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História Lágrimas de Sangue - A morte de Gohan


Escrita por: Mpn

Notas do Autor


Acho q nunca fiquei tão ansiosa e nervosa pra postar um cap!!! O título já diz td, não é??
Eu recomendaria, após ler esse cap darem uma lida no cap 19 "O aprendiz do Grande Sayaman" em lágrimas de prata, mas só quem quiser ver a referencia desse cap em prata, meio q Trunks já havia contado kkkk!!
Eu não vou falar nada nas notas finais, acho q não há nem o q dizer, vcs vão entender quando terminarem!!!
Boa leitura!!! Bjos

Capítulo 8 - A morte de Gohan


Trunks estava sentado esperando, Bulma, ChiChi e Gohan que estavam com Videl no quarto ajudando-a no parto. Estava com medo, não que não soubesse o quanto sua irmã era forte e saudável, mas mesmo assim tinha receio que algo lhe acontecesse.

Ouvia os gritos da saiyajin e se contorcia no sofá, queria estar lá dando apoio, mas só atrapalharia. Gohan estava com ela e mais as duas mulheres que faziam o parto. Suspirou cruzando os braços e descruzando as pernas, estava demorando demais.

Um último e mais forte grito seguido de um choro estridente o fez se levantar e correr até o quarto. Assim que entrou viu ChiChi dando um bebê ainda sujo para Gohan que estava sentado ao lado de uma suada e cansada Videl. Gohan segurava com seu único braço e seus olhos apaixonados fixos na criança, o mestiço mostrou a Videl que sorriu pegando o recém-nascido no colo.

Bulma aproximou-se com lágrimas nos olhos e um feliz sorriso. Ela abraçou o filho que não conseguia desviar os olhos da irmã segurando seu sobrinho.

- É uma menina.- contou.

Trunks notou quando um pequeno rabo se mexeu do pequeno corpo. ChiChi disse algo a Videl que concordou entregando a filha e voltando a deitar na cama exausta. Gohan beijou-a na testa e seguiu a mãe para fora do quarto, ao passarem por Trunks, ChiChi mostrou a menininha ao garoto que sorriu para a sobrinha e depois abraçou um feliz Gohan.

Quando os dois deixaram o quarto, tomou o lugar de seu mestre e sentou ao lado da irmã que olhou-o sorrindo. Ela mudara, Trunks notou ao ver o brilho nos olhos dela, Videl era uma nova pessoa e o mestiço sentiu-se maravilhado com essa mudança.

 Videl pegou em sua mão e Trunks sorriu, protegeria as duas. Era uma promessa.

 

O tempo passava, Pan crescia em meio aos cuidados amorosos da mãe, do pai, das avós e do tio. Eram uma família que sofrera tanto, mas que encontraram uma imensa felicidade com a chegada da nova integrante. Pan era adorável e apaixonante. Era uma mistura perfeita entre Goku e Vegeta e todos sabiam que eles estariam felizes no outro mundo com sua mais nova herdeira.

Trunks treinava sob o olhar atento e avaliador de Gohan que estava sentado no chão de pernas cruzadas e segurando uma animada Pan. A bebê assistia os golpes do tio achando tudo muito divertido, mas sem entender nada. Gohan no começo sentira dificuldades em pegar e segurar a filha com um único braço, mas logo se adaptou.

Com a respiração acelerada, Trunks parou e guardou a espada em suas costas pegando uma lata com água para beber. Pan resmungou de seu jeito próprio de bebê, não entendia o motivo dele ter parado, estava tão legal!

- Quando cortará o rabo dela?- perguntou Trunks sentando-se ao lado de seu mestre.

- Videl já queria ter feito isso, mas eu a convenci a deixar mais um pouco.- sorriu amável vendo o rabo dela se enrolar em seu braço.

