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Charlotte’s POV
Chegando ao meu quarto, arremessei as muletas na poltrona, me joguei na cama e enfiei a cara no travesseiro. Eu estava frustrada. Exausta. Minha cabeça ainda passava imagens da noite passada, onde eu vi a morte de frente inúmeras vezes. Minha perna repuxou com a força no qual eu me joguei na cama, e então gemi de dor.
Quem era aquela Avery? O que ela e Niall já tiveram? Minha cabeça mesclava lembranças da última noite com a ceninha ridícula na minha sala. Minha consciência me dizia para ser um pouco racional e acreditar que eu não tinha com o quê me preocupar. Mas eu estava com raiva e cansada demais para isso.
- Posso entrar? – Escutei a voz de Harry e ergui a cabeça para olhar. Ele estava com 90% do corpo dentro do quarto.
- Não sei qual a sua noção de espaço. – Revirei os olhos. – Mas você já está dentro.
Ele riu e balançou a cabeça, vindo se sentar do meu lado. Me entregou um copo da Starbucks. Frappuccino. É, ele me conhecia bem. Ficamos sentados tomando nossas bebidas, em silêncio.
- Você vai perguntar ou eu vou ter que começar a falar mesmo assim? – Ele me olhou, sorrindo de canto. – Eu sei que você quer saber.
- Tudo bem, inferno. – Bufei. – Quem é ela, Harry?
- Que bom que perguntou. – Ele sorriu cínico. – Avery Blues estudava conosco. Era uma líder de torcida. Ela e Niall tiveram...bem...um caso.
- Niall? Com uma líder de torcida? – Harry assentiu. – Nossa.
- O que há de tão anormal? Éramos do time de futebol. Menos Zayn. – Ele revirou os olhos, rindo. – Zayn não precisava de um time para levar metade da escola para a cama. Nunca precisou de muita coisa, só da atitude de bad boy dele.
- É, Zayn sendo bad boy, popular, comedor de novinhas até é acreditável. Louis jogando num time de futebol, também. – Tomei mais um gole da minha bebida. – Mas o resto de vocês, num time de futebol? E Niall com uma líder de torcida? Isso perturba a minha imaginação. Você são hipsters demais para isso. E eu digo hipster para não dizer afeminados.
- Obrigado pela parte que me toca. Já disse, se você tem dúvidas sobre a minha sexualidade, fale com a Claire. – Ele respondeu e eu ri. – Louis jogava futebol normal. Liam, Niall e eu jogávamos futebol americano.
- Não é possível. – Respondi ainda surpresa.
- Vai me deixar terminar? – Assenti. – Enfim, éramos do time. E Niall era o capitão, acredite se quiser. E como em toda escola, todos esperam que a líder de torcida principal fique com o capitão do time.
- Agradeça aos filmes americanos por essa ilusão. – Completei e ele concordou.
- Avery se jogava para Niall sempre. Era o único que não havia dado uma passadinha na cama dela. E digo isso porque todos nós já passamos por lá. – Meu estômago se contraiu. – E com muita insistência da escola toda, ele decidiu dar uma chance para ela, tentar de verdade.
- Lembrando que foi depois de todos os amigos dele terem comido ela. – Disse e Harry se engasgou com a bebida, me olhando de olhos arregalados. – Ué, você me contou essa parte porque quis. Continua.
- Até que ele estava se acostumando a estar com ela. – Revirei os olhos e ele riu. – Não Char, ele não tinha o menor sentimento por ela. Era só algo...cômodo. Ele tinha alguém pra transar, alguém que não ficava esperando um anel de compromisso pós-coito.
- Informação demais. – Respondi, ficando irritada. – Pós-coito? Você é nojento.
- Existe nome pior. – Ele retrucou, apertando minha perna. – Continuando, eles tinham esse rolo deles, mas óbvio que quando a escola inteira ficou sabendo a fofoca aumentou e para todo mundo, eles estavam namorando. Só que como ela sempre foi uma cadela, ela dormia com os caras da escola que jogava contra nós no campeonato, embora ninguém soubesse. Era um por noite.
- Deixa eu adivinhar, os caras foram para a final contra vocês? – Perguntei e ele assentiu.
