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História Massagem - Único


Escrita por: BolinhodeArrozCrocante

Notas do Autor


OLHA EU AQUI DE NOVO!!!
Eu nem lembrava que eu tinha essa fic escrita kakakaka fui dar uma olha nas minha histórias e vi que não tinha postado 🤡🤦🏻‍♀️

Capítulo 1 - Único



- Qual o problema, senhor? 

- Nathalie, já disse que não precisa me chamar de senhor.

- Qual o problema, Gabriel? - pergunto revirando os olhos. Eu tentava a todo custo manter a relação chefe-assistente, mas Gabriel dificultava. E o principal ponto é que dividimos o quarto.

Desde que toda a minha vida se esgotou na última batalha e eu sem força de ficar em pé, Gabriel me obrigou a morar na mansão, e ficar no quarto com ele.

Isso teve um dia inteiro de discussões, eu não queria ficar de jeito nenhum na mansão, principalmente dormir no quarto dele que era da Emilie. Mas, ele insistiu e mudou todo o quarto apenas para que eu ficasse à vontade.

Dormimos juntos? Não! Apesar dele querer, eu não posso fazer isso. Não posso fazer isso comigo.

Eu disse que eu ficaria no quarto de hóspedes, mas ele prefere dormir no sofá perto de mim, do que no conforto de uma cama longe. Disse que não precisava se preocupar, que não aconteceria nada e se caso acontecesse eu chamaria ele, e os Kwamis ficariam comigo. Porém, nada do que eu disse mudou a ideia dele.

Então, minha situação é a seguinte: Estou dormindo no mesmo quarto que a tentação, e por mais que eu lute contra, não sei quanto tempo mais vou conseguir me manter sã. E eu preciso me manter, para o meu próprio bem. Quando Emilie voltar tudo o que estamos vivendo não vai mais importar para ele, mas para mim? Para mim vai importar. Eu vou sofrer com as lembranças e a indiferença. Eu vou ter que sair dessa casa, contudo teria eu essa coragem?

- Nada! - Gabriel tenta disfarçar, mas leva as mãos às costas com dor.

- Suas costas.

- Não é nada. Apenas mal jeito dormindo naquele sofá.

Suspirei e de certo modo me senti culpada. Me levantei e caminhei para ficar de frente ao homem.

- Eu disse que não era uma boa ideia. Por favor, deixe eu ficar em outro quarto e você pode dormir na sua cama.

- De jeito nenhum vou deixar você sozinha - Gabriel estica as costas para trás fazendo-a estalar. - Eu poderia dormir com você, mas…

- Gabriel… Somos adultos, não daria certo.

- Não vai acontecer nada. Jamais te forçaria a fazer nada do que não queira.

O homem segura em meus ombros olhando com um olhar suplicante.

- E se eu quiser? - sussurro.

- O que?

- Isso é o que todo mundo diz nos clichês.

Decidi que a coisa mais irritante sobre os clichês era com que frequência eles eram verdadeiros e temi que isso fosse acontecer e eu me arrependesse.

- Não foi isso que você disse.

Suspirei e desviei o olhar me encolhendo e esfregando os braços.

- Nathalie, eu não me importo em dormir no sofá, no chão ou na cama, desde que eu fique próximo para cuidar de você, eu suporto tudo - Gabriel segurou meu rosto e pescoço entre suas mãos. - Essa dor que eu estou sentindo, é um preço baixo que eu pago, comparado ao que você fez. Eu podendo retribuir por tudo o que você fez, eu vou fazer.

Sorri com essa declaração e contive o impulso de abraçar meu chefe e ele também retribuiu meu sorriso. Ficamos assim, nos encarando por algum tempo até o homem quebrar o contato visual e me pegar no colo.

- Vem! Deixa eu te pôr na cama. Boa noite, minha Nathalie.

Gabriel depositou um beijo em minha testa e ia se afastar se eu não tivesse o impedido.

- Deixa eu fazer algo por você? Posso fazer uma massagem nas suas costas para aliviar.

- Não precisa. Isso não é nada, logo eu me acostumo.

- Por favor! Não precisa ser orgulhoso assim, se vai ficar dormindo no sofá não precisa sofrer assim, é idiotice.

- Tudo bem, acho que não vou conseguir dormir na cama mesmo. Não vai ser ruim receber uma massagem. 

- Ótimo! Pega o meu creme azul lá no banheiro.

O estilista apenas concorda e vai em direção ao banheiro e volta logo em seguida.

- Esse?

- Isso! - Peguei o frasco da sua mão. - Tira a camisa e deita na cama. De barriga para baixo, Gabriel.

