CAPÍTULO 4 - BATIMENTO
Ratos rastejam pelo chão sujo do túnel Stryker enquanto um veículo com quatro patas se aproxima. Dele descem Batman, Mulher-Maravilha, Ciborgue e Flash. A escuridão guia os nossos heróis para uma ponte quebrada. Flash se espanta com a altura enquanto Diana diz que eles farão isso juntos. Ele corre até o outro lado da ponte enquanto ela usa seus poderes para atravessá-la restando apenas Batman e Ciborgue. Victor olha para o vigilante: "Ouvi falar sobre você. Não pensei que fosse real." - diz incrédulo. "Sou real quando sou útil." - responde ironicamente e impacientemente. O Morcego dispara o gancho e atravessa a ponte. Ciborgue o faz planando logo depois. Do outro lado, os heróis encontram uma entrada e ouvem os gritos de dor e agonia.
Eles observam o Lobo da Estepe e esperam pelo momento certo. Reféns sendo vigiados por parademônios ao redor do Novo Deus o qual escolhe quais serão suas próximas vítimas. Um homem simples com cabelos grisalhos. "Você!" - O Lobo da Estepe aponta. Os parademônios o levam até seu mestre. "Me diga onde está a Caixa!" - Ele ordena. O pobre homem apenas responde: "Por favor, nós temos famílias."
"Por que continuam me dizendo isso?" - responde ironicamente. Percebendo sua inutilidade, ele o larga no chão. O Novo Deus dirige seu olhar a um homem careca de pele escura, usando óculos. Os parademônios o trazem até ele. Os heróis continuam a observá-lo. Victor reconhece o refém, é o seu pai, Silas Stones. Sua emoção não é contida, a raiva se manifesta na criação de um canhão em seu braço. Ele dispara, atraindo a atenção do vilão, apesar do dano ser mínimo. O Lobo da Estepe sorri para ele: "Um dos horrores criados pela Caixa." Silas se espanta ao ver seu filho. O Lobo da Estepe prepara para golpeá-lo com sua arma divina. Mulher-Maravilha o bloqueia com sua espada e o chuta contra a parede, levando a luta ao outro lado do túnel. Os dois estão sob uma ponte de aço. De um lado, a Princesa Amazona, ciente do que feito às suas irmãos e do outro, o Novo Deus, sem remorso ou piedade enquanto parademônios sobrevoam ao seu redor. "Ela é minha." - o general ordena. Eles se afastam. "Amazona." - diz o vilão.
"Criatura vil, retorne ao lugar horrendo de onde veio." - Diana ergue a espada.
"Criança, meu machado ainda está sujo com o seu sangue de suas irmãs."
O coração da guerreira se enche de fúria. Ela disfere golpes com seu escudo e espada. Um confronto divino se inicia.
Ciborgue está lidando com os parademônios. Flash e Batman ainda estão escondidos. O vigilante aguarda pelo momento certo enquanto o velocista parece sentir um pouco de medo. "Olha, eu nunca lutei antes, eu tenho medo de insetos, armas e caras altos. Eu só empurro pessoas e corro." - ele declara.
"Salve uma pessoa." - o Morcego responde.
"Ok, qual de..." - pergunta Flash enquanto Batman desparece. Flash pega um refém e o leva para um local seguro. "Muito obrigado" - ele agradece. "Pra você também" - ele responde. O refém fica confuso com a resposta dele. Batman pula por trás de um parademônio e o joga contra a parede. Outros dois se aproximam. Ele ativa os espinhos de suas luvas e se defende dos ataques dos alienígenas. Ele espera seus inimigos pensarem que estão em vantagem. Ele os chuta. Ciborgue continua a atacá-los com canhões. Os parademônios estão prestes a matar alguns reféns. Batman pula sobre eles e defende os reféns, bloqueando os socos do oponente e obtendo sua arma. Ele atira nos outros. As pessoas olham com medo para ele, Bruce analisa a situação e larga a arma na tentativa de acalmá-los Um dos inimigos está no chão e tenta matá-lo. Flash chega a tempo e o salva atravessando o inimigo. "Por que você sempre desaparece? Isso não é legal ou educado." - Flash pergunta.
Batman apenas responde: "Leve os civis a um lugar seguro."
