1. Spirit Fanfics >
  2. Leite de touro (Jikook) >
  3. Especial: Halloween - I

História Leite de touro (Jikook) - Especial: Halloween - I


Escrita por: Eddgarian

Notas do Autor


Oioioioi 💅 cheguei com um especial de halloween de dois capítulos pra vcs!

Esse primeiro cap é focado no Fergus, o híbrido de lagarto que levou um coro do jk 🍷🗿

Se passa depois da festa julina e antes da formatura, na mesma linha do tempo em que se passa a história.

Aproveitem 🦇

Capítulo 18 - Especial: Halloween - I


Fanfic / Fanfiction Leite de touro (Jikook) - Especial: Halloween - I

Outubro, outono, dia das bruxas. Essa data era aguardada ansiosamente tanto pelos jovens quanto pelos adultos mais bagunceiros, que faziam planos a semanas para aproveitarem o feriado pagão.

As ruas da cidadezinha estavam se enchendo com entusiastas mais velhos a medida que o sol se deitava e as crianças mais novas corriam alegres com suas fantasias divertidas passando de casa em casa para encherem suas sacolinhas com docinhos e guloseimas.

O clima de fim de ano era alegre e nostálgico de certa forma, o tempo estava limpo e agradável e o entardecer chegava lindamente dando mais ênfase às folhas alaranjadas e decorações de halloween que embelezavam majoritariamente os bairros.

Como ocorria anualmente, um grande evento estaria acontecendo na cidade com o tema do feriado. Um divertido festival que atraía todas as idades para aproveitar o tempo e exibirem suas fantasias com direito a um parque de diversões completo, jogos, shows ao vivo e muito, mas muito fervo, como eram todos os anos. Era uma tradição local que não podia faltar, a cidade toda parava para isso e quase toda a população do lugar se concentraria ali naquela noite.

E não era diferente para aqueles sete amigos, que a tempos já planejavam um programa em grupo para essa data.

Isso, não contou errado. Sete.

Além dos quatro mais jovens que já estavam sempre saindo juntos, os três adultos também foram sugados para esse grupo estranho como se fosse um buraco negro depois daquela festa de julho,  sendo sempre incentivados a saírem com os amigos mais novos.

Não eram todos os pais que participavam tão abertamente da vida social dos filhos, foi estranho até mesmo para os Kim no início, mas logo a amizade entre eles cresceu e de alguma forma que nenhum deles sabia explicar, aquele grupo virou algo semelhante a uma família.

O mesmo aconteceu com o Min, mas que optava por sair menos por ser um gatinho caseiro, mas sempre estava presente quando os planos envolviam assistir um filme comendo pizza de bobeira, até porque também se sentia deslocado ao estar sempre rodeado de casais.

Mas hoje era uma excessão, hoje era um dia especial. Pois o ruivinho iria finalmente apresentar sua pessoa especial para os amigos e, quem sabe, talvez um dia ela acabasse entrando para a trupe barulhenta dando uma suavizada nessa bagunça que era estar entre seis rapazes escandalosos e pervertidos.

No grupo do app de mensagens, as notificações começaram a chegar sem parar quando a hora marcada se aproximava, fazendo o telefone de Yoongi vibrar mais que consolo sobre a mesa enquanto ele terminava de ajeitar a fantasia de boneco assassino.

Bonde das maravilhas

Kim Taehyung [17:49]

Todo mundo pronto? Aqui em casa já estamos preparados!!

Ji nanico [17:50]

Tô prontinho e cheiroso.

Esquilo [17:50]

Eu também.

@Kim Taehyung vem me buscar!

Jin orelhudo [17:51]

Já já passamos aí, Hobi. Namjoon tá tentando lembrar onde ele deixou o celular :/

Yoongi [17:52]

Estou quase pronto. Mas acho que vamos chegar meio atrasados.

Kim Taehyung [17:53]

Ui, é mesmo! Vamos conhecer a senhora do Yoon hoje!

Ji nanico [ 17:53]

Vai ser um encontro de casais, que romântico <3

Joon [17:55]

Achei meu celular, estava dentro da geladeira ¯⁠\⁠_⁠(⁠ツ⁠)⁠_⁠/⁠¯

Jin orelhudo [17:55]

@Joon | Você só não perde o pau pq ele tá preso em você.

Joon [17:56]

@Jin orelhudo| Se eu perder é só procurar dentro do teu cu. É sempre o último lugar onde ele esteve.

Yoongi [17:56]

Valha, meu Deus...

Kim Taehyung [17:57]

Papaizinhos queridos, eu não precisava dessa informação... :'(

Ji nanico [17:58]

Eu acho lindo ver eles tão íntimos com a gente ♡⁠♡♡

Kim Taehyung [17:58]

Você só tá falando isso pq não tá aqui pra ver a cara esquisita q eles tão fazendo enquanto trocam mensagens mesmo estando um do lado do outro ಠ⁠ಗ⁠ಠ BEM NA MINHA FRENTE!

