História Look to me - Imagine bnha - Um rouba bandeira idiota

– Er... que desenho é esse?– pergunto eu na maior cara de Kirishima.

– Não te lembra nada é? Shinsou me contou uma história diferente essa manhã– cruzou os braços.

– Ah é?– tossi– e se isso fosse verdade, teria algum problema?

– Não, é só que... nada não, hum– devolveu o desenho para a pequena Eri– eu vou deixar ela com o Mirio, não quer participar da aula hoje?

– Não, acho que vou ficar por aqui, limpando sabe...

– Coloque seu uniforme, o horário da aula já vai chegar– segurou a mão da menina e seguiu.

– Aizawa...

– O que é?– se virou, e eu não tinha como dizer não aqueles olhos tediosos dele, mas com uma pontada de desapontamento.

– Vou me vestir, até já.

Ele quer mesmo que eu participe, isso não vai levar em nada, sem individualidade eu não vou conseguir fazer nada cara! Mas enfim, farei a vontade dele dessa vez.

Ao entrar cruzo a sala e meus olhos se cruzam nos de Momo que ri maliciosamente enquanto segura o pager de gravação, idiota.

– S/n, podemos conversar?– se aproximou Izuku ao lado de Katsuki.

– Eu estou ocupada agora, o que querem?– não me virei.

– Bom, pedir– o loiro tossiu– desculpas...

– "Desculpas"?– me virei rindo– vamos ver, desculpas pelo quê exatamente?

– Eu disse que era uma má ideia isso Deku de merda– rangeu os dentes.

– Calma Ka-Kacchan... S/n, aquela promessa foi idiota, nós reconhecemos isso, por favor nos desculpe– cutucou o explosivo em seguida.

– Não precisa me cutucar não viu?! Eu sei o que falar... S/n desculpa, é... desculpa... que merda, não acredito que você me forçou a fazer isso seu cabeça de brócolis!

– Kacchan, você vai acabar ferrando tudo!

– CALA A SUA BOCA, TÁ PARECENDO O IDIOTA DO KIRISHIMA!

– Já acabaram?– cruzei os braços– se sim eu preciso ir me arrumar...

– Não, espera, você precisa nos desculpar.

– Se eu pegar vocês brigando outra vez eu vou descer a porrada sem dó, entenderam?– saí andando.

– Sim– Mido-kun se acanhou.

...É isso, estou pronta, esse uniforme fica muita bem em mim, tenho que dizer. Checo para ver se não esqueci nada e saio às pressas.

– Esse uniforme... você tá indo pra U.A né?– Uraraka sorriu– Isso! Temos nossa S/n de volta!

– Ainda não– ri– só estou indo a pedido do Aizawa, vamos?

Estamos todos sentados na sala, aguardando que Aizawa chegue. Uraraka não para de falar, acordou serelepe essa manhã, mas isso é bom, significa que voltamos ao normal, estava sentindo falta das nossas conversas. De repente meu celular vibra.

*Mensagem on*

Hitoshi: O seu pai é maluco! Você não sabe o que eu passei por causa do desenho daquela garotinha.

Eu: Ah é? Como foi a sessão de tortura?

Hitoshi: Hahaha, muito engraçadinha você, estou com medo... mas enfim, o que acha de sairmos algum dia desse?

Eu: Tipo um encontro?

Hitoshi: Eu diria "um passeio intencional entre duas pessoas que pode gerar algo mais", mas se prefere encontro, por mim tudo bem.

Eu: Sábado, 19:30h na casa do Aizawa.

Hitoshi: Isso, me leva pra morte mesmo.

*Mensagem off*

As vezes eu fico pensando se eu estou fazendo o certo com todos esses garotos. Vejo um certo garoto bomba me encarar, então o encaro de volta quando o mesmo bufa.

– Ohayo turma– Aizawa-sensei entrou cambaleando– que bom que veio S/n... coloquem seus trajes de herói, vamos descontrair hoje.

– Descontrair?– perguntou Kaminari.

– Como assim?– Kirishima coçava a cabeça.

– Espero vocês na área beta– saiu.