Batman usa seu Batgancho e sobe até outra estrutura. Uma quantidade absurda de parademônios a sua espera. Ele comunica a Alfred: "Preciso do Crawler." Flash continua a resgatar os civis. "Não pare, Flash. Eu cuido dos macacos voadores e te encontro na saída." - Diz Ciborgue.
"Certo." - Flash responde.
A luta entre Mulher-Maravilha e Lobo da Estepe continua. Depois de muitos golpes, ele a joga contra a parede. Ela se defende e com um soco o joga de volta para a ponte. Ela tenta decapitá-lo. Ele energiza seu machado provocando a queda da Amazona. Sem escudo e sem espada, ela deflete os golpes do Machado com seus braceletes. Ela bate um com o outro o afastando. Ela tenta se levantar, os parademônios a atacam. Subindo pelas paredes, a Crawler chega, Batman entra no veículo e ativa o sistema de armas. Uma das patas atinge um parademônio na ponte. "Minha vez." - Ele declara imponente. Os tiros da máquina salvam Diana. Lobo da Estepe pula em cima do veículo. Com seu Machado, ele tenta destruí-lo.
"Um demônio maior do que eu." - Batman ironiza diante da situação.
Flash e Ciborgue levam os reféns pela escada. Parademônios estão o esperando. Flash e Ciborgue os atacam. "Acho que foi a última onda" - Diz Victor. "Espero que sim." - Barry responde. A estrutura treme. A luta entre Diana e Lobo da Estepe está destruindo o local. Destroços estão prestes a cair. Ele atira neles e salva algumas pessoas. "Vou ajudá-los. Consegue mantê-los seguros?" - Flash pergunta. "Talvez." - ele responde. "Qual é cara, a gente tá lutando ao lado do Batman e da Mulher-Maravilha. Talvez não vai nos ajudar." - diz desesperado. "Estarão a salvo" - responde determinado.
A Crawler é abatida e destrói a ponte. Mulher-Maravilha pula e tenta pegar sua espada. Tudo parece estar perdido. Flash chega. Pelo ponto de vista do velocista, tudo se move lentamente. Ele encontra a espada de Diana e a empurra com seu dedo em pleno ar. Ela recupera a espada. Ele continua a correr e prevê o impacto da queda da Crawler. Batman pode morrer. Ele chega ao solo. A Crawler está caindo. Barry não sabe o que fazer. Ele fecha os olhos, respira e começa a girar seus braços formando furacões. Maravilhado ele move o veículo cautelosamente até o chão.
Alguns escombros estão caindo. Mulher-Maravilha usa sua espada e os quebra em pleno ar. O Lobo da Estepe cai próximo a Diana. Maleficamente ele diz: "Então você carrega o sangue dos velhos deuses em você, menina." Ela cruza os braceletes e ele complementa: "Os velhos deuses morreram."
Ele tenta decapitá-la. Ela bate os braceletes novamente, criando impacto e o afastando. Parademônios chegam por trás e tentam capturar Flash. Diana os parte ao meio. Desprevenida, ela está prestes a ser morta por mais um inseto. Batman a salva disparando o gancho no coração da criatura a arrastando para o chão. Ele olha para cima e se afasta da Crawler. Victor está vindo. Ele hackeia o veículo: "Relaxe, Alfred. Eu assumo daqui." Confuso, o mordomo pergunta: "Eu conheço você?" Ele ativa o sistema de armas e dispara um míssil. "Humanos e seus métodos primitivos" - diz o vilão enquanto o segura. Ele direciona o projétil para a parede. A água começa a transbordar. Um tubo de explosão se abre. "Perda de tempo. Ela chama." - Ele escapa.
A água está vindo. Os heróis não tem muito tempo. Flash ajuda Mulher-Maravilha a levar Batman que está um pouco ferido. É o fim. Um homem a retrai com seu tridente. Ele arrasta a arma pelo chão. Seus gritos podem ser ouvidos. A água finalmente se acalma.
Mais tarde fora do porto, os heróis observam os danos trazidos por eles e ponderam sobre o fracasso da missão. "Pelo menos, nós salvamos as pessoas" - diz Flash - "estou com pena de quem vai pagar por esse estrago." - complementa. "É bom ver você trabalhando com os outros novamente." - diz Gordon para Batman. Aquaman chega ao local. Ele olha para o Morcego e ironiza: "Vestido de morcego? Gostei." Batman responde ao Comissário: "Talvez seja temporário." - ele se afasta e fala com Aquaman: "Eu disse que mudaria de ideia. Creio que ele pegou a segunda Caixa." Aquaman surpreso responde: "Como você..."