Jin orelhudo [18:00]

@Kim Taehyung | Vc nunca nos viu reclamar quando o Hobi vinha dormir aqui e tínhamos que ficar ouvindo vcs gemendo no meio da noite.

Esquilo [18:01]

Eii! Eu tô quieto, não me mete no meio disso não.

Kim Taehyung [18:03]

AHAM ENFIM já estamos saindo pra te buscar @Esquilo

Esquilo [18:03]

Ok!

Os Kim's e Hoseok ficaram offline.

Ji nanico [18:05]

@Boi você vai passar aqui? Dá algum sinal de vida, amor

Boi [18:08]

@Ji nanico | Oi desculpa, bb! Eu não vou conseguir chegar na hora porque tive uns imprevistos aqui em casa, tô começando a colocar minha fantasia só agora :0 se quiser pode ir na frente, encontro vcs lá, bjo s2

Ji nanico [18:09]

Ah... :( Ok, bb. Te vejo lá ꒰⁠⑅⁠ᵕ⁠༚⁠ᵕ⁠꒱⁠˖⁠♡

Jungkook também ficou offline, deixando apenas os primos no chat.

Yoongi [18:13]

Quer carona, bonitão?

Ji nanico [18:14]

Olha... Eu não recuso, viu UwU

Yoongi [18:15]

Vou buscar a Nabi e passo aí em seguida, espera um pouquinho ok? Estou indo.

Ji nanico [18:15]

Ok, sem pressa 

🎃

E lá estava ele, parado em frente a porta da casa da namorada que dava direto para a calçada por uma escadaria curta, onde estava em pé ao fim dela esperando ser atendido ao tocar a campainha uma vez apenas.

Ouviu-se os cliques das muitas trancas sendo destravadas do outro lado, não era de se surpreender, pois aquele bairro não era dos mais seguros.

Para sua surpresa, ou decepção, quem o recebeu e estava agora lá plantado o encarando como um bocó era um de seus alunos do ensino médio, mais especificamente o híbrido reptiliano de cabelo raspado no zero.

— O que tá fazendo aqui, Fergus? — Min perguntou com indiferença.

— Eu que te pergunto, professor. — O garoto fez sua pior cara de cu para o mais velho. — Essa é a casa da minha irmã, o que quer com ela?

— Você é irmão da Nabi?! Nem fodendo.

— Não tá vendo a semelhança?

— Na verdade não, dizer que vocês são parecidos seria chamar ela de feia.

— Ora, seu duende do Papai Noel...!

— Ah, é? E você parece o Nosferatu!

— É o Yoongi que está aí? — Nabi gritou alto para ser ouvida do andar de cima pelo irmão. — Mande-o entrar, cabeça de melão!

O rapaz magrelo bufou revirando os olhos ao sair da frente da entrada para que o gato laranja entrasse na residência e se acomodasse no sofá da sala, confortável até demais para seu gosto.

— Então você é o novo namorado da minha irmã? Que mundo pequeno. — O iguana dizia se jogando em uma poltrona. — E aí, a quanto tempo se conhecem?

— Há um mês e meio. — Respondeu desinteressado.

— Só isso? — Riu soprado. — E você já sabe do lance dela?

— Que lance, moleque?

— Tipo... Ela tem um segredo. Um segredo que atrapalhou os últimos namoros dela e fez ela evitar se aproximar dos caras, sabe? — O menino explicava visivelmente acanhado, balançando os pés descalços. — Ela não nasceu no corpo que tem hoje, entendeu o que quero dizer?

— Relaxa, eu entendi. — Yoongi não conseguiu evitar de dar um sorrisinho amarelo vendo o embaraço do valentão ao tocar no assunto. — Eu sei disso, até porque esse foi um dos motivos da gente ter se aproximado. Tenho um "segredo" bem parecido com o dela, se é que me entende. — Falou fazendo sinais de aspas com os dedos.

— Sério, professor Min?! — Fergus saltou do assento perplexo, encarando o rapaz com os olhos arregalados. — Eu não fazia ideia que você é parecido com ela. Que da hora!

— Eu não esperava ouvir isso vindo da sua boca nem em um milhão de anos... Quem diria que esse seu cabeção não é tão oco quanto parece.

— Quê?! Eu posso ser tudo de ruim, menos preconceituoso! — Resmungou com um bico, se atirando nas almofadas outra vez. — Já vi pessoalmente como a noona sentiu na pele o peso disso.

— Então por que você pega tanto no pé do meu primo na escola se sabe como é ruim? — Dessa vez questionou com uma expressão mais séria, se é que era possível ficar mais. — Tem algo pessoal nessa richa entre vocês?

— Sabe, 'fessor... — Ferguson se encolheu no estofado tímido e receoso, apertando as mãos ansiosamente enquanto encarava o chão de carpete. — Se eu não fizesse aquilo os caras iam pensar que sou fraco, saca? Iam me zoar até depois da formatura... Então eu só agia como eles.