Pan bocejou e encostou o rostinho no peito do pai que se derretei e beijou os cabelinhos escuros da filha. Trunks sorria carinhoso, não fora apenas Videl quem mudara. A menina, ao contrário das mulheres saiyajins puro sangue, herdara os olhos escuros, na certa herança da genética de ChiChi. As duas avós ganharam um novo brilho com o nascimento de Pan, suas esperanças renovadas. Uma alegria em meio a tanta dor e medo.

Videl aproximou-se e sorriu ao ver a filha dormindo agarrada ao pai. Gohan olhou a moça enigmático, algo dentro dele se agitava, um medo irrefreável que o consumia aos poucos.

- Eu vou tomar banho.- anunciou Trunks se levantando.- Quer que eu a coloque para dormir?

- Por favor.- aceitou Gohan entregando a bebê com cuidado para não acordá-la, ela tendia a fazer birra nesses momentos.

Trunks afastou-se com todo cuidado para não despertar sua sobrinha, Videl assistia os dois distanciarem-se sorrindo. Quando os perdeu de vista, sentou-se ao lado de Gohan encarando-o.

- Você está bem?

- Quando a máquina estiver pronta e funcionar,- começou.- você me faria um favor?

- Qual?

- Diga a meu pai onde eu estou.- pediu olhando-a.- Diga que estou com Freeza e Kooler, sou o Grande Sayaman, não me lembro dele, mas quero voltar para casa.

Videl surpreendeu-se com o pedido e mais ainda com o tom triste.

- Agora que sou pai consigo imaginar melhor tudo o que ele deve ter passado.- sussurrou.- Não quero que ele sofra desse jeito, principalmente morrer daquela forma.

A moça sentou no colo do rapaz e o beijou, Gohan retribuiu segurando em seu quadril, Videl desgrudou os lábios dos dele e os colou sua testa na dele.

- Ele, onde quer que esteja, está orgulhoso de você.

Gohan beijou-a no pescoço e tirou sua camiseta com cuidado, continuou com os beijos por cima do sutiã até deitá-la no chão ficando por cima. Aproveitaria o presente, mas não conseguia esquecer o medo do futuro.

 

Mais destruição, mais mortes. Os androids destruíram todo um rio em que pessoas buscavam água. Haveria dificuldades para encontrar água, cultivar alimentos, construir novas habitações e poderia causar mudanças no ciclo de chuvas. Centenas de pessoas que morava na região morreram e milhares seriam afetadas.

Grupos criminosos, assim que souberam do que aconteceu, foram ao local em busca de objetos que poderiam ser reaproveitados ou de sobreviventes que poderiam escravizar. Uma catástrofe nunca andava sozinha, vinha sempre acompanhada de mais tragédia.

Além disso, os androids continuavam passando por cada vila causando mais destruição.

 

 

Estava muito irritado, os androids, para provoca-los, destruíram várias vilas e deixaram os corpos pendurados para que encontrassem. Ninguém sobrevivera, pessoas que ouviram falar sobre isso fugiam para áreas montanhosas ou desérticas na esperança de escapar desse destino, acabavam encontrando grupos criminosos que os escravizava.

- Precisamos derrota-los!- rosnou Trunks furioso.

- O que não vai acontecer com você andando de uma lado para outro.- retrucou Videl segurando a bebezinha, estava encantada com o rostinho sereno da filha.

Pan descobrira que dormir sentindo o cheiro e calor de sua mãe era a melhor coisa do mundo, mesmo que sempre acordasse em seu bercinho, era nos braços de Videl que pegava no sono.

- Mas eles não podem fazer o que bem entendem!- exasperou-se.

- Fale baixo.- implorou.- Se ela acordar você vai cuidar da birra que ela fará e pare de andar sem parar, está me deixando tonta.

Gohan sorriu olhando-os, segurou a gargalhada ou Videl jogaria algo em sua cabeça caso acordasse Pan.

- Chata.- murmurou Trunks jogando-se no sofá.

- Eu ouvi isso...- sussurrou.

- Quando eu puser minhas mãos neles...faço questão de uma morte lenta e terrível.

- Se quer vingança tenha paciência.- começou a moça.- Mas o faça com uma morte rápida e limpa.