Gabriel afastou as cobertas e se deitou, mas tive que corrigi-lo. Tomei coragem e sentei em suas costas, o que assustou o homem porém não fez nada para impedir e nem me afastar.

- Posso perguntar algo?

- Claro.

Despejei o creme em suas costas e comecei a massagear com calma, sentindo os pontos de tensão.

- É normal um casal fazer essas coisas?

- Hãmm… Sim. Desculpa! Se preferir posso sair de cima de você. É que fica mais…

- Não! Continua. Está muito bom.

Ficamos em silêncio e passei a apertar a sua lombar com o punho para desfazer os nós de tensão.

– Você sabe fazer massagem muito bem.

Eu sabia que Gabriel é forte e tem o corpo definido, mas puta que pariu… Sentar em cima dele e massagear suas costas definidas é algo realmente que não vai sair dos meus pensamentos.

– Nathalie? - Gabriel me tira dos pensamentos, se levantando pouco para me encarar. - Tudo bem?

– Sim! Só me perdi em meus pensamentos. Está bom?

– Muito - Gabriel solta um gemido de prazer com a massagem, levando toda a tensão embora. - Se eu soubesse que era tão bom assim, teria ido dormir no sofá antes.

– Você? Fazendo piadas?

– É… eu tenho senso de humor.

– Podia usar esse humor com seu filho.

– Você não perde a chance.

– Apenas quero que passe um tempo com ele. Você pode ter perdido a Emilie, mas o Adrien perdeu a mãe e… desculpa. 

Percebi que estava falando demais, porém Gabriel não disse nada e isso é um bom sinal não?

– Você tem razão. Acho que eu esqueci o mais importante.

– Acha?

– Não força - sorri. - Você tem um belo sorriso quem diria.

Desviei minha atenção para seu rosto que estava me observando e fechei a cara me deixando levar pelo momento constrangedor.

– Alguma ideia para a minha nova coleção?

Gabriel mudou de assunto, mas pelo canto dos seus olhos me observava.

– Hummm… Shadow Moth e Mayura dariam uma bela coleção.

– Sabe que a Mayura não existe enquanto existe o Shadow Moth.

– Sério que você me disse isso?

– O que? Qual o problema? Ai!!!

– Você é um estilista ocupado e não pode saber disso - aperto com força seu ombro.

– Mesmo assim… não acho que teria muita saída.

– Sempre tem os que torcem para os vilões. Eu por exemplo sinto falta da Mayura.

– Eu também sinto muita falta dela. Mas, isso não quer dizer que vou deixar você usar o broche.

Por um momento eu até me animei, mas logo Gabriel cortou a minha empolgação. Ou quase toda, afinal descobri que ele sente a minha falta, da Mayura.

– Então você sente falta da Mayura? - pergunto próximo ao seu ouvido quando voltei a apertar seus ombros.

– S-sim. NÃO! Quero dizer… Shadow Moth sente falta da parceira.

– Eu também sinto falta do Hawkie.

– Hawkie? - Gabriel se levanta, mas acaba encostando suas soas no meu peito por eu estar próxima. - Você chama o único vilão de Paris, o mais temido e mais gato de Hawkie?

– Não.

– Chama sim.

Gabriel sorri com o apelido e eu também me deixei levar pelo momento descontraído.

Meu celular toca atrapalhando o clima, e Gabriel foi mais rápido e pegou vendo o número.

– Posso saber o que o Richard, nosso CFO está te ligando uma hora dessas?

– Bom… ele é um amigo - deslizo minhas mais para sua costela.

Gabriel atende ao telefonema, eu até tentei impedir quando percebi que ele começou a falar, mas foi em vão.

– Alô? - tento tirar o telefone da mão dele, mas por estar com creme e ele ser mais forte, não deu certo. - Aqui quem fala é o namorado dela, peço que só ligue para minha namorada quando o assunto for trabalho e em horas adequadas.

Gabriel desliga e eu desfiei um tapa nas costas dele. Como ele ousa fazer isso? E que história é essa de namorada?

– Homens... Ele só está pensando em te comer. Te livrei de um péssimo negócio.

Deitei parcialmente em suas costas para poder encarar seu rosto, que ficou vermelho com a aproximação.

– Pensou? Pois agora Richard vai pensar que eu estou namorando meu chefe. Afinal, se eu estou doente, não saio de casa e o cara que atendeu o telefone tinha a voz do senhor Agreste, ele não seria tão lerdo de não perceber.

Gabriel arregalou os olhos e tentou falar alguma coisa.

– E se você falar que faria a voz do Shadow Moth eu faço isso aqui por mais tempo.

Aperto seu nervo e Gabriel contém um gemido de dor.

