Paulo me beijava intensamente, colocou a mão por baixo da minha blusa e foi ai que eu me lembrei do pesadelo. Coloquei minha mão em seu peito, afastei ele e o mesmo ficou me olhando confuso. A porta abriu e ao olhar, meus olhos se arregalaram.
O que ela estava fazendo aqui? Isso não pode ser verdade.
- Oiie.- Marilia disse toda animada na porta.
- O que você está fazendo aqui?- Ele perguntou se levantando e beijando ela.
- Eu vim fazer um trabalho.- Ela disse sorrindo.
As mesmas palavras porém em outro tom.
- Marilia?- Caique disse surpreso e confuso ao mesmo tempo. Dani, Saah e Nathan apareceram e ficaram do mesmo jeito que o Caique.
- Sim.- Ela disse sorrindo.- Eu vim fazer um trabalho aqui, agora está na hora do almoço, então eu decidi dar uma passadinha aqui para ver vocês.- Ela disse sorrindo como se fosse um anjo. Vaca do caralho.
- Ok, você pode nos ajudar a fazer a comida?- Perguntou Paulo alegre.
- Claro.- Ela respondeu.
Deixou uma mala na sala e foi para a cozinha junto a todos. Continuei na sala, apenas assistindo Hora de Aventura. Já que eu sou "quase" um desastre na cozinha e lá já tinha muita gente, eu seria inútil ali no meio.
Depois de um tempinho, Marilia voltou, tirou uma mochila da mala e se sentou ao meu lado.
Aquela mochila, a mesma do meu pesadelo.
- Tenho que te mostrar uma coisa.- Ela disse pegando um notebook da mochila.
A mesma fala e o mesmo notebook. Sim, isso é assustador.
Ela abriu o notebook, colocou em um video e virou para mim. Eu já estava com medo, minhas mãos soavam e eu estava a ponto de pirar e já bater nela agora mesmo. Eu já estava pronta para empurrar o notebook no chão, mas parei ao ver o vídeo começar.
O video começou a rodar e a unica coisa que apareceu foi a gravação de por trás dos ensaios fotográficos dela.
- Eu vou lançar uma marca de batom, e como propaganda eu tenho que fazer algo para mostrar que eu uso o batom. Já que você mexe com essas coisas de fotografia, filmagem e cinema eu achei que você poderia me ajudar. Até agora só o que pensei foi colocar meus ensaios.- Ela disse e eu suspirei aliviada.
- Bom, você pode gravar tipo o seu dia-a-dia usando batom. Indo trabalhar, na balada, no parque, em uma festa, em um almoço. Enfim, tudo que você usa batom.
- Ôw que legal, eu gostei. Obrigado.- Ela me abraçou "animadamente", guardou o notebook e correu para a cozinha.
Marília não era tão chata assim, ela até implica mas no fundo ela é legal. Ao menos comigo. Ela não merece ser traida.
Eu tenho que parar com esses meus pensamentos.
[...]
Marília almoçou conosco, se despediu e foi embora. O sono bateu e eu resolvi dormir. Avisei para eles, fui para o quarto, me deitei e abracei Gigi.
Rolei para um lado e para o outro, tentei dormir mas meus pensamentos estavam atrapalhando.
Ouvi eles conversando na sala e falarem meu nome. Me levantei, andei até a porta na ponta do pé e colei minha orelha lá para escutar melhor.
- Mas ter pesadelos é algo normal.- Ouvi Nathan dizer.
- Os sonhos e pesadelos da Breeh são diferentes. Algumas coisas...acontecem.- Disse Saah.
- Como por exemplo o sonho que ela teve com vocês, sem ao menos os conhecer.- Disse Dani.
- Mas isso é um problema? Tipo, prejudica ela em alguma coisa?- Perguntou Paulo.
- Depois disso ela fica um pouco paranóica, mas logo passa.- respondeu Dani.
- Ela tem vergonha disso?- Perguntou Caique.
- Vergonha não. Mas algumas pessoas que ficaram sabendo ou ela contou, acabou indo embora e a deixando.-Disse Saah- Então ela disse que só contaria para as pessoas que ela realmente confia e que sabia que não iriam embora.
- Mas nós não vamos deixa-la.- Disse Nathan.
- Não mesmo. Eu me identifiquei com ela. Ela ta sempre sorrindo, fazendo palhaçadas e...caindo.- Disse Caique e todos riram. Eu dei uma risadinha abafada para não ouvirem.
- Afinal, todos temos defeitos. O dela pode ser um pouco incomum, mas não vamos deixa-la por algo tão bobo.- um sorriso se formou em meus lábios. Um tempo de silêncio.- Eu vou assistir TV lá no quarto.- Paulo disse e eu quase cai de cara no chão ao correr de volta pra cama.
Me joguei, me cobri, fechei meus olhos e assim fiquei. Ele entrou no quarto, ligou a TV, se deitou na cama e pegou um pouco de cobertor. Abracei ele, ele retribuiu e me fez cafuné.
[...]
Eu dormi um pouco e depois acordei. Eu e Paulo ficamos assistindo e depois nós fomos para a sala. Ele deitou no sofá e eu deitei por cima dele, encostando minhas costas em sua barriga e minha cabeça em seu peito. Nos cobrimos com meu cobertor (porque no hotel tem ar-condicionado)e ele entrelaçou nossas mãos que pousaram em minha coxa.