- Sim. – Ele suspirou, divertido com alguma lembrança. – Brandon, o capitão do outro time, havia usado anabolizantes antes do jogo. O time todo usou. Não adiantou nada, estávamos ganhando do mesmo jeito. Aí no intervalo, ele deve ter usado de novo. Estava completamente louco. Entrou na cabine do narrador, pegou o microfone e contou a verdade para o ginásio inteiro.
- Ele passou de corno na frente de duas escolas inteiras. – Respondi, surpresa. Ele assentiu. – E ela?
- Ela tentou negar, mas ela já tinha dado para os dois times inteiros. Os imbecis começaram a desmentir ela, dizendo que sim, já haviam transado. Não tinha como sair daquela. – Ele suspirou. – Niall subiu na cabine, socou a cara do Brandon até ele sangrar e depois sumiu. O jogo foi cancelado e nós vencemos, já que além de estarmos com o placar mais alto estava claro que Brandon estava drogado.
- Meu Deus. – O encarei. – E por que essa garota voltou?
- Deve ter percebido o que ela nunca teve e mesmo assim, perdeu. – Ele deu de ombros. – O mais provável é que ela queira Niall de volta porque assim como você, ele agora é herdeiro do pai, está em revistas, jornais, etc.
- Ela não vai ter ele de volta. – Cruzei os braços. Harry começou a rir escandalosamente. – O que foi?
- Você! – Ele bateu palmas, rindo. – Com ciúmes! Que fofa! – Ele me abraçou de lado.
- Não estou com ciúmes. – Reclamei, me soltando dele. – Estou afirmando os fatos.
- Mudou de nome agora? – Ele tirou sarro e eu atirei uma almofada nele. – Tá bom, chega! Da última vez quase morri. Agora se eu fosse você, iria parar de frescura e iria atrás do Niall. Para de ser idiota, o garoto te ama.
- Mas ficou com vadias no ensino médio. – Cruzei os braços, teimosa.
- E você não ficou com ninguém, era santa até conhecer ele? – Harry ironizou e eu revirei os olhos. – Me poupe. Quando você conheceu o Niall nem virgem você era mais.
- E de onde você tirou essa informação? – Perguntei, arregalando os olhos.
- Vocês se conheceram e transaram em menos de três meses. – Ele suspirou. - Nenhuma virgem seria tão corajosa assim. Esperaria no mínimo uns seis meses.
- Você é uma praga, sabia? – Ele riu do meu tom de irritação e me abraçou. O empurrei. – Me solta.
- Ciumenta, nervosinha, histérica, impulsiva... – Ele provocou, contando nos dedos. – Cristo, você é insuportável. Como eu aguento você?
- Isso tem um nome. – Fiz aspas com os dedos. – “Amor de fã”. Admita, eu sou a luz da sua vida, Styles.
- Pensei que só se admitia o que era verdade. – Dei um tapa nele, fazendo-o rir. – Sabe que eu te amo, Char. – Ele apertou minha bochecha e eu lhe dei um tapa, que o fez afastar seu braço. – Ai! Bruta! Olha, mais uma qualidade para acrescentar à lista.
- Eu vou socar sua cara, aí o que vai acrescentar é mais um paciente no hospital de Londres. – Respondi, dando o dedo para ele.
- Delicada como um sargento. – Ele sorriu. – Falando sério. Vá conversar com Niall.
- Não. – Cruzei os braços novamente. Harry bufou.
- Charlotte, será que eu vou ter que te carregar até lá e literalmente jogar você em cima dele? – Abri a boca para discutir, mas ele ergueu o dedo, me interrompendo. – Não duvide de mim.
Bufei, e da cama eu meio que me joguei na poltrona, para pegar as muletas.. Ele sorriu, vitoriosamente.
- Vai tomar no cu. – Disse, me levantando com a ajuda das muletas. – Praga.
- Oh, como se você aguentasse ficar brigada com ele. – Ele me olhou, sugestivamente. – Eu sei que sua bunda estava coçando pra levantar e ir falar com ele. Só agilizei o processo.
- Foda-se. – Murmurei e saí do quarto, enquanto Harry ria da minha teimosia. Fui até o quarto de Niall e abri a porta, com cuidado. Não havia ninguém. Subi até o terraço com uma certa dificuldade, mas também estava vazio.
