felino. — Alias, vai ficar assim?
Ele riu ladino e ela também ao perceber o que ele queria.
— Sabe como é, às vezes um gato precisa soltar seus instintos…
— Bom, senhor gato, não vejo nenhum rato por aqui!
— Ah, não se preocupe, essa noite estou aceitando joaninhas. — Ela sorriu, ele a beijou, juntou os lábios nos dela de um jeito voraz e como já sabia, seu gesto foi retribuído.
Ela colocou ambas as mãos no rosto dele, cedendo rapidamente, cada qual ao encanto do outro e o beijo foi ficando cada vez mais profundo. Precisavam de ar, precisavam, mas não queriam separar o beijo.
Depois de tudo o que haviam passado, mereciam isso mais que qualquer um. E quando foi necessário terminar o beijo, ele desceu os lábios para o pescoço da azulada, virou-a para o outro lado deixando-a sentada na cama, de costas para si. Pressionou o corpo quente contra o dela fazendo-a estremecer.
Beijava seu pescoço com desejo, deslizando as alças cor de sangue do pijama provocante por seus ombros brancos como se fosse a coisa mais interessante do mundo.
Mas ele sabia que Marinette não ficaria sem brincar também. Ela virou-se de súbito, sentando em seu colo, jogando a blusa longe e satisfazendo o próprio ego ao ver o garoto deslumbrado com seus seios cobertos pela cor do oceano.
Fios de cabelo enrolados entre os dedos e unhas cravadas contra pano e pele, enquanto eles brincavam de se provocar, limpando a alma de todos os problemas que um dia tiveram, de tudo o que se encontrava fora daquele quarto cor-de-rosa.
Cada vez mais desesperados, intensos e desejosos ficavam os beijos e os toques. Ela segurava firme nos cabelos dele e ele ia tentando descer aquele shorts pela perna dela, sem que o contato fosse perdido, acariciando e sentindo a pele quente e macia.
Logo o sutiã teve o mesmo destino da blusa, e ele jogou-a na cama, deixando-a debaixo de si, sentou-se sobre o quadril dela para poder observar a visão que era sua parceira, a Rainha do Amor. Desceu os olhos até os seios redondos e rosados dela, tocando-os levemente vendo a garota arfar e corar ainda mais. Abocanhou um sem se controlar enquanto ela o deixava fazer o que desejava. Chat desceu os beijos até a barriga, continuando enquanto tirava o shorts.
Deslizou a calcinha pequena e também da cor do mar pelas pernas brancas sem tirar os olhos dos dela e distribuiu beijos pelo corpo macio até voltar aos lábios rosados. Ela surpreendeu-o o puxando pelo guizo e começando a abrir a roupa dele, que a ajudou retirando todo o couro preto de seu corpo.
Voltaram a se beijar, a garota sentiu algo roçar sua intimidade, já preparada e ansiosa para aquele momento e então Chat juntou seus corpos devagar. Marinette o abraçou e soltou um gemido baixo.
Se olharam enquanto ele passava um braço pela cintura dela e ela enlaçava a dele com as pernas. Chat começou a se movimentar devagar, arrancando gemidos baixos de Marinette, mas não ficaram assim por muito tempo, logo ele aumentou a velocidade e a mente deles era apenas o prazer. Dos lábios deles saiam apenas os gemidos e alguns “eu te amo” ocasionais.
Eles chegaram ao ápice no mesmo momento, Chat caiu ao lado da azulada ofegante e a puxou para que ela dormisse com a cabeça sobre seu peito e a transformação acabou no mesmo momento. Ficaram assim até as respirações normalizarem, com ela afagando o tórax do loiro enquanto ele fazia carinho nos cabelos dela.
~*~
Adrien acordou no primeiro toque do despertador e logo em seguida olhou para a garota que dormia tranquilamente a seu lado. Adorava vê-la dormir, mas acordar Marinette Dupain-Cheng era um verdadeiro desafio!
Fazia pouco mais de uma semana desde que ela fora akumatizada e Hawk Moth derrotado. Ela tinha mudado bastante desde então, todos haviam mudado muito com aquilo, mas esse lado dela ia continuar para sempre.
Ele soltou um suspiro divertido, tinha descoberto o jeito mais fácil de acordá-la uma vez quando ela ainda não sabia sua identidade.
Ajoelhou na cama e abaixou um pouco o edredom, deixando parte da cintura dela exposta
— Olha que cintura mais branquinha, — falou se divertindo, — Tão bom para fazer umas marcas vermelhas. Não acha Mari?