— Entendi... Em casa você é um e perto dos outros você é outro. Mas por que justo o Jimin? Aquela escola tá cheia de gays mas vocês só pareciam mexer com ele e com os amigos dele em específico. Isso é estranho, parece até que você o inferniza pra chamar atenção... Por acaso isso é uma quedinha? Haha.

Nesse momento o híbrido de réptil desviou o olhar outra vez com pressa tentando esconder o rosto entre os antebraços, mas a vermelhidão em suas orelhas pálidas e pontudas não deixava dúvidas da vergonha que sentia. A pergunta havia o pego em cheio, apenas sua reação já bastava mais que mil palavras.

— Nah... Nem fodendo, Ferguson... — O ruivo desfez a pose preguiçosa e pôs-se numa posição tensa, encarando seriamente o garoto enquanto apoiava os cotovelos nos joelhos. — Tá zoando, né?

— Por favor... Não conta pra ninguém, hyung...! — Implorou com os olhos marejados, a voz rouca tão baixa que falhava. — Se o namorado dele descobrir vou levar outra surra!

— Fica de boa, minha boca é um túmulo. — Fez um gesto com a mão como se fechasse um zíper nos lábios. — Mas então... Fiquei curioso pra saber mais dessa novela. Me conta um pouco mais, eu prometo não te zoar.

— Não sei se é uma boa ideia... — Murmurou botando os pés sobre a poltrona, abraçando uma almofada fofinha. Yoongi nunca havia visto o garoto numa situação tão frágil quanto agora, ele realmente se escondia bem com sua máscara social.

— Qual é, vamos lá! Você é meu cunhado, pode confiar em mim.

— Ok... — Suspirou juntando suas forças para revelar, enquanto isso Min aguardava ansioso pela explicação. — Eu comecei a prestar mais atenção nele no ano passado, na época o Jeon fazia parte do nosso grupo de amigos...

FERGUS

Eu nunca havia me sentido daquela maneira por outro menino e muito menos me permiti sentir, mas algo naquele gato preto me tirava a razão e me fazia querer jogar toda a minha heterossexualidade pelos ares e me agarrar a ele.

Eu nem sabia seu nome mas ele já me chamava a atenção quando passava caminhando despreocupado pelos corredores do colégios na hora do intervalo, sempre acompanhado dos amigos barulhentos.

Não sei ao certo o que eu via nele... Mas seu andar felino atraía minha visão ao seu traseiro quando ele rebolava, logo de cara. Era redondinha, melhor que a bunda de qualquer menina que eu conhecia... Eu devo estar enlouquecendo, só pode.

Ao longe eu ficava vidrado em seus lábios bonitos demais para pertencerem a um homem, era tão lindo que me deixava indignado. Como pode um cara ser tão atraente assim?

Por um tempo tudo se resumiu a eu o olhando de longe, sempre o procurando quase que subconscientemente. Mas um dia dei o azar, ou a sorte, de chegar atrasado no mesmo dia que ele, indo parar direto na detenção junto dele.

Estávamos lá, sentados em frente a mesa do diretor, esperando até que aquele calvo infeliz retornasse. Até então, estávamos em total silêncio, cada um olhando para os próprios sapatos, afinal, éramos desconhecidos.

Um maldito formigamento começava a tomar conta do meu peito e meu joelho tremia sem parar, era uma péssima hora e lugar para ter a porra de uma crise de pânico. Não agora, não bem do lado dele!

Quando eu já não tinha mais unhas para roer, senti um peteleco suave em meu ombro. Era o Park me cutucando com um doce enquanto me encarava parecendo sereno.

— Ansiedade, né? Isso é um saco, eu te entendo. — Sua voz era tão gostosa quanto todo o resto, fazia meus ouvidos queimarem. — Toma, masca um chicletinho.

O nó e a ardência em minha garganta me impediram de respondê-lo e eu estava tão tenso que sequer consegui estender a mão para receber o chiclete. Eu, patético, só soube tremer fitando o chão.

Um arrepio viajou todo meu corpo como um choque elétrico quando senti seus dedos quentes e suaves tocarem o topo da minha cabeça, fazendo um cafuné ali e então descendo até minha nuca onde passou a apertar meus músculos tensos numa massagem. Suas mãos eram delicadas mas tão fortes, assim como o restante de seu corpo.

Ousei erguer o rosto para olhá-lo de volta, e nesse momento o moreno simplesmente enfiou o chiclete na minha boca depois de o tirar da embalagem, além do sabor de hortelã pude sentir seus dedos tocarem minha língua por um milésimo de segundo.

Aquilo não me irritou como normalmente faria, talvez porque era ele. Foi... Estranho. Mas não me importei, apenas aceitei calado.

Minha respiração se estabilizou, mas agora meu coração pulava feito louco no peito, tão alto que temi que ele pudesse ouvir as batucadas.

— Relaxe, ok? — Sua voz gentil saiu num suspiro, me atingindo como uma brisa quente. — Logo logo essa merda termina.