Desci as escadas, também com dificuldade. Eu nunca aprenderia a usar aquelas muletas. e assim que cheguei na sala, eu o vi. Ele havia aberto o sofá, que agora parecia uma cama. Ele dormia, serenamente. Mas algo parecia perturbar seu sono. Ele se contorceu algumas vezes. Suas mãos estavam na altura do rosto, segurando o celular. Me sentei ao seu lado e fiquei observando ele dormir. Tirei o celular de sua mão, e assim que o peguei percebi que estava aberto numa conversa por mensagem. Era entre ele e Zayn.
“Ela não está falando comigo. Eu quero morrer. Três anos depois e essa porra dessa Avery ainda consegue foder com tudo?”
“Vocês não vão ficar brigados por muito tempo, vocês se amam. Deixa ela, Niall. Como você se sentiria se encontrasse ela atracada com algum ex no sofá?”
“Santo inferno, Malik. Nem me faz pensar nisso. Eu provavelmente mataria o cara.”
“Exatamente, irlandês. Ela só não matou a Avery porque o Styles não deixou.”
“Falando nisso, ele foi entregar o café que eu comprei para ela e não voltou até agora. Eles devem estar falando sobre mim. Ela deve estar puta comigo.”
“Harry é meio que o irmão dela, já que o Ethan casou. Com certeza devem estar falando sobre você. Harry é persuasivo. RELAXA! Ela vai entender.”
“Assim espero. Eu amo a Charlotte mais do que a minha própria vida. Eu não posso perdê-la. Eu não aguentaria. Ela é a mulher da minha vida.”
“Cara, fala isso pra ela. Eu me sinto extremamente viado lendo essas sua mensagens grudentas.”
“Niall?”
“Niall?”
“Você dormiu, não é? Boa noite, princesinha apaixonada.”
Guardei o celular, rindo. Meus olhos se encheram de lágrimas. “Eu amo a Charlotte mais do que a minha própria vida. Eu não posso perdê-la. Eu não aguentaria. Ela é a mulher da minha vida.” As palavras se repetiam em minha cabeça, e em segundos eu estava bêbada de felicidade. Olhei para o meu anjo, dormindo, tranquilo. Os cabelos desgrenhados e o boné caído embaixo de sua cabeça o faziam parecer inocentemente sexy. Passei a mão por toda a extensão do seu cabelo, em seguida em seu rosto perfeito. Sorri. Ele era meu. Todo meu. Não como algo que você compra e depois enjoa, mas como uma parte de mim na qual eu não poderia suportar viver sem. Me deitei ao seu lado e plantei um beijo terno em seus lábios. Ele se mexeu e abriu os olhos.
- Oi! – Ele disse, com a voz rouca.
- Oi. – Respondi, sorrindo de canto. Entrelacei sua mão na minha.
- Você está brava? – Ele perguntou, apreensivo.
- Não. – Sorri para ele. – Me desculpa. Eu só estava com a cabeça cheia...aconteceu muita coisa esses últimos dias. – Ele assentiu.
- Foi uma semana... – Ele respondeu, pensativo. – Exótica. – Assenti.
- Eu amo você. – Disse, olhando em seus olhos. – Eu te amo tanto que nem eu sei como cabe tanto amor em mim. Eu nem mesmo me lembro como minha vida era sem você, mas sei que ficou muito melhor depois que você entrou nela. Você é uma parte mim, uma parte vital. Sem você, Niall Horan, eu não funciono. Você é o meu anjo, minha salvação e a minha perdição, também. Sem você, todos os dias seriam uma dor incurável. E mesmo assim, não é o suficiente. Eu nunca vou conseguir retribuir o quanto o seu amor por mim me faz bem. Você me faz sentir amada, me faz sentir única. E eu sei que não importa o que eu faça, nunca vou conseguir mostrar o tamanho do meu amor. Mas, você tem meu coração, por completo. Para sempre. Eu te amo, muito.
- Quem fala coisas bonitas aqui e deixa o outro sem reação sou eu! – Ele fez biquinho e eu ri. – Charlotte Sanders, você é o suficiente. Você não precisa me provar nada, eu me sinto mais recompensado do que nunca, apenas pelo fato de te olhar e poder dizer que você é minha. Eu te amo. Eu não vou te deixar ir, não vou te perder, nunca. Somos um do outro. Para sempre.
Sorri e enganchei as mãos em seu cabelo, envolvendo-o num beijo apaixonado. Eu o amava, não iria perdê-lo por qualquer besteira. Ele me abraçou e ficamos assim, em silêncio.
- Vamos para o seu quarto? – Ele perguntou, ainda me abraçando.
