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História Linha Tênue - Agatha Moreira e Caio Castro - Cap. 2


Escrita por: arianefelipe

Capítulo 2 - Cap. 2


Fanfic / Fanfiction Linha Tênue - Agatha Moreira e Caio Castro - Cap. 2


O Caio chamava a galera. Agatha mal conseguia se mexer e o braço dela doía tanto que ela gritou:


— Aii...
— Fica quieta, vai.
— Meu pulso tá doendo.
E fui tentar me levantar.
— Já disse, caralho, fica quieta!


Caio deitou ela ali no chão e saiu do banheiro quando o Nando entrou correndo.


— Caralho, Agatha, o que foi?
— Não sei, acho que escorreguei e caí.
Nisso o Thiago também apareceu lá no corredor.
— Me ajuda aqui Thiago!
Ele foi junto com o Nando e a levantaram.
— Ai, caralho, minha mão!


Eles levaram Agatha pro hospital. Chegando lá, ela bateu um raio X da mão. Resumindo: ela tinha quebrado dois dedos e torcido o pulso. Thiago e Nando a levaram em casa, quando a mãe dela viu veio logo falando:


— Você e o Caio já brigaram de novo?


O Nando disse:
— Não tia, dessa vez foi acidente mesmo, ela caiu no corredor e quebro dois dedos.


Agatha subiu pro seu quarto, tirou a roupa e foi pro banho, pensa num banho escroto aquele, mas enfim, vestiu só uma samba canção e se deitou na cama. Quando tava quase dormindo Agatha deu falta do seu celular. "Puta que pariu! Tinha perdido ele!" Ficou pensando mais um pouco e dormiu. No outro dia ela acordou com dor onde ela mesma não sabia que existia. Passou o dia na cama, à noite o Thiago apareceu lá por casa.


— Aí, pronta pra outra marrenta?
— Sempre!
— Eu vim mais pra te devolver isso! – ele tirou do bolso o celular da Agatha.
— Valeu! Foi você que pegou?
— Não, foi o Caio que achou e mandou eu devolver.
— Pelo menos ele serve pra alguma coisa!
— Porra, tá ae, nunca eu consegui entender o motivo de vocês nunca terem se dado bem.
— Simples, porque eu nunca fui com a cara dele. Maior idiota, sempre se achando o fodão melhor de todos, um babaca, isso sim é o que ele é!
— Só me convida pro casamento!
— Olha, não te dou um soco, porque eu tô nesse estado!
Eles começaram a rir. O Thiago era uns anos mais velho que a Agatha e desde mais novos eles sempre se deram bem, mesmo com essa diferença de idade.
— Bom, já vi que tu vai sobreviver, vou indo nessa. Tenho que dar uma ajeitada no TCC ainda.
— Vai lá e brigadão pelo celular!
— Tu não tem que me agradecer e sim ao Caio, não só pelo celular e sim por ele ter te ajudado no corredor quando você caiu.
— Tá bom, Thiago, vai estudar, vai!


Ele riu e foi embora. Agatha pegou no celular e viu que ele estava arranhado certamente por causa da queda.
Passou a quinta, sexta, sábado e domingo em casa. Na segunda voltou à vida normal e à noite foi pra faculdade, sorte que a mão machucada não era a que ela escrevia. No intervalo entre a segunda e a terceira aula ela foi à cantina comprar um suco, ficou lá esperando a moça trazer, quando olhou pro fundo viu o Caio sozinho, lendo alguma coisa. De imediato veio na cabeça dela o Thiago falando que ela deveria agradecer por ele a ter ajudado. Seus pensamentos foram interrompidos pela moça entregando seu suco, ela pegou e ficou pensando se ia ou não ia, até que engoliu à seco e fui andando até ele. Sabe quando tu não quer fazer aquilo mesmo sabendo que é certo? Era isso que Agatha sentia. Quando tava chegando ele olhou pra ela, deixou o livro em cima da mesa e se virou. Agatha parou na frente de Caio e ficou muda, até que ele falou:


— A que devo a sua digníssima presença aqui?
Agatha respirou fundo e deu um sorriso.
— Só vim te agradecer, por te me ajudado no banheiro e por te achado meu celular.
Ele começou a rir, aquilo deixou Agatha com raiva!
— Porra, tu não cresce mesmo! Bem, já agradeci, mas se tu é tão idiota e não quer meu agradecimento, foda-se.
Ele parou de rir.
— Eu só fiz o que eu faria por qualquer pessoa no teu lugar. — ele ficou olhando pra Agatha.
— Obrigada, mais uma vez! — Agatha saiu e deixou ele lá.