- Depois de tudo o que eles fizeram você quer uma morte rápida?- gritou.

Pan agitou-se no colo apavorando os três, por sorte ela apenas suspirou e continuou a dormir.

- Eu matarei Nº 18.- afirmou Videl.- Uma morte que eu aguardo há anos, mas eu vi como Goku se arrependeu de torturar Freeza, não quero esse arrependimento para minha vida.

Trunks e Gohan olharam-na quietos, ela parecia saber bem do que falava. O mais velho refletindo o que seu pai fez para ter esse tipo de sentimento amargurado. Ela estava certa, não era algo que gostaria de carregar como fardo.

 

Pan já completara seu um aninho, ChiChi e Bulma organizaram uma simples festinha que até bolo teve. Videl encontrara um vestidinho amarelinho em uma cidade destruída e ChiChi o reformou para ficar certinho na bebê. Os brinquedos que um dia foram de Trunks, eram a maior diversão da menininha.

Não encontraram os androids novamente e, dessa vez, Gohan estava certo que era hora de parar de agir na defensiva e partir para o ataque. Não sabia se queria que Trunks se envolvesse em uma luta, afinal ele ainda não era um super saiyajin, mas ele e Videl deveriam mudar sua estratégia depois de tantos anos. Trunks reclamara, queria lutar, até podia entender a indecisão de Gohan sobre o assunto, mas estava certo que eles três podiam derrotar ao androids. Nisso ambos concordavam, juntos estavam acima de 17 e 18.

Com isso em mente, passavam alguns momentos do dia em busca dos inimigos, mas não os encontraram. Numa dessas buscas, Gohan ouvira falar de uma região em que um grupo humano fora dizimado por um homem ruivo, de acordo com o velho que contou a história, esse grupo era criminoso e agia com crueldade com outras pessoas e animais. Achando tudo muito estranho, decidiu investigar se havia outro guerreiro na Terra.

Videl estava em casa com Pan e suas mães e Trunks já havia retornado, não via motivo para ir nessa região montanhosa outro dia, decidiu que iria naquele momento e depois retornaria para casa. Até porque não queria que Videl ou Trunks o acompanhasse, uma estranha sensação tomando conta de sua mente.

Pousou na região admirado por nunca ter ido até lá antes, não por ter uma paisagem bonita, mas por ser um bom local para treinar. Apesar de parecer um local ideal para esconder-se de androids, não parecia que havia grupos humanos ali. Uma vez ou outra encontrava algum animal de pequeno porte ou alguns lagartos. Nenhum dinossauro ou mamífero maior.

Andou achando o lugar meio solitário e sinistro, havia uma aura estranha ali. Quase como se pudesse sentir uma energia que rondava o lugar. Não havia vegetação, era praticamente um deserto em meio a altas e íngremes montanhas. Parou ao avistar uma placa de metal com uma inscrição RED RIBBON.

Conhecia esse nome, era do grupo ao qual pertencia Dr. Maki Gero o criador dos androids, mais à frente, uma entrada em uma das montanhas. Finalmente encontrara, o laboratório onde Nº 17 e Nº 18 foram criados. Parecia que ninguém ia ali há um bom tempo, talvez desde que os androids mataram seu próprio criador.

Com passos lentos, Gohan entrou na caverna até encontrar em uma grande câmara, avaliava tudo com cuidado. Eram muitos papéis, computadores e equipamentos. Alguns freezers ainda funcionando tinham em suas portas registros com nomes, idades e fotos de pessoas, sinal de que dentro deles haveria pessoas congeladas ou partes de corpos.

Em uma mesa estava algo que não via desde que fugiu do Império, um scouter antigo, provavelmente pertencente a algum soldado de Rei Cold quando veio à Terra ou de Paragas, citado por Videl como pai do Lendário Super Saiyajin.