- Até que a minha perna esteja curada, eu não posso fazer nada. – Brinquei, e ele riu.
- Engraçadinha. – Ele me beijou. – Vamos dormir.
- É uma pena. – Sussurrei em seu ouvido, quando ele me pegou no colo. – Eu tinha tantos planos.
- Pare de fazer isso. – Ele me respondeu, mordendo o lábio. – Você vai me matar.
Ri e ele subiu as escadas, me carregando. Me colocou na cama e se deitou ao meu lado, me abraçando por trás.
- Char, o que houve no Rio de Janeiro? – Ele perguntou. Me virei e fiquei deitada em seu braço, de barriga para cima, ainda sem soltar sua mão. Ergui o rosto o suficiente para olhá-lo.
- Resumindo? – Ele assentiu. – Daniel e Sophia sabiam que estávamos atrás deles e então nos atraíram para o Brasil, para ganhar tempo. Nos enfiaram numa cilada, levei um tiro na perna, explodimos um galpão e um carro com pessoas dentro. Gabriel queria me matar porque atravessei o oceano com duas granadas dentro da mala.
- Garota, onde você arranjou duas granadas? – Niall me perguntou, assustado.
- O cara que mora aqui perto, desertor do exército. – Dei de ombros. – O que importa é que a família de Claire está sã e salva. O alvo nunca deixou de ser eu, afinal de contas. Eles estão planejando algo, o quê eu não sei.
- De um jeito bom ou ruim, nós vamos acabar descobrindo. – Ele afagou meu cabelo. – Você precisa descansar. – Ele me beijou e puxou o cobertor para nós. – Boa noite, meu amor.
- Boa noite. – Um último beijo e ele apagou o abajur.
Claire’s POV
- Problema resolvido. – Harry disse, entrando no quarto e fechando a porta. – Agora, sou todo seu! – Ele abriu os braços e eu ri.
- Sempre foi! Idiota. Vem aqui. – O puxei pela gola da camisa e o beijei. Ele segurou em minha cintura e me deitou gentilmente na cama.
Coloquei as mãos por baixo de sua camisa e arranhei suas costas de leve, o fazendo arrepiar. Sorri em meio ao beijo, e ele apertou minha cintura, mas logo soltou em seguida.
- Desculpa! – Ele disse, ofegante. – Eu te machuquei? – Ele colocou a mão na minha barriga. – Você está bem?
- Sim, estou. – Sorri. – Nós podemos fazer isso, Harry. Ainda podemos.
Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e sorriu. Me beijou, enquanto eu brincava com seu cabelo. Os beijos passaram para o meu pescoço e eu arfei, querendo mais. Suas mãos apertavam minhas coxas, e nossas respirações já estavam ofegantes. Estávamos com saudade, desejo, paixão. Tudo misturando, nos proporcionando a necessidade mútua de sermos um do outro.
Desabotoei os botões de sua camisa, e ele flexionou os ombros, fazendo-a ir para o chão. Tirou minha camiseta e distribuiu beijos por todo o meu busto, chegando até o sutiã. Ele usou os dedos para brincar com a renda macia, me causando arrepios. Ele contornou todo o caminho do sutiã com os dedos, e assim que chegou nas alças, encaixou ali e puxou para os lados, tirando a peça.
- Você é perfeita. – Ele me olhava, com volúpia. – Eu te amo tanto.
- Eu te amo mais. – Respondi e ele sorriu. O puxei para um beijo. Meus seios se enrijeciam ao entrarem em contato com seu peito. Ele deve ter percebido, pois soltou uma risadinha em meio ao beijo.
Minhas mãos arranhavam suas costas, ele gemia em resposta. Puxou minha calça e a tirou. Fiz o mesmo com ele, revelando sua boxer preta. Mordi o lábio, e ele então abriu minhas pernas, e nossos membros entraram em atrito com o contato. Fechei os olhos, absorvendo cada momento. Seus dedos hábeis desceram até a minha calcinha, e me retorci assim que ele pressionou meu clitóris por cima do pano. Delicadamente, ele puxou o material para baixo, me deixando completamente nua. Seus dedos percorreram a região e eu estava a ponto de entrar em combustão. Ele massageou por um bom tempo, me deixando cada vez mais ávida pelo seu toque, querendo cada vez mais que ele acabasse de uma vez com aquela agonia extrema, porém deliciosa.
