História Life Is Pricefield - - Reencontro.

Eu, Max Caufield, estou voltando de Seattle para Arcadia Bay depois de cinco anos longe de minha melhor amiga, Chloe Price.

Chloe e eu somos melhores amigas de infância, desde nossos 4 anos, eu acho...? Infelizmente, cinco anos atrás, justo quando seu pai sofreu um acidente - ao qual, graças a Deus, sobreviveu -, tive que me mudar para Seattle. Juro, tentei de tudo para que meus pais mudassem de ideia ou pelo menos adiassem nossa ida, mas eles me ouviram? Há, claro que não.

Confesso estar um pouco nervosa pra reencontrar Chloe, porque meus sentimentos por ela vão além da amizade, entende? Mas não é como se não tivessemos nos falado nesses cinco anos, sempre trocamos cartas e mensagens, e também, ligações.

Bem, Chloe não sabe que estou dentro de um ônibus, nesse exato momento, no meio do caminho entre Seattle e Arcadia Bay, escrevendo em um diário. Mas, apesar dos apesares, já sei como irei reencontrar Chloe. Conversei com sua mãe, Joyce, alguns dias atrás, e, antes do ônibus sair, mandei mensagem pra ela avisando para colocar o "plano em ação". O plano, no caso, é levar a Chloe até o Two Whales - restaurante da Joyce - e a manter lá até que eu chegue.

Bem, vamos ver o que vai acontecer e se serei recebidas por abraços. ^^ (Se eu sumir, Chloe leu meu diário e me matou, pois odeia emoticons).

[>>>]

Acabei de chegar em Arcadia Bay, mais especificamente, na Academia Blackwell, minha nova escola. Um pouco antes de eu me mudar para Seattle, Chloe começou a estudar aqui - mas não sei se continua estudando -, e quando ela me mandou uma mensagem dizendo que haviam cursos de fotografia, tratei logo de agilizar os planos para voltar o mais rápido pra cá.

Levei minhas malas pro meu quarto rapidamente com ajuda de duas alunas, Dana e Kate, e Warren também ajudou levando as malas até a porta do dormitório, já que ele não pode entrar, sendo que é um dormitório feminino.

Arrumei algumas das minhas coisas enquanto conversava com Kate, ela é legal. Bem, como eu disse, ALGUMAS, queria ver Chloe o mais rápido possível.

 Tomei um banho pra aliviar o stress, voltei ao meu quarto e coloquei uma roupa simples: uma camiseta rosa com o desenho de um cervo, uma calça jeans e uma jaqueta cinza, tudo isso com a Kate no quarto, porém virada pra parede - aliás, quando ela pode se virar, estava corada -.

— Kate, eu tenho que ir agora. - Falei, me atrapalhando ao colocar meus tênis, pulando de um pé só.

— Max! - Kate riu ao me ver penteando o cabelo com uma mão, colocando o tênis com a outra e segurando minha bolsa com a boca. — Você está indo encontrar uma amiga ou sua namorada? - ela diz brincalhona, tirando todas as coisas da minha mão e se sentando em minha cama.

Nada respondi, provavelmente corada, e me sentei ao seu lado.

— Okay, já entendi. - ela ri baixinho, colocando minha bolsa ao seu outro lado na cama, e pegando a escova de cabelos enquanto me virava de costas pra ela. - Eu te ajudo, se tentar fazer tudo de uma vez vai demorar mais ainda. 

— Faz cinco anos que eu não a vejo, Kate! E acredita que hoje fazem 10 anos que nos conhecemos? - digo, terminando de amarrar meus cadarços.

— Uau! Que bom que mesmo longe a amizade de vocês continuou. Pronto. - ela fala batendo de leve com a escova na minha perna.

Me levanto e pego a escova, guardando/jogando-a em qualquer lugar do quarto. Kate me estende minha bolsa e se levanta, sorrindo.

— Vá lá, Mad Max, aproveita seu dia com sua namoradinha. - ela zomba, rindo baixinho, e saído do quarto.

[>>>]

Estou em frente a lanchonete da Joyce, espiando pela janela. Vejo Joyce, e ela me vê, sorrindo e, discretamente, apontando com a cabeça pra uma garota de cabelos curtos e castanhos, no tom dos cabelos de Chloe. Concordo e entro no local, parando atrás de Chloe, que está sentada em um banquinho do balcão, comendo um pedaço enorme de bacon. Ah, ela não mudou nada.

— É sério, mãe. Hoje fazem 10 anos que a gente se conhece, e ela não falou comigo. - Chloe diz, mexendo nos talheres, e meus olhos se enchem de lágrimas de tanta saudade.

— Ah, mas ela deve ter um boa desculpa pra isso, não acha? - Joyce diz, claramente empolgada.

— Como por exemplo? - Chloe pergunta, olhando pra mãe.

— Pergunte pra ela.

— Como?

— Olhe pra trás, pergunte e veja o que ela tem a responder.

— Mas que diabos, olhar pra trás...? - Chloe se vira e arregala os olhos.

— Chloe... - deixo algumas lágrimas escaparem, e as seco rapidamente com a manga da jaqueta.

— Max? - ela se levanta e para na minha frente, com um semblante confuso.

— Não consegue reconhecer sua fiel melhor amiga, capitã Barba Azul? - quando digo isso, Chloe se joga em cima de mim, me abraçando forte.

— Eu não acredito... - ela diz, me olhando de perto, sorrindo. - Você não mudou nada. - volta a me abraçar

— Isso é bom, ou...? - brinco, me aconchegando na curvatura de seu pescoço.

— Isso significa que você continua linda. - Chloe diz e meu coração se acelera, e olho assustada para Joyce quando escuto um gritinho de euforia vindo da mesma.

— Oh, desculpe, podem continuar. - Joyce pisca e diz, indo atender uma mesa.

— Oh, Max. - Chloe seca as lágrimas que nem percebi que cairam de seus olhos. - Por que não me disse nada, sua idiota?! - dispara e me dá um tapa no braço.

— Ai, Chloe! Joyce, sua filha é agressiva! - faço bico e acaricio o lugar do tapa.

— Caufield, pare de graça e me responda. - Chloe ri e cruza os braços.

— Ok, Price. Porque era surpresa, só sua mãe sabia. 

— Mãe, você é uma traidora! - Chloe acusa, apontando para sua mãe atrás do balcão, que apenas ergue as mãos em forma de rendição, rindo e voltando ao trabalho.

— Então, Chloe, temos muito que aproveitar e conversar. É sexta! Temos um final de semana inteiro pra aproveitarmos juntas. - falo, abraçando-a novamente.

— Só um final de semana? 

— Nah, uma vida inteira!