– Já estou me arrependendo de ter aceitado sua massagem. E eu não ia fazer a voz do Hawkie.

Soltei uma risada disfarçada, mas o estilista estava esperto e prestava atenção em mim. 

– Você não tem namorado, tem?

– Trabalhando para você? Acha que eu tenho tempo?

Gabriel suspira e eu senti sua tristeza, o que me fez parar.

– Desculpa, essa nossa proximidade não está funcionando. Não estamos diferenciando os limites…

– Para de falar.

– Ahn…

Me levanto para sair de cima do homem, mas ele foi rápido e se virou se sentando na cama enquanto me segurava, acabei sentando em seu colo, e sentindo coisas que eu nem deveria sentir. Coramos juntos e fiquei sem reação, ainda mais com o rosto dele tão perto do meu.

Uma de duas mão segurava em minha cintura e a outra dava apoio ao seu corpo se apoiando na cama. Com a força de seus músculos, Gabriel nos levou para trás para se apoiar na cabeceira e novamente nossas intimidades se tocaram mais uma vez.

– Ahn…Eh… - tento falar alguma coisa, mas parece que eu desaprendi a falar.

O olhar de Gabriel estava fixo na minha boca, meu olhar também vacilava. Minhas mãos em seu peito, sentia a pele macia e quente, que deslizei minhas unhas arranhando a pele.

O homem soltou um suspiro fechando os olhos enquanto repousava a cabeça entre meu pescoço e ombro.

– Já tem um tempo que eu não consigo parar de pensar em você. De desejar você - levei minhas mãos em sua nuca, brincando com os fios grisalhos. - E a muito eu venho lutando para não deixar isso dominar meus pensamentos, muito antes de começarmos a dormir juntos.

O estilista começa a beijar meu pescoço e eu mordi meus lábios para conter um gemido que temia em sair.

– Isso… não pode acontecer.

– Não podia, mas aconteceu - Gabriel mordiscou minha orelha. - Aconteceu e eu estou apaixonado pela minha assistente, pela minha parceira do crime, pela mulher que se preocupa mais com meu filho que o próprio pai e aposto que ama como um filho…

– Gab…

– ...Eu sou apaixonado por quem você é, Nathalie, e por tudo o que representa para mim.

Gabriel me beija e eu retribuo com a mesma intensidade e sem perceber me mexo para aproximar nossos corpos, fazendo nós dois gemer e sorrimos entre o beijo.

– Eu também sou apaixonada por você, Gabriel.

– Eu sei! 

Afasto nossos rostos, mas mantive a testa colada e encarei os olhos do homem. Sabe? Como ele sabe?

– Você deixou seus sentimentos abertos uma noite.

Sorri e fui beijada mais uma vez, Gabriel segurava a minha nuca e explorava toda minha boca.

A porta foi aberta e nós separamos para ver o que tinha acontecido e vimos Adrien parado na porta com o telefone no ouvido.

– É… Eles estão juntos! - Adrien sorriu enquanto nós estávamos vermelhos de vergonha. - Eu já vou indo. Podem continuar o que estavam fazendo.

Adrien fecha a porta e encaro o Gabriel que sorria envergonhado.

– O que foi isso?

– Fofocas correm rápido - digo saindo de cima dele.

– Volta aqui! - Gabriel tenta me segurar.

– De jeito nenhum, homem…

– Homem? - Gabriel se deita em cima de mim prendendo meu corpo com o seu.

– É! Não é você que diz que o Richard só queria me comer? Pois eu sei que você também está pensando nisso.

Gabriel sorriu culpado. - Mas, você é minha! Eu posso!

– Acha que vou ser fácil? - me aproximo para beijá-lo. - Depois de tudo o que eu fiz por você?

Saio de baixo do corpo do homem que se divertia com a situação.

– Você é difícil. Eu gosto! 

Gabriel me abraça e eu retribui sentindo a força de seus braços me segurando e sua respiração em meu pescoço.

– Vai falar com o Adrien e eu vou tentar descobrir com quem ele estava falando.

Gabriel se afasta e toca meu rosto e o traz para mais perto depositando um beijo na minha testa.

– Sim, minha namorada.

– Você nem perguntou - Gabriel tinha se levantado para sair do quarto.

– E correr o risco de você rejeitar? Não mesmo - sorri.

Quando Gabriel saiu do quarto eu me encostei na cabeceira e levei a mão na cabeça tentando entender o que tinha acontecido. Será que tudo isso foi o sonho? Gabriel está apaixonado por mim? E a Emilie? O que ele vai fazer com ela?

Meus pensamentos foram interrompidos pelo toque do meu telefone e o nome da Penny apareceu no visor.









Notas Finais


Sei lá...


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