Ele tirou a boxer e a jogou num canto, logo estava por cima de mim, se apoiando nos cotovelos. Senti sua ereção e apertei os olhos, tomada pelo prazer.
- Meu amor. Abra os olhos. – Ele sussurrou, me dando um selinho. – O seu olhar é uma das coisas que mais me hipnotizam em você, então eu quero tê-lo.
Abri os olhos, sorrindo para ele.
- Bem melhor. – Ele sorriu.
Ele se posicionou e então me penetrou. Toda a região sul do meu corpo se contorceu, e eu gemi. Ele começou com movimentos lentos, me instigando a querer mais, sempre. Meu corpo fervia de desejo. Eu precisava dele.
- Mais rápido. – Disse, quando mais uma vez ele me penetrou até o fundo e voltou, devagar. – Por favor.
Ele riu e aumentou o ritmo, nos levando para ao ápice cada vez mais. Ele me abraçou e então me girou, me deixando por cima dele. Rebolei em seu pênis e ele gemeu alto, segurando minha cintura e intensificando os movimentos. O ritmo só aumentava, e eu sentia que estava chegando perto a cada estocada. Ele percebeu pelo meu olhar e então voltou a me deitar na cama. Mais algumas estocadas e eu senti toda a região da minha barriga vibrar, liberando o orgasmo. Eu suspirava e me contorcia, apreciando a sensação. Harry estava parado, imóvel dentro de mim, também estava no ápice. Chegamos ao orgasmo juntos.
- Ah...Claire. – Ele sussurrou, e eu coloquei as mãos em seu pescoço, arranhando de leve. – Você é perfeita. E minha. Eu não poderia querer mais nada. – Ele me beijou apaixonadamente, e eu respondi. – Tudo o que eu preciso está bem aqui, na minha frente. Eu amo você.
- Eu amo você. Vou te amar para sempre. – Sussurrei em resposta. – Eu não quero mais ninguém, você é o amor da minha vida. Eu te amo.
Ele pegou sua boxer no chão e colocou, depois me entregou minha calcinha e sua camiseta.
- A sua camiseta? – Perguntei, rindo.
- Você fica melhor nelas do que eu. – Ouvi ele responder, enquanto passava a peça sobre minha cabeça. Sorri para ele.
- Assim? – Fiquei de joelhos na cama, coloquei a mão na cintura, me exibindo para ele. Ele mordeu o lábio.
- Exatamente assim. – Ele pulou na cama apenas de boxers, e me abraçou, fazendo-nos cair deitados. – Minha.
- Completamente. – Respondi, me aconchegando em seus braços. Ele passava o rosto pelos meus cabelos, e eu fechei os olhos sentindo seus carinhos. – Sua. Para sempre.
- Para sempre. – Ele me abraçou mais forte, e então eu me virei para ficar de frente para ele. Plantei um beijo em seus lábios, depois voltei para a posição inicial, de conchinha. Não poderia dormir virada para ele, por conta da barriga.
- Amor? – Ele perguntou, entrelaçando minha mão na dele em cima da minha barriga. – Como vamos chamar nosso bebê?
- Não sei. Estava esperando até amanhã. – Suspirei?
- Amanhã? – Ele perguntou e eu assenti. Mesmo de costas para ele, sabia que ele tinha uma cara confusa. Ri. – O que tem amanhã?
- O primeiro ultrassom do bebê.
- E você marcou e não me avisou? – Ele disse, indignado.
- O meu médico do pré-natal marcou para mim. – Dei de ombros. – Eu ia marcar quando eu tivesse com seis meses, porque assim as chances de saber o sexo de primeira seriam maiores. Mas o doutor disse que é necessário um ultrassom no quarto mês de gravidez, para ver como o bebê está. Saber o sexo, se conseguirmos, vai ser meio que um bônus.
- Entendi. – Ele beijou o topo da minha cabeça. – Posso ir com você?
- Deve. – Senti ele sorrir atrás de mim. – O que você quer que seja?
- Eu vou ficar feliz sendo menino ou menina. – Ele disse, num tom animado. – Mas acho que seria a nossa cara se tivéssemos uma menininha.
- Eu também. Uma garotinha, com os olhos e o cabelo do papai. – Sorri.
- E o belo sorriso e o jeito da mamãe. – Ele acariciou minha barriga com as nossas mãos ainda entrelaçadas. Suspirei.