🦎

— Fer. Fergus. Ferguson! — Despertei de um transe sendo estapeado na cabeça por uma mão grande enquanto a voz masculina me chamava, sei lá a quanto tempo. — Tá olhando o quê? Tá parecendo um zumbi aí, quase babando.

— Jungkook... Desde quando está aqui? — Perguntei ainda meio desligado dessa realidade, no momento eu estava perdido no universo Park, que jogava uma partida amistosa de vôlei na quadra contra alguns garotos da minha sala.

— Nossa, você não me viu chegar? — Ele arregalou os olhões. — Tô aqui falando com o vento a um tempão então...

— Foi mal, eu 'tava focado no jogo.

— Você parecia mais focado no jogador treze, pra falar a verdade.

— É, ele faz parte do jogo. Então não tem como não ver ele... — Tentei despistar.

— Pois é, tem razão... — Jeon concordou voltando sua atenção à partida, permanecendo em silêncio por uns bons minutos antes de abrir a boca outra vez. — Ele não é nada mau.

— Concordo, ele é um bom jogador.

— Isso também, mas não era disso que eu estava falando. — Riu fraco.

— Do que exatamente tu tá falando então? — O indaguei erguendo uma das sobrancelhas.

— Eu me referi à aparência dele. — Revelou com a voz mais baixa, corando levemente. — Ele é atraente.

Ih! Tira o olho, grandalhão!

— Tu tá tipo... Dizendo no sentido sexual?? — Voltei minha atenção exclusivamente ao híbrido bovino, estranhando. — Jeon, você não é gay, né? — Disse o cara que sente exatamente o mesmo mas que é covarde demais para admitir.

— Ah eu não sei ao certo... — O garoto falou coçando a nuca pensativo, se abrindo sem medo. O invejei pela primeira vez, a primeira de muitas. — Eu não deixei de também achar meninas atraentes, então acho que sou bissexual. Mas esse menino... — Deu uma pausa para admirar o felino do time adversário com brilho nos olhos. — Ele é chamativo demais... Tanto que é difícil não olhar pra ele.

— Tá me zoando, não é? — Me levantei do banco da arquibancada dando-lhe minha pior careta enojada quando notei que o restante do nosso grupo se aproximava. Era hora de mudar de personagem. — Você? Viado??

— Desde quando isso virou problema pra você, Fer? — Kook me lançou um olhar tristonho e confuso, de cenho franzido. — Você está ficando igual aos outros caras... Pensei que você fosse diferente, mas me enganei.

Isso doeu. Doeu lá dentro. Mas não há o que eu possa fazer, vão me comer vivo se sequer suspeitarem de mim.

— Que papo é esse? — Um dos garotos chegou até nós dizendo alto. — Quem que é viado?

— O Jungkook. — Apontei na direção do dito cujo sem pensar duas vezes, ou melhor, sem nem sequer pensar. Sinto muito, amigo... Mas antes você do que eu. — Ele tá afim daquele gato preto viadinho do terceirão.

— O Jeon?! Jeon é viado??? — Os dois moleques caíram na gargalhada, instintivamente me juntei a eles que eram maioria.

— Eu nunca disse que estava afim dele! — O touro bateu o pé esbravejando.

— Mas chamou ele de atraente, não é a mesma coisa? — Rebati forçando uma risada.

— Que se foda. — Ele se levantou bufando pesado. — Eu deveria saber que não dava pra confiar em você, Fergus. Você é um duas caras falso.

— Iiiiihh, alá! — Um dos caras que tinha um dente da frente faltando começou a caçoar quando Jungkook passou por nós nos empurrando com os ombros para passar, ninguém se atreveu a pará-lo. — Ele ficou todo sentimental! Tu tem alguma coisa a ver com isso, Fergus?

— Nem a pau, Juvenal! — Saltei para trás bolando qualquer desculpa. — Eu não sou boiola, não!

— Calma, tô só te zoando, cabeça de pica! — De novo os abutres caíram na gargalhada.

Se você não aguenta contra eles, então junte-se a eles. E foi exatamente o que eu fiz dali para frente.

A partir daquele dia nós três não demos mais paz ao Jeon, mas ele não perdeu a calma perante nossas provocações, ou pelo menos tentava.

Por mais que roubássemos seus pertences, estragássemos ou fizessemos pegadinhas todo santo dia, ele nunca ergueu a voz com a gente ou revidou. Isso só nos deu mais motivos para zoar ele, era claro que ele só tinha tamanho e nenhuma atitude. Um maldito pacifista.

Bem, era o que eu pensava nessa época. Mas você sabe que mais para frente não foi bem assim... Foi só Jimin entrar na jogada que ele mudou. Mas isso ainda demoraria até o ano que vem, vamos focar nesse por enquanto.

🦎

Era o fim de mais uma de poucas aulas em quadra em que turmas diferentes eram misturadas. E não sei se foi por intermédio do destino, mas ali naquele vestiário só encontrei o rabinho negro balançando enquanto o resto do corpo era escondido pela porta do armário, mais ninguém.