O laboratório era um cenário macabro, em alguns tubos de vidro, havia seres conectados a fios e em outros, que pareciam mais urnas de vidro, havia algo muito pior. Números 17 e 18 não eram os únicos androids, havia mais. Ao menos outros três. Um estava registrado como Nº19, ao mesmo tempo em que parecia humano, também não o parecia. Em outra urna estava como Nº 16, esse era claramente humano, alto e forte, com cabelos ruivos. A última urna a inscrição do registro estava como SAIYAJIN.

O homem dentro tinha a aparência humana, mas com todos os traços de um saiyajin. Será que o louco de Maki Gero conseguiu fazer de um saiyajin um android? Fazer algo assim era terrível, dar mais poderes a alguém que poderia ser cruel era o mesmo que agir você mesmo. Dr. Maki Gero não conhecia limites.

Havia mais um espaço, uma câmara escura, claramente um compartimento separado e secreto. Gohan apenas conseguiu encontrar pois sua porta não fora fechada, 17 e 18 deviam ter ido ali em algum momento e não se preocuparam em esconder essa área.

O mestiço entrou, por todo o local havia computadores, fios e tubos com água e outras substâncias. No centro da sala um enorme tubo que ia do chão ao teto. Dentro havia uma criatura, era de aparência estranha, com nariz e boca formados. Era alto, um pouco mais do que Sr. Piccolo pelo que se lembrava, havia um par de asas pretas e uma retraída cauda. Tinha uma espécie de exoesqueleto em diferentes tons de verde e outras partes em preto. A pele era branca acinzentada e em suas bochechas linhas roxas iguais às de Freeza, mas com uma linha amarela cobrindo suas orelhas e queixo.

A criatura, ao sentir a presença do saiyajin, abriu os olhos. Gohan assustou-se, mas logo se recuperou. Tinha olhos na cor rosa. Como era terrível descobrir que aquele ser estava vivo!

Ambos se avaliavam, Gohan não fazia ideia do que esse meio animal meio humano poderia ser feito, era diferente de tudo o que já tinha visto. Contudo, algumas características lembravam Freeza e outras o Sr. Piccolo. No alto da cabeça, uma espécie de coroa de exoesqueleto nos tons de verde protegia uma estranha esfera escura.

Gohan afastou-se da criatura e rumou até uma mesa com diversos papéis e um teclado, que ao que tudo indicava, era o que controlava os computadores dessa câmara. Olhos rosas curiosos acompanhavam cada movimento do saiyajin.

Era um monstro!, pensou Gohan. Pelo que constava nos registros, essa criatura era o experimento final. Nº 16, 17,18, 19 e o android saiyajin de nome Raditz eram apenas cobaias e tentativas de algo maior. Cell, esse era o nome do bio-android, pelo que constava Dr. Maki Gero conseguira criar uma energia na forma de ki orgânico, para contê-la, era preciso de uma matéria orgânica, diferente dos outros androids que eram compostos por partes inorgânicas.

Para dar vida a esse ser e gerar essa energia era preciso criar um guerreiro superior, alguém realmente poderoso que fosse resistente e conseguisse controlar esse “ki”. De acordo com os dados, Cell foi criado a partir de células de Goku, Vegeta, Bardock, Freeza, Raditz, Piccolo, Rei Cold e Broly.

Entretanto, Dr. Maki Gero não achara suficiente, assim completara, não com células, mas com informações de batalhas e técnicas de Nappa, Tenshinhan, Chaos, Kuririn, Yamcha, Paragas, Mestre Kame e Videl. Aparentemente, as informações e as células foram manipuladas antes de sua chegada, pois não havia nada sobre si ou Trunks, que na época era apenas um bebê.

Um ser com células de tantos guerreiros, alguém com as células de seu pai, Vegeta, Rei Cold e Broly em um único corpo. Gohan tornou a encarar a criatura, quão forte seria?

Cell não desviara seu olhar do rapaz em nenhum momento. O computador o qual estava conectado não havia lhe passado informações sobre ele, porém podia-se notar que se tratava de um saiyajin.