- Voltando ao assunto inicial – Apertei seus dedos em torno dos meus, passando-os pela minha barriga. – Você pensou em algum nome?
- Se for um menino, eu gostaria de Jamie ou Luke. – Ele disse. – Não pensei em nenhum nome para menina, achei que você seria melhor para isso.
- Hmmm, vamos ver... – Respondi, pensativa. – Violet? Sienna? Jasmine? Anne Louise?
- Anne Louise, minha mãe iria ficar muito feliz. Louis também. – Assenti, lembrando-me do nome da mãe de Harry. Anne Cox. Ela era adorável. – Jasmine e Sienna são lindos. Violet é bonito, mas é comum. Qual você escolheria?
- Jasmine ou Anne Louise. – Respondi. – Vamos fazer o seguinte? Amanhã conversamos com os garotos e com as meninas, e vemos do que eles gostam, afinal de contas, eles serão os padrinhos.
- Todos eles? – Harry riu, com a minha ideia. Assenti, rindo também. – Mas não é apenas um padrinho e uma madrinha?
- Sim. Mas você quer mesmo escolher? – Ele riu, divertido.
- Melhor não. Do jeito que são retardados, vai acabar alguém saindo morto. – Concordei. – Olha isso é bom. Nossa criança vai ganhar muitos presentes de natal e aniversário.
- Exatamente. – Ri, mentalizando a cena de uma garotinha cercada de presentes. – Sabe, quando comecei a suspeitar da gravidez eu entrei em pânico. Achei que você ia ficar furioso comigo. – Me virei, deitando de barriga para cima e virando o rosto para ele.
- E por que ficaria? – Ele me olhou nos olhos. – Mesmo se eu não quisesse essa criança, ainda assim seria algo no qual eu participei. E a culpa seria minha, literalmente. Você esperando um filho meu foi a segunda melhor coisa que você me disse.
- E qual foi a primeira? – Perguntei, e ele se levantou bruscamente. Pegou uma camiseta que estava jogada em uma cadeira e enfiou na cabeça. – Hey, onde você vai?
Ele não respondeu, apenas ergueu um dedo, me sinalizando para esperar. Ele saiu e me deixou no quarto. Sentei em posição de índio na cama, e fiquei o esperando.
Harry’s POV
– Sabe, quando comecei a suspeitar da gravidez eu entrei em pânico. Achei que você ia ficar furioso comigo. – Ela se virou para olhar para mim.
- E por que ficaria? – Respondi, fazendo questão de olhar em seus lindos olhos. – Mesmo se eu não quisesse essa criança, ainda assim seria algo no qual eu participei. E a culpa seria minha, literalmente. Você esperando um filho meu foi a segunda melhor coisa que você me disse.
- E qual foi a primeira? – Ela disparou, e eu senti que era a hora. – Hey, onde você vai?
Enquanto saía em disparada em direção ao quarto de Charlotte, apenas sinalizei para que ela esperasse. O que era irônico, já que eu não podia esperar mais. O clima entre nós estava perfeito, estávamos num momento de paz. Não haveria hora melhor.
- Char? – Bati na porta, e como ela não estava trancada nem mesmo encostada, se abriu. – Você está acordada?
Nenhuma resposta. Acendi a luz do corredor e olhei para a cama, para me certificar que ela e Niall estavam vestidos, ou pelo menos cobertos. Por sorte, estavam as duas coisas. Entrei no quarto e fui até a cama. Cutuquei-a de leve.
- Char? – Nada. – Char? Charlotte Sanders! – Ela resmungou algo inteligível e voltou a dormir.
- Puta que pariu! – Esbravejei. – Você está morta? – Peguei em seus ombros e a chacoalhei com força. – Porra, acorda!
Ela continuou imóvel, perdida no sono. Xinguei, e de repente uma ideia surgiu na minha mente.
- Ok, não vejo outro jeito de te acordar. – Com dó, puxei o lençol o suficiente para revelar o ferimento de sua perna. Coloquei a mão aberta em cima do grande curativo. – Me desculpa, mas é necessário.
Fechei os olhos, contei até três e apertei minhas mãos em torno do ferimento. Ela pulou, despertando agonizada. Pousou a mão na perna, choramingando com a dor.
- Porra, você enlouqueceu? – Ela dizia, enquanto massageava a perna. – Isso dói, caralho!
- Desculpa, você não acordava de jeito nenhum. – Me desculpei, encolhendo os ombros.