Porque ele fez isso? Eu não sei. Até porquê, quando a Marilia estava aqui, ele simplesmente me esqueceu. Se isso me afetou? Nem um pouco! Ele está certo, afinal, ela é a namorada dele. Mas acho super errado quando ela vai embora ele voltar "ao normal" comigo.
[... 18h30...]
- Nós vamos sair.- Disse Caique saindo do quarto junto com Dani.
- Pra onde?- Perguntei.
- Não interessa.- Caique respondeu.
- Me responde assim de novo que eu arranco esse dedinho de anão que você chama de pau.- Disse e ele fez um coração com as mãos. Eles sairam de mãos dadas e eu e Paulo continuamos lá.
- Nós vamos sair.- Disse Nathan junto com Saah depois de um tempo.
- Combinaram?- Paulo disse e eles ficaram confusos.
- Para onde vocês vão?- perguntei.
- Quem vai sair mesmo? Ah, é verdade, eu e a Sabrina. Então não te importa para onde vamos.- Nathan respondeu. Olhei para Paulo e ele começou a rir.
- Então Nathan, sabe a educação? Você já pode tira-lá do cú e começar a usa-la. O mundo agradece.- Disse sorrindo.
- Tanto faz. Nós já vamos.- Disse Sabrina.
- Bom passeio.- Gritou Paulo.
- Usem camisinha.- Gritei e eles me olharam com uma cara de "cala a boca". Dei risada e eles sairam.
- Vamos sair também?- Perguntou Paulo. Me virei ficando mais perto dele do que eu imaginava.
- Para onde?- perguntei tentando não olhar para sua bela boca.
- Sei lá, estamos em Miami. Vamos passear por ai.
- Você me leva no colo?
- Para de ser gorda.
- Não dá, eu sou feliz assim.- Disse sorrindo e ele riu fraco.
- Vai lá se trocar.- Ele disse. Sim, eu ainda estava de pijama.
Eu assenti me levantando, ele me puxou e eu acabei caindo de frente para ele. Ficamos por um tempo, naquela posição. Meu olhos se alteravam por seus olhos e sua boca. Ele quebrou o espaço, me dando um beijo profundo que logo foi correspondido.
Quando nos faltou ar, eu mordi seu lábio e puxei de leve, me levantei e corri até o quarto. Me vesti (NF1), passei um pouco de pó na cara de morta e um glos. Sai do quarto, Paulo se levantou e nós saimos.
[...]
Estávamos andando na beira da praia a um tempo, o clima estava quente e mesmo já sendo começo de noite, havia muitas pessoas passeando também. Muitas pessoas apaixonadas de mãos dadas...e nós aqui no meio. Era um pouco constrangedor.
Acabamos achando um parque de diversões com varias luzes. Olhei para ele sorrindo e ele revirou os olhos.
- Criança.- Ele disse enquanto eu o arrastava em direção ao parque.
- Deixa eu ser feliz.
- Seja feliz então.- Ele largou minha mão. Peguei novamente e continuei andando.
- Para de drama, cara. Vamos logo. Vai ser divertido.- Chegamos no parque e depois o Paulo tirou aquela cara de tédio.
P.O.V Paulo
Brenda parecia uma criança em um parque. Seus olhos brilhavam e o sorriso não saia de seu rosto.
Fomos em diversos brinquedos. No Tiro ao Alvo nós ganhamos e ela podia escolher qualquer bicho de pelúcia de qualquer tamanho, mas como nós vamos voltar para casa de avião ela escolheu um de tamanho razoável. Um urso azul.
[...]
Já havia se passado 3 horas e nós ainda estávamos lá. Então resolvemos voltar. Estamos no meio do caminho e eu me surpreendi da Brenda não ter me pedido para carrega-la.
- Panda.- Ela me chamou e eu olhei.- Me carrega?- Ela disse e eu revirei os olhos.
Até que demorou.
Ela subiu nas minhas costas e senti um ardor igual da outra vez que carreguei ela. Curvei minha costas e ela desceu na hora.
- O que foi?- Ela perguntou.
- Os arranhões.
- Ainda não sarou?- Balancei minha cabeça negativamente.- Deixa eu ver.- Ela disse já levantando minha camisa.- Caralho, precisamos esconder isso. Se sua namorada ver ela vai saber o que aconteceu.
- Eu falo pra ela que eu cai e aranhei as costas.
- Na onde? Em cima de um cama de pregos? Tenho certeza que ela vai saber que essas marcas são de unhas. Amanhã quando acordarmos nós vamos comprar algo que "tire" essas marcas rapidamente.- Balancei minha cabeça em positividade.
Ela abaixou minha camisa e continuamos andando até chegar no hotel. Subimos de elevador, tirei um foto nossa onde ela estava muito meiga segurando o urso e eu estava a abraçando de lado, descemos nosso andar e entramos no quarto, onde três se encontravam na sala.
- Onde estavam?- Perguntou Caique.
- Não interessa.- Respondeu sorrindo ironicamente.
- Depois, nós que tínhamos que usar camisinha.- Disse Nathan.
- Cala a boca! Diferente de vocês, nós não pensamos em sexo todo dia.
- Nós?- Perguntei e todos riram. Ela ficou vermelha e me deu um soco de leve no braço.
- Mas e ai, onde realmente estavam?- Perguntou Dani.
Saah não estava ali, deveria estar na cozinha ou dormindo. Isso deve ser de família.
- Estávamos no Motel.- Respondi.
- E ganhamos um urso de brinde.- Ela disse fazendo uma voz fofa, sorrindo e balançando o urso.
- Idiotas.- Dani disse e Be mandou um beijo no ar.
(...)
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