Ela se remexeu na cama e continuou a dormir. Então ele encostou de leve os lábios, apenas como se fosse dar um beijo, dessa vez ela resmungou um “para Chat” mas não adiantou muito.
O loiro então abriu os lábios, pronto para morder.
— Adrien Agreste, nem pense em fazer isso! — A garota falou ainda de olhos fechados.
— Bom dia.— Ele respondeu rindo e a beijou de leve nos lábios. — Eu já tenho que ir princesa…
— Mas minou, hoje é sábado. Não tem como você ficar um pouco mais? — Perguntou manhosa, passando os braços pelo pescoço dele.
— Não, tenho que resolver umas coisas hoje e não vai ser muito legal a Nathalie não me encontrar no quarto. — Respondeu já levantando, — Ela ainda não se acostumou muito bem com o fato de eu ser o Chat Noir, — ela suspirou.
— Será que um dia nós vamos poder ficar deitados até tarde?
— Você está fazendo de propósito né? — Disse assim que olhou para baixo e a viu se espreguiçando, vestida com exatamente nada.
— Você que tá parado ai sem nada. — Acusou ela, se levantando e o beijou de maneira apaixonada unindo suas testas ao final. — Sabe, acho que é melhor você ir antes que eu te impeça de verdade.
O loiro se transformou e foi embora pela janela, da mesma maneira que entrou, deixando para trás uma garota de cabelos azulados completamente apaixonada e suspirante.
~*~
Seis da tarde, em Paris era a hora que muitos paravam para observar o maravilhoso pôr-do-sol que a cidade proporciona. Mas a nossa doce garota de cabelos azulados estava distraída, costurava uma camiseta para seu gatinho.
Estilizada a melhor maneira Chat Noir de ser: preta e de detalhes verdes, para ser exata com patinhas verdes em volta de uma grande pata verde que ficava sobre a palavra CATACLYSM do mesmo tom e cor bordada a mão numa caligrafia elegante.
Estava tão distraída terminando a camiseta que nem viu que o gato havia invadido seu quarto e agora observava seu trabalho a suas costas. Ele apoiou o queixo sobre a cabeça dela e suspirou a fazendo dar um pequeno pulo pelo susto.
— Sabia que você pensava em mim durante o dia. Mas é maravilhoso ver com meus próprios olhos. — Disse em tom brincalhão e convencido.
— Ei, não era pra você ver isso agora. — Falou ela, tentando em vão esconder seu trabalho.
— Nossa princesa, obrigada eu adorei, adorei mesmo… — E apesar de ela não ter as medidas dele, a peça encaixava-se perfeita em seu corpo, mesmo sobre o uniforme de couro.
— Chat, devolve eu não terminei, — ela pediu inflando as bochechas e ele a obedeceu rindo. Retirou a camiseta, dobrou e colocou sobre a mesa.
— Tudo bem. Agora, nós temos um encontro. — Falou indo até a janela. — Alto da Torre Eiffel às sete horas. Te espero lá. — Antes que ela pudesse obter mais informações ele já tinha ido, a deixando completamente confusa e travada em frente a janela.
— Marinette, acho melhor você começar a se arrumar. — Tikki, que estava sentada sobre a tela do computador comendo um de seus cookies, falou com a boquinha cheia, apontando para o relógio na tela do celular que já marcava seis horas da tarde.
A mestiça olhou desconfiada para a pequena Kwami.
— Você sabe o que ele tá tramando não é?
— Para dizer a verdade sim, ele me contou. E não, eu não vou contar, vá até lá, dessa vez, e descubra sozinha. — A pequena Kwami vermelha completou, vendo a cara pidona da garota.
Marinette se arrumou rapidamente, apenas um bom banho e uma maquiagem leve. Sem pensar muito em roupas, afinal…
Logo ela estava trajada do melhor que o vermelho e o preto podiam oferecer. Saltou pelos prédios sentindo a adrenalina preencher suas veias e assim que avistou a torre pode ver Chat Noir sentado na beirada esperando.
Ela pousou delicadamente ao lado dele e no mesmo instante ele a abraçou forte.
— Me atrasei? — Perguntou ela, genuinamente preocupada, afinal, já havia dado um “bolo” no gatuno e tinha fama de se atrasar com a forma civil. Mas ele riu fazendo-a relaxar.
— Pela primeira vez não, My Lady. Agora feche o olhos.