- Que seja. – Ela bufou e se sentou na cama, colocando as pernas para fora. – O que você quer, Styles?
- Aquilo. Que eu te pedir para guardar. – Terminei e sua expressão mudou de irritação para alegria.
- Mas não aconteceria depois do bebê? – Ela perguntou, reprimindo um sorriso.
- Eu não posso esperar mais. – Dei de ombros, sorrindo. – Preciso disso. Agora.
Ela assentiu e eu a ajudei a levantar, entregando suas muletas. Ela foi até seu closet e se enfiou lá dentro. Alguns minutos depois ela saiu, segurando o tal objeto.
- Ah! Eu quero gritar! – Ela me entregou e se jogou em cima de mim, me abraçando. – Parabéns! Eu quero saber de tu-do amanhã de manhã!
- Obrigada! – Girei a no ar. – E você fala igual ao Danny. E as informações sobre isso amanhã de manhã, pergunte à Claire. Ela é a mulher da relação.
- Oh, sério? – Ironizei, assim que ele me colocou no chão. – Pensei que fosse você. Merda, passei a vida toda errada. Me desculpe, Harry.
- Engraçadinha. – Empurrei-a, fazendo se desequilibrar sobre as muletas e cair sentada na cama. Ela soltou um gritinho com a queda e depois me deu o dedo. – Boa noite. E torça por mim.
- Quero que você se foda agora. – Ela cruzou os braços, fazendo birra. Olhou para mim e eu balancei o objeto. Ela não conseguiu esconder o sorriso. – Ok, boa sorte, Styles.
Pisquei para ela e saí do quarto, fechando a porta. Assim que voltei para o nosso quarto, Claire estava sentada na cama em posição de índio, brincando com o cabelo. Tirei a camiseta e enrolei o objeto, entrando no quarto. Ela ergueu a cabeça e me olhou. Passei direto por ela e peguei o violão encostado num canto. Me sentei na cama de frente para ela, antes tirando o objeto da camiseta e colocando ao meu lado, sem que ela visse.
- O que você está fazendo? – Ela perguntou, me olhando. Sorri e passei a mão pelo seu rosto, acariciando-a. Ela se aconchegou no toque.
Claire’s POV
- Só espere. – Ele respondeu, tirando a mão do meu rosto e começando a dedilhar o violão. – Até o final.
Ele introduziu a música e eu imediatamente a reconheci. Bryan Adams.
[Coloquem Heaven – Bryan Adams para tocar!]
Ele começou a cantar com sua voz rouca, e meu coração disparou.
Oh! Thinking about all our younger years
There was only you and me
We were young and wild and free
Now, nothing can take you away from me
We've been down that road before
But that's over now
You keep me coming back for more
Eu simplesmente adorava aquela música. Ele alternava olhares entre o violão e meus olhos enquanto cantava. Eu o admirava, feliz.
Baby, you're all that I want
When you're lying here in my arms
I'm finding it hard to believe
We're in heaven
And love is all that I need
And I found it there in your heart
Isn't too hard to see
We're in heaven
Eu absorvia cada palavra da música, e saindo de seus lábios ela se tornava melhor ainda. Sorri para ele.
Oh, once in your life you find someone
Who will turn your world around
Bring you up when you're feeling down
Yeah, nothing could change what you mean to me
Oh, there’s lots that I could say
But just hold me now
‘Cause our love will light the way
Ele piscou para mim e meu sorriso se alargou. Meu coração pulsava em meu peito, eu estava radiante. O meu homem. Sentado a minha frente. Cantando a minha música favorita para mim.
I've been waiting for so long
For something to arrive
For love to come along
Now, our dreams are coming true
Through the good times and the bad
Yeah, I'll be standing there by you
Ele colocou a mão atrás do violão e de repente puxou um objeto de lá. O colocou aberto em cima do violão e olhou para mim, sorrindo.
Seu eu já estava radiante, agora seria impossível descrever o nível da minha felicidade. A caixinha vermelha estava aberta em cima do violão, revelando um anel de prata, cravejado de diamantes em volta, enquanto havia um diamante maior, mas não muito, no centro. Esse diamante estava entalhado na forma de um coração (1). Meus olhos se encheram de lágrimas.
- Ah meu Deus. – Sussurrei, olhando para a caixinha e depois para ele. Ele a pegou e colocou o violão de lado.