Talvez fosse a deixa para eu agir?

— Errr... — Parei ao lado dele de cara para a portinha de metal azul, mas a merda do meu nervosismo me travou por completo e eu só soube encarar meus pés.

— Ah, oi. — Park cumprimentou-me com um sorriso automático, eu sabia que não era genuíno porque seus olhos não se estreitaram. — É... Ferguson, né?

— I-Isso... Pode me chamar de Fergus... — Porra, por que você tem que estar sem camisa justo agora? Não vai me ajudar nem um pouco!

— Claro, Fergus. — Sorriu fechado outra vez. — Eu sou o...

— Park Jimin, do terceiro B. — O interrompi atropelando-o com as palavras, mas imediatamente me arrependi disso ao receber seu olhar desconfiado e afiado como agulhas. — Eu te conheço... Da detenção, lembra?

— Ah, sim! Você estava muito nervoso, agora me lembro bem. 

— Sim... E muito obrigado pelo doce e por... E pelo resto. Me ajudou muito. — Pela primeira vez pude presenciar de perto ele sorrir com os olhos, não que eu já não o tenha visto fazer antes, mas aquilo nunca havia sido direcionado a mim. Me senti lisonjeado. — Sabe, eu queria conversar com você... U-Um pouquinho...  — Meu pomo de Adão subiu e desceu quando engoli seco. — Se não se importar...

— Hm... — Ele me olhou da cabeça aos pés com aquele mesmo olhar de julgamento que me congelava até a alma. — Conversar sobre o quê, exatamente? — Obviamente ele já sabia da minha fama de otário, porque eu só andava com otários. Provavelmente estava pensando que pudesse ser uma pegadinha, e eu não o julgo por isso, eu faria o mesmo.

— Tipo... Sobre qualquer coisa. — Abaixei a cabeça chutando o ar timidamente, só um tonto para não notar. E Park Jimin parecia ser expert no assunto, como um perito criminal das indiretas ambíguas. — Eu só... Aish, que dificuldade! — Esfreguei meu rosto febril com as mãos, quase levando junto o piercing da minha sobrancelha com a força. O tremor das minhas pernas era mais do que nítido.

— Entendi. — O gato leu minhas entrelinhas e traçou meu perfil de suspeito só com aqueles olhos de esfinge que me escaneavam como se eu fosse um mero inseto, um traste.

Ele viu através da minha máscara e então riu debochado, me fazendo temer que talvez saísse um audível "não" de seus lábios carnudos, ou até pior. Não era segredo o quão babaca e valentão eu sou quando dentro daqueles muros.

— Eu estava pensando em matar a próxima aula — Falou descompromissado, vestindo sua blusa de tecido fino. — E pensando também que atrás da quadra seria um ótimo lugar pra isso... Não acha?

Puta merda. Isso é um convite.

Park Jimin está me convidando para encontrá-lo atrás da quadra. Sozinhos.

Soube atravéz de fofocas sobre os inúmeros rapazes que ele levava para cantos escondidos, mas nunca acreditei. Ele pretendia fazer o mesmo comigo? Talvez seja por pena do quão patético eu sou.

Antes que eu ousasse responder, risadas altas e passos se aproximavam.

— Seus amigos babacas estão aqui. — Estalou a língua no céu da boca, escondendo as mãos nos bolsos dos shorts. — Tá na hora de você voltar pro personagem, senhor hétero top.

— O quê...?

— Tá achando que você é o primeiro desses que vem até mim com essa desculpinha? Relaxa, já saquei qual é a sua e não vou contar nada pra ninguém, não sou desse tipo. — O moreninho ditou baixinho com a voz mansa, dando tapinhas em meu ombro enquanto ia saindo, mas não sem antes cochichar pertinho do meu ouvido. — Meu convite ainda está de pé, caso ainda esteja com curiosidade. Mas não me culpe mais tarde se você viciar em pau.

Fiquei estático, não consegui nem me mexer, como se sua aura dominadora estivesse me colando no lugar. Apenas consegui ter alguma reação e respirar normalmente quando ele saiu, dando espaço para os dois abutres me agarrarem pelo pescoço e me encherem de cascudos como sempre faziam. Esse parecia ser o único contato entre dois homens que eles aprovavam.

🦎

— Hm, chegou bem rápido, senhor hétero... Digo, Fergus. — Jimin já me esperava no local marcado, deitado no gramado usando sua mochila como travesseiro. — Vai ficar aí me olhando ou vai sentar?

— Hã??

— No chão, Ferguson. Sentar no chão. — Revirou os olhos.

— Ah, claro...

Sentei-me ao seu lado na grama que parecia esperar a um tempo para ser aparada, mas ao menos isso a deixava mais macia.

Tentei ao máximo manter uma distância segura entre nós dois, tão tenso que pensei que eu teria uma parada respiratória, e não fazia nem um minuto que eu estava ali.