Me arrumei tanto pra deixar meu uniforme bonitinho e terei que tirar, que coisa ein. De frente para o espelho observo meu cabelo um tanto quanto curto, cresceu um pouco, me pergunto se devo cortar mais.

– Espero que tenha entendido o recado de mais cedo S/n– alguém atrás de mim me surpreendeu.

– Ai meu santo Eraser– me virei– ah, pensei que era alguém importante, mas é só você Momo, tola.

– Cala a boca!– gritou, porém riu em seguida– você não sabe de nada, nada...

– Não quero conversar com você sobre isso, afinal, alguém que só pensa em si mesmo não tem capacidade para entender o outro.

– Você ainda vai pagar por isso S/n...

– Vai então! Quem mostrar a merda de um áudio, mostre! Eu não dou a mínima– cruzei o corredor.

– Eu estou tão feliz que você está aqui S/n, e o seu uniforme cai perfeitamente bem em você– sorriu Mina caminhando ao meu lado.

– É, eu também– me entristeci de repente enquanto tocava nas faixas que o Eraser me deu, senti saudades.

– Ué, o que houve S/n?

– Não é nada.

– Estão todos aqui?– Aizawa-sensei nos chama a atenção– bem, hoje faremos um rouba bandeira e...

– Eu estou aqui!– All might nos surpreendeu– Aha! Um momento...– tossiu, afinal, estava em sua verdadeira forma.

– Você me interrompeu como sempre, não é mesmo All might?

– Sinto muito, onde estava?

– No rouba bandeira.

– Isso mesmo, vocês se dividirão em três equipes para competir uns com os outros no total de uma rodada, ao final, a equipe vencedora tem direito a um pedido, que não seja tão estrapolador, vamos então?– sorriu Toshinori.

– Ele continua o mesmo– suspirou Eraser– a primeira equipe será formada por Midorya, Iida, Ayoama, Uraraka, Tsuyu, Sato e... Mineta.

– Sério, o Mineta? gero– vociferou Asui.

– Eu queria as pernas da S/n– babou o pequeno nojento.

– A segunda equipe terá Todoroki, Yaoyorozu, Sero, Tokoyami, S/n, Kaminari e Jiro.

– Ah, bela merda– sussurrei.

– E a última equipe terá Bakugou, Kirishima, Ashido, Koda, Ojiro, Hakagure e Shoji. Tendo as equipes formadas, sabem o que fazer, vão para os pontos marcados com o nome da equipe e levem as bandeiras que conseguirem até o ponto verde lá no final, se preparem, quando ouvirem o sinal, vocês tem 70 minutos, comecem.

– Vamos acabar com isso– andei devagar.

– S/n, o que aconteceu com você mais cedo?– perguntou Todoroki.

– Nada, vamos logo.

...Sero e Tokoyami acabaram ficando na retaguarda protejendo a bandeira, enquanto o resto de nós prosseguia, eu insisti para que não fosse, mas parece que faz de propósito.

– Vamos atrás do time do Midorya– Momo disse.

– É mais provável que Bakugou vá atrás daquele time, mas tem uma grande possibilidade dele estar vindo atrás de nós por pensar isso– disse eu.

– Bem apontado S/n– sorriu Kaminari– mas o que podemos fazer?

– Acho que dois de nós deve prosseguir e outros três devem ficar na metade do caminho para garantir e avisar os de trás, caso não venham, um prossegue– disse eu outra vez.

– Isso mesmo, S/n você vem comigo– Todoroki disse.

– Eu? Não, eu só vou te atrasar.

– Eu quem deveria ir com você Shoto!– Momo me empurrou.

– A S/n é melhor para esse tipo de coisa, se não sabe trabalhar em equipe fica de fora! Vamos S/n.

Chupa sua otária! Mesmo estando feliz por essa resposta precinto coisas ruins vindo. Nosso prédio como estava mais ao sul, assim ficou mais estreito de ir até Midorya, poderíamos ter sido vistos.

– Vamos ir pra cima, talvez eu os distraia enquanto você pega a bandeira, estamos perto.