"Ele já tem duas. Se conseguirmos a última, talvez teremos alguma vantagem." - Mulher-Maravilha alerta. "Talvez?" - diz Victor enquanto chega com uma das Caixas - "Temos uma vantagem." O grupo olha para ele confiante. "Jim, como está a situação com Luthor?" - o Morcego pergunta. "Ele provavelmente está fora do país. A CIA e o FBI estão atrás dele."
"Cuidarei dele assim que eu resolver essa situação." - Batman responde.
"Certo..." - eles somem antes que Gordon consiga responder.
Dentro de uma usina nuclear, se localiza o Lobo da Estepe. Ao seu redor, seus servos, os parademônios. Ele não encontrou a última Caixa e está zangado. Ele sabe das consequências. Um tubo de explosão se abre. Ele pensa que a hora chegou, que Darkseid está aqui para eliminá-lo, mas é apenas o servo esquelético do lorde de Apokolips: Deesad. "Darkseid me enviou aqui para verificar o seu progresso na obtenção das Caixas de Heggra." - disse com seu jeito particular.
"Falta apenas uma, Deesad..." - O general responde com uma fúria crescente.
"Você tinha dito que reuniria essas Caixas em um dia."
"E eu quase o fiz. Entretanto, a filha de Hipólita e alguns humanos fantasiados me impediram."
"Vamos pôr as cartas na mesa, Lobo da Estepe. Você é apenas um velho. Darkseid poderia ter enviado as Fúrias para essa missão. O que você quer provar?"
"Quero que ele não se esqueça que eu sou um Novo Deus também."
Deesad ri maleficamente: "Interessante. Muito interessante. Tome cuidado, Lobo da Estepe. Sabe muito bem o que acontece aos que se opõem a Darkseid. Pergunte a eles." O estranho Novo Deus abre um tubo de explosão e retorna ao seu planeta. Perplexo, o general larga o seu machado no chão. Enforca um de seus soldados e ordena: "Escória, achem a última Caixa! Matem todos que estiverem em seu caminho para obtê-la. Não importa o que ou quem. Eu a quero. Pela Unidade!" Os parademônios se espalham pelos céus para procurar a última Caixa. A corrida por um planeta começa.
Depois de uma longa batalha, os heróis chegam a Batcaverna. "Alfred. Temos convidados." - Bruce anuncia. Feliz pelo seu patrão finalmente estar trabalhando com outras pessoas novamente, o mordomo responde: "Já era hora." Os heróis o cumprimentam: Diana dá uma tapa nas costas dele, Arthur sorri, Flash acena e aperta a mão dele e Ciborgue apenas olha para ele. "Eles são diferentes, senhor. É como se tivéssemos voltado aos velhos tempos." - ele compara.
"Alfred, estes são novos tempos." - ele o corrige.
A equipe segue o Cruzado Encapuzado até o gigantesco hangar no subterrâneo da caverna onde se encontra o transporte de carga conhecido como Flying Fox. O espaço conta apenas com algumas ferramentas e uma mesa oval ao centro a qual deixam a Caixa. Todos se reúnem em torno dela. Batman coloca firmemente suas mãos à mesa e explica:
"Há alguns dias, uma gangue de Central City e a Intergangue de Metropolis fizeram negócios com os Novos Deuses. Armas em troca das Caixas. A de Central City foi pêga, mas deixou algo para trás - deixa a Caixa Materna sob a mesa - mais tarde, eles assaltaram os laboratórios STAR, mas não encontraram a Caixa, o que deixou eu e Mulher-Maravilha surpresos. Descobrimos que a informação foi dada por Luthor que está foragido."
"Eu e ele estudamos a Caixa Materna, não fizemos muito progresso. Elas basicamente servem como comunicadores ou teletransportadores." - Flash aponta.
"Elas também invadem tecnologia." - Batman complementa Flash.
"As habilidades da Caixa Materna são desconhecidas, mas não o Lobo da Estepe. Ele é um general de Apokolips e já tentou invadir a Terra uma vez. Não é uma invasão alienígena, é uma intervenção divina." - diz Mulher-Maravilha - "mas minha mãe nunca me contou sobre outro tipo de Caixa."
"Vulko me contou que humanos, atlantes e amazonas já lutaram juntos para impedir o Lobo da Estepe que estava tentando reunir essas três Caixas." - complementa Aquaman.