Gohan surpreendeu-se ao notar que conseguia sentir o ki dessa criatura, apesar de estar anulado. Esse bio-android parecia extremamente poderoso. Aproximou-se novamente do tubo até estar frente a frente com o ser lá dentro. Cell olhava-o de cima com curiosidade, além do Dr. Maki Gero e dos androids, nunca havia visto mais ninguém pessoalmente.

- Impressionante, não é?- ouviu uma voz.

Gohan virou-se rapidamente surpreso, não sentira nenhum ki. Era o android etiquetado como Nº16, acordado e em pé era ainda maior.

- Os outros estão inativos.- anunciou ao ver a preocupação nos olhos do rapaz.

- Você não deveria estar também?- retrucou Gohan sério.

- 17 achou melhor manter vigilância sobre esse aí.- apontou para Cell, a criatura alternava olhares entre os dois.

- O que ele é, afinal?

- Dr. Maki Gero diria ser o mais perfeito do Universo.

- E você, o que diz?- perguntou Gohan.

- O deus da destruição.

Fez um instante de silêncio, Gohan estava tenso, de acordo com os registros do cientista, esse bio-android era muito poderoso. Rei Cold e Broly presentes no mesmo ser.

- Você é Son Gohan?- perguntou 16.

- Sou.

- Eu fui criado para destruir seu pai, na verdade todos foram, menos Cell.- contou o android.- Quando ele morreu, o doutor desistiu do resto de nós e concentrou-se apenas nele.

- E 17 e 18?

- Essa é a forma perfeita de Cell.- começou 16.- 17 e 18 seriam a maneira para atingir essa transformação, os dois sentiram-se enganados pelos planos do doutor e o mataram.

- Então como ele está completo aí?

- Esses tubos levam energia equivalente dos androids até ele.- respondeu 16.- Assim que ele sair e perder essa energia ele precisará absorver 17 e 18 para ficar na forma perfeita.

- Por isso eles não querem Cell solto por aí.- constatou Gohan.

- Ninguém quer.- corrigiu o ruivo.

- Por que não o destruíram?

- Eles não são poderosos suficiente para isso.- respondeu.

Gohan travou, lutara contra os dois e nunca conseguiu vencer e, agora ficara claro que essa estranha criatura era mais forte que os dois? Pior, queria absorvê-los para ser o guerreiro perfeito, o deus da destruição.

- Gohan, você é o Grande Sayaman de quem ouvi falar? O guerreiro que lutou contra Kooler e todo o Império? O que desafiou 17 e 18 e luta contra grupos criminosos?

- Por que quer saber?

- Cell é o único que pode vencer 17 e 18, mas seria pior que os dois.- contou.- Para derrota-lo é preciso soltá-lo e isso eu não permitirei. Eu tenho dentro de mim uma bomba, ela foi criada para matar seu pai.- 16 continuou.- Eu irei destruir Cell e todo o laboratório, desde que me prometa que irá lutar com todas as suas forças contra os androids.

- Eu tento isso há anos!- suspirou o saiyajin.

- Treine mais e fique mais forte, um dia vencerá!

- Mas e você?

- Morrerei junto de Cell.- respondeu 16 sorrindo.- Não posso permitir que um ser como esse escape.

Gohan tornou a olhar Cell, o monstro encarava-o, agora deixara sua curiosidade de lado, havia apenas arrogância e admiração. Cell achava-se superior ao rapaz ao mesmo tempo que parecia ter encontrado um rival que podia ser um desafio, uma diversão.

Aos olhos de Cell, Gohan era a encarnação de seu lado oposto. Pena, 16 estava certo, o rapaz não parecia preparado para lutar contra 17 ou 18, que dirá contra alguém como ele. Se pudesse voltar no tempo e fazer com que Gohan tivesse o treinamento necessário...

Se Son Goku, o guerreiro que Dr. Maki Gero tanto temia e queria destruir usando os outros androids estivesse vivo para treiná-lo...