— Então... Fala aí. — Quebrou o silêncio quando cruzou uma perna por cima da outra, balançando o pé e olhando para o céu.

— Falar o quê...?

— Você disse antes que queria conversar comigo, seu bocó. — Resmungou me dando um soco na coxa.

— Ah, sim! Então... Eu não tenho nenhum assunto em específico, só queria te conhecer um pouco.

— Você? Quer me conhecer? — Ergueu uma das sobrancelhas. — Isso é alguma zoação?

— N-Não, eu juro! — Por que eu fico tão vulnerável perto dele? É irritante. — Você mesmo disse antes no vestiário, lembra? Sobre o "personagem"?

— Ah, pois é. Você é falso.

Isso me acertou como uma alfinetada, mas não me ofendeu, só me entristeceu. Park Jimin mexia com meu verdadeiro eu.

Vendo como murchei me calando de vez, deu um suspiro longo e então se sentou chegando mais perto de mim, escorando as costas no muro da quadra.

— Está tudo bem, sua imagem de machão escroto está segura comigo. — Por mais que suas palavras não fossem das mais gentis, o timbre dócil de sua voz fazia surtir um efeito reconfortante em mim somando o carinho que eu recebia atrás da cabeça. Desse jeito ele podia xingar até minhas gerações passadas que eu não me incomodaria. — Ninguém vai saber que esteve comigo se depender de mim, acredite. Pode só soltar tudo que está entalado aí, não me importo de ouvir.

Park foi meu terapeuta ali, nos fundos do colégio cercados por mato mal cuidado e árvores de copas densas e irregulares que se extendiam sobre nós como um telhado verde, impedindo o sol forte de nos atingir. As aulas que perdíamos não pesavam nossas consciências em nada.

Ele ouvia sem dizer nada, apenas absorvia tudo, esperando até que eu ficasse sem mais o que por para fora. Nunca antes eu falei dessa maneira com alguém, colocando meus sentimentos e só esperando ser compreendido, não respondido.

— Então eu acertei antes, não é? Eu te deixei confuso. — Depois de alguns minutos de silêncio ele tomou a palavra sem me direcionar o olhar.

Apenas concordei com um suspiro timidamente, com medo que ele me achasse ridículo.

— Relaxa. Eu já falei, não falei? — Dizia levando a ponta dos dedos até minha orelha, brincando de leve com meu lóbulo. — Você não é o primeiro que me procura por esse motivo, curiosidade. Você está questionando sua orientação sexual, como os outros.

Um dos outros. O resto. Um Zé ninguém.

Já entendi o que eu sou para ele, só mais um curioso inexperiente querendo provar seu gostinho, um entre muitos. Mas não o julgo, é o que eu pareço ser, realmente. E a ideia não me é ruim, já que ele parece disposto a me dar uma amostra grátis.

— É pra isso que você está aqui, não é? — O híbrido felino sussurrou ao pé do meu ouvido com a voz mais grave, fazendo cada um dos poucos pelinhos que eu tinha se arrepiarem. — Preciso de mais algum sinal seu antes de continuar, não fique só aí congelado...

— Desculpe, estou com... Medo. — Virei meu rosto na direção oposta ao dele ao fim da frase, com as orelhas tão vermelhas que chegava a ser cômico. — Não sei o que fazer... Vou acabar travando.

Eu sou um covarde inútil.

— Não faz mal, deixa comigo... Eu posso? Você não tem que se sentir pressionado a nada, se quiser podemos terminar agora, só com essa conversa.

— N-Não! Tudo bem... Eu... Eu quero. Quero saber como é.

O gato preto sorriu estreitando os olhos, me exibindo uma fileira branquinha de dentes.

— Eu não esperava que você soubesse ser fofo... — Falou mansinho quando subiu no meu colo me deixando ser iludido por esses elogios vazios, sentando-se entre minhas pernas e enlaçando meu tronco com as suas próprias, acariciando minha nuca com uma das mãos enquanto usava a outra para apertar de leve meu peito. — Relaxe... — Acho que com a mão sobre minha caixa torácica ele pôde sentir o quão desgovernados meus meus batimentos cardíacos estavam naquele momento.

Logo o palmo em minha nuca deslizou até a lateral do meu rosto, com seu polegar de unha comprida pressionando meu lábio inferior me induzindo a abrir a boca, o que acatei hesitante.

Agora seu dedo estava dentro da minha cavidade bucal brincando com minha língua. De canto de olho o presenciei sorrir de leve ao traçar o contorno do meu músculo, provavelmente direcionando sua atenção à bipartição e ao piercing que o atravessava.

Me senti meio que... Contente. Contente ao vê-lo se divertindo com uma parte minha.

Tirei a língua para fora e achei graça ao vê-lo arregalar os olhos surpreso.

Sou um lagarto, claro que ela é comprida e grossa, tanto que eu conseguia distinguir com ainda mais precisão seu cheiro adocicado através dela. Um aroma de um doce forte e predominante que me instigava a me entregar a ele, me intoxicando.