 — Idiota, idiota! — só isso que vinha na cabeça dela. Voltou pra sala e assistiu a mais uma aula, quando saiu tava uma chuva desgraçada. Pegou o celular e ligou pro Nando:


— Fala!
— Nando, vem me buscar na faculdade, por favor!
— Caralho Agatha, hoje não vai rolar! – ele começou a rir.
— Nossa Nandinho, o celular da mamãe e o do papai só dão desligado. Tu tá aê no condomínio?
— Não, deixa eu desligar que tu tá atrapalhando a minha foda!


Ele riu e desligou. Aí que ela se tocou e começou a rir também.


É, o jeito era esperar a chuva parar e ver se alguém aparecia. Ela continuava ligando pra eles, já tava ficando triste ali esperando e pra completar seu celular descarregou.
— Puta que pariu, era só o que me faltava!


Até que o Thiago apareceu.


— Tá fazendo o que aqui?
— Ai, amigo, ainda bem que cê apareceu! Me dá uma carona até em casa?
— Claro! E aí depois do tombo no corredor, como você tá agora?
— Porra, tá foda, viu, foi logo a mão que eu mais uso pra pegar a cerveja! - eles começaram a rir juntos.


Foram andando pro estacionamento e conversando até chegar no carro dele.

— Tu tá devendo uma pro Caio, né?
— Tô nada. — a gente entrou no carro.
— Como não? O cara te ajudou e tudo, tu tem que retribuir. — ele falava meio que irônico.
— Já agradeci por ele te me ajudado e isso já basta!
— Mas falando sério agora, ele ficou preocupadaço contigo. Ele me falou que quando te viu caído ali no chão ele ficou sem saber o que fazer, pensou que tu tivesse morrido.
— Tu mente mal pra caralho, Thi!
— Sério, tô te falando!
Eles ficaram conversando, ele deixou a Agatha na porta de casa.
— Valeu, Thi!
— Que isso, precisando é só chamar.
Eu ia saindo do carro quando ele falou:
— Tá ficando com alguém, Agathinha?
Eu olhei pra ele sem entender o motivo da pergunta do nada.
— Não migo, tô só! Ninguém me quer!
— Qual é? Tá foda mesmo tu sem ninguém te querer!
Agatha começou a rir.


Agatha saiu do carro dele correndo por que ainda chovia. Não tinha ninguém em casa, foi direto pro quarto, tomou um banho e ficou vendo tv até que o celular vibrou. Pegou ele e leu a seguinte mensagem:
"Como eu queria estar contigo nessa noite de chuva, cuidando de você, mas um dia isso vai ser possível"
Agatha leu aquilo e começou a rir. Que coisa mais brega, ela pensou.
Pegou o celular e ligou para aquele número mas só chamou, ninguém atendeu. Desligou a tv e foi dormir.

Os dias foram passando normais. Depois de quase 20 dias a mão da Agatha já estava melhor. Era um domingo, ela estava em casa quando ouviu um barulho de gente falando alto, olhou da sacada do seu quarto e viu um monte de gente na frente de casa, melhor dizendo na frente da casa do Caio. Sim, ele morava na casa que ficava em frente da casa da Agatha, bem, não só ele, como o Thiago, o Nando, a Jéssica e outros que ainda vão aparecer, quando o Thiago a viu gritou:

— Agatha, desce aê e chega aqui!
— Tá ficando doido, né?
— Para de frescura e vem logo!
— Deixa eu voltar a estudar.


Agatha entrou em casa, e dez minutos depois recebeu uma mensagem:
"Só de te ver, meu dia ficou feliz"


“Porra, é o Thiago que me manda essas mensagens?” - pensou.


 Agatha se levantou, desceu e ficou olhando da janela pra casa do Caio. Ficou olhando pro Thiago e ligou pra aquele número e começou a chamar, e nada dele fazer algo que desse a entender que era ele. Desligou.


“Porra!”


Agatha ficou o resto da tarde estudando e o som torando na casa do Caio. Lá pelas seis da tarde, como tava quente, ela foi numa sorveteria que tinha perto de casa. Quando ela saí na porta, os meninos começaram a gritar o nome dela:


— AGATHINHA, AGATHINHA !


Ela só riu. Parou pra falar com eles e ficou um tempo conversando, quando o Caio surge com um cordão de prata gigante no pescoço, com uma bermuda estilo surfista aparecendo metade da cueca e com um copo na mão. Ele olhou pra Agatha e deu uma balançada com a cabeça tipo comprimentando ela, ela fez o mesmo.
Agatha disse que tinha sair e foi à sorveteria, comprou seu sorvete e voltou pra casa. Quando ela entra no condomínio, ela ouve o pagode torando alto e a galera gritando.


