POV* P' Freen
Por um momento o tempo parou - meu coração bate feito um tambor descompassado - os lábios macios de Becky beija os meus sem parar - eu não me intrometo no domínio dela - quando paramos para pegar um pouco de ar, ela sussurra...
-Do jeito que imaginei - só que melhor.
Não digo nada, apenas troco de posição com ela - encosto-a no carro e diminuo o espaço entre nós, como se fosse possível - Colo meus lábios no dela novamente e alterno entre mordidas no lábio inferior e leves chupadas - coloco minha língua dentro de sua boca devagar e ela aceita de bom grado - meu corpo todo queima e sinto pontadas no meu ventre, ela me dá selinhos e beijos no rosto.
- Preciso voltar ao trabalho, quer voltar comigo?
- Não, muito cheio - quero ir para casa - venha comigo?
-Já vou levar uma bronca por abandonar o posto de trabalho, se eu for serei demitida e preciso do dinheiro.
- Você é muito pobre, a ponto de trabalhar nesse bar? Questino sem enteder sua realidade.
- Freen - não esfregue sua riqueza na minha cara, temos oito anos de diferença de idade - nem terminei a faculdade ainda - E também...
Antes dela começar a falar colo meus lábios no dela com um selinho, outro, outro e intensificamos o beijo - ela dá pequenos gemidos abafados.
- Venha comigo?
- Isso é jogo baixo.
- Não se preocupe com o trabalho e o dinheiro - como não somos amigas, você pode pegar meu dinheiro emprestado.
- E o que somos?
- Não sei. O que você acha que somos?
- Não responda minha pergunta com outra.
- Por que status é tão importante? Só somos.
Ela se afasta do meu corpo - perdemos o contato e sinto falta disso de imediato - penso por um instante que ela vai voltar para o bar - porque caminha em direção a saída, mas ela dá a volta pela frente do carro e espera na porta chamando minha atenção.
-Destrave as portas - vai ficar parada aí até quando?
Dou passos rápidos para abrir a porta e ela entra - não consigo parar de sorrir, estou parecendo uma idiota.
Entro no carro - passo o braço por cima dela para pegar o sinto de segurança e ela aproveita para beijar meu rosto.
Ela coloca uma música do Ed Sheeran - Perfect e canta baixinho, apenas escuto sua voz doce - entrelaço meus dedos nos dela e só quebro o contato quando preciso trocar de marcha.
- Está com fome?
- Um pouco.
- Vamos passar em algum delivery e comprar comida? Ela concorda, encosta no banco e fecha os olhos.
- Está com sono?
- Não, estou pensando.
- Posso saber em quê?
- Parece um sonho.
- Estou feliz também.
Sorrio para ela e entrelaço os meus dedos com os seus dando um beijo em suas mão.
Paramos para comprar comida e seguimos - no carro ela vai devorando as batatas fritas.
- Só um pouco de fome? Sei... Você ao menos comeu hoje?
- Só uma besteirinha.
- Vou ficar de olho em você mocinha. Posso te fazer uma pergunta?
- Ok, o que você quer saber?
- O que o Tong significa para você?
Ela me olha com o canto dos olhos e dá um sorrisinho de lado.
- Está com ciúmes?
- Não! Falo em negação.
- Então não vou dizer.
Ficamos em silêncio por algum tempo e depois quase com um sussurro eu falo:
- Sim!
- Sim, o quê?
- Estou com ciúmes. Falo envergonhada - ela gargalha.
- Tá rindo de mim"? Faço biquinho - paramos no farol vermelho e ela solta o cinto vira meu rosto e dá uma mordida no meu lábio e um beijo rápido e calmo.
Meu coração vai explodir!
***
Quando chegamos em casa - comemos primeiro porque estamos com fome.
- Quer vinho?
- Quero!
Vou até a cozinha e sirvo duas taças.
- Quer ver netflix ou ouvir música? Pergunto entregando a taça para ela.
- Annn"?
- Netflix ou música?
- Netflix.
- Está nervosa?
- Um pouco, nunca fiz isso com ninguém?
- Beijar?
- Isso.
- Nem com o Tong?
- Sarochaa. Ela revira os olhos.
[...]
- O Tong é apenas meu amigo de infância, nunca dei esperanças para ele.
- E a proposta?
- É apenas para participar da banda.
- E você vai?
- Não sei, tenho pensado sobre isso, amo cantar - mas também amo o que estou estudando - só preciso conseguir um estágio para finalizar.
- Vou falar com Saint, ele deve ter algo para você na editora.
- P' Freen, não precisa, quero conquistar isso com meus próprios méritos.
- Vai ser com seus méritos, eu só vou dá um empurrãozinho - tá decidido.
- Você é tão teimosa.
Terminamos de comer e sirvo mais uma taça de vinho - chego mais perto dela no sofá...
- Posso te abraçar? Pergunto de forma insegura.
- Pode, você não precisa me perguntar.
Me aninho em suas costas - espalhando beijos em sua nuca.
- O que você está fazendo?
Paro por um momento.
- É ruim?
- Não, é uma sensação estranha, sinto meu corpo aquecer e arrepios ao mesmo tempo.
- Eu também sinto.
Volto a beijar sua nuca e ela vira-se ficando sobre meu corpo, inicia colando seus lábios no meus com um selinho, depois intensifica o beijo. Coloco minha língua dentro da sua boca e trocamos as vezes - dou um gemido abafado.
[Ela quebra o contato para respirar e fala baixinho com vergonha]
Ela quebra o contato para respirar e fala baixinho com vergonha.
- Você já fez isso?
- Isso o quê?
- Ahhh... isso?
Arqueio a sobrancelhas sem entender, mas eu sei do que ela está falando, depois de um tempo ela volta a falar.
- Não sei como você chama, fazer amor, sexo, transar - já fez?
- Sim - já namorei antes.
Por um momento ela fica tensa e se afasta, volta a perguntar.
- Homem ou mulher?
- Mulher. Sei que estou sendo monossilábica porque não gosto de falar do passado - mas busco responder suas perguntas com sinceridade.
- Você pode me prometer uma coisa?
- O que?
- Ser mais objetiva e que possamos conversar sobre tudo - se pretendemos ter um relacionamento algum dia precisamos confiar uma na outra.
- Não parece tão difícil, vou tentar, mas vamos devagar. Então decido também lhe perguntar algo.
- Você disse que nunca namorou, já se apaixonou por alguém?
- Não, você é a primeira e até agora eu não sabia que gostava de mulheres ou se gosto de mulheres, mas sei que gosto de você.
Meu coração quase parou - respiro fundo e sorrio lhe beijando novamente e ficamos abraçadinhas vendo o filme por um bom tempo.
- Vamos tomar um banho? Sugiro, o que faz Becky levantar sua cabeça e me olhar.
- Juntas?
- Se você quiser tudo bem.
- Ainda não estou pronta para isso, tenho vergonha.
Aceno com a cabeça.
- Respeitarei seu tempo.
Pego em sua mão e subimos as escadas - tomo um banho rápido de quinze minutos e já faz mais de trinta minutos que Becky está no banheiro - estou começando a me preocupar - será que devo bater na porta?
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