Não demorou muito mais até Park decidir juntar sua carne úmida à minha, e ela era áspera e fina como eu esperava de um gatinho.

Seu gemidinho contido quando enfiei minha língua em sua boca foi o que causou o gelo no meu baixo ventre e ameaçava acordar algo mais em baixo.

Nos beijávamos com tenacidade e era como se ele sugasse toda a minha timidez usando aquela boca gostosa...

— Ah, santo Cristo! — Yoongi Exclamou com uma cara enojada, cortando o devaneio do híbrido reptiliano. — Sai dessa, eu não quero saber dos detalhes das putarias que ele fez com você!

— Relaxa, as coisas não foram além do beijo.

— Mas se teve a chance, porque desperdiçou? Pensei que era o que você queria.

— Eu fui covarde, ok? — O rapaz resmungou roendo a unha curta do polegar. — Eu... Eu não tive coragem de ir até o fim com ele.

— Mas, e aí? O que houve depois?

— Depois fomos para nossas salas e fingimos que nada havia acontecido. E ele não comentou com ninguém, como havia me prometido.

Eu pensei que aquilo tinha sido o suficiente pra clarear minha mente, mas eu não conseguia esquecer dele por mais que eu tentasse, ficou até pior do que antes...

Eu não conseguia parar de sonhar acordado com aqueles lábios deliciosos juntos aos meus, seu cheiro ainda me assombrava e mexia com a minha razão.

Quando eu sentia aquele aroma ao passar mesmo que a metros dele no corredor, algo dentro de mim rugia louco para agarrar aquele gato e tê-lo inteiro para mim, gemendo meu nome e rebolando sem vergonha.

Já havia perdido a conta de quantas vezes me toquei pensando nele, minha sanidade havia se esvaído de vez e eu me arrependia diariamente por ter desperdiçado aquela chance que me foi entregue de bandeja.

Eu queria outra vez com Jimin. Não me importava mais se eu fosse ser um maldito viado para sempre depois disso. Ninguém precisava saber.

🦎

— Porra, que isso?! — Park se assustou quase dando um pulo quando fechou a porta do armário e me encontrou ali parado atrás dela como uma assombração, na verdade eu tomava coragem para cumprimentá-lo a um tempo. — Cacete, Não faz isso, Ferguson!

— Foi mal, minha intenção não era essa. — Falei sem conseguir evitar de rir da situação, mas ao menos isso havia quebrado o gelo entre a gente.

— O que você tá fazendo aqui? A aula não é mista hoje.

— Pois é, eu sei... Eu queria falar com você, de novo.

— Diga rápido, preciso ir. — Respondeu seco.

— Uh... Você tem um tempo a tarde? Eu queria ver você, se não se importa. A gente poderia sair, fazer alguma coisa... Na minha casa, quem sabe...

— Tá me chamando pra um encontro, Fergus?? — Ele me encarou desacreditado.

— Bom, eu não quis dizer nessas palavras... Mas você topa?

— Hm... Melhor não. — Depois de pensar consigo por um instante, o híbrido de gato decidiu se afastar alguns passos, evitando contato visual.

— Hã? Por quê?? — Me aproximei.

— Você não sabe o que quer, Ferguson.

— Quem é você pra saber o que eu quero? — Querendo ou não, a frase não saiu tão inofensiva como eu planejava, o fazendo franzir as sobrancelhas.

— Você quer me usar pra se satisfazer, vocês não sente nada em relação a mim além de tesão, não é? — Abri e fechei a boca algumas vezes para retrucar, mas decidi me calar pela falta de argumentos contra isso. — Você nem ao menos tem coragem de falar comigo em público. Eu não estou mais disposto a sanar essa sua curiosidade, cara. Já teve sua chance atrás da quadra, e lá eu vi que você não vai pra frente com essa história. Você é como a maioria dos fracassados que eu já peguei, só mais um para a lista.

— Então é assim? Você os deixa com tesão e depois os descarta?

— Nós não vamos ter mais nada, Fergus, esquece.

— Não tem medo do que pode acontecer com sua reputação depois disso?

— Vai fazer o quê? Contar por aí que nos beijamos? — Riu debochado. — Não é segredo pra ninguém o que eu sou. Eu não tenho nada a perder com isso, mas você tem.

— Se contar isso pra alguém, você tá fodido! — Vociferei o agarrando pela gola da camisa e o deixando na ponta dos pés ao chacoalhá-lo com força, mas nem mesmo perante a ameaça o menor abaixou a cabeça, esteve sempre mantendo aquele seu olhar reprovador contra mim, me julgando até a alma e me fazendo tremer perante sua indiferença, porque eu sei que ele tem razão.

— Se tem algo que eu não sou, é dedo duro. Seu segredo morre comigo. — Ditou calmo me fitando intensamente, no controle total de si próprio. — Ser tirado do armário a força é foda, não desejo isso nem ao meu pior inimigo.

— Porra...! — Xinguei rangendo os dentes, o empurrando com violência contra os armários metálicos. — Só... Não diga nada.