— Eita, alguém tá dando um show! — pensou. Foi chegando perto e viu tipo um círculo quase no meio da rua, e a galera lá gritando. Foi quando ela viu o Caio dançando, era uma música do Belo, Agatha parou e ficou olhando aquilo, tipo, que porra é essa? Ele viu ela ali e parou.


— Gostou do que viu?
— Me erra, garoto! — Agatha começou a andar, mas ele correu e ficou na frente dela.
— Qual é a tua, hein?
— Sai da frente, Caio! — ela tentou se desviar dele, mas ele se meteu na frente.
— Hein, garota, qual é a tua?
Ele falou aquilo gritando, tipo, Agatha não tinha feito nada pra ele.
— Não tô a fim de confusão Caio, sai da frente, caralho!
— E se eu não sair, vai fazer o que? Chamar a mamãe?
— Não, vou quebrar a tua cara mais uma vez!
Ele foi pra cima da Agatha, mas só que como a galera tava perto não deixaram ter confusão.
— Idiota, vai lá fudido, vai pau no cu!
— Isso não vai ficar assim, você vai se ver comigo!


Ele queria por que queria brigar. Os amigos dele seguravam ele, mas ele parecia que gostava de irritar a Agatha. Sabe cão e gato? Eles eram assim. O Nando foi até a Agatha:


— Que porra foi essa?
— Sei lá Nando, eu não fiz nada pra ele, cê viu.
— A galera viu, ele pirou do nada.
— Deixa eu entrar, que eu ganho mais.
Foi chegando na porta de casa quando ele gritou:
— Isso, foge mais uma vez, tu sempre foge, né?


Agatha entrou em casa, mas ficou pensando: o que ele quis dizer com fugir? Depois que ela entrou, a festa acabou.


Dois meses depois as mensagens continuavam e o Caio meio que pediu desculpas pelo o que tinha feito pra Agatha. No final de maio uma amiga deles ia fazer 19 anos então ela ia fazer uma festa no estilo fantasia, sabe. Agatha comprou uma fantasia de cowboy mas Jéssica deu uma outra ideia pra amiga, fazendo que ela mudasse e fosse mais feminina. Agatha foi de mulher gato. Enfim chegaram a festa, Agatha foi direto pro bar pegar uma bebida e pra chegar lá eles passavam por uma lambreta, que quem quisesse bater foto, podia. Lá era meio escuro e não tinha ninguém, Agatha tava mexendo no celular, quando escutou alguém falando:


— Tá a fim de da uma volta gatinha?


Ela olhou e era o Caio, ele tava muito engraçado mesmo, parecia que tinha saído de um filme (jaqueta jeans, o cabelo cheio de gel, óculos escuros, camisa branca e etc.) Agatha riu com o que ele tinha falado.


— Contigo eu não vou nem pro inferno!
— Essa foi foda, viu!


Os dois riram juntos. Nessa hora o celular dela apitou, era uma mensagem:
"não aceito ninguém perto de você, muito menos esse idiota”.


Agatha já tava ficando irritada com essas mensagens anônimas.


— Caralho, tá perdendo a graça, essa porra! – e ficou olhando pra ver seu achava alguém. Uma coisa ela sabia, é que era alguém do meio deles.


— Eita, pelo visto a mensagem não foi boa!


— Um filho da puta tá há quase dois meses me mandando mensagem, dizendo que é a fim de mim e o caralho, isso já perdeu a graça.


— Posso ver?


Agatha olhou pro Caio e deu o celular, ele leu a mensagem e ficou sério.


— Esse otário tá falando de mim?


— Me dá meu celular?


Ele ficou segurando o celular e olhando pra Agatha.


— É alguém do nosso meio, né?


— É, tô desconfiando de alguém, mas não tenho como provar! — Agatha pega o celular da mão dele. Ele começou a rir.


— Primeira vez que eu me lembre que a gente tem uma conversa normal!


— E tu sabe o que é ter uma conversa normal?


— Caralho, você é muito marrentinha né...


Outra mensagem chegou:
"por que tu tá dando trela pra ele?"


—Caralho, quem é tu, porra? — Agatha ficou olhando pra ver ser achava quem era, mas a maioria tava com o celular na mão.


— O que ele escreveu dessa vez?


— Nada não!


— Tá falando de mim?


— Tchau, Caio! — Agatha da as costas pra ele, mas ele segura o braço dela e a encosta na parede numa parte mais escura de onde eles estavam.


— Me deixa ver!


Caio e Agatha estavam tão perto que dava pra eles sentirem a respiração ofegante um do outro. Ele larga o braço e logo Agatha sente os dedos de Caio descendo pelo seu braço até chegar em sua mão, deixando ela totalmente arrepiada...
 


Notas Finais


Espero que gostem!


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