"E eu sou fruto dessa Caixa, então, a diferença entre ela e a Caixa Materna, é que uma pode..." - diz Ciborgue.
"Dar vida?" - Flash questiona enquanto o interrompe.
Todos ficam em silêncio após sua resposta, o morcego coloca alguns dedos sob o queixo. Ele está pensando em uma estratégia questionável e Diana sabe disso. Ela olha receosa para ele.
"Victor, você pode acessar a Caixa e descobrir mais sobre ela?" - Batman questiona.
"Acho que posso."
Todos se afastam um pouco enquanto Victor toca na Caixa. Toda a linguaguem desconhecida dentro de sua mente cibernética começa a fazer sentido e a formar palavras: "Heggra - Unidade - Darkseid." - Victor começa a repeti-las como se estivesse sendo possuído, as palavras ditas pela Caixa estão sem vogais, estão incompletas, apenas ele sabe todas as letras.
"HGRR - NDD - DRKSD"
"Ele está sendo possuído por ela." - Diana grita - "ela está viva." - ela se preocupa - "temos que tirá-lo de lá."
"Não podemos interferir, Diana." - Bruce declara com pesar.
Diana pega a Caixa Materna e a encosta na Caixa. Victor sai do transe e todos se reaproximam. Ele está assustado. Batman expressa curiosidade no olhar: "O que você viu, Victor? O que significam essas palavras?"
"Eu não sei, mas eu senti alguém gritando. É como se estivesse viva. Eu vi coisas que vocês não imaginariam: Um triângulo em volta do planeta e raízes crescendo por toda a parte o sufocando: Heggra era a primeira palavra. Parece um nome."
"E depois?"
"Unidade e..."
"E..."
"Darkseid."
"Darkseid? Os bandidos falaram esta palavra quando planejaram o assalto." - Flash aponta.
"Triângulo dentro de um círculo." - Batman pensa - "este é o plano do Lobo da Estepe."
"Sufocar o planeta?" - Flash arregala os olhos.
"Exatamente. Não somos o suficiente para isso."
"Ei, Batman, você mesmo disse que éramos 5 para formar um Superman." - Aquaman questiona.
"O mundo precisa dele."
Todos ficam em silêncio mais uma vez. Mulher-Maravilha fecha os olhos lentamente e suspira:
"Eu não irei profanar a vida."
"Ou profanamos a vida, ou morremos."
"Calma, calma, nós estamos falando sobre ressuscitar o Superman com a Caixa?" - diz Flash confuso.
"Sim."
"Não." - Diana contesta.
Bruce aciona um holograma do corpo do Superman: "Estudei fisiologia kryptoniana desde o dia em que ele morreu. Ele contém o DNA de todos os habitantes de Krypton em seu corpo. Se a Caixa pode recriar um planeta então ela também pode acordá-lo."
"Ele está em paz."
Batman abaixa a cabeça por segundo e a levanta logo depois: "A nave Kryptoniana contém uma câmara amniótica."
"A mesma câmara que criou o Apocalipse."
"Faremos um trabalho melhor do que Luthor. Preparem-se. Sairão daqui a alguns minutos para o cemitério, enquanto eu preparo as contingências."
Batman se afasta deixando o resto da equipe no hangar. Todos estão sem reação, tentando entender o que acabou de acontecer, mas Diana sabe que Bruce está escondendo um segredo e pretende descobri-lo. Ela o segue. Flash, Ciborgue e Aquaman continuam no local.
"O que acabou de acontecer?" - pergunta Flash.
"Eu não sei. Esse cara é louco e não vai demorar muito para ele morrer." - Arthur declara.
"Todos nós temos problemas e o dele, é achar normal ser um problema." - Ciborgue diz.
Batman vai até ao computador da Caverna. Ele acessa os arquivos de planos contra o Superman para aquele fatídico dia. Uma imagem do herói está na tela. Bruce olha diretamente para o símbolo do herói caído e milhões de pensamentos vem à tona: Todos sobre arrependimento. Suas mãos estão trêmulas e ele quer por um segundo se libertar do morcego, mas é muito tarde. Ele não consegue mais esconder. Ele está desesperado. Fora da sala, Diana o observa com pesar:
"O que eu fiz, Diana?"
"Não foi sua culpa, Bruce. Nunca foi."