— Não toque em mim, Ferguson. Eu não te dou mais essa liberdade! — Ordenou afastando-me quando juntei meu corpo ao dele.

— Você me dando liberdade? Desde quando? — Ri perverso, apertando seu maldito pescoço bonito entre meus dedos. A gana era tanta que meu desejo era de sufocá-lo até que seu rosto mudasse de cor e seus olhos saltassem, como um ratinho miserável. — Você deveria me agradecer por ter pena de você, seria um pecado quebrar esse corpinho.

Nesse momento as pupilas felinas se estreitaram como lâminas afiadíssimas e seu olhar ameaçador e sem brilho causou calafrios em minha espinha me fazendo suar frio, mas eu não podia deixá-lo saber, precisava me manter firme, ou ele veria através de mim outra vez e saberia o quão fraco sou perante sua presença.

Sua destra apanhou com firmeza e precisão meu punho que pressionava-lhe o pescoço, apertando com tanta força que senti minha articulação estalar e meus joelhos cederem em razão da dor aguda.

Onde diabos essa vadiazinha escondia tanta força?

— Se você me julga ser fraco por causa da minha aparência, sugiro que reveja esses esteriótipos babacas que tem. — O mais velho disse jogando meu braço para longe de si com desdém, suas garras pontiagudas abriram ferimentos ardidos em minha pele, que com certeza deixariam cicatrizes. — Só não te macetei todinho até agora porque não quero estragar minhas unhas. — Dizia passando a língua sobre a superfície de seu esmalte rosa claro, me provocando com aquelas íris de um amarelo vívido, num degradê brilhante lembrando olhos de dragão.

— Filho da puta... — Murmurei sentindo uma veia pulsar na lateral da testa.

— Saiba seu lugar, lagartixa.

— Que isso? — O híbrido canino, um dos amigos do Park, veio do corredor com seu telefone em mãos. Eu nem havia notado quando o sinal da troca de aula tocou a pouco tempo. — Esse trouxa tá te incomodando, Ji?

— Tá tudo sob controle, Tae. Ele só estava meio perdido. — O gato cumprimentou o amigo com um sorriso assustadoramente amável antes de voltar a me fitar com a mesma expressão. — Certo, Fer? Melhor voltarmos para nossas salas, não acha?

— Isso não vai passar em branco, ouviu? — Resmunguei na tentativa de camuflar minha desistência, apontando o dedo na direção dos dois enquanto saía do vestiário masculino pisando forte.

🦎

Dito e feito. Aquilo não ficou barato.

Jimin virou mais uma das nossas vítimas de bullying, e consequentemente, seus dois amigos também, já que eles sempre insistiam em nos enfrentar em nome do companheiro, porque Park era como Jeon, mais um pacifista que preferia aguentar calado do que encarar um confronto.

Aquilo não parecia o deixar abalado em nada, muito pelo contrário, ele me olhava e ria da minha cara. Isso era enlouquecedor, me irritava ao ponto de me fazer arrancar os cabelos – Isso se eu tivesse algum.

Mesmo eu contando mentiras sobre ele e meus colegas espalhando aquele rumor sobre ele usar drogas, nada o fazia vir até mim implorando que eu parasse, na verdade eu que estava quase indo até ele implorar para que ele revidasse, me batesse, me xingasse, qualquer coisa estava ótimo!

Ele tinha na ponta da língua o meu segredo, mas ainda assim ninguém nunca ficou sabendo, ele nunca contou para ninguém, guardou a sete chaves o segredo vergonhoso de um valentão insuportável e detestável como eu, fazendo eu me sentir com a consciência pesada, só me dando mais e mais raiva!

Merda, Jimin, te causei tantos problemas mas nem mesmo assim você reage! Estou aqui gritando por você, me nota! Faz alguma coisa, porra!!!

🦎

Um ano se passou. Jimin reprovou outra vez. Eu não sei como eu não reprovei também, mas lá estava eu, no terceiro ano sem nem saber matemática básica.

Mesmo repetindo de ano ele não parecia derrotado, continuava com a cara típica de tanto faz que sempre teve, mas parecia mais alegre por estar na mesma sala que os amigos mais novos agora.

Acha que deixamos Jeon Jungkook de lado? Nem.

Eu descontava tudo nele quando não tinha o Park para infernizar, e ele não aguentou ficar nem mais um mês na mesma sala que nós três, no meio do ano ele pediu transferência de lá na esperança de ter paz.

Agora o resto acho que você já sabe, não preciso contar muito mais. Até porque não sei de tudo, já que eu não os acompanhei de perto.

Só o que eu sei, é que de algum jeito o filho da puta havia conseguido o gato para ele. Os dois estavam transando e eu os amaldiçoando. Ele ganhou e eu perdi.

E não havia nada que eu pudesse fazer contra eles, eu não sou páreo. A surra que tomei só reforçava isso, que era hora de desistir.

Eu sou patético, não sou?


Notas Finais


Continua...


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...