- Nós temos um plano.- contou Gohan.- Bulma Briefs, uma grande cientista da Corporação Capsula, está construindo uma máquina do tempo. Nós iremos ao passado tentar avisar os outros para mudarmos o futuro.

Os olhos de Cell brilharam, mas os outros dois estavam alheios a esse fato. Parecia até que Son Gohan respondera a seus pensamentos. Se fosse ao passado, poderia fazer com que Gohan, o Grande Sayaman, fosse poderoso o suficiente para diverti-lo em uma luta.

- Quem sabe até possamos descobrir uma forma de derrotar 17 e 18.

- Mande-os treinar.- falou 16.- E muito.

- Você não precisa morrer.- insistiu Gohan.- Deve haver outro modo.

- Morrer para que Cell seja derrotado me parece ser um bom modo de descansar.- sorriu 16.

- Obrigado.

- Pelo que?- perguntou o android.

- Por estar do nosso lado.

- Você protege a Terra, seus seres vivos e as boas pessoas, é meu dever ajudar alguém assim.

Protetor da Terra? Então Cell deveria ser o seu algoz? Son Gohan...Son...esse era o mesmo sobrenome do guerreiro Goku. Sim, 16 comentara que fora criado para destruir o pai de Gohan. Então ele era filho de Son Goku, o que deveria ter sido oponente dos outros androids.

Por que não tinha as células ou informações sobre ele? Qual sua história? De onde surgira o Grande Sayaman?

- Lutar pela justiça não é errado.- continuou 16.- Lembre-se disso e dê tudo de si.

Gohan acenou com a cabeça e virou-se para partir. Antes, porém, olhou por sobre o ombro uma última vez para o monstro. Cell encarava-o compenetrado, um arrepio cortou a coluna do rapaz. Não negaria, essa aberração causava-lhe medo. Tornou a olhar para frente e partiu.

16 esperou um tempo e encarou Cell.

- Isso termina aqui!

Gohan afastou-se rapidamente e esperou em uma montanha mais ao longe. Logo a máquina estaria pronta e poderiam voltar no tempo e tentar mudar esse trágico destino. Uma grossa e fria chuva começava molhando a terra, suas roupas e seu cabelo. Olhou para o céu relembrando de cada morte que presenciou, as gotas de água que escorriam de seu cabelo e roupas parecendo levar as más lembranças embora.

Um tempo depois uma grande explosão destruiu montanhas inteiras e abriu uma imensa cratera no chão. O laboratório, 19, Raditz, 16 e Cell estavam acabados. Ficou ainda um tempo apenas olhando a área destruída pela bomba do gentil 16, esperava que Pan tivesse um futuro em que não se preocupasse mais com androids.

Sorriu pensando em como poderia ser um passado em que pudesse ter convivido com seu pai e os outros, sem 17 e 18. Daria um futuro melhor a Pan e seria uma família com Videl, treinaria Trunks e protegeria sua mãe e Bulma.

Ao virar-se para partir, percebeu seu pior erro. Uma rajada de energia atravessou-lhe o peito e foi ao chão de joelhos encarando seu agressor. Cell olhava-o de cima novamente, sua forma perfeita desfazendo-se aos poucos, indo a uma transformação grotesca, repugnante e mais fraca. Em suas mãos um scouter danificado, o mesmo que encontrou mais cedo no laboratório.

- Eu garantirei que você esteja pronto para lutar contra mim no passado.- sorriu o monstro.- Assim como garantirei estar na minha forma perfeita definitivamente.

- Como você...?- tentou Gohan sentindo sangue subir para sua boca.

- Eu sou o deus da destruição.- anunciou para enfiar a mão no peito já ferido de Gohan e arrancar seu coração esmagando-o.

O rapaz cuspiu sangue. Falhara. Falhara com todos os amigos e pai mortos, falhara com sua mãe e Bulma. Falhara com Trunks e Videl e, principalmente, falhara com Pan. Antes mesmo que seu corpo chegasse ao chão, uma lágrima prateada escorreu por seu rosto.



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