"Eu estava prestes a enfiar uma lança no coração dele. Eu estava prestes a matar um homem bom."
"Eu entendo completamente, mas você está se esquecendo do lado bom."
"Qual?"
"Ele o fez perceber que ainda existe humanidade em você."
"Diana."
"Sim."
"Eu tive um pesadelo. Era o fim do mundo e o Superman tinha se tornado um ditador. Havia um grande símbolo Ômega no chão. Ele me matou. Recebi a visita de um homem em uma armadura vermelha. Ele parecia desesperado e me disse para encontrá-los o mais rápido possível."
"Tem medo de que essas premonições sejam verdadeiras, certo?"
"Sim."
"Por isso quer trazê-lo de volta."
"Sim."
"Se ele quiser nos matar, eu sinceramente espero que você tenha um plano B." - concorda.
"Eu tenho vários."
Uma noite escura e solitária. Quase como o sinônimo de morte. Afinal, é o cemitério. Uma van se aproxima. Dela saem quatro pessoas. Uma mulher, um cara alto e forte com cabelos loiros e dois jovens. Eles se aproximam da lápide de um homem. Um homem outrora conhecido como Clark Joseph Kent. Eles desenterram o caixão e o colocam dentro do veículo. Eles param por alguns segundos para contemplá-los assustados. Isso traz de voltas algumas memórias assustadoras de suas vidas. Seja a morte de um parceiro em guerra, ou a morte de uma mulher inocente. eles fecham o compartimento e se dirigem para os laboratórios S.T.A.R.
"Bruce, nós conseguimos." - Diana informa.
"Ótimo. Victor, preciso de um favor seu."
"Diga."
"Os laboratórios S.T.A.R ainda estão em horário de funcionamento. Precisamos sem entrar sem sermos vistos."
"Eu posso dar um jeito."
"Perfeito. Quando chegarem lá, informem."
"Certo, Bruce." - Diana responde.
Amanda Waller, a administradora de Belle Reeve. Há alguns meses, ela sugeriu a criação de uma Força Tarefa-X ao governo americano. Um dos membros traiu a equipe e invadiu Midaway City. Hoje, ela continua a enviar o Esquadrão Suicida para missões perigosas. Ela é manipuladora, mas apenas uma pessoas está a altura de Waller e sabe confrontá-la: Bruce Wayne.
"Olá, Amanda."
"Bruce Wayne. Ainda brincando de se fantasiar?"
"Eu preciso de um favor seu."
"Então eu também precisarei de um favor seu."
"É sério, Waller. Eu trarei o Superman de volta à vida. Preciso de reforço militar. E eu sei que você pode conseguir isso para mim."
"Ressuscitar o herói americano? E você ainda diz que sou eu quem está atuando fora da lei."
"Caso não ocorra como o esperado, precisarei de apoio militar."
"E eu quero alguns vilões presos no Asilo Arkham."
"Não."
"Então espere que o kryptoniano arranque a sua cabeça."
"Tudo bem. Solte-os, eles não ficarão soltos por muito tempo."
"E mais uma coisa: Não vá atrás do meu Esquadrão ou sua equipe terá problemas sérios comigo, Batman."
"Como..."
Ela encerra a ligação. Bruce vai até a sala onde Alfred trabalha nos apetrechos. Os dois olham atentamente para um dos trajes: "Você tem certeza disso?"
"É o destino do mundo, Alfred." - responde Bruce enquanto olha para a armadura usada na batalha contra o Homem de Aço.
Os heróis chegam aos fundos dos laboratórios S.T.A.R. Victor driblou a segurança criando um credencial falsa para Barry. Batman chega de repente. Arthur e Diana tiram o corpo da van. "Victor." - Batman diz.
"Certo."
O telefone de Silas Stone começa a vibrar em seu bolso. O cientista o atende: "Aqui é Silas."
"Pai."
"Victor." - ele diz espantado.
"Parece loucura o que eu vou falar, mas eu faço parte de uma equipe de heróis e nós precisamos da nave kryptoniana."
"Victor, o quê?"
"Pai, nós traremos ele de volta à vida."
Silas reflete por alguns segundos e dá sua resposta: "Espere alguns segundos." Ele deixa o laboratório e aciona o código vermelho. Todos os funcionários estão confusos e correm em direção à saída enquanto Silas permanece parado ali. A Liga se aproxima levando o caixão. Ciborgue acena com a cabeça agradecendo ao seu pai.