– Agora não tão perto!– Kacchan nos surpreender com um rajada de bomba.

– Mas que merda é essa?!

– Bakugou! Oe, você estava certo, eles iam atrás de Midorya... olá S/n.

– Oi Kiri– estendi os punhos– pode vir, quando quiser.

– Você é toda minha–  riu Katsuki– vamos outro mano a mano?

O que ele tá pensando? Eu não tenho poderes, ele sabe disso, não me garanto numa luta com ele assim.

– O que foi heroína Masked, não aguenta?

Quem ele pensa que é para citar esse nome assim! Socos em seus punhos, faço sinal para que Todoroki avance e mande um sinal para os mais atrás de nós. Kirishima tenta me ultrapassar mas é barrado quando eu o empurro.

– Dois ao mesmo tempo? Bom saber– riu maliciosamente, eu queria não ter entendido senhor Bakugou.

– A gente sempre na mesma briguinha idiota, não vai acabar nunca? Eu já estou enjoada de sempre acabar com você. Corre Todoroki, pega logo a bandeira deles!

– O QUÊ?!– franziu as sobrancelhas.

Enrolo Kirishima em minhas faixas e o jogo longe. Katsuki em minha frente se esquiva de todos os meus supostos ataques.

– Isso deve resolver– Katsuki usou uma de suas explosões em minha perna o que me fez cair em dor.

– Porra, seu idiota, ah! Anda Todoroki!

...Perdemos. O nosso time se perdeu no que deveria fazer, o time de Midorya conseguiu levar a nossa bandeira e o de Bakugou não levou a de Midorya pois o tempo estipulado por Aizawa havia acabado, foi tudo culpa minha.

– Equipe 1 venceu!– gritou Toshinori– meus parabéns Midorya jovem e sua equipe, nos surpreendeu.

– Por que...– meu rosto se encontrava em lágrimas– eu não...

– Você foi muito bem S/n– Aizawa se aproximou– por que está chorando?

– Eu estraguei tudo.

– Todos cometemos erros, tá tudo bem...

– Não, não tá nada bem! Isso era só um mero jogo e eu não consegui pensar direito, e isso é tudo culpa sua, culpa sua Aizawa, eu não tenho poderes, eu sou inútil, se você não tivesse feito eu participar... merda.

– Jovem S/n– All Might se aproximava.

– Não, não– tentei ficar de pé para correr– maldita perna, malditos.

– Vamos S/n, vem comigo, não me rejeite– Uraraka me ajudou a ficar de pé– estaremos na enfermaria.

                                 ...

Acordei. Depois de tantas vezes deitada numa cama típica hospitalar, nem preciso perguntar onde estou. A sala está vazia, nem mesmo Recovery Girl está. Me levanto cansada, eu preciso de um banho. Por sorte, no vestiário tem chuveiro.

A água corre suavemente pela minha pele marcada. Será que eu fui dura demais com o Aizawa? As vezes eu sou tão estúpida.

– Oe, Kirishima, é você?– ouço a voz de Katsuki, o que ele faz no vestiário feminino?

– Droga, droga.

– Seu cabelo de merda, você tá... S/n? O que faz no vestiário masculino?– tampou brevemente os olhos.

– Esse é o vestiário feminino Bakugou.

– An...– se voltou a porta– não é não, é com certeza o masculino.

– Como eu não vi isso?– bati na minha testa– agora você vai ficar aí garantindo que ninguém entre do nada até eu acabar, ok?

– Tá, tá... S/n, você deve estar brava comigo, desculpa. Eu estou tentando controlar esse meu maldito orgulho perto de você, mas eu não estou conseguindo. Isso é muito mais fácil de falar quando não olho diretamente pra você.

– Tudo bem Kacchan, eu não... de alguma forma, eu não consigo ficar brava com você por muito tempo.

– Já que é assim– ele trancou a porta do vestiário– pode me ajudar a procurar uma coisa que eu perdi?

– Depende, o que você perdeu?– sorri maliciosamente.

– Vai me ajudar a procurar ou não?– ele devolveu o sorriso.

– Claro, por que não começa procurando aqui?