— Chat?
— Por favor Bugboo confia em mim.
Ladybug fechou os olhos e Chat a puxou pela mão, a levando até que tivessem dado a volta na torre. Ele organizou as últimas coisas que faltavam para que tudo ficasse perfeito e pediu para que ela abrisse os olhos. Assim que os abriu ela se chocou.
O local estava repleto de flores, repleto de rosas, espalhadas pelo chão e entrelaçadas a estrutura da torre mais conhecida do mundo. Vermelhas, brancas, rosas, rosas-chá, príncipe negros. Todas banhadas pela luz de uma lua cheia e suas estrelas, dando um ar mágico e romântico a tudo aquilo. Ele a observava com atenção, vendo cada emoção que passava por seu rosto, desde a surpresa até a admiração nos olhos lacrimejantes e os lábios rosados ligeiramente abertos cobertos pelas mãos.
— Chat! Que lindo... Eu...você que arrumou tudo isso? Sozinho? — Ele confirmou com a cabeça. — Por quê?
— Porque My Lady, — falou pegando ambas as mãos dela, — desde a primeira vez que eu te vi, que você era apenas aquela menina desastrada, eu não consigo parar de pensar em você. Desde a nossa primeira batalha eu vi como você é incrível. Seu jeito de pensar e até mesmo como você fica linda quando corre tentando chegar no horário na escola.
Ele deu uma risadinha.
— Eu conheci a Marinette depois de ter conhecido a Ladybug e isso fez com que o nosso relacionamento demorasse um pouco para acontecer, que demorasse para que eu pudesse ver como você é incrível com ou sem esse traje, como é meiga, gentil e como fica tentadora quando gagueja e cora, isso mesmo, como agora.
Falou para a garota extremamente vermelha.
— Mas eu não me arrependo de ter conhecido Marinette depois de Ladybug, pois assim eu tive a oportunidade de te conquistar com minha personalidade mais difícil, com essa roupa de gato, e você não tem ideia de como eu fiquei feliz de saber que você gostava de mim dos meus dois jeitos. Eu fiz isso Lady, por que eu amo de verdade todos os seus pedaços. Eu amo você completa. Eu esperaria a eternidade por você e perderia todas as minhas sete vidas para te proteger. Eu coloquei todas essas rosas aqui hoje simplesmente porque não tinha uma que seria a certa para te dar, cada uma delas representa um pedaço seu e nesse momento eu estou me dirigindo a todos eles. Mas eu resolvi fazer isso enquanto estamos assim. Ladybug e Chat Noir porque foi assim que nos conhecemos, foi assim que me apaixonei de verdade e pela primeira vez por você e é desse modo que todos os nossos lados se juntam e formam essa bagunça que nós dois somos. — Ele parou e respirou fundo.
— Ladybug, My Lady, Minha Rainha. Você aceita esse gatinho, meio lento e convencido, como seu namorado?
Ela abria e fechava a boca sem saber como responder a altura, enquanto as lágrimas caiam de seus olhos turquesa.
Chat já estava ficando preocupado pela falta de resposta, então ela fez a única coisa que cabia no momento. Juntou seus lábios num beijo terno e apaixonado, passando os braços pelo pescoço dele o puxando com força para si. Por mais lento que fosse ele entendeu o que ela queria dizer e retribuiu o gesto doce dela, a puxando com força pela cintura. Beijaram- se até o ar faltar e logo beijaram-se novamente, ficaram assim por um tempo, apenas sorrindo e se beijando, aproveitando um ao outro.
Estavam sentados no beiral da Torre Eiffel, abraçados e conversando sob a luz da lua, sentindo o cheiro das rosas.
— Um dia isso vai ser um pedido de casamento. — Ele falou quase do nada, após um longo silêncio. — Mas vai ser maior… Eu quero que Paris inteira saiba que eu te amo e que você será minha esposa.
— Isso vai demorar, você sabe. E até lá a Alya já tem uma grande notícia que vai abalar o Ladyblog. — Começou a rir e ele a acompanhou.
— É My Lady, parece que para a felicidade dela e da minha Ladynoir finalmente aconteceu.
— Ladynoir, até que é um nome legal para um casal!
Ele a abraçou forte.
— É claro que é, por que somos nós. E Lady, enquanto você for Ladybug e se depender de mim, nós seremos LadyNoir e qualquer outro nome bonitinho de casal que deram para nós. Não importa o que aconteça, eu sempre vou te amar.
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