- Desde que nós nos conhecemos, no momento em que eu pisei naquela sala e te vi sentada, meu coração disparou. – Ele dizia, olhando em meus olhos. – Fiquei completamente hipnotizado por você. Tudo. Tudo em você me deixava louco. Desde então eu senti a necessidade de ter sempre por perto, sempre ao meu lado. Senti inveja de Adrian, por morar com você e poder contemplar seu sorriso todos os dias. Mas então, fomos nos aproximando. Conversando, saindo. E a cada dia que passava, eu tinha mais certeza do que eu queria. Eu queria você, queria que pertencesse a mim, só minha. Eu queria ser o motivo do seu sorriso, da sua felicidade. Eu queria estar nos seus pensamentos assim como você estava nos meus, todos os minutos do dia. – Enxuguei uma lágrima que desceu pelo meu rosto. – E então você aceitou namorar comigo. Eu me senti o cara mais feliz do universo. Tivemos altos e baixos, mas você sempre estava por perto, e a sua presença foi o que sempre me acalmou. Com você ao meu lado, eu sentia, e ainda sinto que posso suportar qualquer coisa. Você faz parte de mim. E então, veio a melhor fase da nossa relação, o agora. Você está esperando um filho meu, e isso me faz o pai mais feliz e orgulhoso que já existiu. Eu quero viver com você, todos os dias da minha vida. Te fazer minha, oficialmente.
Ele se levantou e veio até a minha frente, se ajoelhando.
- Aceita fazer um simples garoto que te ama incondicionalmente mais feliz do que ele já é? – Ele perguntou, estendendo a caixinha com o diamante reluzente para mim. – Claire Sant’Luke, você aceita se casar comigo?
Olhei para o homem ajoelhado à minha frente. Seus olhos me olhavam com ternura, e eu estava derretendo vendo-o daquela maneira. Eu estava no céu. O garoto dos meus sonhos, ali, pedindo para se casar comigo.
- Eu nunca imaginei que pudesse amar tanto uma pessoa do jeito que eu amo você. – Comecei, e ele sorriu. – Desde que nos conhecemos, eu não conseguia tirar os olhos de você. Eu caí no seu feitiço, e me encantava cada vez mais. Cada conversa nossa, cada sorriso seu...você sempre me levou ao paraíso, apenas estando comigo. Eu não vivo sem você, não conseguiria. Você é o dono dos meus pensamentos, do meu corpo, do meu coração. Tudo. Sou completamente sua. – Peguei seus braços e o puxei, fazendo o ficar na minha altura. Olhei dentro de seus olhos verdes. – Eu te amo. Ser sua esposa será a realização dos meus sonhos, Harry Styles. Sim, sim sim! Eu aceito me casar com você!
Ele me beijou, me abraçando com força. Respondi ao beijo, tão apaixonada quanto ele. Infelizmente, tínhamos que respirar. Nos separamos e então ele pegou o anel da caixinha e deslizou pelo o meu dedo. Depois, deu um beijo em minha mão e sorriu.
- É lindo. – Sussurrei, olhando para a minha mão estendida, exibindo o anel.
- Como você. – Ele me beijou, mais uma vez. Ele se deitou e estendeu o braço, sinalizando para mim. Deitei de barriga para cima novamente, apoiando a cabeça em seu braço esticado. Ele usou a mão livre para entrelaçar nossos dedos em cima da minha barriga, mais uma vez. Ergui a cabeça para olhá-lo, então sorrimos um para o outro. Parecíamos dois idiotas, rindo à toa. Ele beijou minha testa e então eu me movi para mais perto dele e aconcheguei a cabeça em seu ombro, inalando seu perfume.
- É essa. – Ele disse, sereno.
- O quê? – Perguntei, de olhos fechados.
- A segunda melhor coisa que você já me disse, foi que estava grávida. – Sorri. – A primeira, você acabou de dizer. Você aceitou se casar comigo. Essa é a primeira melhor coisa que você já me disse. – Ele beijou o topo da minha cabeça.
- Eu te amo, Harry Styles. – Disse, extasiada de tanta felicidade.
- Eu te amo, Claire Sant’Luke.
And, baby, you're all that I want
When you're lying here in my arms
I'm finding it hard to believe
We're in heaven
And love is all that I need
And I found it there in your heart
Isn't too hard to see
We're in heaven
Heaven...
Oh
You're all that I want
You're all that I need
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