Victor destrava a entrada da nave kryptoniana. O ambiente é gélido, escuro e solitário. Ele espera os outros heróis para ajudá-los a carregar o corpo do herói. Eles caminham até a ponte que dá acesso a câmara amniótica. Com muito cuidado eles o deixam em um rio coral , o lugar onde os cientistas davam vida às criaturas. Várias máquinas em forma de tentáculo estão ao seu redor. A fotografia de Jonathan Kent é desintegrada ao entrar em contato com o líquido enquanto Kal-El flutua adormecido. Ciborgue acessa a câmara enquanto Aquaman e Diana retornam para buscar a Caixa e informa: "Luthor gastou toda a energia da nave dando vida à criatura."
Nervoso, Flash sugere: "Eu posso criar energia para a Caixa." Os heróis olham uns para os outros e concordam. Ele se afasta para pegar impulso. Barry estica as pernas e junta suas mãos uma na outra. Fecha os olhos, esquece de tudo ao seu redor e se concentra para acessar a Força de Aceleração. Sua mão começa a tremer, raio surgem em torno de seu corpo, ele abre os olhos e corre. Ele percorre inúmeras voltas atingindo uma velocidade inacreditável. Victor larga a Caixa e no momento em que ela encosta no líquido, Barry a alimenta com um simples toque do seu polegar. O líquido sobe e um feixe de luz se abre no céu. Os heróis buscam compreender o ocorrido.
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SUPERMAN
Estou estirado no chão. É como se todos os batimentos cardíacos do mundo tivessem parado de uma só vez. Uma mulher chora em cima de mim. Cabelos ruivos deslizando até os ombros. Sua cabeça deitada em meu peito com esperança de ouvir algum sopro de vida. Ao lado dele está um homem vestido de morcego e uma guerreira. Estou prestes a tomar uma decisão e ela não concorda. A criatura destruirá tudo, eu a mato, ela também o faz perfurando o meu peito. Estou prestes a morrer, um homem confuso pisa em meu pescoço e uma carrega uma lança esmeralda. Por algum motivo, ele a larga e me levanta. Depois, ele distribui um soco na minha cara e tenta se tornar invisível. Estou no chão observando fotos de uma mulher completamente torturada, por algum motivo estou em choque. O homem que está a minha frente não se importa, ele parece satisfeito em me ver imponente. As fotografias queimam dentro de um capitólio. Me sinto culpado, eles olham para mim decepcionados, de um lado, os mortos, do outro, os feridos e no centro: A mulher de cabelos ruivos.
Uma família está prestes a ser desintegrada, eu fecho os meus olhos e ouço o som dos ossos se quebrando. Me arrependo de ter assassinado um homem. Meus gritos ecoam por todo o local e se transformam em um furacão, um homem está próximo dele, ele não quer que eu o salve. Eu o deixo morrer. De repente a água toma conta do local e eu observo as baleias. Volto para a superfície. Um casal bondoso em uma caminhonete à noite andando em uma estrada deserta. Me sinto vazio e incompleto. Olho para as estrelas e para o Sol. Estou tão próximo dele. Estou no espaço. Alguma força me puxa para ele. Eu o atravesso e ainda estou vivo. Ela me pressiona. Aos poucos o meu traje preto muda de cor, assim como um emblema. Um planeta condenado à morte e um foguete. A força misteriosa continua me puxando. Eu não consigo parar. Eu não consigo parar! Eu me choco contra o foguete. Todos os batimentos cardíacos retornam. Eu abro os olhos. Estou vivo.
Após a grande explosão, eles deixam a nave kryptoniana o mais rápido possível. Kal-El caminha lentamente tentando controlar os seus poderes e entender o ambiente. Buzinas, sirenes, declarações de amor, declarações de ódio, explosões, tiroteios, latidos, miados, bebês chorando, ele ouve tudo. Ele sobe as escadas até o memorial. Ele olha para as flores e para a bandeira estendida com o seu símbolo, depois, para a estátua destruída e se dá conta de que tudo aquilo foi feito em homenagem a ele, mas não compreende. Ele controla seus sentidos, ouve 4 batimentos cardíacos e algo a mais. Ele se vira. Os heróis olham nervosos para ele, mas ao mesmo tempo, maravilhados. Um silêncio se instaura e eles se encaram.
Batman sobe um degrau e diz: "Bem-vindo de volta, Superman."
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